domingo, 9 de março de 2014

01º Semana da Quaresma Ano São Mateus

Segunda 10 de Março de 2014

I SEMANA DA QUARESMA 
(Roxo Ofício do Dia)
Antífona da entrada: Como os olhos dos servos estão voltados para as mãos de seu Senhor, assim os nossos para o Senhor nosso Deus, até que se compadeça de nós. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós! (Sl 122,2s)

Leitura (Levítico 19,1-2.11-18)

Leitura do livro do Levítico. 
19 1 O Senhor disse a Moisés: 
2 “Dirás a toda a assembléia de Israel o seguinte: sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo. 
11 Não furtareis, não usareis de embustes nem de mentiras uns para com os outros. 
12 Não jurareis falso em meu nome, porque profanaríeis o nome de vosso Deus. Eu sou o Senhor. 
13 Não oprimirás o teu próximo, e não o despojarás. O salário do teu operário não ficará contigo até o dia seguinte. 
14 Não amaldiçoarás um surdo; não porás algo como tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor. 
15 Não sereis injustos em vossos juízos: não favorecerás o pobre nem terás complacência com o grande; mas segundo a justiça julgarás o teu próximo. 
16 Não semearás a difamação no meio de teu povo, nem te apresentarás como testemunha contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor. 
17 Não odiarás o teu irmão no teu coração. Repreenderás o teu próximo para que não incorras em pecado por sua causa. 
18 Não te vingarás; não guardarás rancor contra os filhos de teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. 

Levítico 19, 1-2.11-18 - “temerás o Senhor teu Deus”

Por meio de Moisés o Senhor nos dá uma receita para que sejamos santos, 
assim como Ele é Santo! Se, fomos criados à Sua imagem e semelhança 
temos de refletir na terra a Sua santidade, por isso, Ele nos ordena: 
“sede santos”! A santidade, pois, não é uma opção nossa, mas um 
mandamento do Senhor que precisa ser cumprido para a nossa própria 
felicidade. Ser santo é, portanto, o nosso desígnio, porém requer muitas 
particularidades, assim sendo somente com o nosso próprio Criador é que 
apreendemos a como viver na santidade. Muitas vezes nos perguntamos uns 
aos outros, o que devemos fazer para ser santos (as), ou no que consiste 
a santidade. A nossa santidade se revela por meio das nossas ações em 
relação aos nossos irmãos. A santidade é justiça, é bondade e assim como 
o Senhor falou àquele povo por intermédio de Moisés, fala também hoje a 
nós, através da Sua Palavra. 

Salmo responsorial 18/19

Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!

A lei do Senhor Deus é perfeita,
conforto para a alma!
O testemunho do Senhor é fiel,
sabedoria dos humildes.

Os preceitos do Senhor são precisos,
alegria ao coração.
O mandamento do Senhor é brilhante,
para os olhos é uma luz.

É puro o temor do Senhor,
imutável para sempre.
Os julgamentos do Senhor são corretos
e justos igualmente.

Que vos agrade o cantar dos meus lábios
e a voz da minha alma;
que ela chegue até vós, ó Senhor,
meu rochedo e redentor!

Salmo 18 – “Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!”

O Senhor Deus é fonte de sabedoria para nós, portanto é a origem da 
nossa santidade. Sua lei, Seus preceitos, Seu testemunho, Suas obras, 
Seus julgamentos, Seus mandamentos são perfeitos e nos dão a direção 
certa no caminho de volta para a nossa Casa, a Casa do Pai. Portanto, o 
cantar dos nossos lábios e a voz da nossa alma dão testemunho ao mundo 
de tudo o que Ele é.

Evangelho (Mateus 25,31-46)

Salve Cristo, luz da vida, companheiro na partilha! 
Eis o tempo de conversão; eis o dia da salvação (2Cor 6,2). 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 25 31 "Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso. 
32 Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 
33 Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 
34 Então o Rei dirá aos que estão à direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, 
35 porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; 
36 nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim’. 
37 Perguntar-lhe-ão os justos: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? 
38 Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? 
39 Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?’ 
40 Responderá o Rei: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes’. 
41 Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: ‘Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos. 
42 Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; 
43 era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes’. 
44 Também estes lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos?’ 
45 E ele responderá: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.’ 
46 E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna".

Evangelho – Mateus 25, 31-46 – “uns irão para a vida eterna, outros para o castigo eternoDe 

qualquer maneira estamos todos fadados à eternidade, ou para a vida 
ou para a morte! Isto é algo muito pertinente e grave de que precisamos 
tomar consciência enquanto é tempo. O próprio Jesus nos adverte de que 
irá voltar e reunir os povos da terra diante dele e, aí então, fará 
distinção entre os benditos do Pai e os malditos, os felizes e os 
infelizes. O parâmetro para esta escolha tem como primícias ter ou não 
vivido segundo o Evangelho, cumprindo o mandamento do amor e agindo 
conforme o que Ele nos ensinou. De nada valerá o que fizermos somente em 
prol da nossa própria subsistência, conforto e qualidade de vida. O 
termômetro de Deus é o amor concretizado em ações. Aqueles (as) que não 
seguiram os seus ensinamentos e desprezaram os pobres, doentes, nus, 
estarão fadados a um castigo eterno. Aqueles, porém, que deram atenção 
aos encarcerados, nus, famintos, enfermos, embora não fossem os da sua 
própria casa, receberão a herança dos justos. A herança que o Senhor nos 
promete é uma vida eternamente perto de Deus, junto a Ele no paraíso, 
para o qual fomos criados. Obter a vida eterna é viver plenamente na 
perfeição da santidade. Jesus nos dá o roteiro para que possamos 
perseguir esta perfeição enquanto vivemos aqui. Cada orientação que 
Jesus nos dá é um aprendizado para que caminhemos passo a passo rumo ao 
céu. Não podemos dizer que não conhecemos a receita nem o caminho porque 
o próprio Jesus nos dá todas as dicas, antecipadamente. Perseguir a 
santidade é perseguir a vivência do amor com os nossos irmãos e irmãs, 
mesmo que sejam eles os piores e os mais marginalizados do mundo.

