domingo, 17 de junho de 2012

11º domingo e semana do tempo comum


11º Domingo do Tempo Comum  ANO B
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – II SEMANA DO SALTÉRIO)
"A semente cresce sem intervenção humana"
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Fazemos memória de Jesus que, como pequeno grão, aceitou ser lançado na terra pelo Pai e, na força amorosa do Espírito, rompeu-se e desabrochou vitorioso no mistério de sua Páscoa. Confessamos confiantes e humildes nossa fragilidade e pequenez e suplicamos que o Senhor multiplique o pouco que somos segundo a medida de seu amor. Damos graças unindo-nos a todos que se fizeram sementes do reino e oferecemos nossa vida a serviço da VIDA.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste Domingo somos convidados a meditar sobre a força do amor de Deus, que, quando envolve a nossa realidade, faz a pequena árvore tornar-se tão majestosa como o cedro do Líbano. O amor é também como o grão de mostarda, que, embora sendo uma pequenina semente, quando germina e cresce, torna-se a maior das hortaliças. É assim que a força do Amor, dia após dia, se implanta na história.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
TEMA
O REINO DE DEUS, SEMENTE QUE GERMINA E CRESCE
A primeira leitura e o evangelho de hoje tratam do desejo do povo judeu exilado de tornar-se liberto, uma grande e soberana árvore, e da definição que Jesus deu do reino de Deus. As duas posturas incomodam; a primeira exige coragem e esperança, a segunda, desinstalação. O reino, por si só, mostra sua força a quem o acolhe e a quem o rejeita.
A DINÂMICA DO REINO

Para falar da dinâmica do reino de Deus, Jesus se serve das características da semente, figura presente nas duas parábolas de hoje. Se a semente plantada encontra as condições de germinação e crescimento, vai se desenvolvendo por si mesma e acaba se tornando arbusto ou árvore.
Ao interpretar essas parábolas, é recomendável o cuidado para não cair na visão triunfalista ou sensacionalista de Igreja. Hoje essa tentação é forte, principalmente quando vemos e aplaudimos os grandes shows religiosos que se multiplicam em todo o Brasil.
Não é no espetacular que a Igreja mostra sua força, mas em sua pobreza e disponibilidade. As parábolas sugerem a imagem de uma Igreja pobre, que não anuncia nem busca a si mesma, mas se desapega de toda riqueza e se liberta de qualquer aliança ou compromisso com as "potências modernas": dinheiro, mídia, política, poder...
O reino de Deus não se mede pelo número de batismos, crismas ou casamentos religiosos nem pelo número ou tamanho de nossas igrejas; tampouco pela imponência de nossas assembleias litúrgicas. Não esqueçamos que o reino é impulsionado pela força do Espírito de Deus. Não nos é lícito, com nossa pretensão de grandeza, sufocá-lo. Ele cresce à medida que o Espírito Santo não encontra obstáculos.
A exemplo da semente, somos lançados à vida por Deus e um dia, ao fim de nossa peregrinação terrestre, seremos por ele colhidos. Antes disso, porém, devemos amadurecer e produzir os frutos que Deus e a comunidade esperam de nós. Nesse tempo de fertilidade, não é preciso produzir ações estrondosas. Os pequenos gestos do dia a dia favorecem o crescimento do reino e todos podem se beneficiar disso. Ao crescer na fé, na esperança e na caridade, tornamo-nos árvore capaz de abrigar quem necessita e alimentar aqueles que buscam a fraternidade e a justiça.

Pe. Nilo Luza, ssp
O REINADO DE DEUS

Reino é palavra central no Evangelho de Marcos. Mas não se trata de palavra inventada pelo evangelista. Ele faz uma catequese considerando a caminhada de fé do povo da Bíblia e alimentando a esperança de sua comunidade. Hoje a mensagem é dirigida a nós.
A narrativa bíblica, desde Gênesis 1, na cena da criação, enfatiza o domínio de Deus sobre o universo. E depois, narrando a história da salvação, as Escrituras ensinam que Deus escolheu (Ex 19,5) um pequeno povo (Israel) por meio do qual o seu nome seria conhecido por todas as nações. O reinado de Deus, porém, encontra a plenitude em Jesus Cristo.
Para Marcos, Jesus é o Messias, o ungido por Deus para tornar realidade o reinado da justiça e do direito. Ele assinala o acontecimento do tempo novo e do tempo último. O pensamento do povo bíblico concebia a existência de um tempo imperfeito, que passa, e de um tempo novo que vai chegar. Em Jesus o tempo novo chegou. O Cristo é a irrupção do novo. Ele é reflexo da glória de Deus, expressão do seu ser, e tudo sustenta com sua palavra poderosa (Hb 1).
