segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Liturgia da 27ª semana comum Ano Par

Liturgia da Segunda Feira — 08.10.2012
XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Senhor, tudo está em vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9ss)
Leitura (Gálatas 1,6-12)
Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas.
Irmãos, 1 6 estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para um evangelho diferente. 
7 De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. 
8 Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. 
9 Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado! 
10 É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo. 
11 Asseguro-vos, irmãos, que o Evangelho pregado por mim não tem nada de humano. 
12 Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo. 
Salmo responsorial 110/111
O Senhor se lembra sempre da aliança.
Eu agradeço a Deus, de todo o coração, 
junto com todos os seus justos reunidos! 
Que grandiosa são as obras do Senhor, 
elas merecem todo o amor e admiração!
Suas obras são verdade e são justiça, 
seus preceitos, todos eles, são estáveis, 
confirmados para sempre e pelos séculos, 
realizados na verdade e retidão.
Enviou libertação para o seu povo, 
confirmou sua aliança para sempre. 
Seu nome é santo e é digno de respeito. 
Permaneça eternamente o seu louvor.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34).

Evangelho (Lucas 10,25-37)
Naquele tempo, 10 25 levantou-se um doutor da lei e, para pôr Jesus à prova, perguntou: "Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna?" 
26 Disse-lhe Jesus: "Que está escrito na lei? Como é que lês?" 
27 Respondeu ele: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento; e a teu próximo como a ti mesmo". 
28 Falou-lhe Jesus: "Respondeste bem; faze isto e viverás". 
29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: "E quem é o meu próximo?" 
30 Jesus então contou: "Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto. 
31 Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante. 
32 Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante. 
33 Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão. 
34 Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele. 
35 No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: 'Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei'. 
36 Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?" 
37 Respondeu o doutor: "Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai, e faze tu o mesmo". 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Bondade e Misericórdia
Esse Doutor da Lei tinha uma régua de referência, que julgava perfeita e completa, e não estava a fim de mudá-la, o evangelista frisa bem que a pergunta era para por Jesus á prova, isso  é, ele queria saber se Jesus tinha algo de novo que fosse mais relevante e perfeito do que a lei, seu coração estava fechado para a Boa Nova, pois sabia que nada estava acima da lei.
Para sua surpresa Jesus cita a Lei, que para ele era sagrada, onde está explícito o amor a Deus em primeiro lugar, e o segundo que é semelhante ao próximo. Tem-se a impressão de que a partir daí o Doutor da Lei foi mais sincero, pois a sua pergunta procedia. A Lei determinava amar ao próximo, a quem está mais perto, esposa, esposo, filhos, parentes. Parece que isso deixava o coração daquele Doutor da Lei um tanto inquieto, talvez ele quisesse amar um pouco mais, a outras pessoas fora desse círculo seleto. Mas quem?
Presume-se que Jesus também começou a gostar da conversa, e não vai só responder quem é o próximo, mas sim no principal “O que é amar o próximo”. Amar o próximo que nem sempre nos retribui, que não é digno do nosso amor, que não vai muito com a nossa cara, que não comunga da nossa mesma ideologia, que não é da nossa igreja ou do nosso grupo, o próximo que pensa totalmente diferente de nós, do próximo que parece desejar o nosso mal... Dom próximo que parece ser arrogante e metido, que não olha na nossa cara... Esse mesmo!
E então vem essa parábola revolucionária para um Judeu, poderíamos até dizer, Provocante. Percebam como o quadro se inverte, agora é Jesus que provoca o Doutor da Lei. Um Sacerdote e um Levita são referências sagradas para todo judeu, são pessoas selecionadas pela Lei, mediadores entre o Sagrado e o Humano, e que pelas funções sagradas que desempenhavam no templo, estavam mais próximas de Deus do que o resto da comunidade. Já o Samaritano, pessoa desprezível, de outra religião, contrária a Religião da Aliança, que dos Judeus só tinha o desprezo e o escárnio, a ponto do judeu mudar o seu caminho e direção, caso estivesse para cruzar com o Samaritano.
E foi esse Samaritano, odiado de coração por todo Judeu piedoso, que Jesus coloca como “mocinho” da parábola, o texto frisa muito bem que o Samaritano, diante do homem gravemente ferido, vítima de assaltantes cruéis (naquele tempo já tinha) estava ali á beira do caminho, e ele ao passar Viu-o e moveu-se de compaixão... Ver o outro e não permanecer indiferente á sua dor, ao seu sofrimento, não passar “batido” pelas pessoas da família ou da comunidade, ou seja lá quem for... Compaixão significa sofrer junto, gemer junto, chorar junto, sentir as mesmas dores junto. Quando se sente compaixão do outro, a gente supera qualquer barreira, seja ela de ordem social, moral ou até mesmo religiosa, a gente vai além dos limites estabelecidos. Isso é amor ao próximo.
O próprio Doutor da Lei, agora convencido de que Jesus tinha realmente algo novo a ensinar, se convence disso quando o Senhor lhe pergunta “Qual desses foi o próximo daquele homem?”.  Prestemos atenção na resposta do Doutor da Lei, ainda marcada pelo preconceito, não disse “Foi o Samaritano...”, mas pelo menos reconhece nessa ação uma virtude “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
E Jesus, percebendo que o Doutor da Lei estava mais manso e mais aberto á sua Palavra, ordenou “Vai, e faze tu o mesmo”. Não se sabe se o Doutor da Lei cumpriu essa ordem, mas com certeza, em Jesus ele viu a beleza da Lei de Deus, que tem no centro o amor sem limites, que ama quando vê as necessidades do próximo.
2. A vida consiste no amor
No diálogo com um doutor da Lei sobre o que fazer para ter a vida eterna, Jesus afirma que a vida consiste no amor a Deus e no amor ao próximo. Uma parábola esclarece quem é o "próximo". O samaritano, excluído pelo judaísmo, é aquele que se faz próximo do sofredor, resgatando-lhe a vida. Em contraste, o doutor da Lei e o escriba passam indiferentes.
O gesto do samaritano é exemplar: "Vai tu e faze a mesma coisa". Jesus mostra como o amor deve ser concretizado na solidariedade e ajuda aos mais carentes e necessitados. E este amor é eterno. Tudo passa, mas o amor permanece para sempre.
Oração
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.
3. QUEM É O MEU PRÓXIMO?
Inusitado parece o fato de um mestre da Lei ter interrogado Jesus a respeito de uma questão, cuja resposta ele bem conhecia. Como mestre, já havia ensinado a muita gente o que deveria fazer para obter a salvação. Por isso, respondeu sem dificuldade à pergunta colocada por Jesus, por saber que, para se salvar, era necessário amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.
O diálogo poderia ter-se concluído aí, se o mestre da Lei não tivesse levantado outra questão: quem é o meu próximo? Na sua concepção, próximo eram os próprios familiares, as pessoas mais chegadas, e somente a estas o mandamento ordenava amar. Quem estivesse fora deste círculo, não era considerado próximo e, portanto, não precisavam ser objeto de amor.
A parábola contada por Jesus desfez esta mentalidade, descrevendo o próximo como toda pessoa que carece de misericórdia. Faz-se próximo de alguém aquele que é capaz de deixar de lado suas preocupações pessoais e colocar-se totalmente a serviço do necessitado, sem se perguntar, primeiro, quem ele é. Não importa se este próximo seja um desconhecido, um estrangeiro, uma pessoa com quem se brigou. Basta que necessite de ajuda. A salvação virá na medida da misericórdia.
Oração
Senhor Jesus, faze-me descobrir, ao longo do meu caminho, as pessoas que apelam para minha ajuda, esperando que eu me faça próximo delas.
Liturgia da Terça-Feira
XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Senhor, tudo está em vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9ss)
Leitura (Gálatas 1,13-23)
Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas.
1 13 Certamente ouvistes falar de como outrora eu vivia no judaísmo, com que excesso perseguia a Igreja de Deus e a assolava; 
14 avantajava-me no judaísmo a muitos dos meus companheiros de idade e nação, extremamente zeloso das tradições de meus pais. 