Oração 

Espírito de amor, ensina-me a descobrir, no irmão sofredor, o apelo de Jesus a quem devo servir. 

 Terça 11 de Março de 2014

I SEMANA DA QUARESMA 
(Roxo Ofício do Dia)
Antífona da entrada: Vós fostes, Senhor, o refúgio para nós de geração em geração: desde sempre e para sempre vós sois Deus (Sl 89,1s).

Leitura (Isaías 55,10-11)

Leitura do livro do profeta Isaías. 
Isto diz o Senhor: 55 10 "Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não volvem sem ter regado a terra, sem a ter fecundado, e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, 
11 assim acontece à palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão".

Isaías 55, 10-11 - “ A Palavra de Deus fecunda o nosso coração”

Comparando a Palavra de Deus com a chuva e a neve que descem do céu, o profeta Isaias nos motiva a compreender a dimensão da sua ação na nossa vida. A Palavra que sai da boca de Deus tem sempre uma atuação extraordinária no solo do nosso coração contribuindo para o nosso crescimento humano e espiritual. O amor de Deus por nós se expressa através da Sua Palavra que nos ilumina, nos orienta e tal como a chuva que cai e fecunda a terra, desce do céu como gotas com o propósito de fertilizar o solo do nosso coração e fazer germinar a Sua semente para o plantio e alimentação da nossa alma. O objetivo de Deus expresso nesta leitura é claro: “realizar tudo o que for de Sua vontade a fim de produzir os efeitos que Ele pretendeu ao enviá-la”. A vontade de Deus para nós é como um paraíso que nos proporciona uma vida promissora e abundante de graças. Quem assim pensar e aceitar a Sua orientação terá uma vida saudável no corpo e na alma. Os efeitos que a Palavra produz em nós são tais quais os que a semente quando regada pela chuva, produz na vida do homem. Somente a escuta atenta da Palavra de Deus far-nos-á viver nesta Quaresma uma preparação eficaz para ressuscitarmos com Cristo, no domingo de Páscoa. Que possamos “enxergar” os efeitos da Palavra de Deus em nós, assim como vemos os efeitos da chuva e da neve na terra que está à nossa vista.

Salmo responsorial 33/34

O Senhor liberta os justos de todas as angústias.

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
e o Senhor o libertou de toda angústia.

O Senhor pousa seus olhos sobre os justos,
e seu ouvido está atento ao seu chamado;
mas ele volta a sua face contra os maus,
para da terra apagar sua lembrança.

Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.
Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.

Salmo 33 – “O Senhor liberta os justos de todas as angústias.”

O salmista exalta a justiça de Deus para com todos os que O procuram. O Senhor nosso Deus está atento às nossas súplicas e sempre pronto a atender as nossas necessidades, principalmente daqueles (as) que têm o coração atribulado e o espírito abatido, isto é, arrependido e humilhado, dependente dos Seus cuidados.

Evangelho (Mateus 6,7-15)

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor! 
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4). 


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos 6 7 "Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras. 
8 Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais. 
9 Eis como deveis rezar: Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; 
10 venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. 
11 O pão nosso de cada dia nos dai hoje; 
12 perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; 
13 e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. 
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. 
15 Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará".

Evangelho - Mateus 6, 7-15 “ Conversando com Deus ”

Jesus nos ensinou a Oração do Pai Nosso a fim de que pudéssemos nos dirigir ao Pai com um coração contrito e liberto de todo pensamento ou ideia humana que pudesse intervir no nosso relacionamento com Ele. Sabemos que a nossa humanidade decaída, assim como também os nossos achismos e julgamentos interferem no nosso desejo de fazer a vontade do Pai. Mesmo que tenhamos a maior boa vontade e a melhor das boas intenções, terminamos sempre por pedir a Deus “coisas e situações” que estão longe do Seu desígnio para nós. Por isso, Jesus, objetivamente, nos leva em primeiro lugar a louvor e a ter compromisso com o reino dos céus e a vontade do Pai da mesma forma como acontece no céu. Ensina-nos a implorar pelas nossas reais necessidades do dia a dia e, principalmente, a pedir perdão com a garantia de concretamente, também, perdoar os nossos irmãos e irmãs. Assim sendo, Ele próprio nos dá dicas preciosas para não atropelarmos os desígnios que Deus tem para nós, “usando muitas palavras”, pensando que assim seremos ouvidos. Na nossa conversa com Deus, que sejamos, portanto, objetivos nas nossas súplicas e não desejemos que por força das nossas muitas palavras, a nossa vontade aconteça! Simplesmente, aprendamos a glorificar o Pai e pedir a Ele que o seu reino e a sua vontade aconteçam em nós, na terra assim como acontece no céu; o pão para cada dia, o perdão pelas nossas culpas na mesma medida em que perdoamos os nossos irmãos; que nos ajude a não cair na tentação do pecado e a nos livrar do mal que é o demônio. Assim fazendo, a nossa oração, tornar-se-á um eco da Oração que Jesus também fez a Deus Pai dando-nos motivação para que possamos vivenciá-la no dia a dia da nossa vida.

Oração 
Pai, coloca nos meus lábios e no meu coração as palavras ensinadas por Jesus aos discípulos, pois elas são a melhor maneira de eu me dirigir a ti. 