Em Jesus Cristo começa o tempo definitivo. Nele se realiza aquilo que Deus quer mesmo: o novo tempo. Por isso, a narrativa de Marcos se inicia proclamando a virada dos tempos: "Cumpriu-se o prazo e está próximo o reinado de Deus: arrependei-vos e crede na boa notícia" (Mc 1,15). Para dizer: terminou o tempo da profecia, começa a renovação. O plano original de Deus é restabelecido.
Desse modo, a primeira coisa que Jesus faz é convocar discípulos (Mc 1,14-20). Reino e discipulado são palavras-chave em Marcos. Jesus convoca simples pescadores. Agora serão pescadores de gente. Farão parte de uma rede que puxa os peixes para o reino. O discipulado, por sua vez, pauta-se pela opção radical pela novidade do reino. Para pertencer a essa nova realidade é necessário seguir Jesus, ir "atrás dele". Isso tem implicações!
Assim, o discípulo de Jesus, de todos os tempos e lugares, é chamado a viver e anunciar o reino, fazendo da vida uma "parábola viva". O reino não cresce pelo esforço humano, ele é dádiva de Deus. Cabe-nos ceder o terreno de nosso coração, servir o reino com alegria e caminhar na esperança. A vitalidade da semente quem dá é Deus.

Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Sl 26, 7.9
ANTÍFONA DE ENTRADA: Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. Vós sois o meu refúgio: não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.
Introdução ao espírito da Celebração
Estamos em tempo de crise. Todos apelam a que não se cruzem os braços. O Reino de Deus também viverá em crise? O Profeta Ezequiel, 17, 22-24 diz-nos: «Do cimo do grande cedro, dos seus ramos mais altos, o Senhor Deus vai colher um ramo novo, vai plantá-lo num monte muito alto. Abato a árvore elevada e elevo a árvore abatida, faço que seque a árvore verde e reverdesça a árvore seca. Eu, o Senhor, o afirmei e o hei-de realizar.» Tudo depende do Senhor mas Ele espera a nossa colaboração. São Paulo (2.º Coríntios, 5, 6-10) recorda-nos que seremos julgados por Deus após esta vida. Mais uma vez somos alertados para o dever de trabalhar no Reino de Deus. Em São Marcos, 4, 26-34 o Reino de Deus é comparado à semente que é lançada à terra. Também nós faremos tudo para que a semente produza cem por um?
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
Monição:  De um ramo novo, de cedro muito alto, pode surgir outro cedro ainda mais alto. Deus o fará mas conta connosco.
Liturgia da Palavra
Primeira Leitura
Ezequiel 17,22-24
— Leitura da profecia de Ezequiel. 17 22 Eis o que diz o Senhor: Pegarei eu mesmo da copa do grande cedro, dos cimos de seus galhos cortarei um ramo, e eu próprio o plantarei no alto da montanha. 23 Eu o plantarei na alta montanha de Israel. Ele estenderá seus galhos e dará fruto; tornar-se-á um cedro magnífico, onde aninharão aves de toda espécie, instaladas à sombra de sua ramagem. 24 Então todas as árvores dos campos saberão que sou eu, o Senhor, que abate a árvore soberba, e exalta o humilde arbusto, que seca a árvore verde, e faz florescer a árvore seca. Eu, o Senhor, o disse, e o farei.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
O Profeta Ezequiel, após a denúncia das infidelidades do seu povo sujeito ao duro castigo do exílio babilónico, fala agora em nome do Senhor Deus, anunciando a restauração final do povo exilado, como obra do próprio Deus. De um simples ramo – outra forma de referir o resto de Israel – Ele fará surgir um cedro majestoso, a dar frutos, e em cujos ramos «farão ninho todas as aves» (v. 23), numa visão universalista escatológica, que preanuncia a universalidade do Reino de Deus, que Jesus descreve na parábola do grão de mostarda do Evangelho de hoje.
Israel é como uma árvore frondosa e liberta do reino opressor

Ezequiel, o homem que se tornou profeta no exílio da Babilônia (597-536 a.E.C.), animou o seu povo a permanecer firme na aliança com Deus, pois o sofrimento do desterro haveria de chegar ao fim com o advento da era messiânica e de um novo tempo para os judeus. Deus haveria de extirpar o inimigo.
