terça-feira, 6 de novembro de 2012

Liturgia da 31ª semana comum Ano Par

Liturgia da Segunda Feira — 05.11.2012
XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Não me abandones jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22s)
Leitura (Filipenses 2,1-4)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
2 1 Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão, 
2 completai a minha alegria, permanecendo unidos. Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos. 
3 Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. 
4 Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros. 
5 Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. 
Salmo responsorial 130/131
Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
Senhor, meu coração não é orgulhoso,
nem se eleva arrogante o meu olhar;
não ando à procura de grandezas,
nem tenho pretensões ambiciosas!
Fiz calar e sossegar a minha alma;
ela está em grande paz dentro de mim,
como a criança bem tranqüila, amamentada*
no regaço acolhedor de sua mãe.
Confia no Senhor, ó Israel, ó Israel,
desde agora e por toda a eternidade!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s).

Evangelho (Lucas 14,12-14)
14 12 Jesus dizia ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: "Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão. 
13 Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. 
14 Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos". 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Festa Particular
A primeira impressão sobre esse evangelho, é que Jesus é um grande estraga-prazeres, pois a coisa mais gostosa e gratificante, é quando recebermos em casa os amigos e parentes que muito amamos, para sentar conosco á mesa e passar horas deliciosas, que só reforçam o afeto para com eles e deles para conosco.  Jesus aqui não está querendo acabar com essa nossa alegria de poder estar em torno de uma mesa, com as pessoas queridas que nós amamos.
O recado é outro e tem um endereço  certo, ele critica o Farisaísmo, um grupo fechado para todos os outros, por que se julgam os únicos salvos ou merecedores da Salvação, pela sua conduta exemplar, modelo para todos, e que diante de Deus os fazem merecedores e bem quisto pelos homens.
No centro da reflexão está a gratuidade das relações humanas. Quanto mais eu priorizar nas minhas relações, pessoas iguais a mim, na cultura, no modo de pensar, na posição social, e até na expressão religiosa, mais longe de Deus estamos, pois a Trindade Santa não é um Condomínio residencial, exclusivo para alguns Santos. Ao encarnar-se na frágil natureza humana, Jesus, o Filho de Deus, fez da comunhão trinitária o lugar de todos quantos queiram viver na comunhão com Deus, não porque se fazem merecedores, mas por pura benevolência de Deus que abre o seu coração para acolher a todos os homens.
Em Cristo Jesus Deus manifesta um amor sem medidas por todos e por cada homem em particular, ainda que este não mereça ( são os pobres, aleijados, coxos, cegos, imperfeitos) Deus convida a todos para viver esta comunhão.
Ora, se a nossa Igreja é reflexo dessa Trindade, jamais podemos em comunidade ser um grupo fechado, exclusivo, particular. A Igreja que Jesus instituiu não é assim, mas aberta a todos e isso Deus espera da nossa comunidade.
Não façamos de nossa comunidade, pastoral ou grupo, uma festa particular, mas tenhamos  coração e alma sempre abertos, para acolher a todos, mesmo aqueles que ainda não se converteram, os pequenos que estão a procura de algo e tantas outras pessoas que na comunidade estão, á nosso ver, fora dos “padrões” de cristianismo, pois cada um de nós, também nem sempre está nos padrões de Santidade de Jesus, e nem por isso o Pai cheio de amor deixa de nos acolher.
2. Convite aos pobres
Jesus continua seu ensino, no contexto de uma refeição em casa de um dos chefes dos fariseus. No diálogo que se segue, após ter se dirigido aos convidados em geral, advertindo-os sobre a disputa dos primeiros lugares, Jesus dirige outra advertência àquele que o convidara, dando ênfase ao tema da eleição dos pobres e excluídos.
A refeição com um grupo privilegiado significa o estéril fechamento sobre si mesmo. Aquele que busca salvar sua pele, fechando-se em um círculo privilegiado de relações de prestígio e riqueza, está abafando a semente de vida que deveria frutificar na comunhão fraterna. Nós fomos criados para a comunhão de vida com nossos semelhantes, próximos e irmãos. E é nesta comunhão que encontramos nossa semelhança com o Criador.
Em conclusão à advertência, Jesus proclama mais uma bem-aventurança. Esta bem-aventurança não está na busca de benefícios e recompensas em bens e riquezas, mas, sim, em ser solidário e partilhar com os mais necessitados, pobres, aleijados, coxos e cegos. Jesus, que veio buscar o que estava perdido, o pobre e o excluído, resgata o sentido de fraternidade inerente à condição humana e revela que, por esta fraternidade, se alcança a vida eterna em Deus.
Oração
Pai, coloca no meu coração um amor desinteressado e gratuito, que saiba ser generoso sem esperar outra recompensa a não ser a que vem de ti.
3. A RETRIBUIÇÃO DIVINO
Reino insere, no coração humano, preocupações que superam a visão mundana da vida. Ele toca, até mesmo, coisas muito simples, qual seja a lista de convidados para um almoço ou jantar. Quem não pensa segundo o Reino, será levado a convidar pessoas que, no futuro, poderão retribuir-lhe o convite. Os ricos, neste caso, serão visados em primeiro lugar.
O discípulo do Reino, porém, parte de outro critério. Escolhe exatamente os pobres e os excluídos, aqueles que não terão condições de oferecer-lhe nada em troca. Basta-lhe a retribuição que o Senhor reservou para quem se deixou guiar pelo amor. Sua felicidade consistirá em compartilhar, em saciar a fome do próximo, em proporcionar um momento de prazer a quem vive sob o peso da rejeição social e de suas próprias limitações físicas, em valorizar quem vive na condição de resto da sociedade.
O coração do discípulo deve manter-se imune de segundas intenções. É possível fazer um banquete e convidar os pobres e excluídos, com a intuito de ter o nome estampado nos jornais e ser objeto da admiração alheia. O discípulo não tem um espírito demagógico. Sua opção pelos pobres é fruto da comunhão com sua causa, porque são os preferidos de Deus. Ao colocar-se do lado deles, o discípulo tem motivos para esperar a retribuição do Pai.
Oração
Senhor Jesus, tira do meu coração todo desejo de receber retribuições humanas, mas esperar somente a que provém do Pai.
Liturgia da Terça-Feira
XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Não me abandoneis, jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22s).
Leitura (Filipenses 2,5-11)
Leitura da Carta de São aos Filipenses.
2 5 Irmãos, dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. 
6 Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, 
7 mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. 
8 E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. 
9 Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, 
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. 
11 E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor. 
Salmo responsorial 21/22
Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembléia!
Cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! 
Vossos pobres vão comer e saciar-se, 
E os que procuram o Senhor o louvarão: 
"Seus corações tenham a vida para sempre"!
Lembrem-se disso os confins de toda a terra, 
Para que voltem ao Senhor e se convertam, 
E se prostrem, adorando, diante dele, 
Todos os povos e as famílias das nações. 
Pois ao Senhor é que pertence a realeza; 
Ele domina sobre todas as nações. 
Somente a ele adorarão os poderosos.
Toda a minha descendência há de servi-lo; 
Às futuras gerações anunciará 
O poder e a justiça do Senhor; 
Ao povo novo que há de vir, ele dirá: 
"Eis a obra que o Senhor realizou!"
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o senhor (Mt 11,28)

Evangelho (Lucas 14,15-24)
Naquele tempo, 14 15 a estas palavras, disse a Jesus um dos convidados: "Feliz daquele que se sentar à mesa no Reino de Deus!" 
16 Respondeu-lhe Jesus: "Um homem deu uma grande ceia e convidou muitas pessoas. 
17 E à hora da ceia, enviou seu servo para dizer aos convidados: 'Vinde, tudo já está preparado'. 
18 Mas todos, um a um, começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: 'Comprei um terreno e preciso sair para vê-lo; rogo-te me dês por escusado'. 
19 Disse outro: 'Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te me dês por escusado'. 
20 Disse também um outro: 'Casei-me e por isso não posso ir'. 
21 Voltou o servo e referiu isto a seu senhor. Então, irado, o pai de família disse a seu servo: 'Sai, sem demora, pelas praças e pelas ruas da cidade e introduz aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos'. 
