segunda-feira, 22 de abril de 2013

Liturgia da 04ª semana da Páscoa

Liturgia da Segunda Feira — 22.04.2013

IV SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Cristo, ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não tem mais poder sobre ele, aleluia! (Rm 6,9)
Leitura (Atos 11,1-18)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
Naqueles dias, 11 1 os apóstolos e os irmãos da Judéia ouviram dizer que também os pagãos haviam recebido a palavra de Deus.
2 E, quando Pedro subiu a Jerusalém, os fiéis que eram da circuncisão repreenderam-no:
3 "Por que entraste em casa de incircuncisos e comeste com eles?"
4 Mas Pedro fez-lhes uma exposição de tudo o que acontecera, dizendo:
5 "Eu estava orando na cidade de Jope e, arrebatado em espírito, tive uma visão: uma coisa, à maneira duma grande toalha, presa pelas quatro pontas, descia do céu até perto de mim.
6 Olhei-a atentamente e distingui claramente quadrúpedes terrestres, feras, répteis e aves do céu.
7 Ouvi também uma voz que me dizia: ‘Levanta-te, Pedro! Mata e come’.
8 Eu, porém, disse: De nenhum modo, Senhor, pois nunca entrou em minha boca coisa profana ou impura.
9 Outra vez falou a voz do céu: ‘O que Deus purificou não chames tu de impuro’.
10 Isto aconteceu três vezes e tudo tornou a ser levado ao céu.
11 Nisso chegaram três homens à casa onde eu estava, enviados a mim de Cesaréia.
12 O Espírito me disse que fosse com eles sem hesitar. Foram comigo também os seis irmãos aqui presentes e entramos na casa de Cornélio.
13 Este nos referiu então como em casa tinha visto um anjo diante de si, que lhe dissera: ‘Envia alguém a Jope e chama Simão, que tem por sobrenome Pedro’.
14 Ele te dirá as palavras pelas quais serás salvo tu e toda a tua casa.
15 Apenas comecei a falar, quando desceu o Espírito Santo sobre eles, como no princípio descera também sobre nós.
16 Lembrei-me então das palavras do Senhor, quando disse: ‘João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo’.
17 Pois, se Deus lhes deu a mesma graça que a nós, que cremos no Senhor Jesus Cristo, com que direito me oporia eu a Deus?"
18 Depois de terem ouvido essas palavras, eles se calaram e deram glória a Deus, dizendo: "Portanto, também aos pagãos concedeu Deus o arrependimento que conduz à vida!"
Salmo responsorial 41/42
Minha alma suspira por vós, ó meu Deus.

Assim como a corça suspira
pelas águas correntes,
suspira igualmente minha alma
por vós ó meu Deus!

A minha alma tem sede de Deus
e deseja o Deus vivo.
Quando terei a alegria de ver
a face de Deus?

Enviai vossa luz, vossa verdade:
elas serão o meu guia;
que me levem ao vosso monte santo,
até a vossa morda!

Então irei aos altares do Senhor,
Deus da minha alegria.
Vosso louvor cantarei ao som da harpa,
meu Senhor e meu Deus!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o bom pastor, conheço minhas ovelhas e elas me conhecem, assim fala o Senhor (Jo 10,14).

EVANGELHO (João 10,1-10)
Naquele tempo, disse Jesus: 10 1 “Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
2 Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas.
3 A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz à pastagem.
4 Depois de conduzir todas as suas ovelhas para fora, vai adiante delas; e as ovelhas seguem-no, pois lhe conhecem a voz.
5 Mas não seguem o estranho; antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”.
6 Jesus disse-lhes essa parábola, mas não entendiam do que ele queria falar.
7 Jesus tornou a dizer-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas.
8 Todos quantos vieram antes de mim foram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.
9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem.
10 O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância”. 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. UM ESTRANHO NO REDIL
Eu achava estranho esse evangelho do Bom Pastor no tempo pascal, parece que interrompem-se bruscamente as narrativas das famosas aparições de Jesus Ressuscitado ao discípulos , tão cheias de mistério e encanto, para falar de um assunto que não tem nada a ver, mencionando palavras repetitivas como redil, porta, pastor, ovelhas... E alguns adjetivos como, estranho, ladrão, assaltante, que nos faz imediatamente pensar nos outros, naqueles que são de fora do rebanho, nos que hostilizam a Igreja e o Reino de Deus, são esses que devemos ter cuidado, mas não! Jesus fala com os de “dentro”, ou seja, com a comunidade, e aqui precisamos tomar muito cuidado, para não nos julgarmos como membros exclusivos de um Rebanho de qualidade superior a todos os demais, os “queridinhos e prediletos” de Deus.
E uma boa chave de leitura aparece logo no início do evangelho: Jesus é a Porta! Para entrar no Redil, para fazer parte da comunidade da Igreja, só há uma porta: Jesus Cristo, é ele que no dia do nosso Batismo nos introduz na comunidade. Não posso ser Cristão por razões ideológicas, ou para sentir-me bem com a minha consciência, vivendo em paz, sem preocupações nesta vida. Não posso tão pouco participar da comunidade e das celebrações apenas por preceito, pois existe aí o perigo dos nossos interesses falarem mais alto, conheci dois casos diferentes, em um deles, porque mudaram as músicas que vinham sendo cantadas, um instrumentista enfiou o violão no saco e saiu pisando duro, dizendo que nunca mais botaria os pés na igreja, e conheci um acordeonista, que ao contrário, começando a tocar em celebrações sertanejas, tornou-se um membro ativo da comunidade e tomou gosto pela vida em comunhão, ai está a grande diferença entre, ser freqüentador da comunidade, e ser um Seguidor de Jesus de Nazaré. Quem tornou-se cristão por causa de Jesus, após ter feito com ele uma experiência profunda de Vida em comunhão, passou pela Porta, mas aqueles que são meros freqüentadores, e não fizeram ainda essa experiência querigmática com o Senhor, são os que pularam a janela, entraram as escondidas pelos fundos, e quando chega a crise, esses mercenários são os primeiros a darem no pé, porque sentem que vão perder algo.
Mudam de igreja, de comunidade, de paróquia, de grupo, e nunca se encontram, há os que mudam até de família, passam a vida procurando a perfeição do cristianismo, e não encontrando acabam caindo no desânimo e frustração descobrindo mais tarde, que quem tinha de mudar eram eles, e não as pessoas.
Quando nossos interesses falam mais alto que as coisas do Reino de Deus, nos tornamos estranhos no ninho, ladrões e assaltantes, porque roubamos o espaço e o tempo da assembléia, das pastorais e movimentos, só para vender nossa imagem fazendo o nosso marketing pessoal. Tornamo-nos estranhos ao rebanho porque a nossa conduta e procedimento, e o jeito de pensar, não reflete de forma alguma o santo evangelho, a vida de comunhão ou a koinonia como diz o termo grego.
Ao contrário, quem passa pela Porta que é Jesus Cristo, torna-se também um pastor, aquele que cuida, mostra o caminho, socorre os fracos e feridos, que na comunidade são tantos, e se for preciso, carregam no colo as ovelhinhas que não podem caminhar, exatamente como faz esse Bom Pastor que é Jesus Cristo. As ovelhas o seguem, porque ouvem e conhecem sua voz, ou seja, a relação com ele é marcada por uma grande intimidade, de quem conhece a voz, isso é, a Palavra de Deus, e que por isso se torna um discípulo.
Claro que o evangelho desse 4º Domingo da Páscoa, fala forte no coração dos jovens despertando uma possível vocação, projetando esse pastoreio na Vocação Sacerdotal, mas é preciso essa compreensão mais ampla de que somos todos ovelhas e pastores, somos cuidados mas também somos cuidadores, em um amor co responsável, que vai ao encontro do outro porque o aceita como irmão no Senhor Jesus.
E há na segunda leitura dessa liturgia, uma afirmação do apóstolo Pedro, que reforça essa comunhão de vida: Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que , mortos aos nossos pecados vivamos para a Justiça.
Ser comunidade é carregar o outro em nossa vida, com todos os seus pecados e defeitos, fazer isso por puro amor, amor que aceita, que compreende, que perdoa sempre e é misericordioso, pois carregar o outro com seus carismas e perfeições, não requer nenhum sacrifício e é até agradável.A exemplo de Jesus, Nosso Deus e Senhor, sejamos todos pastores e que aprendamos a amar a todos, mesmo os “estranhos” do Redil, pois o amor poderá salvá-los, levando-os a uma experiência sincera com Jesus.
2.Quem conduz o povo de Deus é o Senhor, Bom Pastor
A afirmação mais importante do evangelho de hoje é que Jesus é a “porta das ovelhas”. O contexto do capítulo 10 é a controvérsia com os fariseus, adversários por excelência de Jesus, no evangelho segundo João. A afirmação “Eu sou” (cf. Ex 3,7ss) é a afirmação da divindade de Jesus.
“Eu sou a porta das ovelhas.” Trata-se da porta de um cercado, sem telhado. E como tal, ele permite entrar e sair; como toda porta, abre e fecha. Quando a porta fecha é para proteger o rebanho contra os inimigos predadores que ameaçam a vida de todo rebanho. Quando a porta é aberta para fazer o rebanho sair, o Pastor vai à frente para conduzir o rebanho em segurança à verdadeira pastagem (cf. Sl 23[22]).
Quem conduz o povo de Deus é o Senhor, Bom Pastor. O alimento que sustenta o povo, do qual o Cristo é o Pastor, é a sua própria vida entregue para a vida do mundo (ver: Jo 6). Quanto ao rebanho, ele segue unicamente o Pastor, cuja voz ele conhece.
ORAÇÃO
Pai, torna-me um discípulo dócil de Jesus, o verdadeiro pastor que arriscou a própria vida para me salvar. Somente ele poderá conduzir-me para ti.
3. A QUEM SEGUIR?
Os discípulos devem estar alertas. De todos os lados, surgem pressões, visando afastá-los do projeto de Jesus. Quem não está atento, corre o risco de ser enganado. O pastor das ovelhas age de maneira muito diferente dos salteadores e ladrões. Cada um é reconhecido por seu modo de proceder.
O pastor tem com as ovelhas um relacionamento feito de confiança e amizade. A intimidade permite que se conheçam mutuamente. As ovelhas conhecem-no pela voz. Ele as chama pelo nome. Cada ovelha tem um valor particular. Elas são levadas para pastar, sob a atenta vigilância do pastor, que lhes dá segurança e as defende. 
Esta é a imagem do relacionamento de Jesus com seus discípulos. 
Contrariamente ao pastor, agem os estranhos que não nutrem um autêntico interesse pelas ovelhas. Atuando com engodo, podem colocá-las em perigo. Sua única preocupação consiste em tirar proveito de sua ingenuidade, abandonando-as quando não se prestam às suas perversas intenções. A atitude natural das ovelhas é fugir, quando se aproxima um estranho, cuja voz não conhecem. Elas sabem que estão correndo perigo. Contudo, são suficientemente espertas para não se deixarem levar por quem é ladrão e salteador.
O discípulo de Jesus não se deixa enganar. Ele sabe distinguir muito bem entre o pastor e os ladrões e salteadores. Por isso, não hesita em fugir, quando estes se aproximam.