Quarta 12 de Março de 2014

I SEMANA DA QUARESMA 
(Roxo Ofício do Dia)
Antífona da entrada: Lembrai-vos de vossa misericórdia e de vosso amor, pois são eternos. Nossos inimigos não triunfem sobre nós; libertai-nos, ó Deus, de toda angústia! (Sl 24,6.3.22)

Leitura (Jonas 3,1-10)

Leitura da profecia de Jonas. 
3 1 A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas nestes termos: 
2 "Vai a Nínive, a grande cidade, e faze-lhe conhecer a mensagem que te ordenei". 
3 Jonas pôs-se a caminho e foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era, diante de Deus, uma grande cidade: eram precisos três dias para percorrê-la. 
4 Jonas foi pela cidade durante todo um dia, pregando: "Daqui a quarenta dias Nínive será destruída". 
5 Os ninivitas creram (nessa mensagem) de Deus, e proclamaram um jejum, vestindo-se de sacos desde o maior até o menor. 
6 A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza. 
7 Em seguida, foi publicado pela cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este decreto: Fica proibido aos homens e aos animais, tanto do gado maior como do menor, comer o que quer que seja, assim como pastar ou beber. 
8 Homens e animais se cobrirão de sacos. Todos clamem a Deus, em alta voz; deixe cada um o seu mau caminho e converta-se da violência que há em suas mãos. 
9 Quem sabe, Deus se arrependerá, acalmará o ardor de sua cólera e deixará de nos perder! 
10 Diante de uma tal atitude, vendo como renunciavam aos seus maus caminhos, Deus arrependeu-se do mal que resolvera fazer-lhes, e não o executou.

Jonas 3, 1-10 – “depois de quarenta dias”

Em qualquer circunstância em que o homem esteja o propósito de Deus é sempre o de salvá-lo. Para isso Ele não mede esforços e continuamente envia os Seus mensageiros a fim de alertá-lo e abrir-lhe os olhos, enquanto há tempo. Assim como enviou Jonas à grande cidade de Nínive para avisar ao seu povo do que poderia lhe acontecer, “depois de quarenta dias”, hoje também o Senhor nos fala por meio da Sua Palavra e nos adverte de que há um tempo previsto para que as coisas aconteçam a fim de que nós façamos o que precisa ser feito. Os “quarenta dias” de que fala a Bíblia é sempre um tempo de preparação, de adestramento, de mudança, de conversão para que alcancemos um bem já preparado, uma herança, uma conquista. No entanto, há também o avesso da medalha: não havendo esforço no combate não poderá acontecer vitória e sim fracasso e destruição. Os dias da nossa vida são assim por dizer como os “quarenta” de que fala o Livro de Jonas. É o tempo que temos para escutar a Palavra de Deus, acreditar e colocá-la em prática. Os ninivitas fizeram isso: acreditaram em Deus, se arrependeram e se converteram com a pregação de Jonas, aceitando fazer jejum e vestindo saco, desde o superior ao inferior. Diante da interpelação do Senhor cada um de nós sabe o que precisa ser mudado, qual o jejum que precisamos fazer e qual a veste que precisamos apresentar para combater o mal que pretende nos destruir. O Senhor está nos avisando de que precisamos nos afastar do mau caminho e de nossas práticas perversas. Dentro de nós há vestígios das nossas ações de egoísmo, orgulho, inveja, preguiça, libertinagem, preguiça, rebeldia, gula, falsidade, desamor, que se não tivermos cuidado, poderão nos destruir até o fim dos nossos quarenta dias. No entanto, a primeira coisa que devemos ter em mente é de que Deus tem poder para nos retirar de toda situação de pecado, por isso, Ele nos oferece a Sua graça e se nos arrependermos Ele voltará atrás e nos acenará com uma vida abundante, pois Ele quer apenas a conversão do pecador. Todavia, o voltar atrás de Deus está condicionado ao nosso voltar atrás. Ele é objetivo nos Seus planos e realizações: quer nos salvar! Nós, hoje, podemos ser Jonas, ou um dos ninivitas. Somos mensageiros de Deus para salvar o mundo e estamos no mundo para sermos salvos através dos mensageiros de Deus.

Salmo responsorial 50/51

Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado
e apagai completamente a minha culpa!

Criai em mim um coração que seja puro,
dai-me de novo um espírito decidido.
Ó Senhor, não me afasteis de vossa face
nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

Pois não são de vosso agrado os sacrifícios,
e, se oferto um holocausto, o rejeitais.
Meu sacrifício é minha alma penitente,
não desprezeis um coração arrependido!

Salmo 50 – “Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido”

Um coração arrependido é a expressão de uma alma liberta! O maior desejo de Deus é que nós provemos da imensidão do Seu amor. No entanto, para que isto possa acontecer realmente, isto é, para que nós possamos experimentar o poder amoroso do Pai nós precisamos ter um coração puro e um espírito decidido. Por isso é que o salmista nos ensina a suplicar a Deus o perdão em vista do nosso arrependimento sincero a fim de que tenhamos de novo uma alma livre.

Evangelho (Lucas 11,29-32)

Jesus Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai! 
Voltai ao Senhor, vosso Deus, ele é bom, compassivo e clemente (Jl 2,12s). 



Naquele tempo, 11 29 quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: "Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas. 
30 Pois, como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem o será para esta geração. 
31 A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque ela veio dos confins da terra ouvir a sabedoria de Salomão! Ora, aqui está quem é mais que Salomão. 
32 Os ninivitas levantar-se-ão no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é mais do que Jonas".

Evangelho – Lucas 11, 29-32 –“a Cruz é a grande prova”

