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Liturgia da Segunda
  Feira 13.08.2012 
XIX
  SEMANA DO TEMPO COMUM * (VERDE – OFÍCIO DO DIA) 
Antífona da entrada: Considerai, Senhor, vossa aliança e não abandoneis para
  sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não
  desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s). 
Leitura (Ezequiel
  1,2-5.24-28) Leitura da profecia de Ezequiel. 
1 2 No quinto dia do mês - era o
  quinto ano de cativeiro do rei Joaquin -  3 foi a palavra do Senhor dirigida ao sacerdote Ezequiel, filho de Buzi, na Caldéia, às margens do rio Cobar. Nesse lugar veio a mão do Senhor sobre mim. 4 Tive então uma visão: soprava do lado norte um vento impetuoso, uma espessa nuvem com um feixe de fogo resplandecente, e, no centro, saído do meio do fogo, algo que possuía um brilho vermelho. 5 Distinguia-se no centro a imagem de quatro seres que aparentavam possuir forma humana. 24 Eu escutava, quando eles caminhavam, o ruído de suas asas, semelhante ao barulho das grandes águas, à voz do Onipotente, um vozerio igual ao de um campo (de batalha). 25 Quando paravam, abaixavam as asas, e fazia-se um ruído acima da abóbada que ficava sobre as cabeças. 26 Acima dessa abóbada havia uma espécie de trono, semelhante a uma pedra de safira; e, bem no alto dessa espécie de trono, uma silhueta humana. 27 Vi que ela possuía um fulgor vermelho, como se houvesse sido banhada no fogo, desde o que parecia ser a sua cintura, para cima; enquanto que, para baixo, vi algo como fogo que esparzia clarões por todos os lados. 28 Como o arco-íris que aparece nas nuvens em dias de chuva, assim era o resplendor que a envolvia. Era esta visão a imagem da glória do Senhor. 
Salmo responsorial 148 
Da vossa glória estão cheios o
  céu e a terra. 
Louvai o Senhor Deus nos altos céus,  louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais! 
Reis da terra, povos todos,
  bendizei-o,  e vós, príncipes e todos os juízes; e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o! 
Louvem o nome do Senhor,  louvem-no todos, porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra. 
Ele exaltou seu povo eleito em
  poderio,  ele é o motivo de louvor para os seus santos. é um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence. 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.  Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14). Evangelho (Mateus 17,22-27) 
17 21 Enquanto caminhava pela
  Galiléia, Jesus lhes disse: "O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos
  dos homens. COMENTÁRIOS DO EVANGELHO 22 Matá-lo-ão, mas ao terceiro dia ressuscitará". E eles ficaram profundamente aflitos. 23 Logo que chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobravam o imposto da didracma aproximaram-se de Pedro e lhe perguntaram: "Teu mestre não paga a didracma?" 24 "Paga sim", respondeu Pedro. Mas quando chegaram à casa, Jesus preveniu-o, dizendo: "Que te parece, Simão? Os reis da terra, de quem recebem os tributos ou os impostos? De seus filhos ou dos estrangeiros?" 25 Pedro respondeu: "Dos estrangeiros". Jesus replicou: "Os filhos, então, estão isentos. 26 Mas não convém escandalizá-los. Vai ao mar, lança o anzol, e ao primeiro peixe que pegares abrirás a boca e encontrarás um estatere. Toma-o e dá-o por mim e por ti". 
1. Vosso Mestre não paga
  imposto? 
Tendo estado na região de
  Cesareia de Filipe, Jesus toma a decisão de ir para Jerusalém, ciente,
  contudo, da repressão e perseguição que lá poderá sofrer da parte dos chefes
  religiosos do Templo. No caminho, por três vezes, ele adverte seus discípulos
  sobre isto. Os discípulos, que esperavam de Jesus atos de um messias
  poderoso, não entendem e ficam tristes. 