Oração
Espírito de sagacidade, que eu não seja enganado por aqueles que querem me afastar do projeto de Jesus. Antes, ensina-me a reconhecê-los e a fugir deles.
Liturgia da Terça-Feira

IV SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Alegremo-nos, exultemos de demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Leitura (Atos 11,19-26)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
11 19 Entretanto, aqueles que foram dispersados pela perseguição que houve no tempo de Estêvão chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, pregando a palavra só aos judeus.
20 Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene, entrando em Antioquia, dirigiram-se também aos gregos, anunciando-lhes o Evangelho do Senhor Jesus.
21 A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que receberam a fé e se converteram ao Senhor.
22 A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém. Enviaram então Barnabé até Antioquia.
23 Ao chegar lá, alegrou-se, vendo a graça de Deus, e a todos exortava a perseverar no Senhor com firmeza de coração,
24 pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão uniu-se ao Senhor.
25 Em seguida, partiu Barnabé para Tarso, à procura de Saulo. Achou-o e levou-o para Antioquia.
26 Durante um ano inteiro eles tomaram parte nas reuniões da comunidade e instruíram grande multidão, de maneira que em Antioquia é que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados pelo nome de cristãos. 
Salmo responsorial 86/87
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

O Senhor ama a cidade
que fundou no monte santo;
ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó.
Dizem coisas gloriosas
da cidade do Senhor.

Lembro o Egito e a Babilônia
entre os meus veneradores.
Na Filistéia ou em Tiro
ou nos país da Etiópia,
este ou aquele ali nasceu.
De Sião, porém, se diz:
“Nasceu nela todo homem;
Deus é sua segurança”.

Deus anota no seu livro,
onde inscreve os povos todos:
“Foi ali que estes nasceram”.
E por isso todos juntos
a cantar se alegrarão;
e, dançando, exclamarão:
“Estão em ti as nossas fontes!”
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz,
eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).

EVANGELHO (João 10,22-30)
10 22 Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno.
23 Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.
24 Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”.
25 Jesus respondeu-lhes: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim.
26 Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu llhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai.
30 Eu e o Pai somos um”. 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A dúvida cruel...
Como qualquer Judeu, Jesus vai constantemente ao templo, e lá sempre é assediado pelos Judeus mais conservadores, que o conhecem e ouvem, têm até admiração por ele, mas vivem na dúvida cruel sobre o seu Messianismo. Nesse evangelho eles indagam novamente sobre essa questão crucial   “Até quando nos deixarás na incerteza, se és o Cristo dizei-nos claramente”. Hoje, em um mundo marcado pelo ateísmo, certamente muitos aceitam Jesus, mas têm restrições sobre sua Divindade.
As  comunidades do primeiro século tiveram que abrirem-se muito á graça de Deus e a sabedoria do Espírito, para compreenderem o ensinamento dos apóstolos sobre as duas naturezas de Jesus.
Talvez o grande problema naquele tempo, era entender como é que podia um Homem ser Deus e este ser um Homem, ao mesmo tempo, com duas naturezas distintas. Justamente por conhecerem á sua origem, a sua história, a sua genealogia e seus familiares mais próximos, os conterrâneos dali da "Terrinha" de Jesus, até que sentiam orgulhosos por terem entre eles alguém de tão grande conceito em Israel, um grande Profeta, que já estava com uma fama maior do que os maiores profetas da história, pois seus ensinamentos causavam admiração, suas obras enchiam os olhos dos Nazarenos...mas daí, começar a pensar que seria ele o grande e esperado Messias, já seria um exagero. E por que?
Pela sua origem simples, sua vida rotineira igualzinha a vida de qualquer judeu, alimentar-se, ir na catequese, estar submisso ao Pai e Mãe, aprender a profissão do Pai, para sobreviver economicamente. O Messias não precisava de nada dessas coisas, tinha poder e glória, era um enviado de Deus e não estava em nível de um simples ser humano.
Hoje há um pensamento nefasto no cristianismo, que vem contaminando a vida de muitos cristãos, trata-se da Fé da Magia, que crê em um Cristo apenas Divino, que deverá usar seus poderes para socorrer os vis mortais. Um Jesus que está com a gente mais que não é igual a nós, um Jesus que separa Fé e Vida.
Pior do que ficar na dúvida, é inventar um Jesus Cristo mais adequado as nossas necessidades. Essa Cristo descaracterizado, produto de um Espírito Consumista, é hoje em Dia o Deus de muita gente que se rotula cristã...
2. Quem é Jesus?
Os judeus querem uma resposta clara, sem rodeios, à seguinte pergunta: “Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!” (v. 24). No entanto, nenhuma resposta seria convincente (ver: Lc 22,68). Em nenhum dos evangelhos Jesus diz claramente ser o Messias. Como sói acontecer, Jesus não irá responder com a clareza pretendida por eles. Ao invés de responder diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas (vv. 27-30).
Lembremo-nos de que em todo o Antigo Testamento o povo de Israel se compara a um rebanho, e Deus a um pastor (ver: Sl 23[22]). As ovelhas que escutam a voz é que conhecem o Pastor. A afirmação de Jesus referida às suas ovelhas “eu lhes dou a vida eterna” (v. 28), estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna, a não ser Deus? As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai (v. 29). É nas mãos do Filho e do Pai que as ovelhas estão. Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança. Nas mãos fortes do Filho as ovelhas jamais se perderão.
O autor do Deuteronômio diz: “Todos os santos estão em tua mão” (Dt 33,3). Jesus afirma uma unidade profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um” (v. 30). Para quem todo dia recitava o Shemá Israel, a afirmação de Jesus soava a blasfêmia e escândalo.
ORAÇÃO
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.
3. O MESTRE É RECONHECIDO
Os judeus insistiam com Jesus, exigindo que ele afirmasse, abertamente, sua identidade de Messias. Jesus, porém, tinha motivos para não ceder a uma tal pressão. Existe um caminho muito simples para reconhecê-lo: prestar atenção nas obras que ele realiza!
Só consegue reconhecer Jesus a partir de suas obras, quem se faz discípulo dele. A condição de discípulo coloca o indivíduo na perspectiva justa para observar o agir de Jesus e tirar as conclusões a respeito de sua identidade. Como? Permitindo olhá-lo com benevolência, sem preconceitos, nem má intenção. Colocando-se em sintonia com o Senhor, o discípulo pode discernir quem, de fato, é Jesus. Igualmente, capacita-o para ler, nas entrelinhas da ação de Jesus, sua condição de Messias, realizador das antigas esperanças de Israel, restaurador da vida e da esperança. E mais, sua condição divina, pois, as obras que Jesus realiza são exclusivas de quem é o Filho de Deus.
Quem não se torna discípulo, ou seja, sua ovelha, não está em condições de reconhecê-lo como Messias, por mais prodigiosa que seja a obra realizada por Jesus. Quem não está predisposto a ser discípulo, não abre mão da posição já tomada, nem confessa a messianidade de Jesus. Por isso, não era oportuno perder tempo com tal tipo de gente. Se não quisessem crer nele a partir das obras, paciência!