Jesus veio ao mundo com a missão específica de salvar o homem da destruição eminente a que o pecado lhe impusera, por isso Ele é o grande sinal de Deus para nós. No entanto, nós, assim como aquela geração que conviveu com Ele, ainda não nos conscientizamos disso e, às vezes, pedimos ao próprio Jesus sinais para acreditarmos na Sua Palavra. Jesus é a Palavra de Deus que se fez carne e veio até nós para nos direcionar e nos ensinar a assumir a vida da graça que nos foi prometida quando perdemos a nossa identidade com Aquele que nos criou. No entanto, pela nossa incredulidade estamos continuamente perdendo a grande chance de nos apossarmos das bênçãos que nos foram preparadas. A descrença é, portanto, uma grande arma usada pelo inimigo para enfraquecer a nossa fé em Jesus Cristo. Por isso mesmo, vivemos pedindo provas e querendo ver sinais e até tentamos a Deus abrindo aleatoriamente a Sua Palavra tentando encontrar respostas que estejam de acordo com os nossos interesses. Os ninivitas simplesmente se arrependeram e se converteram com a pregação de Jonas. Eles não pediram nenhuma prova nem quiseram ter visões sobre o que lhes era proposto. Precisamos perceber que Jesus é o grande sinal do Pai para nós e a nossa geração é mais abençoada do que a geração dos ninivitas e da rainha do Sul (Rainha de Sabá). Eles se converteram somente ouvindo a pregação de Jonas e de Salomão, nós, porém, somos privilegiados, porque o próprio Jesus, isto é a própria Salvação, veio a nós como Mestre e Redentor e a Sua Palavra é a garantia que temos de que o Pai nos perdoa e nos acolhe com amor e misericórdia apesar das nossas transgressões.

Oração 
Pai, torna-me dócil e sensível para acolher as palavras de Jesus, sem exigir sinais espetaculares como pré-requisito para aderir a ele. 

Quinta 13 de Março de 2014

I SEMANA DA QUARESMA 
(Roxo Ofício do Dia)
Antífona da entrada: Ouvi, Senhor, minha oração, compreendei o meu lamento. Atendei à voz de meu apelo, ó meu rei e meu Deus! (Sl 5,2s).

Leitura (Ester 4,17)

Leitura do livro de Ester. 
Naqueles dias, 4 17 a rainha Ester, tomada de uma angústia mortal, recorreu ao Senhor. 
Depôs suas vestes suntuosas e vestiu roupas de aflição e de pesar. Em lugar de essências preciosas, cobriu a cabeça de cinza e de lama; afligiu duramente seu corpo e por todos os lugares onde costumava alegrar-se espalhou os cabelos que se arrancava. 
Dirigiu esta prece ao Senhor, Deus de Israel: "Meu Senhor, nosso único rei, assisti-me no meu desamparo, porque não tenho outro socorro senão vós, e o perigo que me ameaça eu o toco já com as mãos. 
Ouvi desde criança, no seio da minha família, que vós, Senhor, tendes escolhido Israel entre todas as nações, e nossos pais, entre todos os seus antepassados, para deles fazer vossa herança perpétua e que tendes executado todas as vossas promessas. 
Agora pecamos na vossa presença e nos tendes entregado nas mãos de nossos inimigos, por termos adorado seus deuses. Vós sois justo, Senhor. 
Ora, presentemente não lhes basta a amargura de nossa escravidão, mas colocaram suas mãos sobre as mãos dos ídolos, em sinal de que querem abolir o que vossos lábios decretaram, aniquilar vossa herança, fechar a boca daqueles que vos louvam, extinguir a glória de vosso templo e de vosso altar, a fim de proclamar pela boca dos povos pagãos o poder de seus ídolos e de magnificar eternamente um rei de carne. 
Ó Senhor, não entregueis vosso cetro aos povos que são nada! Que não se riam de nossa ruína! Fazei cair sobre eles o seu projeto e tornai um escarmento para todo aquele que por primeiro nos atacou. 
Lembrai-vos de nós, Senhor! Manifestai-vos no dia da tribulação! Dai-nos coragem, Senhor, rei dos deuses e dominador de todo principado! 
Colocai em seus lábios palavras prudentes na presença do leão e fazei passar seu coração para o ódio daquele que nos é hostil, a fim de que ele pereça, ele e todos os seus parceiros. 
Ó Deus, que sois poderoso sobre todas as coisas, ouvi a voz daqueles que não têm outra esperança; livrai-nos das mãos dos malvados, e livrai-me de minha angústia". 

Ester 14, 1-15 – “A oração de Ester”
Nem sempre nós temos consciência do que realmente está acontecendo dentro do nosso interior e o que está motivando as nossas ações. Muitas coisas passam despercebidas por nós e, na verdade, só tomamos consciência das nossas condições verdadeiras no tempo em que passamos por dificuldades, por sofrimentos e penúria. A oração de Ester para nós é um convite à conversão e também um modelo de reflexão sobre o momento atual da nossa vida. Há momentos na vida em que experimentamos a orfandade, o deserto, a humilhação, a incapacidade, a impotência. São estes os momentos de maior graça que vivemos, pois, realmente podemos avaliar a nossa dor e fazer uma reflexão para chegar à conclusão de que nós mesmos (as) nos expomos ao perigo. Nestas horas, seguramente somos motivados a procurar refúgio no Senhor. Mesmo aqueles (as) que são ateus, “graças a Deus”, procuram algo para lhes socorrer. No entanto, a maior parte da nossa vida nós a passamos na tranquilidade, no bem bom, na rotina como se não precisássemos de mais ninguém. O tempo da “aparente felicidade” é, portanto, o tempo da desgraça, isto é, da nossa indiferença à graça de Deus, quando nos bastamos, quando nos saciamos com os frutos da carne e, por isso, nos expomos aos perigos. O tempo da quaresma, porém, nos é propício para voltarmo-nos para o Senhor e mesmo que não estejamos passando por nenhum tormento, nos conscientizarmos de que somos eternos devedores diante de Deus. É tempo de nos prostrarmos por terra, reconhecendo a nossa limitação, o nosso pecado, a nossa insensatez e pedir clemência ao nosso juiz e ajuda para podermos enfrentar os “leões” no tempo da peleja. Ester reconheceu: “eu mesma me expus ao perigo”. Somos muitas vezes responsáveis pelas coisas que acontecem erradamente. O que dá errado pode ser o que ainda não compreendemos e que foge aos nossos padrões certinhos. Só o Senhor poderá nos alinhar no caminho certo. Prostrar-se significa: humilhar-se, render-se, entregar-se. Todo tempo é tempo de conversão e toda hora é hora de buscar refúgio no Senhor. Não esperemos o tempo ruim, aproveitemos o tempo da graça do Senhor que é constante.