Em Cafarnaum, Pedro, quando
  interrogado se seu mestre pagava o imposto do Templo, prontamente responde
  que sim. Em seguida, Jesus, em particular, reformula a questão. Os reis
  cobram impostos dos estranhos, porém o Templo, que deveria ser o espaço de
  Deus, está cobrando impostos de seus filhos. Contudo, Jesus evita, no
  momento, criar um conflito em torno desta questão do dinheiro. A moeda
  encontrada na boca do peixe simboliza a providência de Deus para com seus
  filhos. 
Oração Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me. Jesus encontrou-se numa situação constrangedora para sua consciência de Filho de Deus, quando quiseram saber se ele pagava, ou não, o imposto devido ao templo de Jerusalém. Os galileus, marginalizados do contexto religioso judaico, recusavam-se a pagá-lo. Isso gerava sérios conflitos. A resposta de Pedro aos cobradores de impostos mostra que Jesus não estava disposto a criar confusão por algo sem relevância. Entretanto, Jesus tinha consciência de estar dispensado de recolher o imposto do templo, tido como o lugar escolhido por Deus para estabelecer sua habitação. Sua condição de Filho de Deus isentava-o deste imposto. 
A submissão de Jesus à exigência
  da Lei tinha uma motivação pastoral. Ele não queria escandalizar os
  cobradores de impostos, ou seja, não queria criar neles resistência em
  relação ao Reino, nem fechá-los para uma eventual acolhida de sua mensagem.
  Uma atitude intransigente de Jesus, neste caso, poderia ter como efeito
  afastar dele pessoas que já não gozavam da estima do povo. Para elas Jesus se
  sentia enviado de modo especial. 
Foi Pedro quem pagou o imposto
  por si e por Jesus. Este gesto singelo ligava, definitivamente, seu destino
  ao do Mestre. Apesar dos percalços por que passaria sua relação com o Mestre,
  a sorte de ambos estava irremediavelmente ligadas. 
Oração Senhor Jesus, que eu me sinta livre diante de certas exigências humanas, tendo sempre em vista atrair as pessoas para o Reino. | 
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SÃO
  MAXIMILIANO KOLBE - PRESBÍTERO E MÁRTIR (VERMELHO, PREFÁCIO COMUM OU DOS MÁRTIRES – OFÍCIO DA MEMÓRIA) 
Antífona da entrada: Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor. Em verdade
  vos digo, tudo o que fizestes ao menor do meus irmãos, foi a mim que o
  fizestes (Mt 25,34.40). 
Leitura (Ezequiel
  2,8-3,4) Leitura da Profecia de Ezequiel. 
2 8 "E tu, filho do homem,
  escuta o que eu te digo: não sejas rebelde, como essa raça de rebelados. Abre
  a boca e come o que te vou dar".  9 Olhei e vi avançando para mim uma mão, que segurava um manuscrito enrolado, 10 que foi desdobrado diante de mim: estava coberto com escrita de um e de outro lado: eram cânticos de luto, de queixumes e de gemidos. 3 1 "Filho do homem", falou-me, "come o rolo que aqui está, e, em seguida, vai falar à casa de Israel". 2 Abri a boca, e ele mo fez engolir. 3 "Filho do homem", falou-me, "nutre o teu corpo, enche o teu estômago com o rolo que te dou". Então o comi, e era doce na boca, como o mel. 4 Em seguida, acrescentou: "Filho do homem, vai até a casa de Israel para lhe transmitir as minhas palavras". 
Salmo responsorial
  118/119 
Como é doce ao paladar vossa
  palavra, ó Senhor! 
Seguindo vossa lei, me rejubilo,  Muito mais do que em todas as riquezas. 
Minha alegria é a vossa aliança,  Meus conselheiros são os vossos mandamento. 
A lei de vossa boca, para mim,  Vale mais do que milhões em ouro e prata. 