Fazendo uso do simbolismo do broto de cedro, árvore de boa qualidade, que seria colhido e plantado sobre o alto monte de Israel, o profeta explicita a sua mensagem de fé. Essa árvore, Israel, tornar-se-ia grande, produziria frutos e serviria de abrigo para os pássaros. A comparação serviu de consolo para os oprimidos. Um novo tempo haveria de surgir, não obstante os sofrimentos. E assim ocorreu: a Pérsia dominou a Babilônia e o seu rei, Ciro, permitiu ao povo retornar e recomeçar a vida em Judá.
Desse modo, concretizou-se a profecia: "Deus abaixa a árvore grande (império babilônico) e eleva a árvore pequena (os israelitas oprimidos)". Ademais, o Deus de Israel, por ter poder sobre a vida, é capaz de secar a árvore verde e fazer brotar a árvore seca. Deus fala e realiza a sua promessa.
Salmo Responsorial
Monição:  Se o homem confia no Senhor, florescerá como a palmeira e crescerá como o cedro do Líbano.
SALMO RESPONSORIAL – Sl 91/92
Como é bom agradecermos ao Senhor.
Como é bom agradecermos ao Senhor 
e cantar salmos de louvor ao Deus altíssimo! 
Anunciar pela manhã vossa bondade 
e o vosso amor fiel à noite inteira.
O justo crescerá como a palmeira, 
florirá igual ao cedro que há no Líbano; 
na casa do Senhor estão plantados, 
nos átrios de meu Deus florescerão.
Mesmo no tempo da velhice darão frutos, 
cheios de seiva e de folhas verdejantes; 
e dirão: É justo mesmo o Senhor Deus: 
meu rochedo, não existe nele o mal!
Segunda Leitura
Monição:  Estou neste mundo de passagem. Caminhamos para a eternidade onde cada um receberá o que tiver feito pelo Reino de Deus.
2 Coríntios 5,6-10
— Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios. 5 6 Por isso, estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor. 7 Andamos na fé e não na visão. 8 Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo para ir habitar junto do Senhor. 9 É também por isso que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-lhe. 10 Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito enquanto estava no corpo.

Na primeira parte da 2ª Carta aos Coríntios (cap. 1 a 7), S. Paulo, depois de fazer a sua defesa perante as acusações dos adversários, faz a apologia do seu ministério apostólico; e, no meio de tribulações sem conta (4, 7-12), é a fé em Jesus ressuscitado e a esperança no Céu que o leva a não desfalecer (4, 13 – 5, 10). O desejo de se «exilar do corpo», isto é, de deixar esta vida terrena, «para habitar junto do Senhor» no Céu (v. 8) leva-o ao empenho em lutar por Lhe agradar (v. 9). E não deixa de aproveitar a ocasião para expor aos fiéis uma verdade de fé fundamental que nos responsabiliza, a saber, que todos havemos de ser julgados por Deus no fim desta vida. É a este mesmo «tribunal de Cristo» (v. 10) que se refere o nº 1022 do Catecismo da Igreja Católica: «Cada homem recebe, na sua alma imortal, a retribuição eterna logo depois da sua morte, num juízo particular que põe a sua vida na referência de Cristo, quer através duma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do Céu, quer para se condenar imediatamente para sempre». Chamamos a atenção para o modelo antropológico grego que S. Paulo aqui adopta; como bom comunicador, costuma lançar mão da linguagem que mais se presta a ser bem compreendido pelos destinatários.
A fé no reino exige responsabilidades 

Em oposição ao pensamento de muitos irmãos de Corinto, que, diante do sofrimento e das perseguições, pensavam que o melhor seria morrer, Paulo afirma que esse poderia ser, sim, um bom caminho, mas melhor ainda é assumir as responsabilidades inerentes à fé até o dia de nossa prestação de contas no tribunal de Cristo (v. 10).
A fé no reino exige responsabilidades. Esse pensamento complementa as leituras anteriores, quando nos mostra o valor da fé e suas consequências em nossa vida e até mesmo em nosso corpo mortal.
Aclamação ao Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou (Lc 8,11).
Evangelho
Monição:  Quando falha a sementeira, a culpa nunca é de Cristo mas de cada um de nós.
Marcos 4,26-34
— 4 26 Disse Jesus: "O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. 27 Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber. 28 Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga. 29 Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita. 30 Dizia ele: A quem compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? 31 É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes. 32 Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra". 33 Era por meio de numerosas parábolas desse gênero que ele lhes anunciava a palavra, conforme eram capazes de compreender. 34 E não lhes falava, a não ser em parábolas; a sós, porém, explicava tudo a seus discípulos.