Oração
Espírito do Messias, coloca-me na perspectiva justa, para reconhecer e confessar a messianidade do Filho Jesus.
Liturgia da Quarta-Feira

IV SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO - OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Senhor, eu vos louvarei entre os povos, anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia! (Sl 17,50; 21,23)
Leitura (Atos 12,24-13,5)
Leitura dos Atos dos Apóstolos. 
12 24 Entretanto, a palavra de Deus crescia e se espalhava sempre mais.
25 Tendo Barnabé e Saulo concluído a sua missão, voltaram de Jerusalém (a Antioquia), levando consigo João, que tem por sobrenome Marcos.
13 1 Havia então na Igreja de Antioquia profetas e doutores, entre eles Barnabé, Simão, apelidado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, companheiro de infância do tetrarca Herodes, e Saulo.
2 Enquanto celebravam o culto do Senhor, depois de terem jejuado, disse-lhes o Espírito Santo: Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho destinado.
3 Então, jejuando e orando, impuseram-lhes as mãos e os despediram.
4 Enviados assim pelo Espírito Santo, foram a Selêucia e dali navegaram para a ilha de Chipre.
5 Chegados a Salamina, pregavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham com eles João para auxiliá-los. 
Salmo responsorial 66/67
Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.

Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção,
e sua face resplandeça sobre nós!
Que na terra se conheça o seu caminho
e a sua salvação por entre os povos.

Exulte de alegria a terra inteira,
pois julgais o universo com justiça;
os povos governais com retidão
e guiais, em toda a terra, as nações.

Que as nações vos glorifiquem, pó Senhor,
que todas as nações vos glorifiquem,
Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe,
e o respeitem os confins de toda a terra!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terra a luz da vida (Jo 8,12).

Evangelho (João 12,44-50)
12 44 Entretanto, Jesus exclamou em voz alta: “Aquele que crê em mim, crê não em mim, mas naquele que me enviou;
45 e aquele que me vê, vê aquele que me enviou.
46 Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas.
47 Se alguém ouve as minhas palavras e não as guarda, eu não o condenarei, porque não vim para condenar o mundo, mas para salvá-lo.
48 Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que anunciei julgá-lo-á no último dia.
49 Em verdade, não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele mesmo me prescreveu o que devo dizer e o que devo ensinar.
50 E sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que digo, digo-o segundo me falou o Pai”. 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A Palavra que nos julga...
Estou revendo uma novela dos anos 90 chamada "Roque Santeiro", nela, o maldoso e cruel Sinhozinho Malta, a cada maldade arquitetada perguntava aos seus cupinchas, "Estou certo ou errado?" balançando a pulseira do relógio, em um gesto que demonstrava um excessivo autoritarismo, e ninguém ousava dizer que ele estava errado...
Quando ouvimos falar de um Deus diante do qual chegaremos para ser julgados, dá um "friozinho" na barriga, principalmente sabendo que não haverá recurso e nem apelação, o julgamento será definitivo e irá selar toda a eternidade. Entretanto, diferente dos tribunais da terra, onde muitas vezes prevalece a mentira por causa de um ardil muito bem planejado da Defesa ou da Acusação, e que consiste em ter na manga da camisa ou no bolso do colete uma elemento surpresa para ser utilizado na audiência, nenhum homem ou mulher da humanidade inteira poderá alegar falta de conhecimento, ou medo de que Deus use de um elemento surpresa, de algo que não sabemos, para nos condenar...
Ele falou as claras, manifestou-se nitidamente no seu Filho Jesus Cristo, sabiamente chamado pelo evangelista João de "Verbo Divino", e aqui, também para que ninguém alegue que se esqueceu dessa Palavra de Deus e do seu ensinamento, Jesus nos deu o seu Espírito Santo, para sempre "refrescar a nossa memória e o nosso coração", isso é, poderá passar milênios de história da nossa Humanidade, a Palavra permanecerá sempre intacta e atualizada, nenhum ser humano terá diante de Deus qualquer desculpa, para Abrandar o julgamento.
Ouvir a Palavra de Jesus é ouvir a Palavra do Pai, ver a Jesus e fazer com ele experiência mais sensacional e espetacular de nossa Vida, é ver e experimentar o próprio Pai.
Quem viver de maneira permanente essa experiência, tornar-se-á conhecido do Pai e não precisará temer o julgamento. Entretanto, ouvir e ver, conhecê-lo e experimentá-lo, é decisão que compete a cada homem tomar, mediante a fé e o bom uso do seu Livre arbítrio.
Desprezar e rejeitar a Jesus, menosprezar o seu evangelho, sua Palavra libertadora, sua Luz maravilhosa, e viver de qualquer jeito, empurrando a existência com a "barriga", ignorando o seu sentido, a origem da Vida e o seu ocaso, é condenar-se já nesta vida, é tomar a decisão errada, criando uma situação que depois não poderá ser revertida...
Uma coisa é certa e comprovada, sem acolher esta Palavra, nem vale a pena viver...
2. “Quem me vê, vê aquele que me enviou”
A perícope de hoje contrasta com a precedente (12,37-43), em que o tema é a incredulidade.
Apesar de ter realizado muitos sinais, muitos judeus não creram nele (cf. v. 34). A razão da incredulidade: cegueira e dureza de coração (cf. v. 40; ver também Jo 9,41).
Aqui, Jesus toma a palavra. Ele é o enviado do Pai e, como tal, é portador da palavra do Pai: “… aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus” (Jo 3,34).
Pelo paralelismo apresentado nos versículos 44 e 45, “crer” e “ver” são, no quarto evangelho, sinônimos. Trata-se da visão própria da fé, que ultrapassa o aparente e penetra a realidade em sua profundidade. A fé possibilita a experiência de que estar diante de Jesus é estar na presença de Deus: “Quem me vê, vê aquele que me enviou” (v. 45). Esse paralelismo permite ainda compreender a profunda unidade que une o enviado àquele que o enviou. Por isso, Jesus poderá dizer: “O Pai e eu somos um” (10,30).
Ouvir Jesus é ouvir, como dissemos, o Pai: “… o que eu falo, eu o falo de acordo com o que o Pai me disse” (v. 50).
ORAÇÃO
Pai, como discípulo da luz, quero deixar-me sempre guiar por teu Filho. Só, assim, as ciladas do demônio não prevalecerão sobre mim. Vem em meu auxílio!
3. CRER EM JESUS E NO PAI
A fé em Jesus está estreitamente ligada com a fé no Pai, e a fé no Pai conduz à fé em Jesus. Ambos os níveis da fé estão em mútua dependência. Considerados isoladamente, perdem toda a sua consistência.
A fé em Jesus tem fundamento na sua condição de enviado do Pai. Enquanto enviado, é portador de uma missão específica. As palavras a serem proclamadas não são suas. Compete-lhe somente anunciar o que lhe foi comunicado. Por outro lado, o poder de realizar obras prodigiosas também lhe foi conferido. Portanto, os milagres realizados por ele apontam para o Pai, fonte de todo poder.
Todavia, a ação de Jesus não foi puramente mecânica, como se ele fosse um instrumento passivo nas mãos do Pai. Pelo contrário, lançou-se, de corpo e alma, na missão recebida, assumindo como obra própria tudo quanto realizava. Havia uma profunda sintonia entre a pessoa de Jesus e sua ação. Ele não agia por mera formalidade.
Embora querida pelo Pai, a ação de Jesus revelava sua identidade com ele. Por isso, a profissão de fé no Pai leva, necessariamente, à profissão de fé no Filho Jesus. Por outro lado, sendo Jesus manifestação do Pai, na história humana, quem nele crê, está no caminho seguro para chegar ao Pai.
Oração
Espírito do Pai e do Filho, conduze-me a uma fé sincera em ambos, de modo que eu saiba contemplar, no rosto de Jesus, o rosto Pai.
Liturgia da Quinta-Feira