22 Disse o servo: 'Senhor, está feito como ordenaste e ainda há lugar'. 
23 O senhor ordenou: 'Sai pelos caminhos e atalhos e obriga todos a entrar, para que se encha a minha casa. 
24 Pois vos digo: nenhum daqueles homens, que foram convidados, provará a minha ceia'". 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Estou ocupado, tente mais tarde...
Comprei um terreno...comprei cinco juntas de bois...comprar, consumir, TER... Até parece que os dois primeiros convidados especiais para a grande ceia, eram da pós modernidade, que não tem tempo para mais nada, trabalhar, negociar, produzir, comprar, adquirir, até parece que o sentido da vida está apenas nessas coisas...Agenda repleta, seminários, cursos, palestras, reuniões, encontros, planejamentos, e ninguém para se pergunta o por que de tudo isso, qual o sentido de se viver, de estar vivo e se relacionar com as pessoas?
Deus faz um convite a cada homem, para uma ceia porque tem algo especial para lhe falar, tem algo a lhe oferecer, que está acima de todas essas coisas, quer mostrar-lhe o sentido da vida, a razão do existir, quer que o homem o conheça de perto e experimente seu amor e sua graça...mas, o homem está muito ocupado e vai prorrogando a sua experiência com Deus presente em Jesus Cristo, sente algo dentro de si, parece que Deus insiste em lhe dizer algo, mas vai empurrando com a barriga, não quer parar para pensar, e nem pode, precisa produzir e consumir...para ser feliz.
Esses convidados chegaram até a pedir desculpas, tentando justificar a recusa ao convite. É o homem da pós-modernidade, adepto do Neo-ateísmo, em seu diálogo com esse Ser Transcendente, que ele ainda não conhece "Olha, Desculpa Senhor, eu sei que o Senhor existe, mas na minha vida não há espaço para o Senhor, tenho que estudar, trabalhar, produzir, consumir, eu sou muito especial e importante, para gastar o meu precioso tempo com religião, Igreja, comunidade....imagine eu, perder meu domingão para ir no banquete da sua Palavra e da Eucaristia..."
Já os pobres, aleijados, cegos e coxos, que faziam pontos nas esquinas e becos, nas quebradas da vida, uma gentalha desqualificada, considerada impura, que nem no templo podiam entrar e estavam longe do Deus de Israel e da sua Salvação, justamente por não serem importantes, estavam com a "Agenda Livre" , e como nunca tinham sido convidados para nada, pela condição inferior, moralmente e socialmente falando, ficaram surpresos mas aceitaram o convite e como eram numerosos, encheram a casa do Homem que estava oferecendo o banquete...
Essa casa é precisamente o coração de Deus, que em Jesus escancarou-se ao homem, para nele entrar e tornar-se íntimo de Deus, em uma vida de comunhão e amor, que começa nesta vida e que se eternizará um dia....Os muito importantes, e eternamente ocupados, inclusive em nossas comunidades, sempre correm o risco de recusar o convite, porque tão ocupados estão em seus trabalhos, que não têm tempo de curtirem Deus na sua intimidade que ele nos oferece em Jesus, em um amor que nos forma, nos modela e nos transforma na relação com o próximo.
2. Disponibilidade encontrada nos pobres
Esta parábola dos convidados para um grande jantar encerra os ensinamentos de Jesus por ocasião da refeição em casa de um chefe dos fariseus. Jesus já havia dirigido uma advertência aos presentes, quanto ao seu comportamento, e outra ao fariseu que o convidara, destacando a prioridade dos pobres para serem convidados.
Agora, na parábola, chama a atenção para as diferentes disponibilidades destes convidados: enquanto os ricos e acomodados, atrelados a seus negócios e suas preocupações, se desinteressam pelo convite ao jantar, são os pobres e excluídos, livres e disponíveis, que, prontamente, o aceitam. Assim se alcança a bem-aventurança do banquete do Reino de Deus.
Oração
Pai, tu me convidas cada dia para participar das alegrias de teu Reino. Que eu saiba acolher teu convite paterno, fazendo-me solidário com os pobres e os deserdados deste mundo.
3. O BANQUETE DO REINO
A resposta ao convite do Reino não pode ser adiada indefinidamente. Nem é sensato ficar se desculpando, pois esta é uma forma de rejeitá-lo. A paciência de Deus tem limites. Seu projeto de salvação não será frustrado pela má vontade humana.
A parábola do banquete sublinha a necessidade de assumir uma atitude responsável diante do apelo de Deus. Os convidados para a festa eram pessoas de gabarito: latifundiários, pecuaristas, homens respeitáveis. Quando chamados para o banquete, cada qual encontrou uma desculpa. As preocupações mundanas impediu-os de participar da alegria do Reino de Deus. E o apelo de Deus ficou sem resposta, pois exigia que superassem o apego desmedido às suas propriedades e se abrissem para a partilha e a comunhão. Eis uma grave falta de consideração para com Deus.
Quem preparara o banquete não se deu por vencido: mandou que a sala ficasse cheia de todos quantos fossem encontrados pelo caminho: pobres, aleijados, cegos e coxos. Esses não tinham como recusar o convite, seja porque necessitavam de alimento, seja porque não tinham nada que os impedisse de ir imediatamente.
A conclusão é clara. Quem tem o coração apegado aos bens deste mundo não tem tempo para Deus. Só responde ao convite e participa das alegrias do Reino quem se coloca, como pobre, diante de Deus.
Oração 
Senhor Jesus, dá-me um coração livre, que saiba desapegar-se de tudo quanto me impede de responder, imediatamente, ao teu chamado.
Liturgia da Quarta-Feira
XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Não me abandoneis, jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22s).
Leitura (Filipenses 2,12-18)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
2 12 Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor, não só como quando eu estava entre vós, mas muito mais agora na minha ausência. 
13 Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar. 
14 Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, 
15 a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, 
16 a ostentar a palavra da vida. Dessa forma, no dia de Cristo, sentirei alegria em não ter corrido em vão, em não ter trabalhado em vão. 
17 Ainda que tenha de derramar o meu sangue sobre o sacrifício em homenagem à vossa fé, eu me alegro e vos felicito. 
18 Vós outros, também, alegrai-vos e regozijai-vos comigo. 
Salmo responsorial 26/27
O Senhor é minha luz e salvação.
O Senhor é minha luz e salvação; 
De quem eu terei medo? 
O Senhor é a proteção da minha vida; 
Perante quem eu tremerei?
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, 
E é só isto que eu desejo: 
Habitar no santuário do Senhor 
Por toda a minha vida; 
Saborear a suavidade do Senhor 
E contempla-lo no seu templo.
Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, 
Atendei por compaixão! 
É vossa face que eu procuro. 
Não afasteis em vosso ira o vosso servo, 
Sóis vós o meu auxílio!
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver 
Na terra dos viventes. 
Espera no Senhor e tem coragem, 
Espera no Senhor!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Felizes sereis vós se fordes ultrajados por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus (1Pd 4,14).

Evangelho (Lucas 14,25-33)
14 25 Muito povo acompanhava Jesus. Voltando-se, disse-lhes: 
26 "Se alguém vem a mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 
27 E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo. 
28 Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la? 
29 Para que, depois que tiver lançado os alicerces e não puder acabá-la, todos os que o virem não comecem a zombar dele, 
30 dizendo: 'Este homem principiou a edificar, mas não pode terminar'. 
31 Ou qual é o rei que, estando para guerrear com outro rei, não se senta primeiro para considerar se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? 
32 De outra maneira, quando o outro ainda está longe, envia-lhe embaixadores para tratar da paz. 
33 Assim, pois, qualquer um de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser meu discípulo". 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. DECIDIR-SE COM PONDERAÇÃO
A decisão de seguir Jesus, por ser muito exigente, deve ser feita com muita ponderação. É indigno do discípulo ficar pelo caminho, sem atingir a meta fixada pelo Senhor. De sua parte, Jesus jamais pretendeu enganar seus seguidores, induzindo-os a assumir um projeto de vida, sem conhecer-lhe o teor. Ele falou claro, para evitar frustrações.