Após a interrupção com o tempo da Quaresma e da Páscoa, retomamos hoje a sequência da leitura do evangelista do ano, S. Marcos, com duas parábolas do Reino de Deus no final do cap. 4, a saber, a do germinar e crescer da semente e a do grão de mostarda. A primeira (vv. 26-29) é uma das poucas passagens exclusivas de S. Marcos; ela apresenta o processo do desenvolvimento da semente, deveras misterioso sobretudo para os antigos, pois tudo acontece sem que o semeador saiba como e sem que ele intervenha de qualquer modo: «Dorme e levanta-se, de noite e de dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como» (v. 27). O Reino de Deus cresce não pela virtude, preocupação ou mérito do pregador, mas pela sua energia interna, pela força da graça de Deus que actua onde, como e quando quer. São Paulo dirá aos Coríntios, ufanos em grupos à volta dos diversos pregadores do Evangelho: «Eu plantei, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento. Assim, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas só Deus, que faz crescer» (1 Cor 3, 6-7). Também se pode fazer uma leitura espiritual (lectio divina) da parábola aplicando-a à acção da graça na alma: Deus faz que brotem dentro de nós, sem sabermos como, santas inspirações, boas resoluções, fidelidade, maior entrega… Ele realiza em nós e à nossa volta aquilo que nem sequer podíamos sonhar, desde que lancemos a semente e não estorvemos a obra de Deus.
30-32 A pergunta retórica com que a parábola do grão de mostarda é introduzida – «a que havemos de comparar o Reino de Deus? – é um recurso bem semítico destinado a atrair a atenção dos ouvintes. O grão de mostarda era a semente mais pequena então conhecida, que pode em pouco tempo vir a dar uma planta de cerca de três metros. Esta parábola põe em evidência a desproporção entre a insignificância dos começos do Reino de Deus e a sua vasta e rápida expansão. O livro de Actos dos Apóstolos sublinha constantemente o crescimento progressivo da Igreja; por sua vez, em S. Lucas, Jesus anima-nos a não temer a insignificância dos começos: «Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino» (Lc 12, 32).
O reino de Deus é como a semente

O evangelho do domingo passado tratou da crise entre Jesus, seus irmãos e os escribas, que se opunham ao seu ensinamento. Em continuidade a esse episódio, hoje Jesus aparece, conforme o relato da comunidade de Marcos, ensinando de novo (Mc 4,1), mas em forma de parábola, isto é, de modo comparativo. Jesus faz uso da realidade agrária da Palestina para fazer os seus seguidores entenderem a sua mensagem. Ele não explica a comparação, mas deixa o ouvinte pensando sobre o fato. Aos seus discípulos(as), no entanto, ele explicava em particular (4,34).
O evangelho de hoje trata de duas parábolas do reino: a da semente e a do grão de mostarda. Cada uma delas tem um centro, um entendimento possível.
A semente que germina por si só: crescer por si só é o centro dessa parábola. A mensagem é simples: basta semear o reino e ele crescerá, mesmo que os opositores não queiram. O importante é semear sempre. Jesus incentiva os seus seguidores, seus irmãos na fé, a permanecer no árduo trabalho de semear o reino. A semente, o reino, cresce por si só. Não há como impedi-lo.
A pequena semente: essa interpretação é a mais recorrente. O centro da parábola consiste na passagem do pequeno para o grande. A pequena semente de mostarda é o novo Israel, isto é, os seguidores de Jesus, os quais se tornarão "grandes árvores". Cada seguidor do reino é chamado a lavrar constantemente o seu interior para deixar a semente do reino crescer e produzir abundantes frutos.
A mostarda que cresce e incomoda: a mostarda é uma planta medicinal e culinária que chega a medir, no máximo, 1,5 m de altura. Ela se desenvolve melhor ao ser transplantada. Temos dois tipos de mostarda, a selvagem e a culinária. Por ser uma planta impura, o código deuteronômico (Dt 22,9) proíbe a sua plantação. Assim é o reino de Deus, como a erva que chega e se esparrama. Não pode ser controlada, torna-se abundante como a nossa tiririca. Assim como o reino, a mostarda é motivo de escândalo e incômodo para muitos.