Salmo responsorial 137/138

Naquele dia em que gritei,
vós me escutastes, ó Senhor!

Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,
porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
Perante os vossos anjos vou cantar-vos
e ante o vosso templo vou prostrar-me.

Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,
porque fizestes muito mais que prometestes;
naquele dia em que gritei, vós me escutastes
e aumentastes o vigor da minha alma.

Estendereis o vosso braço em meu auxílio
e havereis de me salvar com vossa destra.
Completai em mim a obra começada;
ó Senhor, vossa bondade é para sempre!
Eu vos peço: não deixeis inacabada
esta obra que fizeram vossas mãos!

Salmo 137 – “Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!”

Precisamos tomar consciência de que somos uma obra de Deus inacabada e que Ele ainda tem muitos planos a realizar na nossa vida. No entanto, é necessário que estejamos atentos (as) aos Seus acenos, pois somente assim compreenderemos qual seja o nosso papel. A nossa vida é uma caminhada em busca da perfeição, ou melhor, da nossa condição de sermos imagem e semelhança de Deus. Por isso, precisamos sempre pedir o auxílio do Senhor a fim de que Ele nos modele e nos restaure dia a dia. Não podemos baixar guarda nem desanimar, estejamos vigilantes, pois um dia, perante os anjos, nós também cantaremos e nos prostraremos no templo do Senhor que é a Casa do Pai.

Evangelho (Mateus 7,7-12)

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai! 
Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo a alegria de ser salvo! (Sl 50,12.14). 


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 7 "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. 
8 Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á. 
9 Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? 
10 E, se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? 
11 Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem. 
12 Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas".

Evangelho – Mateus 7, 7-12 - “Pedir, procurar, bater”

Se tivéssemos consciência do que Jesus nos fala neste Evangelho e percebêssemos realmente a profundidade das Suas palavras, com certeza nunca desanimaríamos diante dos desafios da nossa vida. O pedir o procurar e o bater são ações de caráter imprescindível da nossa existência humana. Vivemos continuamente este movimento no nosso dia a dia. Normalmente, no entanto, nós pedimos, procuramos e batemos em busca das coisas que consideramos essenciais e absolutamente necessárias para saciar a nossa fome de prazer, de possuir e de poder. Na verdade, nós nos submetemos diante dos reis e dos governantes da terra por um punhado de sucesso, de reconhecimento do nosso potencial humano ou então nos degradamos e nos corrompemos para conquistar um lugar ao sol ou ainda nos humilhamos para nos apossar do coração de alguém. Fazemos mil e uma piruetas para buscar, fora, o pão que mata a nossa fome de amor. Porém, não percebemos que o que poderá alimentar a nossa alma e o nosso corpo está escondido dentro de nós e faz parte da essência da nossa alma, pois vem da fonte que jorra dentro de nós. Dentro de nós há uma fonte de amor para qual nós devemos nos voltar a fim de pedir, procurar e bater em busca das “coisas” de que precisamos realmente. A fé no amor de Deus é o alimento imprescindível da nossa existência humana. Deus sabe que nós precisamos do Seu amor como alimento, todavia, Ele espera a nossa livre vontade, o nosso querer e o nosso desejar para abrir as comportas e nos conceder tudo o que queremos alcançar. O Pai está no céu do nosso coração e espera a nossa adesão e o nosso desejo de possuir aquilo que Ele já designou para nos presentear. Pedir, procurar, bater, é perseverar na vivência do Evangelho com esperança e determinação. Não podemos nos escusar nem perder a grande chance da nossa vida buscando fora de nós pedra e cobra quando o Pai nos oferece pão e peixe, hoje. Por isso, também não podemos deixar para pedir, procurar e bater somente amanhã o que hoje nos é oferecido. Todo aquele que pede recebe, quem procura acha, e a quem bate, a porta se abre. Alimentados com o pão do amor conseguiremos também cumprir o que a lei e os profetas nos propõem: fazer aos outros tudo aquilo que desejamos que nos façam.

Oração
Pai, dá-me um coração grande, capaz de demonstrar um amor imenso ao meu semelhante, na total gratuidade e sem interpor restrições.

Sexta 14 de Março de 2014

I SEMANA DA QUARESMA 
(Roxo Ofício do Dia)
Antífona da entrada: Livrai-me, Senhor, das minhas aflições, vede minha miséria e minha dor; perdoai todos os meus pecados (Sl 24,17s).

Leitura (Ezequiel 18,21-28)

Leitura da profecia de Ezequiel. 
Assim fala o Senhor: 18 21 "Se, no entanto, o mau renuncia a todos os seus erros para praticar as minhas leis e seguir a justiça e a eqüidade, então ele viverá decerto, e não há de perecer. 
22 Não lhe será tomada em conta qualquer das faltas cometidas: ele há de viver por causa da justiça que praticou. 
23 Terei eu prazer com a morte do malvado? - oráculo do Senhor Javé. - Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva? 
24 E, se um justo abandonar a sua justiça, se praticar o mal e imitar todas as abominações cometidas pelo malvado, viverá ele? Não será tido em conta qualquer dos atos bons que houver praticado. É em razão da infidelidade da qual se tornou culpado e dos pecados que tiver cometido que deverá morrer.
25 Dizeis: não é justo o modo de proceder do Senhor. Escutai-me então, israelitas: o meu modo de proceder não é justo? Não será o vosso que é injusto? 
26 Quando um justo renunciar à sua justiça para cometer o mal e ele morrer, então é devido ao mal praticado que ele perece. 
27 Quando um malvado renuncia ao mal para praticar a justiça e a eqüidade, ele faz reviver a sua alma. 
28 Se ele se corrige e renuncia a todas as suas faltas, certamente viverá e não perecerá".