SÃO MARCOS - EVANGELISTA
(VERMELHO, GLÓRIA, PREFÁCIO DOS APÓSTOLOS II – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a todas as criaturas, aleluia! (Mc 16,15)
Leitura (1 Pedro 5,5-14)
Leitura da primeira carta de são Pedro.
5 4 E, quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a coroa imperecível de glória.
5 Semelhantemente, vós outros que sois mais jovens, sede submissos aos anciãos. Todos vós, em vosso mútuo tratamento, revesti-vos de humildade; porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes.
6 Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno.
7 Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós.
8 Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar.
9 Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós.
10 O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará.
11 A ele o poder na eternidade! Amém.
12 Por meio de Silvano, que estimo como a um irmão fiel, vos escrevi essas poucas palavras. Minha intenção é de admoestar-vos e assegurar-vos que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes.
13 A igreja escolhida de Babilônia saúda-vos, assim como também Marcos, meu filho.
14 Saudai-vos uns aos outros com o ósculo afetuoso. A paz esteja com todos vós que estais em Cristo. 
Salmo responsorial 88/89
Ó Senhor, eu cantarei, eternamente, o vosso amor.

Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor,
de geração em geração eu cantarei vossa verdade!
Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!”
E a vossa lealdade é tão firma como os céus.

Anuncia o firmamento vossas grandes maravilhas,
e o vosso amor fiel, a assembléia dos eleitos,
pois quem pode, lá nas nuvens, ao Senhor se comparar
e quem pode, entre seus anjos, ser a ele semelhante?

Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria;
seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face!
Exultará de alegria em vosso nome dia a dia
e, com grande entusiasmo, exaltará vossa justiça.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
É Cristo que anunciamos, Jesus Cristo, o crucificado, poder e sabedoria de Deus (1Cor 1,23s).

EVANGELHO (Marcos 16,15-20)
Naquele tempo, 16 15 disse Jesus aos seus onze discípulos: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
17 Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas,
18 manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados”.
19 Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus.
20 Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam. 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Marcos
Na Festa de São Marcos Evangelista o evangelho do dia é dele próprio. Interessante porque nada diz sobre ele próprio mas o que está no centro das atenções é o mandato missionário que os discípulos recebem. Embora na sequência dos sinóticos Marcos aparece em segundo lugar, na verdade ele é o primeiro evangelho escrito. Segundo a tradição da igreja, Marcos sempre cedeu sua casa para a reunião dos primeiros cristãos da Igreja primitiva e até dizem que em sua casa teria acontecido a Santa Ceia. Foi um Missionário ardoroso e evangelizou o Egito, Chipre e Alexandria.
Nós olhamos para o fato lá há dois mil anos atrás e achamos muito natural que Marcos seja um grande Santo, e tenha evangelizado com tanto ardor missionário outras regiões ale da Palestina. Parece que tudo foi bem fácil...Mas não foi assim! O Cristianismo era algo novo e desconhecido pelo mundo. Das regiões evangelizadas tomemos como exemplo o Egito com todas as suas divindades, crenças e tradições. Marcos não inventou um Jesus para cada uma dessas Nações, mas foi fiel ao mandato recebido, não mudou uma só vírgula ou letra. Eis a bela mensagem desse dia de Festa em nossa Igreja...
A ordem de Jesus foi uma só : "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura". O jeito, a forma e o modo, compete a cada Cristão descobrir, de acordo com o seu tempo, como falar de Jesus para as pessoas. A Igreja desde o V CELAM resgatou e redescobriu a sua essência evangelizadora, a sua missão primária e a partir daí, inclusive no Documento de Aparecida, insiste na ideia de Discípulos Missionários, destacando as Urgências na evangelização, no Documento 94 das DGAE .
Tanto quanto naquele tempo, em nossos dias também, a missão de evangelizar é sempre desafiadora. Quanto aos sinais, expulsa-se demônios quando se estabelece Justiça, amor e igualdade nas relações fraternas, fala-se novas linguagens com novo ardor, para as gerações contemporâneas, serpentes e venenos da Pós Modernidade, Relativismo e outros contra valores, não conseguirão impedir de comprimirmos a nossa missão, e o homem enfermo da alma, pela descrença e indiferentismo religioso, será curado mediante essa Verdade, anunciada e Vivida pelos Cristãos.
Que São Marcos nos ajude e interceda por todos nós, Discípulos e Missionários do Senhor!
2. Segundo a tradição dos apóstolos
Sabemos que o autor do segundo evangelho é Marcos pelo testemunho do Bispo de Hierápolis, na Ásia Menor, em meados do século II d.C., testemunho retido na “História Eclesiástica”, de Eusébio de Cesareia. Não há no evangelho nenhum testemunho textual que nos pudesse fazer chegar a tal conclusão.
Eusébio de Cesareia (263-339 dC), referindo-se a Papias (~120 d.C.), afirma: “É exatamente isto que o presbítero tinha o hábito de dizer: Marcos, tendo sido intérprete de Pedro, escreveu com cuidado, ainda que sem ordem, tudo o que ele se lembrava dos ditos e feitos do Senhor. Porque não é o Senhor que ele tinha escutado e seguido, mas Pedro, e isto bem mais tarde somente, como eu disse. Este dava seu ensinamento segundo as necessidades, sem estabelecer uma sequência ordenada nas sentenças do Senhor…”.
Não foi, segundo o testemunho de Papias, a Jesus que ele seguiu, mas a Pedro. Era, provavelmente, uma espécie de intérprete de Pedro. O Evangelho escrito por ele é o mais antigo dos quatro. Data do ano de 70 d.C. Há, no Novo Testamento, várias menções de Marcos: At 12,12 fala de um João, de cognome Marcos; em At 12,25; 13,5.13; 15,37-39, ele acompanhava Paulo e Barnabé; em Cl 4,10, esteve em Roma; e 1Pd 5,13 apresenta-o como colaborador de Pedro.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.
3. MARCOS EVANGELISTA
A tradição identifica o autor deste Evangelho com João Marcos, que foi com Barnabé, seu primo, e com Paulo para a primeira viagem missionária a partir de Antioquia (At 13,2.5). Seria também o filho de Maria, em cuja casa Pedro se abrigou em Jerusalém (At 12,12).
Marcos escreveu seu Evangelho provavelmente no ano 65, sendo depois, nas décadas de 80 e 90, seguido pelos Evangelhos de Mateus, Lucas e João. Marcos, em seu texto, resgata as memórias históricas de Jesus de Nazaré, abandonadas pela visão cristológica que se concentrava no Jesus ressuscitado (Cristo).
Seu Evangelho termina com a narrativa das mulheres que encontram o túmulo de Jesus vazio e são avisadas pelo anjo de que "Jesus, de Nazaré, o crucificado... vos precede na Galiléia...".
As narrativas de aparições do ressuscitado (Mc 16,9-20) são acréscimos posteriores, feitos pela Igreja estruturada, provavelmente já no segundo século, a qual achou por bem reforçar neste Evangelho a dimensão do Cristo glorioso.
Liturgia da Sexta-Feira