O discípulo de Jesus deveria estar disposto a colocar o Reino acima de tudo. Mesmo as relações familiares ocupariam um lugar secundário, quando confrontadas com as exigências do Reino. Caso contrário, seria impossível fazer-se discípulo. Por outro lado, a decisão pelo Reino comportaria perseguições, incompreensões e ódio para os discípulos. É a cruz inevitável do discipulado. Só quem está preparado para defrontá-la, poderá pôr-se no seguimento de Jesus.
Duas parábolas ilustram esta situação do discípulo. Ficará sujeito ao ridículo quem se puser a construir uma torre, sem verificar se tem condições para concluí-la. Está fadado à derrota quem vai lutar contra um exército mais forte, sem ter uma idéia exata do seu próprio potencial. Igualmente, quem pretende fazer-se discípulo de Jesus sem avaliar se está em condições de levar adiante este projeto, acabará por abandoná-lo na primeira dificuldade.
Oração
Senhor Jesus, reforça o que em mim é fraco, para eu perseverar no discipulado, sem me render diante das dificuldades.
2. QUEM SE SALVARÁ?
As exigências do Reino apresentadas por Jesus levou os discípulos a se perguntarem pelo número dos que seriam salvos. Imaginavam serem poucas as pessoas predispostas e fiéis ao projeto apregoado pelo Mestre. A dinâmica do Reino, como Jesus a entendia, rompia com os esquemas mundanos e só podia ser vivida por quem, de fato, se predispunha a enfrentar a cruz, como caminho necessário para a glória.
A questão levantada pelos discípulos pareceu ser irrelevante para Jesus. Era inútil saber se os salvos seriam poucos ou muitos. Importava, sim, empenhar-se continuamente para, com a graça de Deus, entrar no Reino, através da porta estreita. Portanto, era tempo de refletir e tomar uma decisão sábia, para evitar o risco de ser deixado do lado de fora.
A exclusão do Reino poderá ser uma experiência trágica. O choro e ranger de dentes expressam o desespero de quem desperdiçou a chance que lhe fora oferecida. A segurança fundada em elementos inconsistentes frustrar-se-á quando o cristão comparecer diante do Senhor. Ter comido e bebido na presença de Jesus e tê-lo visto ensinar nas praças não será suficiente para garantir a salvação. Jesus só reconhecerá como discípulo e salvará quem, como ele, tiver sido capaz de colocar-se a serviço do próximo, sem medo de perder tudo por causa do Reino.
Oração
Senhor Jesus, que eu me esforce sempre para entrar no Reino pela porta estreita do serviço ao próximo e da disposição de perder tudo por causa de ti.
Liturgia da Quinta-Feira
XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Não me abandoneis, jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22s).
Leitura (Filipenses 3,3-8)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
3 3 Porque os verdadeiros circuncisos somos nós, que prestamos culto a Deus pelo Espírito de Deus, e pomos nossa glória em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. 
4 No entanto, eu poderia confiar também na carne. Se há quem julgue ter motivos humanos para se gloriar, maiores os possuo eu: 
5 circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu e filho de hebreus. Quanto à lei, fariseu; 
6 quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça legal, declaradamente irrepreensível. 
7 Mas tudo isso, que para mim eram vantagens, considerei perda por Cristo. 
8 Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo 
Salmo responsorial 104/105
Exulte o coração dos que buscam o Senhor!
Cantai, entoai salmos para ele, 
publicai todas as suas maravilhas! 
Gloriai-vos em seu nome que é santo, 
exulte o coração que busca a Deus!
Procurai o Senhor Deus e seu poder, 
buscai constantemente a sua face! 
Lembrai as maravilhas que ele fez, 
seus prodígios e as palavras de seus lábios!
Descendentes de Abraão, seu servidor, 
e filhos de Jacó, seu escolhido, 
ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, 
vigoram suas leis em toda a terra.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).

EVANGELHO (Lucas 15,1-10)
15 1 Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo. 
2 Os fariseus e os escribas murmuravam: "Este homem recebe e come com pessoas de má vida!" 
3 Então lhes propôs a seguinte parábola: 
4 "Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? 
5 E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo, 
6 e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: 'Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido'. 
7 Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. 
8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la? 
9 E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: 'Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido'. 
10 Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa". 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. UMA CONVERSA COM A OVELHA DESGARRADA
___Escute ovelhinha, o que você sentiu quando percebeu que não fazia mais parte do rebanho e que estava completamente perdida, em outro rumo e direção totalmente contrárias? 
___Tristeza, mágoa e desespero....vaguei dias na escuridão, por entre caminhos tenebrosos e espinheiros que me feriam. 
___E por que você se desgarrou do rebanho, porque quis ou porque as demais ovelhas a olhavam com desdém? 
___Digamos que começou a me sentir uma estranha no ninho, as outras ovelhas sempre bem comportadinhas, carinhas de santinhas, obedeciam o pastor, só faziam o que ele mandava sem se desviar nem para a direita e nem para a esquerda.... 
___Ah entendi, ovelhas piedosas, perfeitas, obedientes, e de conduta irrepreensível... 
___Isso mesmo, eu ao contrário nunca fui perfeita, de vez em quando andava pelas quebradas e atalhos, ouvia a voz do pastor lá longe e achava bom ficar sozinha, fazer o que me dava na cabeça, sem qualquer compromisso com o rebanho e o pastor...Afinal, quem é que não quer ser livre? Os homens aí do seu tempo são todos assim, preferem o isolamento de uma vida egoista do que comprometer-se em andar com o rebanho, ao comando do Pastor Eterno. 
___Bom, mas e daí Dona Ovelha, conte-nos o que aconteceu... 
___Pois é, um dia tentei alcançar o rebanho e entrei em um caminho errado, vaguei ao léu, sem rumo e direção, comecei a compreender que minha visa só tinha sentido junto ao rebanho, aos cuidados do Pastor...mas daí era tarde, veio tempestade, noites escuras e tenebrosas, passei frio e medo e até desejei que viesse um Lobo e me devorasse, dando um fim á minha desgraçada existência....Foi então que..... 
___Você foi salva...... 
___Ah que momento sublime, quando senti umas mãos me tocando com ternura, quando olhei, quase morri de vergonha, era o nosso Pastor, achei que ele iria me estrangular pela minha rebeldia, infidelidade e desobediência, mas ao contrário, com palavras doces chamando-me de "minha pequenina pobrezinha, não se assuste, pare de tremer, eu estava a sua procura há dias e dias..." 
E quando perguntei-lhe se o rebanho tinha se acabado ele sorriu, apanhou-me com carinho, pois uma de minhas patas estava ferida e não conseguia caminhar, colocou-me sobre seus ombros, e disse-me 
__As outras estão á sua espera, sem você o rebanho está incompleto, vamos para casa que até uma festa vou fazer porque te encontrei com vida minha querida ovelhinha..E bem acomodada nos ombros do pastor, fiquei pensando que eu não merecia nada daquilo, foi daí que compreendi que o amor desse pastor pelo rebanho era gratuito e incondicional, juntei-me aos meus irmãos e irmãs do rebanho e somos todos muito felizes, em saber que ele nos ama tanto...
2. A alegria da inclusão social
Jesus é criticado pelos fariseus e escribas por acolher aqueles que eram por eles considerados pecadores. Jesus narra-lhes, então, três parábolas sobre a misericórdia de Deus, duas das quais lemos hoje. O dono das ovelhas ou a mulher dona de casa vão à procura da ovelha perdida ou da moeda perdida, e se alegram quando a encontram.
O "pecador" era um excluído, impuro diante de centenas de preceitos da Lei (Torá), ficando assim obrigado a trazer ofertas para os sacrifícios de purificação feitos pelos sacerdotes. Jesus supera estes critérios religiosos excludentes e opressores, acolhendo a todos. É o amor misericordioso que reergue as pessoas e as integra, alegremente, na vida comunitária.
Oração
Pai, quero ser contagiado por teu amor desconcertante que vai em busca do pecador e se alegra ao vê-lo voltar à comunhão.