Como é doce ao paladar vossa
  palavra,  Muito mais doce do que o mel em minha boca! 
Vossa palavra é minha herança
  para sempre,  Porque ela é que me alegra o coração! 
Abro a boca e aspiro largamente,  Pois estou ávido de vossos mandamentos. 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.  Tomai meu jogo sobre vós e aprendei de mim, que sou de coração humilde e manso! (Mt 11,29) Evangelho (Mateus 18,1-5.10.12-14) 
18 1 Neste momento os
  discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: "Quem é o maior no
  Reino dos céus?" COMENTÁRIOS DO EVANGELHO 2 Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: 3 "Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. 4 Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. 5 E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe.. 10 Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus. 12 Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou? 13 E se a encontra, sente mais júbilo do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. 14 Assim é a vontade de vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos". 
1. Convívio comunitário
  e social 
Mateus, no capítulo dezoito de
  seu evangelho, apresenta um conjunto de textos que orientam os discípulos
  para assumirem disposições e práticas de bom convívio comunitário e eclesial.
  O conjunto é introduzido pelo debate dos discípulos sobre quem seria o maior.
  Removendo a ideologia de poder que os inspira, Jesus apresenta-lhes o modelo
  a ser seguido: uma criança. Marginalizada e frágil, com um mundo novo pela
  frente, cheia de alegria e esperança, a criança exprime a condição a ser
  assumida pelos discípulos. 
A parábola da ovelha perdida e
  reencontrada é a expressão da missão de Jesus, enviado do Pai, em acolher e
  restaurar o convívio comunitário e social daqueles excluídos e considerados
  marginais e pecadores pelo sistema religioso e social. 
Oração Pai, poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo. 
2. QUE NINGUÉM SE
  PERCA 
A severidade e o desprezo dos
  líderes da comunidade em relação àqueles que davam os primeiros passos na
  vida de fé foram seriamente censurados por Jesus. Não era possível exigir
  deles uma maturidade própria de quem já havia feito uma longa caminhada. Os
  pequeninos deveriam ser tratados de maneira muito especial, com paciência e
  benignidade. Só assim sua fé haveria de se consolidar e se tornariam capazes
  de dar um testemunho autêntico de sua condição de discípulos. 
O carinho dos líderes pelos
  pequeninos não se parecia, por nada, com o amor do Pai para com eles. A
  parábola da ovelhinha desgarrada serviu de motivo para a compreensão deste
  amor paterno. Vale a pena deixar noventa e nove ovelhas, que estão em
  segurança, para ir em busca de uma que se desviou. O desinteresse pela ovelha
  desgarrada não tem justificativa. O pastor está em relação pessoal com cada
  ovelha. Por isso, não pode contentar-se com a perda de nenhuma delas. Para
  ele, o rebanho não é questão de número. As ovelhas são consideradas na sua
  individualidade. E a perda de uma só delas é motivo de dor. 
O mesmo se passa com o Pai. Ele
  não considera a comunidade de discípulos sob o aspecto numérico. Cada um
  deles, por menor que seja, é objeto de um carinho especial. Portanto, os
  líderes da comunidade não têm o direito de desprezá-los. 
Oração Senhor Jesus, que eu jamais perca de vista o desejo do Pai em relação aos pequeninos, de forma a me tornar um incansável defensor deles. | 
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XIX
  SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE – OFÍCIO DO DIA) 
Antífona da entrada: Considerai, Senhor, vossa aliança e não abandoneis para
  sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não
  desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s). 
Leitura (Ezequiel
  9,1-7;10,18-22) Leitura da profecia de Ezequiel. 