IV SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Vós nos resgatastes, Senhor, pelo vosso sangue, de todas as raças, línguas, povos e nações e fizestes de nós um reino e sacerdotes para o nosso Deus, aleluia! (Ap 5,9s)
Leitura (Atos 13,26-33)
Leitura dos Atos dos Apóstolos
.
13 26 “Irmãos, filhos de Abraão, e os que entre vós temem a Deus: a nós é que foi dirigida a mensagem de salvação.
27 Com efeito, os habitantes de Jerusalém e os seus magistrados não conheceram Jesus, e, sentenciando-o, cumpriram os oráculos dos profetas, que cada sábado são lidos.
28 Embora não achassem nele culpa alguma de morte, pediram a Pilatos que lhe tirasse a vida.
29 Depois de realizarem todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, puseram-no num sepulcro.
30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos.
31 Durante muitos dias apareceu àqueles que com ele subiram da Galiléia a Jerusalém, os quais até agora são testemunhas dele junto ao povo.
32 Nós vos anunciamos: a promessa feita a nossos pais,
33 Deus a tem cumprido diante de nós, seus filhos, suscitando Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: ‘Tu és meu Filho, eu hoje te gerei’." 
Salmo responsorial 2
Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!

“Fui eu mesmo que escolhi este meu rei
e, em Sião, meu monte santo, o consagrei!”
O decreto do Senhor promulgarei,
foi assim que me falou o Senhor Deus:
“Tu és meu filho, e eu hoje te gerei!”

Podes pedir-me e, em resposta, eu te darei
por tua herança os povos todos e as nações,
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
Com cetro férreo haverás de dominá-los
e quebrá-los como um vaso de argila!

E agora, poderosos, entendei;
soberanos, aprendei esta lição:
com temos servi a Deus, rendei-lhe glória
e prestai-lhe homenagem com respeito!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14,6)

EVANGELHO (João 14,1-6)
14 1 Disse Jesus: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.
3 Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.
4 E vós conheceis o caminho para ir aonde vou”.
5 Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?”
6 Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Corações Perturbados
No evangelho de João estamos diante de um Jesus que fala muito, os discursos ocupam a maior parte, é sempre bom lembrar que os escritos Joaninos situam-se mais ou menos nos anos 90, quase final do primeiro século, marcado por intensa perseguição aos cristãos.
O quadro que se apresenta é de insegurança e perturbação, certamente o grupo dos discípulos também viveu essa mesma experiência nos dias que antecederam a paixão e morte do Senhor, no coração dos pobres e simples, os ensinamentos de Jesus eram bem acolhidos, mas nas Lideranças Religiosas, ao contrário, a rejeição e a incredulidade eram evidentes.
As comunidades do final do primeiro século também estão inseguras, todos se perguntam que destino terá o Cristianismo iniciado pelos discípulos de Jesus, como sobreviver em um ambiente tão hostil ao evangelho, onde os cristãos são considerados membros de uma seita perigosa ao sistema.
Os cristãos têm consciência da missão que fora confiada á igreja, pelo próprio Senhor, mas por outro lado sentem-se impotentes e nada podem fazer para reverter o quadro.
Nossas comunidades cristãs neste terceiro milênio, embora em outro contexto vivem o mesmo drama, o que fazer diante de um mundo cada vez mais hostil ás coisas de Deus Pai ? Como agir em uma sociedade que ainda não conhece de fato a Jesus Cristo, seu Reino e seu evangelho. Filipe não conhecia o Pai, e hoje em nossas comunidades, muitos também não conhecem a Deus, fazendo dele uma imagem distorcida.
Muitos vivem em comunidade, recebem um Batismo, tem contato com Deus nos Sacramentos, ouvem a Deus na Palavra, comungam Deus na Eucaristia, mas não sabem ao certo quem é Deus, e essa fé em Jesus nem sempre os faz ser, pensar e agir diferente. Crêem em Jesus mas não o aceitam como Senhor de suas Vidas, aliás, nem admitem que ele interfira em suas vidas, é a chamada Religião onde as pessoas se "sentem bem", sem qualquer compromisso com a moral ou ética, Tomé não conseguia ligar Fé e Vida, sua relação com Deus se fundamentava em revelações e manifestações grandiosas através do messianismo de Jesus. Ele não consegue pensar em um Reino que irá acontecer em definitivo,algo que só Jesus sabe o caminho, e que vai muito além de qualquer Reino terreno, por isso irá dizer a Jesus "Senhor, mostra-nos o caminho" . "Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida".
O caminho é bem conhecido, não podemos dar a mesma desculpa de Tomé "Senhor, não sabemos para onde vais"! Não sabemos o que fazer, ou que estilo de vida adotar enquanto cristãos. Essa é uma desculpa esfarrapada demais, o nosso caminho é o mesmo de Jesus, é o caminho do serviço, percorrido sempre com amor e entusiasmo, ainda que diante de nós, tenhamos muitas vezes as cruzes dos fracassos, o tormento das nossas limitações.
A Fé no Pai que se revelou em Jesus, aquele a quem seguimos, sempre nos reanima as forças, nos faz olhar á frente e seguirmos adiante, para uma Vida além de tudo o que hoje vemos, sentimos e somos. Esse lugar que já está reservado ao homem de Fé, é ao lado de Deus, para isso Ele nos fez e nisso consiste a Salvação... Ele já está a disposição, ainda nesta vida, para quem se dispuser a Ser Discípulo Fiel de Jesus.
2. “Não se perturbe o vosso coração”
O discurso do capítulo 14 de João é a sequência do relato da última ceia, em que Jesus lavou os pés dos discípulos e predisse a traição de Judas Iscariotes (13,1-30). Trata-se de um longo discurso de despedida que começa em 13,31 e vai até 14,31. O discurso é interrompido pelas intervenções dos discípulos (vv. 5 [Tomé], 8 [Filipe] e 22 [Judas]), que fazem avançar o discurso. O discurso visa encorajar os discípulos para que não desanimem diante da paixão e morte de Jesus; os versículos 1 e 27 mostram isso: “Não se perturbe o vosso coração”. De fato, o medo, a perturbação, a frustração são ameaças à unidade. O medo dispersa, leva a abandonar os passos, projetos.
À exceção de Maria, mãe de Jesus, Maria Madalena, Maria de Cléofas e o discípulo que Jesus amava (19,25-27), os outros fugiram.
No entanto, só há um meio de vencer o medo, pela fé: “Credes em Deus, crede também em mim” (v. 1). É a fé que permite não esmorecer; é a fé que possibilita manter viva a palavra do Senhor em nós. Somente a fé pode fazer compreender que a partida de Jesus não é abandono. Os discípulos são convidados a fazer uma verdadeira Páscoa: do medo à fé; da perturbação à paz. O que é prometido (cf. v. 3) deve sustentar esse êxodo.
ORAÇÃO
Pai, meu coração anseia por estar em comunhão contigo, em tua casa, lugar que Jesus preparou para mim. Que eu persevere sempre no caminho que me leva a ti.
3. NÃO SE PERTURBE!
O discípulo do Ressuscitado vê-se confrontado com duas situações que, se mal compreendidas, poderão ser causa de perturbação. Por um lado, tem diante de si um projeto, cujas exigências e conseqüências são preocupantes: pautar a própria vida pelo ideal do Reino, num mundo hostil e refratário ao amor, tem um preço a ser pago. Por outro lado, o discípulo pergunta-se pelo fim de tudo isto, pela meta para onde caminha. O sentido da caminhada e o ânimo com que ela é feita, dependem de uma certa lucidez. Caso contrário, o discípulo deixar-se-á vencer pelo desânimo.
Jesus tomou a iniciativa de tranqüilizar os discípulos, apelando para a fé: "Assim como vocês acreditam em Deus, acreditem também em mim". Suas palavras elucidavam as dúvidas que povoavam o coração deles. Acolhidas na fé, essas palavras surtiriam o efeito tranqüilizador desejado.
Para os discípulos, abriu-se uma perspectiva de comunhão escatológica com o Pai. Simbolicamente, Jesus referiu-se à casa com muitas moradas. O vocábulo casa evoca afeto, convivência, intimidade. As muitas moradas significam a disposição do Pai para acolher a todos, sem exceção. Quem chegar na casa do Pai, será recebido por ele. 
Esse lugar de acolhida será preparado por Jesus, o qual precederá os seus discípulos. Com uma tal certeza, pode-se deixar de lado todo receio. Basta seguir o caminho aberto por Jesus.