O capítulo 18 de Ezequiel assinala um notável progresso da revelação. Israel já compreendera que a sua dignidade derivava da sua eleição, de ser «povo eteni». Também já tinha tomado consciência da responsabilidade colectiva do pecado (cf. Dt 5, 9s.). Mas Jeremias alertara também para o «pecado pessoa!», isto é, para o facto de que cada um é o primeiro responsável pelas suas acções (cf. Jer 31, 29ss). Ezequiel retoma estas afirmações e vai mais longe.
Os exilados estavam convencidos de que sofriam pelos pecados dos pais.
Ezequiel diz-lhes que é cada um que decide o seu destino, com o seu modo de agir, e acrescenta que, também o destino pessoal, não é imutável. Deus é Deus de vida e não encontra felicidade na morte do pecador. Espera e suscita a conversão de cada um, para que viva.
Por isso, a vida nova é uma possibilidade ao alcance do pecador, que pode converter-se. Mas também o justo deve continuar atento e perseverante no cumprimento da vontade de Deus. Ninguém é justo de uma vez por todas. Mas é aderindo a Deus e à sua vontade, cada dia, que vivemos na justiça.

Salmo responsorial 129/130

Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?


Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,
escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece!

Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero.

No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra.
A minha alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora.

Espere Israel pelo Senhor
mais que o vigia pela aurora!
Pois no Senhor se encontra toda graça
e copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
de toda a sua culpa.

Evangelho (Mateus 5,20-26)

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai! 
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31). 


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5 20 "Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus. 
21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal’. 
22 Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: ‘Raca’, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena. 
23 Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 
24 deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta. 
25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. 
26 Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo".

RECONCILIAÇÃO URGENTE 
O 5º mandamento do Decálogo – "Não matarás!" – foi superado na interpretação de Jesus. Corria-se o risco de se deter na superficialidade do preceito, quando, no fundo, a exigência divina era muito mais radical. O respeito pela vida alheia vai muito além da garantia de sua vida física. 
Existe um outro nível que o discípulo desejoso de ser fiel a Deus deve levar em conta: o da dignidade humana, enquanto tal. Para ele, irritar-se contra o seu próximo, de modo especial, os mais fracos e pequeninos, é suficientemente grave para exigir a punição divina. Da mesma forma, a ofensa verbal, pela qual o próximo é vilipendiado e humilhado. Tais gestos de prepotência já são uma violação do 5º mandamento. 
O Mestre exige urgente reconciliação, sem protelar. Cada minuto é de extrema importância. Pode ser que venha a hora do juízo e um severo castigo. Por quê? A incapacidade de reconciliar-se e a insistência em permanecer no ódio ou no desejo de vingança são indícios de falta de comunhão com o Pai. Quem conclui a sua caminhada terrestre nesta situação, arrisca-se a não gozar da comunhão eterna com o Pai celeste. É inútil aspirar a viver em união com o Pai, sem um esforço prévio de reconciliação e de comunhão com o próximo. Afinal, o sentido último dos mandamentos divinos é criar comunhão entre os seres humanos para se chegar à comunhão com o Pai. 

Oração 
Pai, move meu coração à reconciliação, de forma que a comunhão com o meu próximo seja expressão de minha comunhão contigo. 

Sábado 15 de Março de 2014

I SEMANA DA QUARESMA 
(Roxo Ofício do Dia)
Antífona da entrada: A lei do Senhor é perfeita, conversão para a alma. O testemunho do Senhor é verdadeiro, sabedoria para os simples (Sl 18,8).

Leitura (Deuteronômio 26,16-19)

Leitura do livro do Deuteronômio. 
Moisés dirigiu a palavra ao povo de Israel e lhe disse: 26 16 “O Senhor, teu Deus, ordena-te hoje que guardes estas leis e estes preceitos. Observa-os cuidadosamente e pratica-os de todo o teu coração e de toda a tua alma. 
17 Hoje, fizeste o Senhor, teu Deus, prometer que ele seria teu Deus, e que andarias nos seus caminhos, observando suas leis, seus mandamentos e seus preceitos, e obedecendo-lhe fielmente. 
18 E o Senhor fez-te prometer neste dia, também de tua parte, que serias um povo que lhe pertenceria de maneira exclusiva, como te disse, e que observarias todos os seus mandamentos, 
19 para que ele te eleve em glória, renome e esplendor, acima de todas as nações que criou, e sejas, assim, um povo consagrado ao Senhor, teu Deus, como te disse”. 

Deuteronômio 26,16-19 - “povo santo, povo feliz”

A cada instante Deus nos chama a fazer parte do Seu povo particular, eleito e escolhido para viver de acordo com a sua Lei e os Seus decretos e obedecendo à Sua voz. A cada dia o Senhor Deus nos dá oportunidade e condições para assumirmos a nossa qualidade de parceiros do Seu projeto de Salvação abraçando de verdade a nossa filiação divina, estando, portanto, aptos a “cumprir os seus preceitos e decretos”. Às vezes, imaginamos que, pelo fato de que o tempo já vivido por nós não volta mais, estamos impedidos (as) de usufruir o tempo atual da nossa vida de um modo diferente, começando uma nova história. Deus, na sua paciência, nos atrai e nos forma para que a cada dia possamos viver a realidade do Seu amor de uma maneira abrangente e nova. O Seu intuito é de nos fazer ser um povo ilustre entre todas as nações, isto é, um povo feliz, um povo santo que corresponde aos Seus desígnios de justiça. Há uma correspondência mútua na proposta de Deus: “Tu escolhes, hoje, o Senhor para ser o teu Deus e o Senhor te escolheu, hoje, para que sejas para ele um povo particular.” No entanto, há, também, uma condição indispensável para que tudo seja real: “guarda-os e observa-os com todo o teu coração e com toda a tua alma”. Tudo depende de nós e da nossa adesão aos Seus apelos. Não adianta apenas nos encantarmos com as palavras aqui escritas, mas guardá-las e vivê-las de todo o coração e com toda a nossa alma. A experiência vivenciada será a nossa motivação para continuarmos firmes no propósito de andar de acordo com o que o nosso Criador nos propõe. Quando assumimos vivermos obedientes às propostas de Deus nós provamos da Sua glória e temos o conhecimento do que significa ser um “povo eleito”.