O reino é indesejável para muitos e questionador das regras de pureza. Essa interpretação nos ajuda a compreender o valor do reino e sua ação transformadora em nossa vida, mesmo para aqueles que nele não acreditam.
III. DICAS PARA REFLEXÃO
– Levar as comunidades a perceber que o fruto do reino de Deus aparece lentamente. Quando menos esperamos, algo acontece. 
– Demonstrar, por outro lado, que, quando agimos em prol do reino, somos como a tiririca, que cresce sem pedir licença, ao incomodar os inimigos do reino da justiça e da paz. 
– Por sermos cristãos, temos uma força advinda do reino da qual não nos damos conta. Deus se dá a conhecer por sua força libertadora que se encontra no povo e em cada cristão.
Sugestões para a homilia
ATENÇÃO: Na página do Evangelho do Dia aqui no NPDBRASIL, no final de cada Liturgia Diária você encontra também mais 3 sugestões de Homilias Diárias.
1. Eu, O Senhor o afirmei e o hei-de realizar (Ezequiel, 17, 24)
Quem acredita em Deus olha para o passado e por ele compreende o futuro.
Ezequiel nasceu em 620 antes de Cristo, em Jerusalém, na época do rei Josias. Em 597 os judeus são deportados para Babilónia e Ezequiel também.
O sofrimento dos exilados era muito grande; sobretudo porque se encontravam longe da pátria, de Jerusalém e do Templo. O Salmo 137 é uma autêntica balada dos exilados, traduzindo a amargura e a saudade do povo, a quem os dominadores pediam «cânticos de alegria» (Salmo 137) «Junto aos rios da Babilónia nos sentámos a chorar, recordando-nos de Jerusalém… Os que nos levaram para ali cativos pediam-nos um cântico…» – «Cantai-nos um cântico de Jerusalém…» – «Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor, estando numa terra estranha? Se me esquecer de ti, Jerusalém, fique ressequida a minha mão direita! Pegue-se-me a língua ao paladar… se não fizer de Jerusalém a minha suprema alegria»!
Atenção ao pequeno pormenor que vem a seguir: «A tentação da dúvida e do desespero ameaçava profundamente os Judeus. Muitos pensavam: o nosso Deus abandonou o seu povo; os deuses pagãos levaram a melhor sobre o Deus de Israel!». Isto não era verdade. Deus nunca abandona os que O amam. Apenas os coloca em provações. Tudo o que relatámos parece repetir-se. Os povos do mundo inteiro quase ignoram Deus para confiar apenas nas leis dos governantes e na técnica.
A humanidade estará de regresso a Deus? A parábola do filho pródigo é sempre actual… Voltemos ao convívio íntimo com Deus, e seremos salvos.
2. «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra». Como ajudá-la a crescer e a dar fruto?
O processo de desenvolvimento da semente é um facto misterioso. O Reino de Deus cresce não por virtude ou mérito dos apóstolos, mas com a força da graça de Deus. São Paulo dirá aos Coríntios (1 Cor 3, 6-7): «Eu plantei, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento». Assim, nem o que planta, nem o que rega é alguma coisa, mas só Deus faz crescer».
Mas o plantar e regar é ou não imperativo e imprescindível?
Claro que sim. Jesus fundou a Igreja e conta com os leigos, os sacerdotes e os Bispos, para que o Reino de Deus se dilate. A formação dos leigos, sacerdotes e Bispos deve ser integral.
Basta que falhe alguma das partes para que a acção de cada pessoa seja um fracasso.
Qualidades humanas, cultura intelectual, e vida de santidade são dados inseparáveis. As pessoas muito activas mas onde falta a vida de oração, de frequência dos sacramentos, Eucaristia e comunhão diária, confissão frequente, direcção espiritual, meditação, exame diário de consciência, recitação diária da Liturgia das Horas, reza diária do Terço, outras práticas de devoção a Nossa Senhora, devoção ao Anjo da Guarda, a São José, etc, fazem muito barulho mas não conseguem levedar o meio em que vivem.
Estamos convencidos de que em primeiro lugar está a santidade e só depois a acção?
Corremos todos o risco de muita operosidade e pouca santidade.
Rezemos, façamos sacrifícios, transformemos o trabalho em oração, mantenhamos a união com Deus ao longo do dia e Deus fará o resto.
Para terminar, reparemos nestas palavras de São Lucas, 13, 32: «Não temais pequeno rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino».
Não devemos esquecer este pormenor. No mistério da conversão e santificação de cada cristão também conta o respeito de Deus pela liberdade de cada pessoa. Ninguém se converte contra sua vontade.