3. A ALEGRIA DE DEUS
Os rigorosos fariseus e mestres da Lei esperavam de Jesus um tratamento duro para com os pecadores. Por isso, não viam com bons olhos a misericórdia que lhes era dispensada. Jesus acolhia os pecadores e comia com eles, com toda naturalidade, sem se importar com os preconceitos de que eram vítimas. Afinal, fora enviado para salvá-los dos seus pecados.
A diferença entre a atitude de Jesus e a de seus adversários estava na maneira como cada qual via a imagem de Deus. Para estes últimos, essa imagem centrava-se na Lei. Portanto, um Deus legalista que se alegrava em ver as pessoas submissas a seus ditames rígidos e que marginalizava quem ousasse desrespeitá-los. Um Deus que cindia a humanidade em dois blocos: o bloco dos bons, correspondente aos praticantes da Lei, e o bloco dos maus, correspondente aos pecadores. Os primeiros eram dignos de elogios e salvação, os outros, dignos de censura e de condenação.
A teologia de Jesus era bem diferente. Para ele, Deus era o Pai misericordioso, cujo amor destina-se, em primeiro lugar, aos pecadores e marginalizados. Sua alegria não consiste em condená-los, e sim em vê-los convertidos, reencontrando o bom caminho. Os bons e santos, basta que continuem firmes no caminho da fidelidade. Quanto aos pecadores, o Pai vai ao encontro deles e fica feliz quando os reencontra.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a conhecer a imagem misericordiosa de Deus, que vai ao encontro dos pecadores e se alegra, quando estes se convertem.
Liturgia da Sexta-Feira
BASÍLICA DO LATRÃO 
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA FESTA)
Antífona da entrada: Eu vi a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, ornada como a noiva que se preparou para o seu noivo (Ap 21,2)
Leitura (Ezequiel 47,1-2.8-9.12)
Leitura da profecia de Ezequiel.
47 1 Naqueles dias, o homem conduziu-me então à entrada do templo. Eis que águas jorravam de sob o limiar do edifício, em direção ao oriente (porque a fachada do templo olhava para o oriente). Essa água escorria por baixo do lado direito do templo, ao sul do altar. 
2 Fez-me sair pela porta do norte e contornar o templo do lado de fora até o pórtico exterior oriental; eu vi a água brotar do lado sul. 
8 Essas águas, disse-me ele, dirigem-se para a parte oriental, elas descem à planície do Jordão; elas se lançarão no mar, de sorte que suas águas se tornarão mais saudáveis. 
9 Em toda parte aonde chegar a corrente, todo animal que se move na água poderá viver, e haverá lá grande quantidade de peixes. Tudo o que essa água atingir se tornará são e saudável e em toda parte aonde chegar a torrente haverá vida. 
12 Ao longo da torrente, em cada uma de suas margens, crescerão árvores frutíferas de toda espécie, e sua folhagem não murchará, e não cessarão jamais de dar frutos: todos os meses frutos novos, porque essas águas vêm do santuário. Seus frutos serão comestíveis e suas folhas servirão de remédio.
Salmo responsorial 45/46
Os braços de um rio vêm trazer alegria
à cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
O Senhor para nós é refúgio e vigor,
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
assim não tememos, se a terra estremece,
se os montes desabam, caindo nos mares.
Os braços de um rio vêm trazer alegria
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
Quem a pode abalar? Deus está no seu meio!
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.
Conosco está o Senhor do universo!
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus
e a obra estupenda que fez no universo:
reprime as guerras na face da terra.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Esta casa eu escolhi e santifiquei, para nela estar meu nome para sempre (2Cr 7,16).

EVANGELHO (João 2,13-22)
2 13 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 
14 Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. 
15 Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. 
16 Disse aos que vendiam as pombas: "Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes". 
17 Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: "O zelo da tua casa me consome". 
18 Perguntaram-lhe os judeus: "Que sinal nos apresentas tu, para procederes deste modo?" 19 Respondeu-lhes Jesus: "Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias". 
20 Os judeus replicaram: "Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu hás de levantá-lo em três dias?" 
21 Mas ele falava do templo do seu corpo. 
22 Depois que ressurgiu dos mortos, os seus discípulos lembraram-se destas palavras e creram na Escritura e na palavra de Jesus. 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O TEMPLO VIVO
A casa onde morávamos, nos anos 60, esquina das ruas Albertina Nascimento com a Tarcísio Nascimento em Votorantim, era incompatível com a nossa classe social, meu pai era um simples operário e a casa de cinco cômodos era bonita e espaçosa, a sala era o espaço onde recebíamos as visitas. Certo dia veio a nossa casa a Dona Dita, uma senhora humilde que minha mãe gostava muito de acolher, sempre a ajudando como podia. Minha Irmã havia encerado o corredor e a sala, e a mulher, ao entrar, pedindo licença, tirou o chinelo sujo de barro, pois havia chovido àquele dia, mas minha mãe lhe disse: “Olhe Dona Dita, a senhora é muito mais importante que esta casa , e esta sala limpa e organizada, é justamente para receber a senhora, por isso pode por o chinelo e fique a vontade”
Lembro-me que nos meus nove anos, depois que a mulher se foi, perguntei à minha mãe se era mesmo verdade que a Dona Dita, tão pobrezinha daquele jeito, era assim tão importante, ao que minha mãe respondeu: ”As pessoas, ricas ou pobres, inteligentes ou ignorantes, são importantes e devem ser sempre recebidas com respeito e amizade, porque nelas mora o Deus vivo, é uma ofensa ao nosso Deus, exigir que um pobre tire o sapato ou o chinelo, para não sujar a nossa casa”. AH Dona Georgina minha primeira catequista! Como lhe sou grato por ensinar-me esta lição, apreendida com a Palavra de Deus!
O comentário simples da minha mãe, é a homilia de hoje, pois Jesus, indignado por terem feito do templo sagrado um lugar de comércio, expulsa da casa do Pai os profanadores do templo. Ao afirmar, que o zelo por vossa casa me devora, Jesus não se refere somente ao templo em si, edificação material, mas ao templo vivo que é o homem, onde, exatamente como minha mãe me ensinou, está presente o Deus vivo
Todas as igrejas cristãs, enquanto lugar consagrado a Deus, onde o povo se reúne para o culto, deve e precisa ser respeitado como tal, porque se apresenta como sinal dessa presença real de Jesus em sua igreja. A Festa litúrgica dessa sexta feira, dia 09 de Novembro – Dedicação da Basílica de Latrão,  que não quer simplesmente prestar homenagem a um lugar histórico para a igreja católica, como é a Basílica de Latrão, que no século IV, quando o imperador Teodósio decretou o Cristianismo como a Religião oficial do Império, tornou-se a residência oficial do Papa, passando depois a ser uma Basílica.
Ao celebrar essa festa tão importante, a Igreja nos oferece esta reflexão da Palavra de Deus, sobre o sentido do templo, enquanto lugar da presença de Deus, e o templo vivo onde Deus habita que é no coração do homem, conferindo-lhe uma dignidade especial, a ponto de Paulo nos dizer, diante de pecados que profanam o corpo –“ Não sabeis que vossos corpos são templos do Espírito Santo?”
É na teologia joanina que o corpo será compreendido enquanto morada de Deus, templo do Deus Altíssimo, afirmando e confirmando desta maneira, que lá nas profundezas do nosso ser existencial, envolvendo todas as nossas dimensões, Cristo Jesus se faz presente, graças a efusão do Espírito Santo, o Santíssimo, Perfeitíssimo e Todo Poderoso, vem participar da vida dos homens, não dentro de um conformismo com o domínio do mal, por causa das fraquezas e da concupiscência da carne, antes, para os resgatar, apontar-lhes o único caminho que é Ele mesmo.
Nesse sentido a morte já não existe, o homem tornou-se propriedade exclusiva de Deus, através da encarnação de Jesus, nada poderá derrotá-lo, nenhuma outra força será maior do que a graça santificante e operante, que preenche todo o seu ser. Esse resgate da dignidade humana, esta total renovação e renascimento, é o maior de todos os sinais que Jesus apresenta aos seus interlocutores neste evangelho - “Destruam este templo e em três dias eu o levantarei!”