Salmo responsorial 118/119

Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!

Feliz o homem sem pecado em seu caminho,
que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
Feliz o homem que observa seus preceitos
e, de todo o coração, procura a Deus!

Os vossos mandamentos vós nos destes,
para serem fielmente observados.
Oxalá seja bem firme a minha vida
em cumprir vossa vontade e vossa lei!

Quero louvar-vos com sincero coração,
pois aprendi as vossas justas decisões.
Quero guardar vossa vontade e vossa lei;
Senhor, não me deixeis desamparado!

Salmo 118 – “Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!”

O critério de felicidade, às vezes, é muito distorcido por nós, pois colocamos a nossa busca nas coisas que saciam somente a nossa fome material. O salmista, no entanto, nos aponta qual é a verdadeira condição para que possamos avaliar se somos ou não bem aventurados: “progredir na lei do Senhor Deus!” O pecado é tudo o que nos afasta do amor de Deus, portanto, é a causa da nossa desdita. Quando caminhamos progressivamente na Lei de Deus e no que Ele deixou como regra de vida, a maldade vai também se afastando do nosso ser e nós conseguimos cumprir com as justas decisões de Deus. Assim sendo, nunca nos sentiremos desamparados, mas estaremos firmes no caminho da felicidade.

Evangelho (Mateus 5,43-48)

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação (2Cor 6,2).


5 43 Disse Jesus aos seus discípulos: “Tendes ouvido o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo’. 
44 Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem. 
45 Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. 
46 Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? 
47 Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos? 
48 Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”. 

Evangelho – Mateus 5, 43-48 - “rezai porque aqueles que vos perseguem”

Muitas vezes confundimos perfeição com perfeccionismo e acreditamos que ser perfeito é fazer tudo muito certo para não dar margem a que outras pessoas nos julguem. Neste Evangelho Jesus vem nos ensinar que ser perfeito é procurar viver de acordo com a condição de filhos do Pai que nos criou para sermos conformes à sua imagem e semelhança. “Assim como o Pai faz nascer o sol sobre maus e bons, sobre justos e injustos”, somos chamados (as), a imitá-Lo e, por conseguinte, aprender com Ele a perdoar, amar, acolher e aceitar o nosso próximo, do jeito que ele é, mesmo que ele esteja fora dos nossos padrões. A perfeição, portanto, é a vivência do amor de Deus em todas as situações da nossa vida e com todas as pessoas e não somente, com aqueles a quem nos é apreciável e fácil fazê-lo. Somos parecidos com o Pai quando vivenciamos o Seu Amor em todos os nossos relacionamentos, pois Deus ama incondicionalmente ao maior pecador. “Amai os vossos inimigos e rezai porque aqueles que vos perseguem”, é o que Jesus nos ordena. Aos olhos humanos o que Jesus nos ensina neste Evangelho é um verdadeiro contra senso, pois, na maioria das vezes, damos o primeiro lugar na nossa vida às pessoas de quem mais gostamos; só oramos por aqueles (as) nossos (as) mais queridos (as); só cumprimentamos a quem simpatizamos; só ajudamos às pessoas que podem nos recompensar; gostamos sempre de permanecer no grupo perto das pessoas com quem mais nos identificamos e assim por diante! As outras pessoas são como ilustres desconhecidos para não dizer inimigos, porque estão fora do nosso convívio. Precisamos, primeiramente, e com urgência, refletirmos a fim de descobrirmos quem são os nossos “inimigos”, quem são aqueles que nos estão “perseguindo” e se estamos rezando por eles. Às vezes, os nossos inimigos e perseguidores estão muito perto de nós e até dentro da nossa casa e simplesmente porque não simpatizarmos muito com eles nos esquecemo de rezar e pedir a Deus por eles. Conscientes disso, todavia, sabemos que a graça e o poder do Pai são bastante para que possamos cumprir com a ordem que Jesus nos manda cumprir. Por isso, a partir de hoje, podemos começar a “ser perfeitos como o Pai” e obedecer a Sua voz rezando pelos nossos inimigos como se eles fossem “as pessoas melhores do mundo”.

Oração
Pai, que meu agir inspire-se na tua perfeição, de modo a rejeitar todos os esquemas egoístas que as paixões desordenadas querem me impor.

II Domingo 16 de Março de 2014

II DA QUARESMA 
(Roxo)
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO : Cada ano, o segundo domingo quaresmal nos traz o evangelho da Transfiguração, no início da subida de Jesus a Jerusalém, onde levará a termo a vontade do Pai. Acompanhamos Jesus no seu caminho. Para que não desfaleçamos em nossa fé, faz-se necessário que tenhamos diante dos olhos a glória daquele que será aniquilado, o Filho e Servo de Deus. Por isso, a Aliança com Deus nos compromete, levando-nos a denunciar todo e qualquer tipo de exploração contra a vida, como nos chama a atenção a Campanha da Fraternidade deste ano. Somos convidados a dar ouvidos ao Filho de Deus, e a receber de Cristo nossa vocação, para caminhar atrás dele até a glória, passando pela cruz.
INTRODUÇÃO: Depois da vitória sobre as tentações no deserto, a liturgia celebra a transfiguração de Jesus no Tabor, para mostrar a autêntica figura do Filho de Deus e a verdadeira imagem que a filiação adotiva nos concede pela graça do Batismo.
INTRODUÇÃO: Revelar-nos ao outro é um ato de confiança, porque lhe dá poder para intervir sobre nós, e partilhar a mesma vida como acontece na amizade e no matrimonio é deixar que seja envolvida toda nossa existência.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, da Caridade, do Jejum e da Oração, preparemo-nos para a Páscoa do Senhor!