Homilias Feriais
ATENÇÃO: Na página do Evangelho do Dia aqui no NPDBRASIL, no final de cada Liturgia Diária você encontra também 3 sugestões de Homilias Diárias, para cada dia da semana.
11ª SEMANA
2ª Feira, 18-VI: Uma nova mentalidade.
Cor 6, 1-10 / Mt 5, 38-42
Ouvistes que foi dito aos antigos: olho por olho, dente por dente. Pois eu digo-vos: não resistais ao malvado. Jesus pede uma nova mentalidade no relacionamento com as outras pessoas. É altura de acabar com a lei de Talião. Agora deve prevalecer o amor ao próximo, que exige capacidade de humilhação, desprendimento do próprio eu, espírito de serviço desinteressado, ajuda aos mais necessitados. É também ocasião de darmos um bom exemplo: pela constância nas tribulações, nas adversidades, nos açoites… pela ciência e pela paciência, pela bondade, pela palavra da verdade e pela força de Deus (cf Leit)
3ª Feira, 19-VI: A riqueza da caridade.
Cor 8, 1-9 / Mt 5, 43-48
Ele (Jesus), que era rico, fez-se pobre por vossa causa, para que vos tornásseis ricos pela sua pobreza. S. Paulo reconhece que os fiéis de Corinto são ricos em tudo: na fé, na eloquência, na doutrina, nas atenções e na caridade (cf Leit). Precisamos descobrir o tesouro do amor aos inimigos, aqueles que nos incomodam: «No sermão da montanha, o Senhor lembra o preceito: ‘Não matarás’, e acrescenta-lhe a proibição da ira, do ódio e da vingança. Mais ainda: Cristo exige que o seu discípulo ofereça a outra face, que ame os seus inimigos (Ev)» (CIC, 2262). Este amor é uma consequência do amor que Deus semeia nos nossos corações.
4ª Feira,20-VI: Sementeira com generosidade e alegria.
Cor 9, 6-11 / Mt 6, 1-6. 16-18
Quem semeia pouco, também colherá pouco, e quem semeia com largueza colherá com largueza. Com esta imagem da sementeira, S. Paulo anima-nos a semear com generosidade e alegria: «Deus ama quem dá com alegria» (Leit). Mas não esqueçamos que a semente é fornecida por Deus (cf Leit). Essa mesma generosidade na sementeira há-de notar-se nas formas de penitência interior: «A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobretudo em três: o jejum, a oração e a esmola (Ev), que exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros» (CIC, 1434).
5ª Feira,21-VI: O pão nosso de cada dia.
Cor 11, 1-11 / Mt 6, 7-15
Orai, pois, deste modo: Pai nosso… o pão nosso de cada dia nos dai hoje. Ao pedirmos o pão nosso de cada dia reconhecemos que toda a nossa existência depende de Deus. Pedimos, em primeiro lugar, o necessário para resolver as necessidades de cada dia; e, depois, o que é necessário para a salvação da alma. O pão nosso «tomado à letra (sobre-substancial), designa directamente o Pão da vida, o corpo de Cristo, ‘remédio de imortalidade’, sem o qual não temos a vida em nós… A Eucaristia é o nosso pão de cada dia… E também são pão de cada dia as leituras que em cada dia ouvimos na igreja» (CIC, 2837).
Homilia do Diácono José da Cruz – 11º Domingo do Tempo Comum  ANO B
"O REINO É OBRA DE DEUS!"
Nos meus tempos de criança na Vila Albertina, lembro-me que quando a antiga casa da família Develis foi demolida, para dar lugar a uma construção mais ampla e arrojada, costumávamos conversar com um servente de pedreiro que trabalhava na obra, e a pergunta era sempre a mesma “O que vão construir nesse lugar?”. Ele respondia que era uma casa bem maior do que a que fora demolida, e quando perguntávamos quando ela ficaria pronta, se seria bonita e luxuosa, como a gente pensava, o servente desconversava “olha, sei que é uma casa, mas sou apenas um servente, só o mestre de obras que conhece o projeto, saberia dizer. A gente apenas obedece e vai executando o serviço do jeito que ele pede, e só no final, quando tudo estiver pronto e acabado, é que teremos idéia, daquilo que ajudamos a construir”.