Este Santuário  que traz em si o Deus vivo e encarnado na história, em Jesus de Nazaré, vem sendo todos os dias e de todas as formas profanado, violentado, banalizado, mercantilizado, feito em ruínas. Não se discute aqui o caráter sagrado dos nossos templos cristãos, mas o que deve nos questionar é a essência daquilo que Jesus ensina-nos neste evangelho: que como cristãos deste terceiro milênio, devemos todos ter este mesmo zelo que nos devora, pela vida e dignidade dos nossos irmãos. Não estaria na hora de usarmos o “chicote da indignação”, diante de certas ideologias para quem a vida humana nada vale?.Poderíamos começar em nossas comunidades, acolhendo todos os que vêm sendo vítimas desta profanação. (Consagração da Basílica de Latrão) João 2, 13-22.
2. O verdadeiro Templo de Deus
A menção à Páscoa "dos judeus" sugere que Jesus não se identificava com tal celebração. A Páscoa judaica é a celebração da morte dos primogênitos do povo do Egito, oprimido pelo faraó, e, em continuidade, a tomada do território de Canaã, pelos "eleitos" que saíram do Egito, com o extermínio de sete povos que lá habitavam.
Jesus denuncia que o Templo de Jerusalém era usado para o comércio. Desde a sua construção por Salomão, o Templo tinha um anexo onde eram guardadas as imensas riquezas acumuladas a partir da exploração do povo fiel. A denúncia de Jesus não se limita apenas àquele momento da festa, mas a toda a história do Templo. Ele completa a denúncia com a alusão simbólica à sua destruição. Com Jesus, o Templo de Deus é o próprio corpo daqueles que adoram em espírito e verdade (Jo 4,23).
Oração
Senhor Jesus, que eu tenha pelas coisas do Pai o mesmo zelo que tiveste, sabendo reconhecer as exigências práticas da minha fé.
3. O templo de Deus.
1. O templo, lugar santo. O antigo templo de Israel foi construído por Salomão que viveu por volta do ano de 960. O Templo está edificado com grande suntuosidade e custodiava "a arca da aliança". No deserto, Deus se encontrava com Moisés na tenda. Davi, pai de Salomão, pergunta-se, por sua vez, como é possível que ele viva num palácio e o Senhor numa tenda. Contudo, sabia-se que Javé não poderia estar contido num templo feito por obra de mão humana. Salomão mesmo na oração da dedicação do templo de Jerusalém exclama: "Mas será que Deus pode realmente morar sobre a terra? Se os mais altos céus não te podem conter, muito menos esta casa que eu construí! Mas atende, Senhor meu Deus, à oração e à súplica do teu servo, e ouve o clamor e a prece que ele faz hoje em tua presença. Teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, sobre o lugar do qual disseste: 'Aqui estará o meu nome!' Ouve a oração que o teu servo te faz neste lugar." (I Re 8, 27-29). Notamos, portanto, a tensão entre a transcendência de Javé e a tentativa de colocá-lo num lugar determinado, o templo. Anteriormente Salomão já tinha escutado a seguinte advertência: "Por esta Casa que estás edificando, se caminhas segundo meus preceitos, ages segundo minhas sentenças e guardas todos os meus mandamentos para andar conforme eles, eu cumprirei minha palavra contigo, a que disse a Davi teu pai, habitarei em meio dos filos de Israel e não abandonarei meu povo Israel". Assim se tentava superar a antinomia: de fato, Javé habitará no templo, se o povo caminha segundo os preceitos e sentenças recebidas.
O templo foi para Israel a sede da presença divina. O templo da casa de Deus, especialmente quando a arca da aliança é nele introduzida. A nuvem encheu templo do Senhor (I Re 8, 10). Graças à presença de Javé, o templo é o lugar do culto e da oração. Quando Ezequias recebe a carta ameaçadora de Senaquerib, a lê e sobe ao templo, abrindo a mesma diante do Senhor, rogando-lhe (II Re 19, 14). Os salmos e outras passagens bíblicas apresentam templo como a morada de Deus (Sal 27, 4; 42, 5).
O templo também foi para Israel um sinal da escolha. Javé tinha decidido habitar naquele lugar, naquela cidade, e protegê-la do inimigo. O templo construído representava para os israelitas a fidelidade de Deus às suas promessas. Por esta razão, a destruição do templo por parte de Nabucodonosor foi um duro golpe para a fé de Israel. Esta pequena visão histórica nos ajuda a compreender melhor as características próprias do templo cristão.
2. O templo cristão. Primeiramente, é conveniente ressaltar a atitude de Jesus sobre o templo judeu. "Jesus, como os profetas anteriores a Ele, teve pelo Templo de Jerusalém o mais profundo respeito. Nele foi apresentado por José a Maria quarenta dias após o seu nascimento. Com doze anos, decide ficar no Tempo para lembrar a seus pais que deve dedicar-se às coisas do Pai. Durante os anos de sua vida oculta, subiu ao Templo a cada ano, no mínimo por ocasião da Páscoa; até seu ministério público foi ritmado por suas peregrinações a Jerusalém para as grandes festas judaicas. Jesus subiu ao templo como lugar privilegiado de encontro com Deus. O Templo era para ele a morada e seu Pai, uma casa de oração, e se indigna pelo fato de seu átrio externo ter-se tornado um lugar de comércio. Seus discípulos lembram-se do que está escrito: 'O zelo por tua casa me devorará' (Sl 69,10). (Jo 2,16-17). Depois de sua ressurreição, os apóstolos mantiveram um respeito religioso pelo Templo. Contudo, no limiar de sua Paixão, Jesus anunciou a ruína desse esplêndido edifício, do qual não restará mais pedra sobre pedra. Há aqui o anúncio de um sinal dos tempos finais que vão abrir-se com sua própria Páscoa. Esta profecia, porém, pôde ser relatada de modo deformado por testemunhas falsas no momento do interrogatório de Jesus diante do sumo sacerdote, sendo-lhe atribuída como injúria quando ele foi pregado à cruz. Longe de ter sido hostil ao Templo, local que aliás, ministrou o essencial de seu ensinamento, Jesus fez questão de pagar o imposto do Templo, associando este a Pedro, que acabara de estabelecer como fundamento de sua Igreja futura. Mais ainda: identificou-se com o Templo ao apresentar-se como a morada definitiva de Deus entre os homens. Eis por que sua morte corporal foi decretada anuncia a destruição do Templo, (destruição) que manifestará a entrada em uma nova era da História da Salvação: 'Vem a hora em que nem sobre esta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai' (Jo 4, 21)." (Catecismo da Igreja Católica, 583-587)
Portanto, Jesus respeita e venera o templo, mas sua paixão, morte e ressurreição indicam a destruição definitiva do templo, pois ele mesmo é o novo templo, onde verdadeira e definitivamente está a plenitude da divindade (cf. Col 2, 9). Diz o cardeal Ratzinger: "O culto cristão, ao contrário, considera definitiva e teologicamente necessária a destruição do templo de Jerusalém: no lugar dele está agora o templo universal de Cristo ressuscitado, cujos braços estendidos na cruz se dirigem para o mundo para atrair todos ao abraço do amor eterno" (Ratzinger J. Introduzione allo spirito della liturgia, p. 45). Em Jesus existe um novo templo e um novo e definitivo sacrifício. De agora em adiante existe um único sumo sacerdote com um único sacrifício. Tudo isso nos diz que a liturgia cristã é, por essência, universal, e se dirige a todos os povos da terra.
Na maioria das religiões os templos não são lugares de reunião, mas espaços culturais reservados à divindade. No caso do templo cristão é diferente. O templo tomou o nome de domus ecclesiae (casa da igreja, casa da assembléia que se reúne). Assim, a palavra Igreja chega a significar não somente a comunidade reunida, mas também o edifício. Isso significa que é o próprio Cristo que celebra o culto. Ele é o culto dos fiéis nos momentos em que eles se reúnem.
Hoje celebramos a dedicação ou consagração da domus ecclesiae por excelência, já que se trata da catedral do bispo de Roma, de modo que é "mãe e cabeça de todas as Igrejas de Roma e do mundo". A basílica de Latrão hospedou todos os papas a partir de Constantino até o ano de 1304. Nela realizaram-se cinco concílios (os dos anos 1123,1139,1179,1215, e 1512).