9 1 Depois ouvi gritar com voz
  forte: "Aproximai-vos, vós, os guardas da cidade, trazendo cada um de
  vós o instrumento de destruição".  2 Surgiram então, do pórtico superior que olha para o norte, seis homens trazendo cada um na mão o instrumento de destruição. Encontrava-se no meio deles um personagem vestido de linho, trazendo à cintura um tinteiro de escriba. Entraram para se colocar de pé ao lado do altar de bronze. 3 Então a glória do Deus de Israel se elevou de cima do querubim, onde repousava, até a soleira do templo. Chamou o Senhor o homem vestido de linho, que trazia à cintura os instrumentos de escriba, 4 e lhe disse: "Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem". 5 Depois, dirigindo-se aos outros em minha presença, disse-lhes: "Percorrei a cidade, logo em seguida, e feri! Não tenhais consideração, nem piedade. 6 Velhos, jovens, moços, moças, crianças e mulheres, matai todos até o total extermínio; precavei-vos, todavia, de tocar em quem estiver assinalado por uma cruz. Começai por meu santuário". Começaram pelos anciãos que encontraram defronte ao templo, 7 "Manchai o templo", disse-lhes, "e enchei de cadáveres os adros; em seguida saí!" E foram-se eles para prosseguir o morticínio na cidade. 18 De repente, a glória do Senhor deixou a soleira do templo e pousou sobre os querubins. 19 Estes desdobraram as asas, e eu os vi alçarem-se da terra com as rodas ao lado, para partirem. Eles pararam à entrada da porta oriental do templo, dominados pela glória do Senhor. 20 Estavam lá os seres vivos que eu tinha visto debaixo do Deus de Israel, às margens do Cobar, e reconheci os querubins: 21 cada um tinha quatro figuras e quatro asas, e sob as asas algo parecido com mãos humanas. 22 Suas figuras assemelhavam-se àquelas que eu tinha visto às margens do Cobar. Cada um deles ia para a frente diante de si. 
Salmo responsorial
  112/113 
A glória do Senhor vai além dos
  altos céus. 
Louvai, louvai, ó servos do
  Senhor,  louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade! 
Do nascer do sol até o seu
  ocaso,  louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus. 
Quem pode comparar-se ao nosso
  Deus,  ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra? 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.  Em Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo a humanidade; e a nós ele entregou esta reconciliação (2Cor 5,19). Evangelho (Mateus 18,15-20) 
Naquele tempo, disse Jesus aos
  seus discípulos: 18 15 "Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e
  repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. COMENTÁRIOS DO EVANGELHO 16 Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. 17 Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. 18 Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. 19 Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. 20 Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles". 
1. Correção fraterna 
Mateus insere estas orientações
  sobre a correção fraterna na fala de Jesus sobre as normas de convívio nas
  comunidades. Estas orientações são apresentadas após a abordagem das questões
  da disputa pelo poder, do escândalo e das defecções. A correção fraterna, que
  brota do amor e do perdão, é fundamental para manter-se a unidade na
  comunidade. Conflitos, sensibilidades feridas e ofensas são comuns no
  convívio comunitário. Contudo, é importante superá-los com a mudança de
  comportamentos que provocam estes conflitos, sem defecções. O evangelista
  formaliza esta questão da correção, apresentando-a como uma regra. Contudo, o
  amor, que nos move ao perdão e à reconciliação, atua de maneira mais livre e
  espontânea. 
A alusão ao pagão ou ao
  publicano, no texto, tem um caráter discriminatório e excludente que destoa
  da prática de Jesus e da índole do publicano Levi (Mateus), sugerindo que a
  autoria deste evangelho possa ser atribuída a um escriba convertido (cf. Mt
  13,52). 
Oração Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade. 
2. CORREÇÃO
  FRATERNA 
Ninguém está isento do pecado.
  Mas, se alguém erra, não pode ser punido impiedosamente e ser excluído da
  comunidade, sem a devida ponderação. 
Havia, nas primeiras comunidades
  cristãs, uma tendência a resolver, com uma certa dose de leviandade, os casos
  de desvio da fé. Os pequeninos eram as primeiras vítimas desta
  intransigência. 