Oração
Espírito de tranqüilidade, afasta para longe de mim toda perturbação, e faze-me confiar plenamente nas palavras de Jesus, que já nos preparou um lugar na casa do Pai.
Liturgia do Sábado

IV SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Povo resgatado por Deus, proclamai suas maravilhas: ele vos chamou das trevas à sua luz admirável, aleluia! (1Pd 2,9)
Leitura (Atos 13,44-52)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
13 44 No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
45 Os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e puseram-se a protestar com injúrias contra o que Paulo falava.
46 Então Paulo e Barnabé disseram-lhes resolutamente: “Era a vós que em primeiro lugar se devia anunciar a palavra de Deus. Mas, porque a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os pagãos.
47 Porque o Senhor assim no-lo mandou: ‘Eu te estabeleci para seres luz das nações, e levares a salvação até os confins da terra’”.
48 Estas palavras encheram de alegria os pagãos que glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam predispostos para a vida eterna fizeram ato de fé.
49 Divulgava-se, assim, a palavra do Senhor por toda a região.
50 Mas os judeus instigaram certas mulheres religiosas da aristocracia e os principais da cidade, que excitaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e os expulsaram do seu território.
51 Estes sacudiram contra eles o pó dos seus pés, e foram a Icônio.
52 Os discípulos, por sua vez, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Palavra do Senhor.
Atos 13,44-52
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
13 44 No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
45 Os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e puseram-se a protestar com injúrias contra o que Paulo falava.
46 Então Paulo e Barnabé disseram-lhes resolutamente: “Era a vós que em primeiro lugar se devia anunciar a palavra de Deus. Mas, porque a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os pagãos.
47 Porque o Senhor assim no-lo mandou: ‘Eu te estabeleci para seres luz das nações, e levares a salvação até os confins da terra’”.
48 Estas palavras encheram de alegria os pagãos que glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam predispostos para a vida eterna fizeram ato de fé.
49 Divulgava-se, assim, a palavra do Senhor por toda a região.
50 Mas os judeus instigaram certas mulheres religiosas da aristocracia e os principais da cidade, que excitaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e os expulsaram do seu território.
51 Estes sacudiram contra eles o pó dos seus pés, e foram a Icônio.
52 Os discípulos, por sua vez, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo. 
Salmo responsorial 97/98
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!
97/98
Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s).



Evangelho (João 14,7-14)
14 7 Disse Jesus: “Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto”.
8 Disse-lhe Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”.
9 Respondeu Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheceste, Filipe! Aquele que me viu, viu também o Pai. Como, pois, dizes: ‘Mostra-nos o Pai’
10 Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras.
11 Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa destas obras.
12 Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai.
13 E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei”. 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Jesus e o Pai
O problema de Filipe era o mesmo das comunidades cristãs do primeiro século da Igreja. Ainda presos ao passado e a tradição de Israel o Povo da Antiga Aliança, esperavam uma manifestação gloriosa e esplendorosa de Deus Pai, através de Jesus Cristo. No Antigo Testamento as manifestações Teofânicas, com ventos, fogo, fumaça e intempéries da natureza, eram comuns na manifestação Divina.
Para Filipe e essas comunidades ainda não tinha "caído a ficha", Jesus e o Pai são um, Deus Pai e Deus Filho, com o Espírito Santo uma única pessoa e um só Deus.
A queixa de Jesus é antes de mais nada uma bela chamada de atenção "Há tanto tempo estou convosco e ainda não me conheceis, Filipe?"A Fé em Jesus Cristo não é estática mas dinâmica, vamos a cada dia o experimentando e assim o nosso conhecimento vai se aprofundando. Olhamos o Homem Jesus de Nazaré, igual a nós em tudo á exceção do pecado, contemplando e caminhando com ele vamos para o Pai, que Nele já chegou até nós.
A Fé em Deus é confirmada e comprovada nas obras reveladoras do Pai, assim é com Jesus e assim deve ser com cada um de nós. Talvez o leitor fique perplexo diante da afirmativa de Jesus, de que, quem Nele crê fará obras ainda maiores do que aquelas que Ele realizou. Podemos na linha do tempo estar longe do Jesus histórico, mas Jesus age em cada Batizado, formamos o corpo místico da Igreja onde Ele é a cabeça, portanto nossas obras não são isoladas, mas na ação da Igreja onde o Senhor é quem age e por isso as obras são ainda maiores do que aquelas que ele realizou há dois mil anos atrás.
Se hoje há muitas barreiras e desafios a serem vencidos para um trabalho missionário, há também facilidades, principalmente nos Meios de Comunicação, quando utilizados de maneira responsável e criteriosa à serviço da evangelização.
2. Em Jesus descortina-se o rosto de Deus
A intervenção de Tomé, o gêmeo, permitiu a Jesus declarar: “Eu sou o caminho, a verdade e vida” (v 6). Jesus é o caminho pelo qual se chega à vida verdadeira; é nele que se revela a verdade de Deus. Chegar a Deus, conhecer a Deus somente por ele.
Outra “provocação” de Jesus suscita uma nova intervenção dos discípulos; agora, Filipe: “Senhor, mostra-nos o pai, isso nos basta” (v. 8). Somente conhecendo Jesus, entrando em comunhão com ele, é possível conhecer o Pai. Ante o desejo manifestado por Filipe de ver o Pai, Jesus expressa o seu desapontamento: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces?” (v. 9).
Moisés também fez esse pedido audacioso: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Ex 33,18). Falta fé: “Não acreditas…?” (v. 10). A fé permite reconhecer que, diante de Jesus, estamos na presença de Deus. Em Jesus descortina-se o rosto do Deus invisível. As palavras de Jesus são palavras do Pai; são palavras que revelam o Pai, que mostram o Pai. Suas obras, o que ele faz, dão testemunho de que ele está no Pai e o Pai, nele.
ORAÇÃO
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.
3. JESUS E O PAI
Não se pode de compreender a existência de Jesus, prescindindo de sua íntima comunhão com o Pai. Suas palavras e seus gestos foram sempre referidos ao Pai. A consciência de ser o Filho enviado estava sempre presente em tudo quanto fazia. E mais: tinha consciência de estar chegando a hora de voltar para junto do Pai.
Sendo assim, o Filho divino pode ser considerado como a transparência do Pai. Quem o conhece, conhece o Pai. Quem o vê, vê também o Pai. Ouvi-lo, significa ouvir o Pai. Contemplar seus milagres, corresponde a contemplar o Pai manifestando seu amor pela humanidade. É, pois, inútil pretender ter acesso a Deus, prescindindo de Jesus.
Evidentemente, o Pai não é Jesus. E Jesus não é o Pai. As palavras de Jesus não dão margem para equívocos. Seria falsa qualquer identificação, e não corresponderia ao pensamento de Jesus. A comunhão entre ambos não redunda da fusão de um no outro.
Apesar disto, Jesus não titubeou em fazer esta afirmação ousada: "Quem me vê, vê o Pai". Da contemplação da vida de Jesus, é possível chegar a compreender quais são as pautas da ação de Deus, ou seja, a maneira como ele se relaciona com os seres humanos, e o que espera deles. 
Portanto, não é preciso ir longe para encontrar Deus. Jesus é o caminho pelo qual chegamos até o Pai.