3. O cristão, templo de Deus. A segunda leitura retirada da primeira carta aos Coríntios nos diz: Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. O templo de Deus é sagrado e vós sois este templo de Deus. Que grande dignidade tem o cristão: foi configurado com Cristo, pertence ao corpo de Cristo, é templo de Deus! O cristão é o lugar da manifestação de Deus. Quando lembramos hoje a dedicação da Igreja mãe de todas as Igrejas do mundo, lembremos também nossa condição de "Templo de Deus".
Liturgia do Sábado
SÃO LEÃO MAGNO - PAPA E DOUTOR
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS PASTORES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
Antífona da entrada: O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou
Leitura (Filipenses 4,10-19)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
4 10 Fiquei imensamente contente, no Senhor, porque, finalmente, vi reflorescer o vosso interesse por mim. É verdade que sempre pensáveis nisso, mas vos faltava oportunidade de mostrá-lo. 
11 Não é minha penúria que me faz falar. Aprendi a contentar-me com o que tenho. 
12 Sei viver na penúria, e sei também viver na abundância. Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade. 
13 Tudo posso naquele que me conforta. 
14 Contudo, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação. 
15 Vós que sois de Filipos, bem sabeis como, no início do meu ministério evangélico, quando parti da Macedônia, nenhuma comunidade abriu comigo contas de deve-haver, senão vós somente. 
16 Já por duas vezes mandastes para Tessalônica o que me era necessário. 
17 Não é o donativo em si que eu procuro, e sim os lucros que vão aumentando a vosso crédito. 
18 Recebi tudo, e em abundância. Estou bem provido, depois que recebi de Epafrodito a vossa oferta: foi um suave perfume, um sacrifício que Deus aceita com agrado. 
19 Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo. 
Salmo responsorial 111/112
Feliz o aquele que respeita o Senhor!
Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei! 
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!
Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça. 
Porque jamais vacilará o homem reto,
sua lembrança permanece eternamente!
Seu coração está tranqüilo e nada teme,
e confusos há de ver seus inimigos.
Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez,
e crescerão a sua glória e seu poder.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).

Evangelho (Lucas 16,9-15)
Naquele tempo, 16 9 disse Jesus aos seus discípulos: "Fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos. 
10 Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes. 
11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? 
12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? 
13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro". 
14 Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram avarentos, e zombavam dele. 
15 Jesus disse-lhes: "Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus". 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Um trabalho de Formiguinha
Lembro-me dos tempos na Fábrica de Cimento, quando participava de algumas reuniões na área comercial, ouvindo palestras motivacionais que eram feitas para que os funcionários tomassem consciência do trabalho em equipe, de acordo com a moderna gestão.
Na relação com o cliente o Diretor pediu toda a atenção do pessoal da linha de frente, com os chamados "Formiguinhas" do consumo, ele dizia que não se pode só focar os grandes clientes , gigantes da construção civil, mas é necessária uma atenção especial aos pequenos, aquele pedreiro que compra dois sacos de cimento na Loja da esquina, o que ele acha do produto, o que ele pensa, pois sem o consumo dessas formiguinhas, a meta não será atingida, já que eles, naquela ocasião, eram responsáveis por uma fatia de 60 por cento da produção.
O Cristianismo é algo de alcance mundial, entretanto, ele se constitui de pequenos gestos do dia a dia, que vão dando visibilidade á nossa Fé. Muitas vezes fazemos planejamento de grandes coisas, entretanto, no dia a dia vamos levando de qualquer jeito, sem se importar com o nosso testemunho ,naquele momento em que estamos caminhando a pé, ou no trânsito, ou na fila de um banco, ou conectados na internet em alguma rede social, na Feira livre, em meio a torcida em um jogo de futebol, no pagamento de pequenas contas, e vai por aí afora. Tudo o que vivemos em cada momento do dia a dia durante a semana, depois vamos celebrar na missa dominical. E o que foi que vivemos? Houve gestos pequenos de solidariedade, de atenção, de ajuda a alguém, de uma gentileza? Vejam bem que Jesus diz em um outro evangelho, que até quem der um copo de água a um desses pequenos, não ficará sem a sua recompensa....Aí está, em todas essas pequenas coisas vamos confirmando a nossa Fé e a nossa opção por Jesus e o seu Reino.
Saber conquistar as pessoas, fazer muitos amigos, mesmo com a riqueza injusta, ( aqui, Jesus nos lembra da atitude daquele administrador desonesto, estão lembrados? A reflexão do dia de ontem...) isso significa dizer, que devemos ter uma boa estratégia.
Na conclusão do evangelho Jesus explica o por quê da importância dos pequenos gestos, é que não podemos estar divididos, celebrar algo grandioso no domingo, e depois nos dias da semana, nos pequenos gestos e atitudes, jogar tudo fora, dando um péssimo testemunho no trânsito, na família, na relação com as pessoas. Então a coerência e a fidelidade são extremamente importantes nas pequenas coisas de nossa Vida. Lembre-se, os grandes empreendimentos nada mais são do que a soma de pequenos projetos, o Reino de Deus é o maior de todos os empreendimentos, mas ele é feito exatamente das nossas pequenas atitudes, que tendo por única referência o evangelho, vão dando no dia a dia uma bela visibilidade ao Reino que Jesus inaugurou no meio de nós...
2. A riqueza iníqua
Esta fala de Jesus complementa a parábola do administrador desonesto e esperto (Lc 16,1-8). A tônica é a iniquidade do dinheiro e os fariseus são mencionados como sendo amigos do dinheiro, e zombavam de Jesus.
Na tradição cristã antiga, os Padres da Igreja tinham grande empenho em denunciar a injustiça da acumulação de riqueza. Isto porque tinham consciência de que esta acumulação se faz com o sacrifício das maiorias humildes, tímidas e submissas. Estes Padres da Igreja já proclamavam o sentido social dos bens da criação. A riqueza iníqua acumulada por alguns é obtida pela espoliação dos demais. Assim, cabe a justa partilha dos bens para que todos tenham condições dignas de vida.
Hoje, os arrogantes e poderosos adoradores do dinheiro desrespeitam os direitos humanos e matam pela fome e pela guerra. Tornam-se assim detestáveis para Deus e para os povos.
Oração
Pai, meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha felicidade.
3. SER FIEL EM TUDO
O discípulo prima pela fidelidade total ao Reino. Não abre mão de ser fiel nem nas pequenas coisas. Sua vida, portanto, não está dividida entre a fidelidade a Deus e a fidelidade ao dinheiro. É impossível conciliar as exigências de ambos. Por isso, quem ama a Deus recusa-se a nortear sua vida pelas exigências do dinheiro. Quem ama o dinheiro é porque não aceita ser guiado pela vontade de Deus.
Enquanto o amor a Deus exige a partilha dos bens, o amor ao dinheiro leva a concentrá-los. Quem ama a Deus, vê no próximo um irmão a quem deve amar e socorrer. Quem ama o dinheiro transforma-o em objeto de exploração e não tem escrúpulos de usá-lo para satisfazer os próprios caprichos. O amor a Deus leva, também, a amar a natureza, à qual se busca proteger e preservar.
O amor ao dinheiro, quando se visa somente o lucro, considera-a como fonte inesgotável e barata de riqueza e dela usufrui, sem remorso de destrui-la. O amor a Deus leva o discípulo a pautar sua vida pela Lei de Deus. O amor ao dinheiro incentiva o indivíduo a orientar-se pelo próprio egoísmo, transformado em lei suprema de seus atos.
Não existe meio termo, quando o discípulo é colocado diante destas duas opções. Por outro lado, é inútil querer acobertar, com ares de piedade, suas más ações, movidas pelo amor ao dinheiro. Deus conhece o coração das pessoas e sabe em quem ele está centrado.
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração indiviso, centrado unicamente na vontade do Pai, e que não se deixa contaminar pelo amor ao dinheiro.