O evangelho desse Décimo Primeiro Domingo do Tempo Comum ajuda a desfazer esse equívoco presente até nos dias de hoje, que é o da gente querer ser Mestre de Obras no Reino de Deus. Na minha caminhada de igreja já vi um pouco de tudo, conheci pessoas que se apresentavam como Engenheiros do Reino de Deus, com planos mirabolantes de ideologias humanas, belíssimas por sinal, mas achando que isso era o reino , grupos que desenvolveram uma espiritualidade muito forte e rigorosa, pensando que isso era o reino. E não faltam também os que inventam Doutrinas religiosas afirmando que se as mesmas não forem seguidas, o reino não acontecerá, e vem uma linha mais tradicional de ser igreja, outro mais clássico e institucional, outro mais liberal e até ensinamentos totalmente contrários ao cristianismo, onde o pregador “jura de pé junto” que está anunciando a Verdade, porque fala em nome de Jesus.
Vi questionamentos até cômicos: será que Deus é Socialista, Marxista, ou tende mais para o Neoliberalismo? Provavelmente não faltou quem pensasse em filiar Jesus Cristo ao seu partido político, aliás, pregação política em nome dele é o que não falta. Confesso que nos anos 80 eu passei por um drama de consciência muito grande ,quando diziam que a gente não podia ficar em cima do muro, tinha que se definir ou pela direita ou pela esquerda. Surgiram novas igrejas e religiões que parecem mesmo ter procuração do Senhor, para falar do reino e do seu evangelho. Essa é uma realidade que não se pode ignorar, Jesus mesmo falou “muitos virão em meu nome dizendo: o Messias está aqui, o Reino está aqui, O Senhor já está voltando!” Nunca vi tanta bobagem junta! As igrejas cristãs anunciam o reino e são um sinal dele, entretanto o Dono do Projeto é Jesus Cristo, que vai fazendo o reino acontecer, independente de qualquer ideologia humana, política, social ou religiosa.
É a primeira parábola do evangelho, onde tanto faz o homem dormir ou ficar acordado, a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. Podemos dizer que Jesus, não só é o semeador, como também a própria semente. O seu projeto, que se consolidou na cruz do calvário, parece ter sido um grande fracasso, até para os seus seguidores fiéis, foi muito difícil acreditar que o Reino que ele tanto falava, fosse vingar e dar certo, pois humanamente falando, o sistema religioso o havia desmascarado, o Nazareno parecia tão perigoso, pela liderança que exercia, pelos ensinamentos revolucionários que pregava, entretanto, a morte infame, vergonhosa e humilhante o havia calado para sempre. Ninguém diria que aquela pequenina semente, esmagada no calvário e depois escondida no sepulcro, fosse brotar e viria a se transformar na maior de todas as árvores.
As palavras de Jesus nesse evangelho querem nos transmitir confiança na sua ação Divina, e isso parece algo difícil e desafiador para todos nós, é difícil acreditar no Reino, quando olhamos ao redor e só vemos o caos do pecado dominando o ser humano, é verdade que há pessoas que acreditam em um futuro melhor e o ajudam a construir no presente, mas a grande maioria não crê em mais nada, “não há igreja que seja boa, todas são pecadoras e eu não vou em nenhuma delas”, “não quero saber de política, pois não existe político honesto, eu não acredito em mais ninguém e não voto em ninguém, pode ser até da comunidade”, e assim, há os que não acreditam mais no casamento, na família, nas instituições, está tudo irremediavelmente perdido.
Qualquer pessoa pode pensar, falar e até agir desta forma, mas nós cristãos não! Pois estaríamos negando o reino que Jesus plantou no coração do homem, estaríamos duvidando do seu poder de fazer germinar essa semente, estaríamos desconfiando que a sua graça não serve para nada, e o que é pior, estaríamos achando que o poder das forças do mal, presente na sociedade, é muito maior do que a Salvação, a graça e a redenção que Jesus realizou a nosso favor e nesse caso, participar da Santa Missa seria fazer memória desse grande fracasso que é o Cristianismo, impotente para transformar o coração humano. De quem somos discípulos e testemunhas afinal? De Jesus de Nazaré e do seu Reino, que está acontecendo misteriosamente e irá levar os homens de Boa Vontade á sua plenitude, ou dos projetos megalomaníacos do homem da modernidade, que insiste em construir um reino Antropocêntrico, deixando Deus em um segundo plano?
E aqui retomo aquele hino que me provocava calafrios nos anos 80 : Hei você, de que lado está você? ( XI Domingo do Tempo Comum Mc 4, 26-34)
 “Apostolado de filhos de Deus”
Você sabe como é um grande jogo de futebol. Antes do jogo, há uma concentração para os atletas e uma preparação psicológica para os torcedores. A televisão dá notícias da situação histórica das duas equipes: pontos ganhos e pontos perdidos, titulares que vão começar jogando e reservas que vão para o banco.