15 Mas, quando aprouve àquele que me reservou desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça, 
16 para revelar seu Filho em minha pessoa, a fim de que eu o tornasse conhecido entre os gentios, imediatamente, sem consultar a ninguém, 
17 sem ir a Jerusalém para ver os que eram apóstolos antes de mim, parti para a Arábia; de lá regressei a Damasco.
18 Três anos depois subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. 
19 Dos outros apóstolos não vi mais nenhum, a não ser Tiago, irmão do Senhor. 
20 Isto que vos escrevo - Deus me é testemunha -, não o estou inventando. 
21 Em seguida, fui para as regiões da Síria e da Cilícia. 
22 Eu era ainda pessoalmente desconhecido das comunidades cristãs da Judéia; 
23 tinham elas apenas ouvido dizer: "Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que outrora combatia". E glorificavam a Deus por minha causa. 
Salmo responsorial 138/139
Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
Senhor, vós me sondais e conheceis, 
sabeis quando me sento ou me levanto; 
de longe penetrais meus pensamentos, 
percebeis quando me deito e quando eu ando, 
os meus caminhos vos são todos conhecidos.
Fostes vós que me formastes as entranhas, 
e no seio de minha mãe vós me tecestes. 
Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, 
porque de modo admirável me formastes! 
Que prodígio e maravilha as vossas obras!
Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis; 
nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis; 
quando eu era modelado ocultamente, 
era formado nas entranhas subterrâneas.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11,27)

Evangelho (Lucas 10,38-42)
Naquele tempo, 10 38 estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, o recebeu em sua casa. 
39 Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar. 
40 Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: "Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude". 
41 Respondeu-lhe o Senhor: "Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; 
42 no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada". 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. SER ou FAZER, eis a questão!
Pensei em conversar com Maria ou a própria Marta, mas o Evangelista São Lucas seria o mais indicado, afinal como autor ele é imparcial na história dessas duas mulheres.
___São Lucas, quem ganha essa parada, Marta ou Maria? Está muito claro que Maria escolheu a melhor parte, será que a reflexão é só isso mesmo?
São Lucas____Não podemos nos esquecer que o evangelho é uma reflexão das comunidades onde nós evangelistas estávamos em contato permanente e é como uma colcha de retalhos, pegavam uma palavra de Jesus aqui, um relato diferente acolá, alguma coisa que alguém de outra comunidade falou sobre o fato, costura-se tudo e se faz o evangelho, sempre inspiração do Espírito Santo, Palavra de Deus revelada.
___O Senhor está querendo com isso, dizer o que? Que esse episódio não ocorreu?
São Lucas____Quero dizer que  o mais importante é prestarmos muita atenção na reflexão em si, que se tira desse ensinamento do mestre, a reflexão é a essência, é como uma laranja onde a casca é importante, mas não mais do que aquilo que está dentro. Ao chupar uma laranja, se você ficar prestando atenção excessivamente nos detalhes da casca, irá perder o melhor, que são os gomos com o suco doce.
___Mas São Lucas, Jesus ia sempre hospedar-se na casa dessas duas irmãs, que são também irmãs de Lázaro, não?
São Lucas____ Claro que sim, eles formavam a Comunidade Betânia, mas sendo escrito pós pascal, por trás de Marta e Maria há duas comunidades, isso é muito claro. Uma dessas comunidades, muito hospitaleira por sinal, havia ao que parece  muitas atividades que hoje chamaríamos de pastorais. Era uma correria com reunião prá cá, reunião para lá, decisões e encontros, planejamento. Um ativismo exacerbado.
___Opa! Parece que o Senhor está falando de nossas comunidades? Ás vezes é assim também aqui em nosso tempo!
São Lucas ____ E a outra comunidade fazia um pouco menos de todas essas tarefas, pois tinham como prioridade as celebrações com a escuta da Santa Palavra, dos ensinamentos de Jesus. Não chegava a ser uma comunidade contemplativa, mas eram capazes de ficar horas e horas meditando a Palavra e não se cansavam em ouvi-la.
___São Lucas, nem precisa dizer mais nada, agora ficou fácil a meditação. Pois o Documento 94 das DGAE (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora)  nos ensina a fazer tudo, A PARTIR DE JESUS.  Ele é o ponto inicial e o ponto final, sem ele, não caminhamos e nem chegamos a lugar nenhum. Uma Igreja Sacramentalista e Pastoralista parece Marta, que até acolhe, mas depois prioriza o FAZER em detrimento do SER, e o ideal mesmo é ser como Maria, primeiro o SER que vem com a Palavra de Jesus que transforma o n osso íntimo, daí o nosso FAZER será requalificado.
2. A importância da escuta
Lucas, com esta sua narrativa que lhe é exclusiva, ilustra duas atitudes de acolhimento de Jesus, que se complementam.
Marta dedicava-se aos cuidados de preparação da refeição, certamente com preocupações supérfluas, em vista da dignidade do hóspede. Jesus intervém quando Marta quer coagir Maria a ajudá-la nesta tarefa. Nesta atitude vê-se que ela julgava mais importante o supérfluo da refeição, indo além da simplicidade, do que a escuta da palavra e o diálogo com Jesus. Jesus, então, mostra a Marta que o fundamental é a escuta da palavra.
A narrativa não tem o sentido de exaltar a vida contemplativa como superior à vida ativa. Trata-se de compreender que toda atividade só tem sentido quando orientada para o cumprimento da vontade de Deus, revelada por sua Palavra, que deve ser escutada e posta em prática.
A narrativa, também, pode ser entendida como uma instrução para as casas que acolhem os missionários. As mulheres, donas de casa, não devem ater-se apenas aos serviços materiais de acolhida, que deve ser simples, mas devem dedicar-se, também, à escuta da palavra, como discípulas de Jesus.
Oração
Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra.
3. UMA SÓ COISA É NECESSÁRIA
A passagem de Jesus pela casa de uma família amiga permitiu-lhe experimentar o carinho e o afeto de duas pessoas queridas. Cada uma, a seu modo, expressou sua admiração pelo Mestre. Maria, sentada aos pés do Senhor, pôs-se a escutá-lo. Marta, por sua vez, tomou a iniciativa de providenciar comida para o hóspede ilustre.
Em geral, tende-se a contrapor as duas iniciativas, dizendo que Maria escolheu a contemplação e Marta a ação. E, pelo fato de Marta ter sido advertida por sua inquietação e Maria ter sido louvada por ter escolhido a melhor parte, pensa-se que Jesus tivesse privilegiado a contemplação em detrimento da ação.
A censura do Mestre, dirigida a Marta, não desmerecia sua ação. Apenas mostrou o vazio da ação que não brota da escuta da Palavra. Ou seja, é nessa escuta que o discípulo encontra inspiração para agir. Maria encarnou a figura do discípulo. Antes de lançar-se ao serviço, ela se fez ouvinte da Palavra. Só depois, guiada por ela, saberia como servir mais e melhor. "A melhor parte", portanto, significa o modo mais correto de agir, a maneira mais adequada de tornar-se servidora do Reino.
O próprio Jesus fazia sua ação ser precedida da oração. Nos longos momentos passados em contemplação e escuta, ele intuía a vontade do Pai.
Oração
Senhor Jesus, dá-me sabedoria para unir meu serviço ao Reino à contemplação, onde tu me inspiras o que devo fazer.
Liturgia da Quarta-Feira
XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Senhor, tudo está em vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9ss)
Leitura (Gálatas 2,1-2.7-14)
Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas.
2 1 Catorze anos mais tarde, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também Tito comigo. 
2 E subi em conseqüência de uma revelação. Expus-lhes o Evangelho que prego entre os pagãos, e isso particularmente aos que eram de maior consideração, a fim de não correr ou de não ter corrido em vão. 