Antífona da entrada: Meu coração disse: Senhor, buscarei a vossa face. É vossa face, Senhor, que eu procuro, não desvieis de mim o vosso rosto! (Sl 26,8s)

Comentário das Leituras: Jesus em si mesmo revela o termo de nossa vocação, na medida em que nós nos unimos a ele pela obediência de sua palavra, pela adesão da fé. Desta forma, nossa vida, não é posição adquirida, mas caminho, dinamizado por uma vocação cujo termo, embora ainda escondido, já é revelado em Jesus Cristo. Sua glória é a luz que ilumina o caminho que nós somos chamados a percorrer. A lógica de Deus entra em choque com o mundo, que só quer conquistar e dominar, mas é vitoriosa em quem é fiel. Por meio das leituras de hoje aprofundemos o mistério que Cristo revela no Tabor e acolhamos a iluminação da sua glória.

Leitura (Gênesis 12,1-4)

Leitura do livro do Gênesis. 
12 1 O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar. 
2 Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos. 
3 Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti.” 
4 Abrão partiu como o Senhor lhe tinha dito, e Lot foi com ele.

1ª. leitura Gênesis 12, 1-4 – “terra e bênção”

Abrão não tinha noção para onde ele teria de ir nem tampouco como conseguiria chegar à terra que Deus lhe assegurava. No entanto, Ele partiu como o Senhor lhe havia dito. Ele apenas acreditou e confiou nas promessas de bênção do Senhor para ele e a sua descendência, mesmo sem ter ainda gerado nenhum filho. Assim também o Senhor nos chama a conquistar a nova terra. Deixar a “terra e a família” é abandonar tudo o que nos prende a uma vida velha e sem sentido. A família, no caso, significa as pessoas a quem nos apegamos e que nos impedem de seguir o Senhor, sem constrangimento e sem barreiras. A terra, é a situação na qual nos prendemos, nos enraizamos e, por isso, também se torna motivo de acomodação e renitência. O Senhor promete também, terra e bênção, para nós e para a nossa descendência, desde que nos tornemos livres dos padrões que o mundo nos impõe dando passos concretos em busca de uma vida consoante com o modelo evangélico de viver. Desse modo, nós somos filhos de Abraão, pela fé e pela obediência. Somos parte da sua descendência e temos também garantido o nosso lugar no reino dos céus. 

Salmo responsorial 32/33

Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
Venha a vossa salvação.

Pois reta é a palavra do Senhor,
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
transborda em toda a terra a sua graça.

Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.

No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!

Salmo 32 – “Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, venha a vossa salvação!”


A graça de Deus se manifesta na nossa vida na mesma proporção em que confiamos no cumprimento das Suas promessas para nós. Podemos fazer essa experiência quando, em algumas ocasiões em que somos afligidos nós reconhecemos a nossa incapacidade e limitação e nos entregamos ao Senhor refletindo, principalmente, na Sua Palavra que é reta e que faz jus a a nossa esperança. A Palavra de Deus nos dá a certeza de que seremos vitoriosos pois o Seu olhar está sobre nós e Ele não nos desampara.

Leitura (2 Timóteo 1,8-10)

Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo. 
Caríssimo, 1 8 não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. 
9 Deus nos salvou e chamou para a santidade, não em atenção às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio, da graça que desde a eternidade nos destinou em Cristo Jesus, 
10 e agora nos manifestou mediante a aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, que destruiu a morte e suscitou a vida e a imortalidade, pelo Evangelho.

2ª. Leitura – 2 Timóteo 1, 8-10 – “sofre comigo pelo Evangelho”

São Paulo escrevendo ao seu discípulo Timóteo, nos faz um chamado muito significativo para a nossa vida em relação a nossa caminhada para a santidade. O sofrer pela causa do Evangelho nos proporciona uma graça inestimável, pois nos condiciona a viver segundo a vontade de Deus. Sabemos que se, somos filhos e filhas do Pai cheio de amor e de poder, a Sua vontade é para nós o veículo que nos levará para um a vida também, plena de amor e de poder. Portanto, o que sofrermos em função da vivência e do anúncio do Evangelho é lenitivo e motivação para sermos fiéis a Jesus Cristo, que destruiu a morte e suscitou em nós uma nova vida. A eternidade começa agora e viver a vida eterna, desde já, implica em um testemunho corajoso, sem medo de censuras e de cadeias.

Evangelho (Mateus 17,1-9)

Louvor a vós, ó Cristo, rei da eterna glória!
Numa nuvem resplendente fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós (Lc 9,35).


Naquele tempo, 17 1 seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha. 
2 Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. 
3 E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele. 
4 Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: "Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o". 
6 Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo. 
7 Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: "Levantai-vos e não temais". 
8 Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus. 
9 E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: "Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos".

Evangelho Mateus 17, 1-9 – “Transfiguração de Jesus.”

Jesus também nos escolhe para ter com Ele uma experiência de salvação! Por isso, para que tenhamos uma experiência real com Deus, precisamos seguir Jesus até um lugar afastado, em cima do monte. Subir a montanha é elevar o coração a Deus, em oração. Em todas as vezes que nos retirarmos para um momento de oração, o mesmo que ocorreu com Pedro, Tiago e João, poderá acontecer conosco. Jesus se transfigura diante de nós e o Pai nos revela o Seu amor, por Jesus : “Esse é o meu filho amado,….Escutai-o!” Na oração nós temos contato com o Pai e recebemos Dele as instruções para enfrentarmos os desafios da vida. Na oração, nós obedecemos ao Pai e escutamos a Jesus. A transfiguração de Jesus nos mostra que também nós, como homens, podemos ser transformados e ter a nossa alma e o nosso corpo purificados, pelo poder do Espírito Santo. As roupas brilhantes e brancas de Jesus representam a veste e a glória que Deus Pai quer destinar a todos nós, os Seus filhos muito amados. A figura de Jesus transfigurado nos dá também o entendimento de que Deus nos exercita, no Tabor, isto é, na oração e no recolhimento, para que possamos depois descer do monte e enfrentarmos a luta da vida de uma maneira toda nova 

Oração
Pai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.


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