Oração
Espírito de discernimento ilumina minha mente e meu coração para que eu possa reconhecer o Pai na contemplação do Filho Jesus.
Liturgia do Domingo — 28.04.2013
5º Domingo de Páscoa — ANO C
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)

__ "Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros." __
Ambientação:
(Sugestões: Neste domingo do Bom Pastor, na procissão de entrada ou das oferendas, pode-se apresentar símbolos da caminhada pastoral da comunidade: cajado, sandálias, instrumentos de trabalho das várias pastorais.)
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Está chegando o momento em que Jesus vai se despedir de seus discípulos. Reunindo-nos em nome de Cristo, Deus nos encoraja a concretizar o sonho do novo céu e da nova terra. Para isso, faz-se necessário que o Mestre continue presente em nosso meio. Nosso grande desafio consistirá em perseverar no amor. As solicitações do egoísmo brotam de todas as partes e acabam por contaminar as relações na comunidade cristã e, uma comunidade contaminada pelo egoísmo, é como um ramo seco. Aliás, será um contra-testemunho da fé cristã, pois o amor foi banido de seu meio. Fortaleçamos, nesta liturgia, os laços de amor que nos identificam como comunidade de discípulos e discípulas de Jesus.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Está chegando o momento em que Jesus vai se despedir de seus discípulos. Reunindo-nos em nome de Cristo, Deus nos encoraja a concretizar o sonho do novo céu e da nova terra. Para isso, faz-se necessário que o Mestre continue presente em nosso meio. Nosso grande desafio consistirá em perseverar no amor. As solicitações do egoísmo brotam de todas as partes e acabam por contaminar as relações na comunidade cristã e, uma comunidade contaminada pelo egoísmo, é como um ramo seco. Aliás, será um contra-testemunho da fé cristã, pois o amor foi banido de seu meio. Fortaleçamos, nesta liturgia, os laços de amor que nos identificam como comunidade de discípulos e discípulas de Jesus.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Deus amou uma cidade, Jerusalém. Este amor conheceu vicissitudes, viveu uma história. A cidade de Jerusalém está intimamente ligada à história das relações entre Deus e os homens. A Igreja é cidade nova e está ligada à páscoa de Cristo, êxodo definitivo, com o qual Ele venceu o mal, e esta cidade purificada pelo sofrimento, encontra uma felicidade sem sombras na perfeita comunhão com Deus. A glória de Cristo, ligada à sua obediência ao Pai é partilhada por aqueles que obedecem ao mesmo mandamento de amar a Deus e ao próximo até o sacrifício de si. Céus novos e terra nova são hoje a aspiração que faz bater o coração de toda a humanidade empenhada em superar a atual ordem social tão cheia de injustiças. "Eis que faço novas todas as coisas" é a grande esperança cristã: um mundo novo.
Sintamos em nossos corações a alegria da Ressurreição e entoemos alegres cânticos ao Senhor!

V DOMINGO DA PÁSCOA

Antífona da entrada: Cantai ao Senhor um canto novo, porque ele fez maravilhas; e revelou sua justiça diante das nações, aleluia! (Sl 97,1s)
Comentário das Leituras: Jesus, A capacidade de amar-se mutuamente indica o quanto Jesus está agindo na vida do cristão. A presença salvadora de Jesus tem, portanto, o efeito de desatar o nó do egoísmo, que afasta os indivíduos de seus semelhantes e, por consequência, de Deus também. O cristão, salvo por Jesus, manifesta a eficácia desta salvação na vivência do amor. O amor é o distintivo do cristão: Ouçamos com atenção.
Primeira Leitura (Atos 14,21-27)
Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos.
14 21 Depois de ter pregado o Evangelho à cidade de Derbe, onde ganharam muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia (da Pisídia).
22 Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações.
23 Em cada igreja instituíram anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham confiado.
24 Atravessaram a Pisídia e chegaram a Panfília.
25 Depois de ter anunciado a palavra do Senhor em Perge, desceram a Atália.
26 Dali navegaram para Antioquia (da Síria), de onde tinham partido, encomendados à graça de Deus para a obra que estavam a completar.
27 Ali chegados, reuniram a igreja e contaram quão grandes coisas Deus fizera com eles, e como abrira a porta da fé aos gentios. 
Salmo responsorial 144/145
Bendirei o vosso nome, ó meu Deus, 
meu Senhor e meu rei para sempre. 


Misericórdia e piedade é o Senhor,
ele é amor, é paciência, é compaixão.
O Senhor é muito bom para com todos,
sua ternura abraça toda criatura.

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!

Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração.
Segunda Leitura (Apocalipse 21,1-5)
Leitura do livro do Apocalipse.
1 Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia.
2 Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo.
3 Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.
4 Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição.
5 Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. 
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34). 