7 Ao contrário, viram que a evangelização dos incircuncisos me era confiada, como a dos circuncisos a Pedro 
8 (porque aquele cuja ação fez de Pedro o apóstolo dos circuncisos, fez também de mim o dos pagãos). 
9 Tiago, Cefas e João, que são considerados as colunas, reconhecendo a graça que me foi dada, deram as mãos a mim e a Barnabé em sinal de pleno acordo: 
10 iríamos aos pagãos, e eles aos circuncidados. Recomendaram-nos apenas que nos lembrássemos dos pobres, o que era precisamente a minha intenção. 
11 Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe francamente, porque era censurável. 
12 Pois, antes de chegarem alguns homens da parte de Tiago, ele comia com os pagãos convertidos. Mas, quando aqueles vieram, retraiu-se e separou-se destes, temendo os circuncidados. 
13 Os demais judeus convertidos seguiram-lhe a atitude equívoca, de maneira que mesmo Barnabé foi levado por eles a essa dissimulação. 
14 Quando vi que o seu procedimento não era segundo a verdade do Evangelho, disse a Cefas, em presença de todos: "Se tu, que és judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, com que direito obrigas os pagãos convertidos a viver como os judeus?" 
Salmo responsorial 116/117
Ide por todo o mundo 
e a todos pregai o Evangelho.
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, 
povos todos, festejai-o!
Pois comprovado é seu amor para conosco, 
para sempre ele é fiel!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Recebestes um espírito de adoção, no qual chamamos Aba! Pai! (Rm 8,15).

Evangelho (Lucas 11,1-4)
11 1 Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar. Terminando a oração, disse-lhe um de seus discípulos: "Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos". 
2 Disse-lhes ele, então: "Quando orardes, dizei: 'Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso Reino; 
3 dai-nos hoje o pão necessário ao nosso sustento; 
4 perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos àqueles que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação'".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Uma Oração que compromete
No tempo de Jesus havia dois modos de se rezar, um que era a mais pura ostentação, rezava porque "se achava" justo, piedoso, modelo de pessoas, quem rezava, se orgulhava de ser bom, e louvava a Deus por isso, tudo bem que eles observavam a Lei de MOISÉS, que Deus tinha dado, mas acontece que achavam isso suficiente para a salvação e aí estava o grande problema...
Mas havia também naquele tempo, como também há hoje, uma oração muito ingênua, conseqüência de uma Fé infantil que quer tudo "mastigado" e reza para que Deus os atenda desse modo. Os discípulos percebiam que Jesus rezava diferente, não era uma oração nem só d pedidos e muito menos de ostentação, pois em sua oração Jesus louvava o Pai do Céu e não a si próprio.
O que Jesus ensina aos discípulos é a oração do compromisso, pede-se o Reino, mas ao mesmo tempo se compromete em fazê-lo acontecer. O Pai Nosso é a oração universal de todos os que se dizem, cristãos, mas desde que estejam comprometidos com a construção do Reino, ou seja, em uma linguagem mais simples, comprometer-se com o Reino é refletir a imagem de Deus para com o próximo, em uma relação pautada sempre pela misericórdia, amor, compreensão e perdão, só isso já é o suficiente para dar uma visibilidade ao Reino que Jesus inaugurou.
Podemos nessa vida cair em tentação sim, a tentação de ignorar nosso compromisso com o Reino, deixando tudo por conta de Deus, e a proteção Divina nesse sentido vai se fazendo sentir em nossa vida, quando Ele coloca-nos diante de situações onde temos que fazer nossas escolhas e tomar decisões.
Deus sinaliza o Reino, nas pessoas que conosco convivem, nos acontecimentos da nossa vida, crer nele e estabelecê-lo como parâmetro é algo que compete a cada pessoa, lembrando sempre que o Reino de Deus é de todos e para todos, e nesse sentido a oração nos compromete também com as pessoas, por isso somos comunidade e dizemos Pai Nosso, e não Pai Meu.
2. Oração do coração
Em Mateus, na introdução à oração do Pai-Nosso é feita a contraposição à oração dos fariseus e dos gentios. Lucas, por sua vez, introduz a oração a partir do exemplo da oração do próprio Jesus e do exemplo de João Batista e seus discípulos. Mateus, dirigindo-se a uma comunidade de cristãos oriundos do judaísmo, apresenta a oração do Pai-Nosso mais elaborada teologicamente.
Na narrativa de Lucas, dirigida a pagãos convertidos, a oração de Jesus é mais simples e parece aproximar-se mais do ensino original de Jesus. A oração que Jesus ensina tem três originalidades: é uma oração do coração na presença de Deus, não necessitando de lugares determinados, nem de gestos ostensivos ou de muitas palavras; é uma oração de filho ou filha, para pai ou mãe, em vista do empenho da concretização do projeto de Deus no mundo; é uma oração de compromisso fraterno libertador, assumindo a partilha do pão e a prática do perdão e da misericórdia, que são os fundamentos do amor e da paz nas comunidades e na sociedade.
A oração de Jesus envolve-nos em uma espiritualidade de compromisso. Oração e ação andam sempre juntas. Na partilha e na misericórdia vive-se o amor que nos impele à construção do mundo novo, solidário, compassivo e fraterno.
Oração
Pai, inspira-me a rezar como convém, de forma que a minha oração se expresse em gestos de solidariedade e de reconciliação, sinais inequívocos de minha comunhão contigo.
3. ENSINA-NOS A REZAR
A oração ensinada por Jesus resume as preocupações que envolvem a vida do discípulo do Reino. Consiste nas palavras confiantes que um filho dirige a seu pai, na expectativa de receber dele tudo quanto necessita para viver em segurança e na paz. Não se trata, porém, de petições egoístas: pedir para si, prescindindo dos demais. Antes, é a oração da comunidade que se volta para o Pai e reconhece que dele depende.
A petição para que o nome do Pai seja santificado com a vinda do seu Reino expressa o desejo de que ele seja o único senhor da história humana. Trata-se de uma clara rejeição a todo tipo de idolatria e, também, do desejo que a história humana esteja totalmente colocada nas mãos de Deus.
Ao pedir o pão de cada dia, a comunidade reconhece que o alimento material, embora fruto do trabalho humano, é dom do Pai. Donde a necessidade de partilhar, para que todos possam ter o pão cotidiano.
O perdão dos pecados é, também, um dom a ser pedido ao Pai. O pecado é idolatria, impede o ser humano de santificar o nome de Deus e de viver em comunhão com o próximo. Por isso, é necessário que o Pai o retire do coração do discípulo.
É preciso, enfim, pedir forças para perseverar neste caminho e não ceder às tentações.
Oração
Senhor Jesus, grava no meu coração as palavras que devo dirigir ao Pai, para que elas brotem do mais íntimo do meu ser.
Liturgia da Quinta-Feira
XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Senhor, tudo está em vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9ss)
Leitura (Gálatas 3,1-5)
Leitura da carta de São Paulo aos Gálatas.
3 1 Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou a vós, ante cujos olhos foi apresentada a imagem de Jesus Cristo crucificado? 
2 Apenas isto quero saber de vós: recebestes o Espírito pelas práticas da lei ou pela aceitação da fé? 
3 Sois assim tão levianos? Depois de terdes começado pelo Espírito, quereis agora acabar pela carne? 
4 Ter feito tais experiências em vão! Se é que foi em vão! 
5 Aquele que vos dá o Espírito e realiza milagres entre vós, acaso o faz pela prática da lei, ou pela aceitação da fé? 
Salmo responsorial Lucas 1
Bendito seja o Senhor Deus de Israel, 
Porque a seu povo visitou e libertou!
Fez surgir um poderoso salvador 
Na casa de Davi, seu servidor, 
Como falara pela boca de seus santos, 
Os profetas desde os tempos mais antigos.
Para salvar-nos do poder dos inimigos 
E da mão de todos quantos nos odeiam. 
Assim mostrou misericórdia a nossos pais, 
Recordando a sua aliança.