Liturgia do Domingo — 11.11.2012
32º Domingo do Tempo Comum — ANO B
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "O que você está oferecendo a Deus? As sobras ou a vida?" __
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Mais uma vez nos reunimos para a celebração da Eucaristia, memorial da doação plena de Jesus Cristo ao Pai e a nós. Estamos chegando ao final do Ano Litúrgico e, os últimos domingos que celebramos, têm a característica de nos levar a avaliar o nosso modo de viver, pois um dia, estaremos diante de Deus. A liturgia hodierna nos chamará a atenção para a sinceridade de nossos atos. Diante de Deus, não conta o que fazemos de modo visto ou até mesmo teatral, mas o quanto se empenha o coração naquilo que fazemos por a ele e pelo bem dos irmãos. Conscientes de que a Páscoa de Jesus se manifesta nos grupos que sabem ser hospitaleiros e sabem partilhar o pouco que possuem, iniciemos nossa celebração intercedendo a graça de unir a nossa vida à oferta de Jesus Cristo ao Pai.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Hoje é o Dia Nacional da Juventude. O Evangelho nos ensina que a Deus devemos dar tudo, não importa o que isso signifique em termos de quantidade, pois os critérios divinos não são como os critérios humanos. Na liturgia entreguemos a Deus nosso coração para melhor entregar-lhe a vida em nossa ação cotidiana. Rezemos para que os jovens abram o coração aos apelos da fé e, como os primeiros apóstolos, se engajem na aventura de crer sem medo de deixar para trás todos os apegos humanos.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Jesus é a revelação da presença humilde de Deus entre nós, em contato com as multidões, fazendo-se igual a todos em tudo que há de bom, justo e verdadeiro, para nos comunicar sua vida divina e eterna pela vivência do amor e da misericórdia.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
Antífona da entrada: Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3).
Comentário das Leituras:
A conduta da viúva de Sarepta com o profeta Elias, apesar de sua extrema necessidade, e da pobre viúva do templo de Jerusalém, que dá tudo o que tem para viver, apresentam em escala menor a entrega total que de si mesmo Jesus fez, o sacerdote e vítima da nova Aliança que se ofereceu para tirar os pecados de todos. Tais gestos ensinam- -nos a entender e viver o cristianismo como religião do dar e, sobretudo, do dar-se a si mesmo a Deus e aos irmãos.
Primeira Leitura (1 Reis 17,10-16)
Leitura do primeiro livro dos Reis.
17 10 Elias pôs-se a caminho para Sarepta. Chegando à porta da cidade, viu uma viúva que ajuntava lenha. Chamou-a e disse-lhe: "Por favor, vai buscar-me um pouco de água numa vasilha para que eu beba". 
11 E indo ela buscar-lhe a água, gritou-lhe Elias: "Traze-me também um pedaço de pão". 
12 "Pela vida de Deus", respondeu a mulher, "não tenho pão cozido: só tenho um punhado de farinha na panela e um pouco de óleo na ânfora; estava justamente apanhando dois pedaços de lenha para preparar esse resto para mim e meu filho, a fim de o comermos, e depois morrermos". 
13 Elias replicou: "Não temas; volta e faze como disseste; mas prepara-me antes com isso um pãozinho, e traze-mo; depois prepararás o resto para ti e teu filho. 
14 Porque eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: 'a farinha que está na panela não se acabará', e a ânfora de azeite não se esvaziará, até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a face da terra". 
15 A mulher foi e fez o que disse Elias. Durante muito tempo ela teve o que comer, e a sua casa, e Elias. 
16 A farinha não se acabou na panela nem se esgotou o óleo da ânfora, como o Senhor o tinha dito pela boca de Elias. 
Salmo responsorial 145/146
Bendize, minha alma, bendize ao Senhor!
O Senhor é fiel para sempre,
fez justiça aos que são oprimidos;
ele dá alimento aos famintos,
é o Senhor quem liberta os cativos.
O Senhor abre os olhos aos cegos,
o Senhor faz erguer-se o caído;
o Senhor ama aquele que é justo.
É o Senhor quem protege o estrangeiro,
quem ampara a viúva e o órfão,
mas confunde os caminhos dos maus.
O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará
para sempre e por todos os séculos!
Segunda Leitura (Hebreus 9,24-28)
Leitura da carta aos Hebreus.
9 24 Eis por que Cristo entrou, não em santuário feito por mãos de homens, que fosse apenas figura do santuário verdadeiro, mas no próprio céu, para agora se apresentar intercessor nosso ante a face de Deus. 
25 E não entrou para se oferecer muitas vezes a si mesmo, como o pontífice que entrava todos os anos no santuário para oferecer sangue alheio. 
26 Do contrário, lhe seria necessário padecer muitas vezes desde o princípio do mundo; quando é certo que apareceu uma só vez ao final dos tempos para destruição do pecado pelo sacrifício de si mesmo. 
27 Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo, 
28 assim Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação àqueles que o esperam. 
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).

EVANGELHO (Marcos 12,38-44)
Naquele tempo, 12 38 disse Jesus: "Guardai-vos dos escribas que gostam de andar com roupas compridas, de ser cumprimentados nas praças públicas 
39 e de sentar-se nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos banquetes. 
40 Eles devoram os bens das viúvas e dão aparência de longas orações. Estes terão um juízo mais rigoroso". 
41 Jesus sentou-se defronte do cofre de esmola e observava como o povo deitava dinheiro nele; muitos ricos depositavam grandes quantias. 
42 Chegando uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, no valor de apenas um quadrante. 
43 E ele chamou os seus discípulos e disse-lhes: "Em verdade vos digo: esta pobre viúva deitou mais do que todos os que lançaram no cofre, 
44 porque todos deitaram do que tinham em abundância; esta, porém, pôs, da sua indigência, tudo o que tinha para o seu sustento". 
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Rito e saudação da paz
O rito da paz, "no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana e os fiéis exprimem entre si a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do Sacramento", é o momento apropriado para que o povo manifeste a sua participação de forma alegre e fraterna. A oração e o abraço da paz preparam- -nos diretamente para a comunhão, na medida em que também nos recorda o mandamento do amor, fundamental para quem deseja entrar em comunhão com o Senhor.
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Vm – Tt 1,1-9; Sl 23 (24); Lc 17,1-6
3ª Vd –Tt 2,1-8.11-14; Sl 36 (37); Lc 17,7-10
4ª Vd – Tt 3,1-7; Sl 22 (23); Lc 17,11-19
5ª Vd – Fm 7-20; Sl 145 (146); Lc 17,20-25
6ª Vd – 2Jo 4-9; Sl118 (119); Lc 17,26-37
Sb Br – 3Jo 5-8; Sl 111 (112); Lc 18,1-8
33º DTC. Dn 12,1-3; Sl 15 (16),5.8.9-10.11 (R/. 1a); Hb 10,11-14.18; Mc 13,24-32 (Profecia escatológica)
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. QUEM NADA TINHA, DEU TUDO
Li umas várias vezes o evangelho desse domingo, e em pensamento queixei-me com o seu autor, o Evangelista São Marcos, pois á primeira impressão que se tem, é que Jesus estava falando de um assunto, no caso, da ostentação dos escribas, e de repente mudou, como se diz “de saco prá mala”, abordando a oferta da viúva pobre. Parece que encerrou uma conversa e iniciou outra, assim, a abordagem fica meio complicada.
Achei melhor pedir socorro á primeira leitura, que compõe a liturgia e que não está ali só de enfeite: Na casa de uma viúva pobre, o profeta Elias, primeiro pede-lhe água para beber, depois, o profeta meio folgado pediu também um pedaço de pão, o que colocou a pobre mulher em pânico, pois o restinho de farinha que possuía, só dava para fazer um pãozinho que seria a última refeição para ela e o filho.
Aqui dá para perceber algo em comum entre essas duas viúvas, as duas moedinhas de cinco centavos, e o punhadinho de farinha, que sobrou no fundo da despensa, era tudo o que as duas tinham. Como dar para alguém algo que é essencial para nós? Tirar da própria boca para sustentar o outro, não é arriscar passar fome por causa daquilo que se deu? Há uma perda material, isso é indiscutível, entretanto o Profeta garante que aquela pobre viúva não ficará desassistida, não lhe faltará aquilo que é essencial para a sobrevivência, a farinha e o óleo, até o dia em que Deus mandar a chuva, que fertilizará a terra, acabando com a miséria daquela região. O amor ágape é sempre um mistério, quanto mais se ama e se doa, mais se tem! Aqui começa a ganhar corpo uma idéia bonita, a do amor que se doa por inteiro, que não dá ao outro as migalhas, ou o que está sobrando e não vai lhe fazer falta.