EVANGELHO (João 13,31-35)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
13 31 Logo que Judas saiu, Jesus disse: “Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele.
32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará em breve.
33 Filhinhos meus, por um pouco apenas ainda estou convosco. Vós me haveis de procurar, mas como disse aos judeus, também vos digo agora a vós: para onde eu vou, vós não podeis ir.
34 Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. 
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Br - 1 Cor 15,1-8; Sl 18A (19A); Jo 14,6-14
3ª Br - At 14,19-28; Sl 144 (145); Jo 14,27-31a
4ª Br - At 15,1-6; Sl 121 (122); Jo 15,1-8
5ª Br - At 15,7-21; Sl 95 (96); Jo 15,9-11
6ª Br - At 15,22-31; Sl 56 (57); Jo 15,12-17
Sb Br - At 16,1-10; Sl 99 (100); Jo 15,18-21
6º DOM. DA PÁSCOA. At 15,1-2.22-29; Sl 66 (67),2-3. 5. 6 e 8 (R/ 4); Ap 21,10-14.22-23; Jo 14, 23-29 (Espírito Santo e paz)
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A Glória e o Amor
Podemos trocar neste evangelho, a palavra Glória por Sucesso, que significa ser bem sucedido em algum empreendimento humano, obtendo o reconhecimento de todos, recebendo as honras e os elogios, por ter sido o melhor, por ter sido um vencedor. É assim em uma carreira profissional ou política, é assim no mundo das artes, da ciência ou do esporte, onde o mais ágil, o mais forte, o mais bem dotado, sempre vence. Uma vitória traz algo muito buscado por todos que é o poder, e quem o alcança tem as pessoas á sua disposição, que irão manifestar sempre o apoio, em uma clara submissão ao seu ídolo. É a glória! Como exclamam felizes, os que a alcançaram. O ídolo se torna uma referência, uma marca, um estilo de vida que irá servir de modelo a todos.
Alimenta-se assim uma verdadeira veneração do Ego do vencedor, que pensa sempre em si mesmo, em seus interesses, em suas conveniências, que planeja e arquiteta sempre o que lhe favorece e lhe faz bem, ou em outras palavras; que tem um “mundo” girando ao seu redor. Em um sistema egoísta que favorece um só ou alguns felizardos, basta olharmos o modelo econômico corrompido pelo neoliberalismo, e que mantém na ponta da pirâmide quem chegou lá, por merecimento ou por mecanismos escusos porque sendo assim, cada irmão ou irmã torna-se um concorrente que deve e precisa ser eliminado, quando se busca o sucesso e a fama. O sistema nos faz pensar e agir desta forma e assim, simples adversários são transformados em inimigos!
Entretanto, a glória para Deus é o oposto do que é para os homens, porque não tem como fundamento o egoísmo, mas sim a solidariedade e um modo de amar que o homem nunca tinha visto ou experimentado antes. Um amor verdadeiro quer construir, renovar, ajudar o outro a crescer, quer a vida e o bem do próximo, quer vê-lo livre para tomar decisões sábias, para conquistar seus ideais, construir sua própria vida e fazer a própria história. Mas tudo isso poderá ter um preço muito alto, que nem sempre estamos dispostos a pagar, pois o sistema nos convence de que, qualquer investimento deverá sempre ser feito para nós mesmos e não para os outros, pois é perigoso ajudar as pessoas a crescerem em dignidade, amanhã elas poderão ser mais um concorrente.
Esse modo de pensar e de viver é sempre perigoso, pois pode representar a perda até da própria vida, é melhor pensar e viver como todos os outros, pois somos condicionados a vencer, ninguém quer perder, ninguém quer a derrota, ninguém deseja o fracasso. Não vale a pena dar a vida pelos outros, ninguém irá reconhecer!
Pois essa é a glória para Deus, quando pensamos e agimos diferente do mundo, por causa do evangelho, Deus é glorificado, porque pensamos e agimos exatamente como o Filho Jesus. Por essa razão que neste evangelho, exatamente quando começa a delinear-se um aparente fracasso do ideal do reino, proposto por Jesus, com a traição de Judas, o Mestre anuncia que o Filho do Homem foi glorificado e que Deus foi glorificado nele. Ao ser glorificado pelo Filho, que não pensa e não age conforme o sistema marcado pelo pecado do egoísmo, mas sim pelos valores do Reino, o Pai o glorificará quando chegar a sua hora, a hora da cruz, que será aparente fracasso para os homens, mas a gloria para Jesus, provavelmente é este o sentido do ensinamento que ele faz aos seus discípulos na citação “quem perder a sua vida por causa de mim, irá ganhá-la”.
Mas como percorrer um itinerário tão desafiador, que vai na contra mão do sistema opressor e explorador? Onde poderá o discípulo encontrar força para seguir o Mestre e trilhar esse mesmo caminho? Na segunda parte deste evangelho Jesus deixa\aos discípulos o seu legado e o seu testamento, que é dado na forma de um mandamento novo “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Esse amor é muito mais que um sentimento, muito mais que uma virtude, esse amor é o próprio Deus, que tem a força renovadora, única capaz de transformar a tudo e a todos, dando-nos um novo céu e uma nova terra, levando o homem a seu destino glorioso junto a ele. Quem ama como Cristo nos amou, e não tem medo de perder, já antecipa em sua vida um pouco deste novo céu e desta nova terra! Que nossas comunidades sejam assim! Amém. (V Domingo da Páscoa Evangelho João 13,31 -33.. 34-35)
2. O mandamento do amor é a expressão máxima da vida cristã
O texto dos Atos dos Apóstolos relata a missão de Paulo e Barnabé entre os pagãos. A missão itinerante de ambos visa encorajar os discípulos a permanecerem firmes na fé, não obstante perseguições e sofrimentos (cf. v. 22). A comunidade primitiva vai se organizando com o fim de cuidar daqueles que abraçavam a fé (cf. v. 23). A Igreja que nasce do mistério pascal de Jesus Cristo é impulsionada pelo Espírito Santo para fazer com que a Boa-Notícia da salvação ultrapasse os limites de Israel: a “porta da fé” é aberta aos pagãos (cf. v. 27).
O evangelho é a sequência imediata da última ceia de Jesus com os seus discípulos (Jo 13,1-30). A última ceia, segundo o evangelho de João, foi o lugar do gesto simbólico do lava-pés, em que os discípulos são chamados a tirar as consequências dos gestos para a própria vida e a “imitar” o Mestre (cf. 13,12-17). Aí, na mesa da comunhão, é anunciada a traição de Judas (13,21-30).
Os versículos que nos ocupam são o indício de um longo discurso de despedida (13,31–14,31). A saída de Judas, à noite, do lugar da ceia, desencadeia o discurso que é instrução e revelação. Em Jesus, Deus revelou a sua própria glória.
A glorificação do Filho está, em primeiro lugar, na sua paixão e morte por amor – esta é a glorificação de Deus pelo homem, e do homem por Deus. É à paixão e morte que a glorificação se refere (cf. v. 33). Deus é glorificado na entrega do Filho por amor (cf. 13,1).
O mandamento do amor é a expressão máxima da vida cristã. Em que ele é novo, uma vez que já se encontra prescrito pela Lei (Lv 19,18.34; Dt 10,19)?
A identidade dos discípulos é dada pelo mesmo dinamismo que levou o Senhor a entregar-se por nós: “Nisto conhecerão que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (v. 35). A medida do amor fraterno é o amor de Cristo: “Como eu vos amei” (v. 34).
O amor não é uma ideia, nem se reduz a nenhum “sentimento”, mas é um movimento de entrega que faz o outro viver, que gera vida: “Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte” (1Jo 3,14). A Igreja, “morada de Deus com os homens” (Ap 21,3), deve ser a imagem do Deus que acolhe, que se entrega e faz viver plenamente.
ORAÇÃO
Espírito de amor, não permitas que eu seja mesquinho no amor; antes, que eu seja capaz de amar como Jesus.
3. O DISTINTIVO DO DISCÍPULO
A profissão de fé no Cristo Ressuscitado incide, diretamente, na vida do discípulo. Ela não é um discurso vazio, uma abstração intelectual, nem tampouco uma bela teoria. A fé consiste em acolher Jesus de tal forma, que toda a existência do cristão passe a ser moldada por esta opção. E o molde da vida cristã é a vida de Jesus. Seu distintivo é o amor mútuo.
Estando para concluir o ciclo de orientações aos discípulos, o Mestre resumiu tudo quanto havia ensinado, num único mandamento, chamado de mandamento novo: "Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês". A prática do amor mútuo é a expressão consumada da fé em Jesus. Não existe fé cristã autêntica, se não chegar a desembocar no amor.
Não se trata de um amor qualquer. O modelo é: amar como Jesus amou as pessoas, a ponto de entregar a própria vida para salvá-las. 
O verdadeiro discípulo distingue-se pelo amor. Quanto mais autêntico e radical for este amor, mais revelará o grau de sua adesão a Jesus.
A capacidade de amar-se mutuamente indica o quanto Jesus está agindo na vida do cristão. A presença salvadora de Jesus tem o efeito de desatar o nó do egoísmo, que afasta os indivíduos de seus semelhantes e, por conseqüência, de Deus também. O cristão, salvo por Jesus, manifesta a eficácia desta salvação na vivência do amor.

Oração
Espírito de amor não permitas que eu seja mesquinho no amor; antes, que eu seja capaz de amar como Jesus.