E o juramento a Abraão, o nosso pai, 
De conceder-nos que, libertos do inimigo, 
A ele nós sirvamos sem temor, 
Em santidade e em justiça diante dele, 
Enquanto perdurarem nossos dias.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Abri-nos, ó Senhor, o coração para ouvirmos a palavra de Jesus! (At 16,14)

EVANGELHO (Lucas 11,5-13)
Naquele tempo, 11 5 disse Jesus aos seus discípulos: "Se alguém de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães, 
6 pois um amigo meu acaba de chegar à minha casa, de uma viagem, e não tenho nada para lhe oferecer'; 
7 e se ele responder lá de dentro: 'Não me incomodes; a porta já está fechada, meus filhos e eu estamos deitados; não posso levantar-me para te dar os pães'; 
8 eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar. 
9 E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. 
10 Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá. 
11 Se um filho pedir um pão, qual o pai entre vós que lhe dará uma pedra? Se ele pedir um peixe, acaso lhe dará uma serpente? 
12 Ou se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á porventura um escorpião? 
13 Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Não pedir o peixe pronto!
Na reflexão anterior dizíamos que a Oração requer comprometimento, não tem sentido pedir "tudo mastigado" a Deus, infelizmente há muitos cristãos bem intencionados em nossas comunidades, mas que costumam pedir o "Peixe" já frito, daí a gente só tem o trabalho de sentar e comer... O evangelho nos dá uma informação importante, se soubermos pedir, a nossa oração jamais deixará de ser atendida, Deus não condiciona os pedidos, ele não faz uma seleção de quais orações irá atender, e também não adianta imaginar que, os que tem mais Fé terão prioridade no atendimento das orações encaminhadas a Deus.
Então, o ensinamento é muito claro, o que pedimos a Deus É O CANIÇO completo, com todas as condições necessárias para que a pescaria tenha êxito, e o meio para termos as nossas orações atendidas, é o Espírito Santo, que é Perfeito em si mesmo, ele nos dá o discernimento do que devemos pedir, e depois nos capacita com seus dons celestiais, nos dá força e coragem para irmos a luta e vermos realizado tudo o que pedimos, claro que se pedirmos algo que esteja direcionado para o mal, não seremos atendidos.
A insistência e a perseverança na oração autêntica é por demais importante, pois quanto mais pedimos der maneira insistente, Deus em seu Espírito vai nos mostrando e nos dando o discernimento, e daí a experiência da Vida nos ensina o quanto Deus nos ama. Digo isso porque na minha vida, andei pedindo a Deus certas coisas, que se Ele atendesse, provavelmente não seria hoje um escriba da sua Santa Palavra. Já pedi muito "peixe pronto" a Deus, confesso aos leitores, mas Deus com o passar do tempo foi me moldando, me ajustando, e o seu Espírito Santo foi apontando as saídas, e algumas ferramentas importantes para conquistar o que eu tinha pedido, posso garantir que não foi da noite para o dia...
Ser sempre insistente e perseverante, ter um foco e um sentido para a nossa Vida, acreditar nos sonhos e projetos, principalmente quando se sabe que eles estão em sintonia com os desígnios de Deus, oração assim, Deus não resiste e atende de maneira generosa, sempre nos dando mais do que pedimos.
2. Oração perseverante
Lucas, no seu evangelho, dá grande destaque à oração. Após a narrativa na qual Jesus ensina os discípulos a orar, apresenta uma sugestiva comparação para ilustrar a importância da oração perseverante e contínua. O orante a Deus é comparado a um "amigo" que vai a outro amigo, em uma hora pouco conveniente, pedir ajuda para atender um terceiro. Graças à sua insistência ele é atendido. Ao "pedir", "buscar", "bater à porta", sem desistir, se conquistará as coisas boas que são agradáveis a Deus e que desejamos.
Em conclusão temos a comparação, usando contrastes exagerados, com os pais que sabem dar coisas boas a seus filhos e o Pai do céu. O dom maior, que Deus não nos negará e que podemos pedir, é o seu Espírito de Amor, pelo qual entramos em comunhão de vida com nosso próximo e com Deus.
Oração
Pai, que a minha oração seja plena de confiança em ti, pois sei que queres dar-me o que tens de melhor, o Espírito Santo.
3. A ORAÇÃO PERSEVERANTE
Ao orientar seus discípulos a respeito da oração, Jesus procurou evitar certas atitudes equivocadas em relação a Deus. Entre elas, a tendência a fazer de Deus um empregado do ser humano, sempre pronto a atender seus pedidos, sem jamais recusar-se.
Muitos discípulos, vendo que suas orações não eram atendidas imediatamente, eram levados a deixá-las de lado, considerando-as inúteis. Jesus alertou-os a não nutrir tais disposições.
A relação com o Pai dá-se na gratuidade e na perseverança. O discípulo sabe que tudo quanto recebe de Deus é dom imerecido. Não tem o direito de exigir nada; antes, deve colocar-se diante dele, com humildade, e apresentar-lhe suas necessidades. Por outro lado, o discípulo sabe que o Pai não está obrigado a submeter-se a seu ritmo. Daí a necessidade de ser perseverante, e rezar sem cessar. O Pai conhece a melhor hora de atendê-lo.
Jesus inculcou nos discípulos uma certeza: quem pede com perseverança obterá o que espera, pois o Pai celeste não se deixa vencer em bondade. Se um pai humano jamais dá uma coisa má a um filho que lhe pede uma coisa boa, tanto mais o Pai celeste dará a seus filhos algo que possa prejudicá-los. Antes, reserva-lhes um dom precioso, o Espírito Santo, o bem mais necessário para não esmorecerem no seu caminho de fidelidade ao Reino.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça de ser perseverante na oração, sabendo que o Pai me reserva o que ele tem de melhor.
Liturgia da Sexta-Feira 12.10.2012
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO PULSANDINHO: Aparecendo em 1717 a pobres pescadores, que trabalhavam para fartar a mesa dos nobres, Nossa Senhora Aparecida assume, como seu Filho Jesus, a opção preferencial pelos pobres e marginalizados. "Com Maria, acolhamos Jesus, nossa alegria", é a luz que ilumina a liturgia de nossa Padroeira, nesse ano de 2012. Uma celebração que se ilumina também no "Ano da Fé", iniciado ontem em toda a Igreja. Com nossa celebração, professamos que o acolhimento de Jesus dá novo sabor à vida, dá gosto de festa com alegria divina. A exemplo da Mãe Maria, entremos no silêncio divino, e juntamente com ela, rezemos pelo nosso povo brasileiro, sobretudo pelas nossas crianças, cujo dia hoje comemoramos.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO O POVO DE DEUS: Festejamos Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Mãe da Igreja, Padroeira do Brasil e Rainha de nossos lares. Ontem iniciou-se o Ano da Fé. Peçamos à Mãe de Deus que fortaleça a fé de todos os brasileiros e lhe imploremos de forma especial pelo bem-estar das nossas crianças. Festejando a Padroeira do Brasil e comemorando o Dia das Crianças, peçamos luzes à Mãe do Céu para encontrarmos caminhos que façam deste País um lar onde as famílias vivam em paz e as crianças tenham condições de crescer em sabedoria e virtude.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA - PADROEIRA DO BRASIL
Antífona da entrada: Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas jóias.
Primeira Leitura (Ester 5,1-2;7,2-3)
Leitura do livro de Ester.
5 1 Três dias depois Ester se revestiu de seus trajes reais e se apresentou na câmara interior do palácio, diante do aposento real, onde estava o rei sentado sobre seu trono, diante da porta de entrada do edifício. 
2 Logo que o rei viu a rainha Ester no átrio, esta conquistou suas boas graças, de sorte que ele estendeu o cetro de ouro que tinha na mão. E Ester se aproximou para tocá-lo. 
7 2 No segundo dia, bebendo vinho, disse ainda o rei a Ester: "Qual é teu pedido, rainha Ester? Será atendido. Que é que desejas? Fosse mesmo a metade de meu reino, tu obterias". 