De repente, as equipes entram em campo. Muitas palmas, rojões, bandeiras se agitam e a emoção toma conta de todos. Começa a partida. Bola na trave, a torcida vibra, grita, pula. Alguém aproveita o rebote, enche o pé… é gooool! Um mar humano se levanta e delira, agitando as mãos e gritando em coro. O artilheiro dá cambalhotas, cai de joelhos, jogadores se abraçam. É festa! Uma grande “celebração”, num rito solene de alegria expressado por todos os gestos. Caso seja o fim de campeonato, pode haver alguém atravessando o estádio de joelhos com as mãos erguidas para o céu, o povão invadindo o gramado e carregando os heróis.
Quanta emoção! Tudo aqui é esplendor, é festa. Parece bastante diferente do que acontece com a semente lançada à terra, comparada ao Reino de Deus, que o Senhor nos conta hoje. No entanto, apesar de a semente não crescer com um espetáculo comparado a um jogo de futebol, nós, apóstolos do Reino de Deus precisamos ter um entusiasmo semelhante para anunciá-Lo. Fá-lo-emos com grande alegria, com todo o entusiasmo, pois sabemos que essa semente vai crescer e produzir muitos frutos, frutos abundantes, frutos de vida eterna.
São Jerônimo explicava a parábola do grão que germina dizendo que a semente simboliza o Verbo da vida, Jesus Cristo; a terra, os corações dos homens. A semente cai na terra. O dormir do semeador é comparado à morte de Jesus Cristo, pois depois da morte de Cristo o número de fiéis cresce cada vez mais entre adversidades e bonanças.
A semente de mostarda, que tem um diâmetro aproximado de 1,6 milímetros, resultava numa árvore que às margens do lago da Galileia media entre 2 a 4 metros. Os primeiros cristãos começaram a lançar a semente do Reino de Deus. Curioso! Enquanto mais perseguidos, mais aumentava o número de cristãos. Tanto é assim que Tertuliano, um advogado que se converteu ao cristianismo no ano 197 e que depois passou a ser catequista na Igreja, dizia que “o sangue dos mártires é a semente de novos cristãos”. Hoje como outrora, não somos a maioria da população, mas continuamos chamados a conquistar o mundo para Cristo.
Olhemos mais uma vez para os nossos irmãos da aurora do cristianismo, agora através da epístola a Diogneto, um dos primeiros escritos cristãos: “Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e a especulação de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em casas gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal. Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é pátria deles, a cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põe a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem as leis estabelecidas, as com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, deste modo, lhes é dada a vida; são pobres e enriquecem a muitos; carecem de tudo e tem abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos gregos são perseguidos, a aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio”.
Talvez o que impede sermos apóstolos entusiasmados da Boa-Nova seja o nosso comodismo: já têm muitas pessoas falando de Jesus, eu… para quê? Minha mãe já reza bastante, desse jeito todo o mundo se converterá, inclusive eu. Meu irmão já vai à Missa todos os domingos, para que irei eu?
Também a falta de fé impede a evangelização que devemos, como cristãos, realizar. Muitos católicos vivem aburguesados, estão tranquilos por falta de fé. Se a fé fosse viva, se a caridade ardesse em seus corações quereriam conquistar todos para Deus, fazendo apostolado com a sua vida e com a sua palavra de fogo em todos os ambientes dessa nossa sociedade.
A falta de estratégia as vezes nos deixa na inatividade: conversas vulgares, sempre as mesmas (além das piadas malsonantes, vocabulário baixo). É preciso saber elevar o nível, fazer-nos amigos de nossos conhecidos, atrai-los através da mansidão. Mãe, um segredo: não se consegue a conversão dos filhos aos gritos. Jovem, você não conseguirá a conversão daquele seu amigo sem rezar e sem se sacrificar por ele. É preciso viver a caridade através dos serviços que prestamos; fazer com que eles, através da nossa amizade, abram o coração; enfim, precisamos fazer um apostolado de amizade, esse dá certo em qualquer ambiente: no trabalho, na escola, na faculdade, nas fábricas, nos laboratórios etc. Como apóstolos dos tempos modernos, o que precisamos é ter uma grande confiança no Senhor. Com fé, esperança e caridade, seguiremos avante, por Cristo e com Cristo.
Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa

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