O amor verdadeiro nos faz perder algo, pelo menos na lógica humana, isso é mesmo uma grande verdade, quem se dedica a um enfermo dia e noite, cuidando dele com paciência e carinho, quem se dedica aos filhos, ou ao esposo ou a esposa, com igual dedicação, Quem se dedica aos trabalhos da igreja, ou a família, se o fizer de forma autêntica, estará perdendo algo precioso: o seu tempo, por exemplo, que poderia ser melhor aproveitado, quem sabe, dedicando-se ao lazer, a algum negócio rendoso, esse tempo que foi dedicado a alguém em especial, ou á comunidade, não voltará jamais, ficou perdido. Parece que amar é perder sempre algo que nos é essencial.
Deus não nos deu o que lhe sobrava, e que não ia lhe fazer falta, mas o que tinha de mais precioso e valioso, seu amado Filho Jesus, que por sua vez, vivendo a fidelidade da missão, chegou à encruzilhada Getesâmani, “Beber o cálice de amargura, que significaria abrir mão de sua vida, pela salvação de todos, ou encontrar outra forma de amar, que não significasse uma perda total”. Afastar-se do cálice ou aceitá-lo? Sendo Deus, só podia mesmo nos amar com o amor de Deus, que olha a miséria humana com misericórdia e compaixão, e entrega a sua vida, na juventude dos 33 anos, com um amor sem limites. Aceita o sacrifício vicário, morrer em lugar de todos, para que todos pudessem se salvar. Ele não poderia morrer somente para os bons, os que fossem corresponder ao seu grande amor, ontem, hoje e no futuro, mas sua morte resgatou, e continuará a resgatar muitos ímpios.
E com a ajuda preciosa das duas primeiras leituras, agora sim, dá para entender o porquê do seu elogio aquela pobre viúva, ele não olhou para o valor que estava sendo ofertado, mas sim para a disposição interior daquela mulher que com certeza pensava “Ao meu Deus, que me deu tudo, também ofereço este pouco, que é meu tudo”. Pelo que diz o santo evangelho, os escribas gostavam de ser notados, por tudo o que faziam, impondo admiração e respeito, conquistando assim os lugares de maior importância. Aparentemente estavam se doando a Deus e aos irmãos, mas na verdade, cobravam, pela sua doação, um alto preço, o prestígio, a fama, o poder e o domínio sobre os demais. Mas havia também nas comunidades de Marcos, como há nas nossas, uma gente que se doa totalmente, e nem aparece, são discretos no servir, dão o melhor de si, talvez não exerçam um trabalho importante, mas tem no coração o carisma do amor sem medidas e sem reservas, que se doa com humildade e alegria. Uma gente que espalha alegria e o doce perfume de Cristo por onde anda.
Não nos deixemos enganar pelo falso brilho dos escribas, o poder e o brilho que ostentam, é efêmero! Busquemos no anonimato da assembléia, aqueles e aquelas que refletem no rosto o Cristo Servidor, são esses que fazem a nossa Igreja caminhar, e que a sustenta com uma oração sincera e um coração repleto de amor a Cristo e aos irmãos. ...(32º. Domingo do Tempo Comum – Mc 12, 38-44)
2. A oferta dos pobres
Nos evangelhos a crítica à classe dirigente das sinagogas, do Templo e da Judeia, os escribas, os fariseus, os sacerdotes e os latifundiários, é muito contundente. Essa crítica atinge tanto a sua doutrina como a sua prática. A sua doutrina tem um sólido caráter ideológico em vista de consolidar seu prestígio e poder, religioso e político. A sua prática prioriza a acumulação de riqueza. Lucas caracteriza os fariseus como amigos do dinheiro (Lc 16,14).
Nesta narrativa de Marcos, estando em Jerusalém e tendo expulsado os comerciantes do Templo, Jesus, ao ensinar aí, faz uma contundente advertência contra a prática dos escribas e o sistema deste Templo. Os evangelhos de Mateus (cap. 23) e Lucas (11,37-12,1) apresentam, cada um, um bloco com várias destas agressivas advertências, com vários "ais". Marcos restringe-se apenas a esta. 
Os escribas, enquanto, de maneira hipócrita, fazem questão de ostentar piedade e prestígio, devoram as casas das viúvas. Em continuidade a esta denúncia, segue a narrativa da oferta da pobre viúva. O Templo de Jerusalém, como os templos dos impérios do Oriente, tinha um anexo, o Tesouro ou Gazofilácio (do grego gazophilakion), onde eram guardadas as riquezas acumuladas, que cresciam com os depósitos das ofertas feitos através de algumas pequenas aberturas externas, os "cofres".
Jesus, ostensivamente, senta-se diante do Tesouro e se põe a observar. A pobre viúva, como as multidões de empobrecidos que faziam sua peregrinação religiosa a Jerusalém e depositavam suas ofertas, sacrificava-se dando do necessário para viver, sendo assim explorada por aqueles que usufruíam das riquezas acumuladas no Tesouro do Templo. Esta multidão de excluídos (ochlós) lançava pequenas moedas, que somadas davam grande valor. Alguns ricos depositavam muito, o que não lhes pesava, pois eles próprios se beneficiavam do sistema do Templo.
Jesus chama a atenção sobre a viúva pobre que deu duas moedinhas, que era tudo o que tinha para viver. Com isso Jesus denuncia o próprio sistema do Templo. Com as exigências das estritas observâncias de suas leis, de seus dízimos e ofertas, os chefes do Templo exploram os pobres.
Na segunda leitura, a exaltação da autoimolação de Cristo, como sacerdote e vítima, é característica da controversa epístola aos Hebreus. Este enfoque, típico da doutrina sacrifical do Antigo Testamento, inspirou a espiritualidade do autossacrifício como agradável a Deus. De certo modo ela está presente no episódio da viúva de Sarepta (primeira leitura), que se sacrifica para alimentar o profeta, sendo recompensada por Deus. Tal espiritualidade, que favorece a opressão sobre o povo explorado e sofrido, não corresponde ao Deus de Jesus, Deus do amor e da libertação, que, de maneira paterna e materna, com carinho quer a vida plena de seus filhos.
Oração
Pai, instrui-me com tua sabedoria, para que eu saiba avaliar os gestos humanos com parâmetros divinos, e assim ser capaz de perceber o que é invisível aos nossos olhos.
3. O POUCO QUE É MUITO
As aparências não influenciavam o juízo que Jesus fazia das pessoas, porque seu olhar penetrava no íntimo delas. Por esse motivo, não lhe era difícil perceber a motivação profunda de suas ações.
Os mestres da Lei, por exemplo, não o enganavam. Prevalecendo-se da estima que gozavam do povo, tornavam-se vaidosos e inescrupulosos. Sentiam prazer em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Sendo assim, abusavam da boa fé e da hospitalidade das pobres viúvas, passando longas horas de oração na casa delas, só para comer do bom e do melhor. Portanto, tornavam-se operadores de injustiça e dignos da mais severa condenação.
A generosidade dos ricos também não enganava Jesus. Com prazer jogavam consideráveis esmolas no tesouro do templo, para serem vistos e louvados pelos presentes. Tal esmola, porém, embora valiosa em termos monetários, não tinha valor para Deus.
Bem outra era a situação da pobre viúva que, tendo oferecido apenas algumas moedinhas, fez um gesto altamente agradável a Deus, porque marcado pela simplicidade e pela discrição. Talvez, só Jesus a tenha observado. A viúva não ofereceu do seu supérfluo. Antes, abriu mão do que lhe era necessário, para fazer um gesto agradável a Deus. Por isso, seu pouco tornou-se muito aos olhos de Jesus.
Oração
Senhor Jesus, dá-me pureza de coração, para que todas as minhas ações sejam marcadas pela sinceridade e por um amor verdadeiro ao Pai.


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