3 A rainha respondeu: "Se achei graça a teus olhos, ó rei, e se ao rei lhe parecer bem, concede-me a vida, eis o meu pedido; salva meu povo, eis o meu desejo". 
Salmo responsorial 44/45
Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:
que o rei se encante com vossa beleza!
Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:
"Esquecei vosso povo e casa paterna!
Que o rei se encante com vossa beleza!
Prestai-lhe homenagem: é vosso senhor!
O povo de Tiro vos traz seus presentes,
os grandes do povo vos pedem favores.
Majestosa, a princesa real vem chegando, 
vestida de ricos brocados de ouro.
Em vestes vistosas ao rei se dirige,
e as virgens amigas lhe formam cortejo;
entre cantos de festa e com grande alegria,
ingressam, então, no palácio real"
Segunda Leitura (Apocalipse 12,1.5.13.15-16)
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
12 1 Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. 
5 Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. 
13 O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. 
15 A Serpente vomitou contra a Mulher um rio de água, para fazê-la submergir. 
16 A terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara. 
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Disse a mãe de Jesus aos serventes: "Fazei tudo o que ele disser!" (Jo 2,5)

EVANGELHO (João 2,1-11)
Naquele tempo, 2 1 três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus. 
2 Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. 
3 Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: "Eles já não têm vinho". 
4 Respondeu-lhe Jesus: "Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou". 
5 Disse, então, sua mãe aos serventes: "Fazei o que ele vos disser". 
6 Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas. 
7 Jesus ordena-lhes: "Enchei as talhas de água". Eles encheram-nas até em cima. 
8 "Tirai agora" , disse-lhes Jesus, "e levai ao chefe dos serventes". E levaram. 
9 Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo 
10 e disse-lhe: "É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora". 
11 Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA APARECIDA
Presid.: Senhora Aparecida, diante de tua pequenina imagem, queremos fazer o propósito de viver a vontade de Deus a cada dia. Por isso, neste momento, nos consagramos a ti, para obter de tua maternidade o amparo necessário para perseverarmos no bom caminho.
Todos: Ó Senhora Aparecida, eu te consagro neste momento a minha vida: para amar a Deus sobre todas as coisas, para viver a minha fé com fidelidade; para seguir teu filho com a responsabilidade de viver o seu evangelho; para participar da minha Igreja com toda dedicação. Ó Mãe querida protejanos, guarda-nos e defende-nos de todos os males e perigos. Senhora Aparecida, de hoje em diante queremos viver para o bem, para a caridade e para o amor. Ajuda-nos, ó Mãe e dá-nos firmeza, neste propósito. Amém.

BÊNÇÃO DAS CRIANÇAS
Presid.: Senhor, nosso Deus, que da boca das crianças preparastes um louvor do vosso nome, olhai para estas crianças que a fé da Igreja recomenda à vossa piedade; e, assim como o vosso Filho, nascido da virgem, recebia com amor as crianças, abraçando-as e abençoando-as e propôs o exemplo delas à imitação de todos, assim, ó Pai, derramai sobre elas a vossa bênção e dai a vossa proteção, a fim de que, quando crescerem através de uma boa convivência com as pessoas e com a cooperação da força do Espírito Santo, se tornem testemunhas de Cristo no mundo e saibam espalhar e defender a fé. Por Cristo, Nosso Senhor.
Todos: Amém.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Aparecida e o Vinho Novo
Pertencemos a uma sociedade sacudida pela violência, diante da qual nos sentimos impotentes, onde predomina o sentimento de insegurança e medo, a chacina de jovens e adolescentes vai ganhando proporções alarmantes e assustadoras, há, por outro lado, uma falta de perspectiva por parte dos jovens, os escândalos de ordem moral, em instituições consideradas inabaláveis, são denunciados a cada dia pela grande mídia. Dizem que o Brasil, não tem mesmo jeito, porque a nossa origem lá na época do descobrimento, já estava podre e corrompida, e quem veio para cá era gente sem moral, sem escrúpulo e sem nenhum compromisso com a ética e a moral.
Na família, há centenas de casamentos de curta duração, uniões ilegítimas aumentam, o estado quer reconhecer como legítima, uma horrível caricatura da Instituição Familiar, desmantelam e desmoronam valores sagrados na ética e na moral cristã, se de um lado a humanidade avança em velocidade espantosa no mundo científico, tecnológico, nas comunicações e informática, por outro, as pessoas vão sendo acometidas de inúmeras enfermidades orgânicas e psicossomáticas, as coisas boas e os acontecimentos alegres duram pouco, e não conseguem nos livrar do peso das forças do mal, que vão nos levando para o caos em meio a desordem estabelecida.
Nem o fenômeno religioso consegue reverter esse quadro, os templos suntuosos cada vez mais lotados, tomados por uma multidão de coração vazio, que busca muitas vezes na espiritualidade algo que ela não pode dar: a solução de tantos problemas originados pelo pecado, como o egoísmo, a luxúria, a proliferação de falsas divindades que prometem vida, felicidade e liberdade, e que arrebanham a cada dia novos adeptos, arrastados impiedosamente para a desgraça e a morte, entre eles a Droga e a Prostituição, uns dizem que já chegamos ao fundo do poço, outros mais pessimistas, acham que o pior ainda não aconteceu. O fato é que certa tristeza tem invadido o coração do homem deste terceiro milênio.
Em uma sociedade assim, inquieta, insegura e temerosa, traumatizada por tanta dor e sofrimento, marcada pela injustiça e desigualdade, a V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, realizada de 13 a 31 de maio de 2007 em Aparecida, resgata o nosso papel de Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, fazendo um forte apelo para que proclamemos aos homens a Verdade de Deus, revelada em Jesus Cristo, porém, o que leva alguém a ser cristão não é uma decisão ética ou uma grande idéia, mas sim um encontro com um acontecimento, com uma pessoa: Jesus Cristo, que dá um novo horizonte à vida, e com isso uma orientação decisiva de se viver bem, vivendo em Deus. Foi essa a experiência dos primeiros discípulos, que os evangelhos nos apresentam, um encontro de fé com a pessoa de Jesus.
Neste dia de Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil, o evangelho das Bodas de Caná é um convite a irmos ao encontro do único e verdadeiro amor de nossas vidas, Maria aparece como a intercessora e mediadora, aquela que sabendo olhar a necessidade dos irmãos, vai dizer ao Filho que está faltando algo essencial para uma festa.
A devoção popular é citada pelo documento de Aparecida, que tornou-se uma importante referência nas reflexões da Igreja, como um dos muitos elementos que propiciam esse encontro pessoal com Jesus Cristo e nesse sentido, considerando-se toda a história de Aparecida, desde o século XVIII, podemos afirmar sem medo, que Maria nunca deixou faltar no coração dos cristãos da América Latina, esse vinho novo da graça de Deus.
O Deus dos cristãos continua obstinado em seu amor pelos homens. Com a mediação de Maria, Jesus oferece em nossos conturbados tempos, o Vinho novo, de incomparável sabor, que não caiu do céu, mas surgiu a partir da água da purificação, Jesus transforma a antiga forma de se relacionar com Deus, no Judaísmo, em uma relação nova, onde basta ao homem crer e abrir o seu coração para esta graça que une para sempre Deus e o homem, solidificando a comunhão um dia rompida, e pela qual Jesus pagou com a vida ao morrer na cruz., descendo com o homem ao fundo do poço para de lá resgatá-lo e libertá-lo, vitorioso e ressuscitado, arrancando-o da vida sem graça, dominada pela morte do pecado, e devolvendo-o ao paraíso, na condição de Filhos e Filhas de Deus.
Esse processo de ressurreição é dinâmico e acontece todo dia, hora e momento, o Cordeiro Santo, Perfeito e Imaculado, se casa com a sua Igreja, tornando-a sem ruga e sem mancha, de modo que nem os pecados da Igreja conseguem abalar esta íntima comunhão. Esse casamento de Deus com o homem, na encarnação de Jesus, deverá ter um final feliz, porém, como povo da Nova Aliança, não teremos uma segunda chance, quem recusar esse amor e buscar os amores ilusórios e efêmeros, nos amantes e deuses da Modernidade, sentirá um dia na pele e no coração, a dor de ter perdido para sempre o autêntico e verdadeiro amor de sua vida.
Somos essa Igreja, a noiva do Senhor, por quem ele dá a vida, a espera da Lua de Mel, da Vida Eterna, para a qual ele nos conduzirá. Por hora, só é preciso uma coisa: FAZER TUDO O QUE ELE NOS DISSER, como nos pede Maria, Mãe de Jesus, a primeira a experimentar a delícia desse amor Divino.
Essa noiva das Bodas de Caná tem um rosto e um nome, é você, sou eu, são todos os que buscam a Deus em Jesus Cristo, é também o rosto de cada homem, desfigurado pela tristeza do pecado, a espera desse vinho da eterna alegria...
2. A mediação de Maria
Jesus está inaugurando seu ministério na Galileia, após receber o batismo de João. A festa de casamento, em Caná, corre o risco de perder seu encanto pela falta do vinho. A água de purificação ritual de nada adianta. É transformando esta água em vinho que Jesus, com a presença atenciosa de sua mãe, manifesta a sua glória.
A nossa piedade vê, neste evangelho, o importante papel de Nossa Senhora no projeto salvífico de Deus. Ela é sensível às nossas necessidades e carências, e intercede por nós junto a seu Filho. Assim foi em Caná. E Jesus atende aos apelos de sua mãe.
Oração
Pai, que o testemunho de Maria cale fundo no meu coração, transformando-me em perfeito discípulo de Jesus. E que eu possa conduzir muitas outras pessoas a crerem em teu Filho.
3. ANTECIPANDO A HORA DE JESUS
Embora o milagre em Caná focalize a pessoa de Jesus, a de Maria tem também sua relevância. À primeira vista, sua presença, nas bodas, tem apenas a função de explicar porque Jesus e seus discípulos estavam ali presentes, como se o convite tivesse sido feito à família de Maria. Uma leitura mais atenta, porém, revela a importância de sua atuação, no desenrolar do milagre.
Maria é quem percebe a situação constrangedora dos noivos, diante da iminência de faltar vinho. Jesus é informado por meio dela, pedindo discretamente que intervenha. A resposta de Jesus parece ser negativa, uma vez que lhe assegura não ter chegado ainda a "hora" de se manifestar, publicamente, como Messias. Sem abrir mão de seu intento, ela orienta os empregados a seguirem as instruções de Jesus. Eles obedecem com inteira convicção. E o milagre aconteceu. Maria fez Jesus antecipar sua "hora"!
A piedade popular soube captar muito bem esta virtude de Maria. Por este motivo, a tem como intercessora por saber ser ela um caminho seguro para chegar até o Filho Jesus.
Sem dúvida, o momento mais importante da intervenção de Maria, no contexto do milagre, foi quando orientou os garçons para que seguissem à risca as ordens de Jesus. Resume-se, aqui, o ideal de sua vida: ver todas as pessoas aderindo, pela fé, a seu Filho.
Oração
Espírito Santo, revela-me a identidade profunda da Mãe do Salvador, que reconhecemos como intercessora e caminho seguro para chegar a Jesus.
Liturgia do Sábado
XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Senhor, tudo está em vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9ss)
Leitura (Gálatas 3,22-29)
Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas.
Irmãos, 3 22 a Escritura encerrou tudo sob o império do pecado, para que a promessa mediante a fé em Jesus Cristo fosse dada aos que crêem. 
23 Antes que viesse a fé, estávamos encerrados sob a vigilância de uma lei, esperando a revelação da fé. 
24 Assim a lei se nos tornou pedagogo encarregado de levar-nos a Cristo, para sermos justificados pela fé. 
25 Mas, depois que veio a fé, já não dependemos de pedagogo, 
26 porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. 
27 Todos vós que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo. 
28 Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. 
29 Ora, se sois de Cristo, então sois verdadeiramente a descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa. 
Salmo responsorial 104/105
O Senhor se lembra sempre da aliança!
Cantai, entoai salmos para ele, 
publicai todas as suas maravilhas! 
Gloriai-vos em seu nome, que é santo, 
exulte o coração que busca a Deus!
Procurai o Senhor Deus e seu poder, 
buscai constantemente a sua face! 
Lembrai as maravilhas que ele fez, 
seus prodígios e as palavras de seus lábios!
Descendentes de Abraão, seu servidor, 
e filhos de Jacó, seu escolhido, 
ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, 
vigoram suas leis em toda a terra.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11,28)

Evangelho (Lucas 11,27-28)
Naquele tempo, 11 27 enquanto ele assim falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: "Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram!" 
28 Mas Jesus replicou: "Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!"
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Ouvir a Palavra
Maria de Nazaré cresceu ouvindo a Palavra de Deus, antes de acolher o Verbo Divino em suas entranhas, ela o havia acolhido em seu coração através da Santa Palavra. O poder e a força do "Faça-se" de Deus Criador, ao criar todas as coisas, agora se repete, ao iniciar a nova criação, é a Palavra que gera Cristo em nós, é a Palavra que nos leva a Fé, por isso é libertadora e nos renova e de certa forma nos recria.
A mulher que ouviu Jesus louvou-o pela Mãe que o gerou e o acolheu em seu ventre bendito, e Jesus, longe de desmerecê-la, vai engrandecê-la ainda mais. Maria foi a primeira a acreditar, tão logo ouviu a Palavra. E a Palavra gerou nela a Graça e o resto foi conseqüência. Deus não chegou de repente na Vida de Maria, não veio como um intruso, como um invasor, como um estranho no ninho, mas já estava nela, já a tinha preservado desde a sua origem, e Maria foi correspondendo ao chamado, isso é, foi ouvindo e abrindo a sua alma e todo o seu ser a Deus.
O Dom da maternidade Divina estava assim delineado pelo Criador, mas nada iria acontecer sem primeiro Maria dar a sua resposta, o seu SIM generoso, o seu consentimento para que Deus pudesse agir em sua vida e na Vida da HUMANIDADE.
Maria se fez serva porque era livre, poderia ter feito outra escolha, poderia ter tomado outra decisão em sua vida, Deus não manipula ninguém, chama e convida, apresenta e propõe, mas depende de cada homem e mulher aceitá-lo ou rejeitá-lo.
A Palavra de Deus deve ser acolhida em nós como um embrião Divino que nos transforma em Novas criaturas. Mas esse embrião precisa ser gestado com paciência e prudência, o ser humano é frágil e marcado por tantas limitações, entretanto comporta em si o transcendental, o mistério do qual só Deus tem a chave.
2. A Bem-aventurança da Palavra praticada
Lucas apresenta, em uma breve narrativa que lhe é exclusiva, mais uma proclamação de bem-aventurança, dentre as várias registradas em seu evangelho. Aqui está expresso o mistério da encarnação. A simples condição humana é elevada à participação na vida divina, pela prática da vontade de Deus, revelada em Jesus. A vontade do Pai, manifesta em sua Palavra, é a solidariedade e fraternidade universal, de maneira a que todos tenham vida, e vida plena, sem exclusões.
Jesus cativa e impressiona as multidões. Assim, a mulher no meio da multidão, com sua sensibilidade própria, proclama Maria como bem-aventurada por ser a mãe de Jesus. Contudo, Jesus afirma algo maior que supera qualquer grandeza humana. É a prática da vontade de Deus, pela qual o amor vivido em plenitude, em comunhão com o próximo sem exclusões, significa a própria comunhão de vida com o Pai. A proclamação de Jesus sobre a prioridade da prática da vontade de Deus já foi manifestada no episódio em que a família de Jesus se aproxima, em um momento em que ele fala às multidões (cf. 25 set.).
Além das oito bem-aventuranças agrupadas por Mateus no início do Sermão da Montanha, e das quatro correspondentes de Lucas, estes dois evangelistas distribuem várias outras bem-aventuranças ao longo de seus evangelhos. O termo "bem-aventurança" (tradução do grego makarismós) exprime uma felicidade sublime e divina, que a diferencia e eleva acima da desejada e limitada felicidade humana.
Oração
Pai, dá-me a graça de compreender sempre mais que a grandeza de Maria consistiu em ser fiel à tua Palavra acolhida e posta em prática com generosidade sem limites.
3. FELIZ QUEM PRATICA A PALAVRA
Uma mulher, exaltando publicamente a mãe de Jesus, fez-se porta-voz do sentimento da multidão. Deveria ser magnífica a criatura que deu à luz um ser tão extraordinário como era Jesus. Seus prodígios estavam aí para demonstrar quem ele era!
Entretanto, Jesus a corrigiu: mais digno de louvor é quem se torna discípulo do Reino, ou seja, ouve a palavra de Deus e pauta sua vida por ela.
Evidentemente, a mãe de Jesus não estava excluída desta categoria. Ela foi a humilde serva que se colocou toda à disposição do Pai. Ser mãe do Filho de Deus resultava de sua condição de mulher obediente à vontade divina. A mãe era bem-aventurada por se ter feito discípula.
Proclamando a bem-aventurança do discipulado, Jesus convidava a multidão a se fazer discípula. Seria muito pouco deter-se na exaltação da mãe, sem se tornar discípulo do Filho. Isto não passaria de uma constatação superficial, se não resultasse numa opção radical pelo Reino anunciado por Jesus. O que se dá, quando a Palavra de Deus é ouvida e praticada. Essa é a maior experiência de felicidade que um ser humano pode fazer. Felicidade por ter alicerçado sua vida em fundamentos sólidos! Felicidade por ter encontrado o verdadeiro sentido da vida humana!
Oração
Senhor Jesus, que eu experimente a felicidade de ser discípulo do Reino, ouvindo a Palavra de Deus e a pondo em prática de forma radical.
Liturgia do Domingo 14.10.2012
28º Domingo do Tempo Comum — ANO B
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Onde está a tua sabedoria? Em Deus ou na economia?" __
NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Chegamos ao segundo final de semana de outubro, mês dedicado às missões e ao Rosário. Mais uma vez o Senhor nos reúne em comunidade para a celebração do Mistério Central da nossa fé: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A opção radical pelo Reino exige liberdade interior que torne o cristão capaz de colocar sua vida integralmente nas mãos de Deus. A relativização dos bens deste mundo, quando se trata de fazer a vontade divina, é expressão desta liberdade. Jesus tem um olhar particular a cada um de nós, e cada um de nós tem ou terá, num determinado momento da vida, um encontro íntimo e pessoal com Deus. Naquele momento, uma questão interrogará o mais profundo de cada um de nós sobre o verdadeiro sentido de nossa vida. É um encontro decisivo, pois dele dependerá a segurança e paz em nossa existência..
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Acolhamos a sabedoria que vem do alto e experimentemos a salvação de Deus. Rezemos pelo Sínodo dos Bispos, a fim de que aprofunde os caminhos de uma evangelização adequada ao mundo de hoje. Comemoramos amanhã o Dia do Professor e rezemos para que os que se dedicam ao dom de ensinar tenham a recompensa de Deus e o reconhecimento social, o que significa respeito e salário justo. Rezemos também para que a Educação seja tratada pelo poder público como um projeto importante na consolidação dos valores humanos e na promoção da cidadania.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Antífona da entrada: Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel (129,3s).
Comentário das Leituras:
A força provocadora da Palavra se verifica, sobretudo, naquele campo trágico para o homem, que são a riqueza, os bens e a autossuficiência. Cristo, a este respeito, foi radical e exigente, e é sobre este ponto que o cristão deve sistematicamente se converter, porque o fascínio deste ídolo é potente e dilacerante.
Primeira Leitura (Sabedoria 7,7-11)
Leitura do livro da Sabedoria.
7 7 "Assim implorei e a inteligência me foi dada, supliquei e o espírito da sabedoria veio a mim. 
8 Eu a preferi aos cetros e tronos, e avaliei a riqueza como um nada ao lado da Sabedoria. 
9 Não comparei a ela a pedra preciosa, porque todo o ouro ao lado dela é apenas um pouco de areia, e porque a prata diante dela será tida como lama. 
10 Eu a amei mais do que a saúde e a beleza, e gozei dela mais do que da claridade do sol, porque a claridade que dela emana jamais se extingue. 
11 Com ela me vieram todos os bens, e nas suas mãos inumeráveis riquezas". 
Salmo responsorial 89/90
Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor,
e exultaremos de alegria!
Ensinai-nos a contar os nossos dias
e dai ao nosso coração sabedoria!
Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?
Tende piedade e compaixão de vossos servos!
Saciai-nos de manhã com vosso amor,
e exultaremos de alegria todo o dia!
Alegrai-nos pelos dias que sofremos,
pelos anos que passamos na desgraça!
Manifestai a vossa obra a vossos servos
e as seus filhos revelai a vossa glória!
Que a bondade do Senhor e nosso Deus
repouse sobre nós e nos conduza!
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
Segunda Leitura (Hebreus 4,12-13)
Leitura da carta aos Hebreus.
4 12 Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração. 
13 Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas. 
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).

EVANGELHO (Marcos 10,17-30)
Naquele tempo, 10 17 tendo Jesus saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: "Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna?" 
18 Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Só Deus é bom. 
19 Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe." 
20 Ele respondeu-lhe: "Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade." 
21 Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me. 
22 Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens. 
23 E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: "Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!" 
24 Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: "Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas! 
25 É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus." 
26 Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: "Quem pode então salvar-se?" 
27 Olhando Jesus para eles, disse: "Aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível. 
28 Pedro começou a dizer-lhe: "Eis que deixamos tudo e te seguimos." 
29 Respondeu-lhe Jesus. "Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho 
30 que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna. 
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Segunda Epiclese
A segunda epiclese, que nas diversas Orações Eucarísticas tem formulação variada, conforme a Oração Eucarística II, consiste nas palavras: "E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e do Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo". De novo se invoca Deus Pai para que envie o seu Santo Espírito, dessa vez sobre a comunidade reunida para a Eucaristia, a fim de que, os que vão comungar do mesmo pão e do mesmo cálice, constituam um único corpo, bem unido. De fato, quando comungamos o corpo de Cristo, tornamo-nos, em Cristo, um só corpo, pelo "Amém" que pronunciamos. Através da invocação do Espírito Santo, na epiclese, a Igreja confessa que, de fato, é só Deus quem salva, sendo o Espírito santificador o verdadeiro protagonista dessa ação salvífica.
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Br – Gl 4,22-24.26-27.31-5,1; Sl 112 (113); Lc 11,29-32
3ª Vd – Gl 5,1-6; Sl 118 (119); Lc 11,37-41
4ª Vm – Gl 5,18-25; Sl1; Lc 11,42-46
5ª Vm – 2Tm 4,10-17b; Sl 144 (145), Lc 10,1-9
6ª Vd – Ef 1,11-14; Sl 32 (33); Lc 12,1-7
Sb Vd – Ef 1,15-23; Sl 8; Lc 12,8-12
29º DTC Is 53,10-11; Sl 32(33),4-5.18-19.20.22(R/. 22); Hb 4,14-16
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O CÉU NÃO ESTÁ A VENDA...
“Bom Mestre, o que devo fazer para alcançar a Vida Eterna?” É a pergunta que uma pessoa muito boa e piedosa da comunidade, dirige a Jesus no evangelho desse domingo.
O conceito de um “céu” que pode ser conquistado com boas obras está muito arraigado em todos nós porque é esta a pedagogia que se aplicou por muito tempo na educação dos filhos e na escola. “Seja bonzinho, estude bastante e passe de ano, que no final do ano eu te dou “aquele” presente que tanto você quer”.
Na minha classe do antigo primário, eu sentava-me na fila “B” onde os colegas nos chamavam de “burrinhos”, ás vezes só os alunos da fila “A” saiam para o recreio, como estímulo para continuarem a ser bons, pois os “bons” são sempre premiados. É normal que a maioria ainda pense assim em relação à Vida Eterna.
Mas Jesus desmonta este esquema mercantilista quando afirma, logo de início, que somente Deus é bom. Em seguida menciona a observância de cinco mandamentos nas relações com o próximo: adultério, fraude, falso testemunho, furto e a honra ao Pai e à Mãe. Note-se que não se tratam de simples preceitos, mas de uma relação fundamentada no amor e na comunhão, sempre marcada pela verdade, na vivência de algo que não se trata de uma simples aparência, mas que provém do interior, das virtudes presentes no coração de quem crê verdadeiramente e ama a Deus e ao seu reino.
O coração dessa pessoa, que se aproximou de Jesus, se encheu de alegria, pois sentiu, na resposta de Jesus, que estava no caminho certo, respondendo todo cheio de si, que já praticava tudo isso desde a sua infância. Então, olhando para ele Jesus o amou. Quando Deus nos ama ele nos quer por inteiro, ele quer ser o único em nossa vida e assim, Jesus convidou aquela pessoa a dar mais um passo para a perfeição na Santidade, pois só lhe faltava uma coisa: “vá, venda tudo o que tens e dá aos pobres”.
Esta última frase “dar aos pobres” é rica em significado, pois pobres são pessoas que têm necessidades, é exatamente essa a nossa condição diante de Deus: precisamos sempre dele, de sua Graça e Salvação, do seu amor e da sua misericórdia. Ser pobre em espírito é ter esta consciência!
O evangelho nos relata que aquela pessoa foi embora triste, porque no fundo achava que suas virtudes morais e aquela vida piedosa desde a infância, já eram suficientes para conquistar a Vida eterna. A sua riqueza, que era muita conforme menciona o e texto, considerada uma bênção, era um sinal de que sua vida virtuosa tinha a aprovação de Deus. “Sejam bons, pratiquem o evangelho, cumpram todas as obrigações para com Deus e a sua Igreja, principalmente dando o dízimo, e a sua vida vai melhorar porque Deus lhes abençoará dando-lhe prosperidade” Enfim, Deus me dá, porque eu mereço...
Essa religião dos merecimentos não nos conduzirá a Vida Eterna, podemos ter a certeza! A Graça e a Salvação que Deus nos concedeu em Jesus Cristo é puro dom imerecido. Na pobreza em espírito nos sentimos totalmente dependentes de Deus.
Não é o nosso patrimônio, o capital ou a riqueza que temos, que nos dá felicidade e segurança nessa vida, mas o senhor nosso Deus. Por isso, quando não temos a Sabedoria de Deus, e não sabemos nos relacionar com os bens deste mundo, eles se tornam um grande obstáculo e será muito difícil um rico entrar no Reino de Deus. Os discípulos ficaram assombrados justamente porque a riqueza, como já refletimos, era considerada uma bênção, dada a quem a merecesse.
Quem então poderá se salvar? E diante dessa pergunta Jesus fala da grande novidade, nada há que o homem possa fazer que mereça a Salvação, ela é dada e oferecida gratuitamente por Deus a todos os homens. O apóstolo Pedro ainda pensa em uma religião do merecimento quando menciona a si e aos demais, que deixaram tudo para seguir a Jesus.
E aí vem a outra grande novidade que eles não sabiam: a Vida Eterna já começa nesta vida e atinge a sua plenitude na eternidade. 
Quem colocou toda sua confiança e esperança em Cristo Jesus, fazendo somente dele a razão da sua esperança, nunca mais terá necessidade de nada em sua vida, e assim terá de volta o cêntuplo, como garante o evangelho.
2. Quem é bom?
Aquele que vem correndo e cai de joelhos diante de Jesus representa o piedoso observante da Lei, ansioso e temeroso da morte. As suas acentuadas reverências podem ocultar certo exibicionismo, característico das relações entre pessoas de posses.
Assim também o título com que se dirige a Jesus: "Bom Mestre...", o qual Jesus rejeita. Em resposta a este homem, Jesus lhe recorda os tradicionais mandamentos da Lei, acrescentando, contudo, um: "não defraudarás ninguém", que diz respeito à apropriação injusta de bens. O homem, então, afirma que tudo tem observado. Jesus lhe propõe, então, o passo fundamental que leva à comunhão de vida com Deus, na eternidade: o despojamento das riquezas e a partilha com os pobres. O piedoso apegado às riquezas, entristecido, rejeita o caminho da vida eterna. É um homem sem sabedoria (primeira leitura). Mesmo que pessoalmente possa não ser injusto, esse homem, ao manter sua riqueza, ela própria fruto da injustiça, está conivente com a injustiça da sociedade, com seu sistema e suas estruturas econômicas opressoras e exploradoras.
Superar o obstáculo das riquezas é impossível para os homens submissos à ganância, porém para Deus tudo é possível. A palavra de Deus é mais penetrante do que uma espada de dois gumes (segunda leitura), é capaz de extirpar a ambição das riquezas, gerando o amor ao próximo.
Em contraste àquele homem, o evangelista Marcos apresenta o testemunho de Pedro que afirma sua fé e sua adesão ao seguimento de Jesus, declarando seu desapego de tudo. Nos evangelhos, comumente, Pedro fala representando a comunidade de discípulos.
A opção de Pedro é pelo abandono do apego ao bem privado e o gozo do bem partilhado, comunitário. É o caminho do seguimento de Jesus na construção do mundo novo de justiça e paz. Evidencia-se a proposta da rejeição desta estrutura social, dividida entre privilegiados, opressores e ricos, e excluídos, oprimidos e explorados. É um projeto que contraria a acumulação capitalista privada resultante da exploração do trabalho dos pequenos empobrecidos. Este projeto, assumido por causa de Jesus e do evangelho, suscitará a perseguição por parte dos poderosos beneficiários de seu projeto de acumulação financeira em um mercado global. O projeto de Jesus, em andamento, significa a inserção na vida eterna do "mundo futuro". É o mundo novo possível, com a renúncia ao bem privado, na partilha do bem comum, em comunhão com a natureza, com o próximo e com Deus, na Paz e na vida plena.
Oração
Senhor Jesus, reforça minha liberdade interior de forma que nada, neste mundo, me impeça de cumprir a vontade do Pai.
3. O PERIGO DA RIQUEZA
A opção radical pelo Reino exige liberdade interior que torne o cristão capaz de colocar sua vida integralmente nas mãos de Deus. A relativização dos bens destes mundo, quando se trata de fazer a vontade divina, é expressão desta liberdade. Quando estes bens impedem o cristão de obedecer a essa vontade, é sinal de que Deus tem um concorrente em seu coração. É isso um indício de idolatria.
O homem rico pensava estar em dia com Deus pelo fato de cumprir o Decálogo. Desde o tempo de sua juventude, não havia transgredido os mandamentos. A pergunta que dirigiu a Jesus: "o que devo fazer para possuir a vida eterna?" talvez manifestasse sua preocupação por algo mais, requerido por Deus. O passo básico havia sido dado. Era possível avançar?
A resposta de Jesus foi para ele um grande desafio: seria uma prova de sua liberdade diante da riqueza, de sua disposição para partilhar e de seu desejo de servir.
Ao dar as costas para Jesus e ir embora, triste e aflito, o homem rico demonstrou que sua riqueza estava acima da vontade de Deus, e sua obediência aos mandamentos não tinha consistência. Talvez a riqueza dele tivesse sido acumulada de forma egoísta, sem solidariedade com os pobres, aos quais nunca fora motivado a ajudar. Preferiu garantir o tesouro terreno, em detrimento do tesouro nos céus, por estar ainda muito distante da vida eterna.
Oração
Senhor Jesus, reforça minha liberdade interior de forma que nada, neste mundo, me impeça de cumprir a vontade do Pai.


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