Deve-se percorrer um longo
  caminho, antes de se tomar a decisão de afastar da comunidade alguém que
  errou. O primeiro passo consiste em ser advertido, a sós, por quem se sente
  ofendido. Isto pode ser suficiente para que a pessoa refaça sua conduta.
  Pode, entretanto, acontecer de a pessoa não se deixar tocar, e persistir no
  erro. O passo seguinte consistirá em convocar as testemunhas previstas pela
  Lei mosaica e, diante delas, admoestar quem pecou, tentando demovê-lo de sua
  má conduta. Talvez, ele se deixe convencer e se converta. Também esta
  iniciativa pode resultar inútil. Só então a comunidade toda, neste caso, deve
  ser convocada para discernir, com muita responsabilidade, se a melhor decisão
  consiste em afastar o pecador de seu meio. 
Jesus, porém, cuida para que a
  reunião da comunidade não se transforme numa espécie de tribunal. Antes, que
  busque descobrir o desígnio do Pai a este respeito. A certeza da presença do
  Filho de Deus visa garantir a justiça num assunto tão fundamental. 
Oração Senhor Jesus, livra-me de tratar a quem erra, com impiedade e dureza; antes, que eu procure, por todos os meios, fazê-lo voltar para ti. | 
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  SEMANA DO TEMPO COMUM * (VERDE – OFÍCIO DO DIA) 
Antífona da entrada: Considerai, Senhor, vossa aliança e não abandoneis para
  sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não
  desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s). 
Leitura (Ezequiel
  12,1-12) Leitura da profecia de Ezequiel. 
12  2 "Filho do homem, habitas em meio de uma casta de recalcitrantes, de gente que tem olhos para ver e não vê nada, ouvidos para escutar, a nada ouve; é uma raça de recalcitrantes. 3 Pois bem, filho do homem, prepara-te uma bagagem de emigrante, e parte, em pleno dia, sob os seus olhos. Parte sob os olhos deles, do lugar onde habitas para outro local. Talvez reconheçam que são eles um bando de recalcitrantes. 4 Prepararás os teus petrechos em pleno dia, sob os seus olhares, como um fardo de emigrante. E depois, à noite, sob os seus olhares, seguirás como um homem que parte para o exílio. 5 Ante as vistas deles, farás um buraco no muro, pelo qual farás passar o teu fardo. 6 À vista deles, o carregarás aos ombros e sairás, quando escurecer, a fronte velada, de modo que não vejas a pátria! Faço assim de ti um símbolo para a casa de Israel". 7 Fiz como me ordenara. Em pleno dia deixei os meus afazeres e preparei uma espécie de bagagem de emigrante; em seguida, à noite, furei a muralha, com minha própria mão; após isso, quando se fez noite, pus minha bagagem nos ombros, e saí à vista deles. 8 Logo ao amanhecer, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 9 "Filho do homem, a casa de Israel, esse bando de recalcitrantes, não te perguntou o que fazias lá? 10 Dize-lhes: eis o que diz o Senhor Javé: isto é um oráculo relativo ao príncipe que se acha em Jerusalém e a toda a casa de Israel, que ali se encontra. 11 Dirás: sou para vós um símbolo; assim como tenho feito, assim lhes há de suceder: irão para o exílio, deportados. 12 O príncipe, que está no meio deles, porá a bagagem às costas e sairá ao anoitecer; fará um buraco no muro para poder sair dele: cobrirá a face para não ver a pátria". 
Salmo responsorial 77/78 
Das obras do Senhor não se
  esqueçam. 
Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo,  recusando-se a guardar os seus preceitos. Como seus pais, se transviaram e o traíram como um arco enganador que volta atrás. 
Irritaram-no com seus lugares
  altos,  provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos. Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, e repeliu com violência a Israel. 
Entregou a sua arca ao cativeiro  e às mãos do inimigo a sua glória; fez perecer seu povo eleito pela espada e contra a sua herança enfureceu-se. 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.  Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos! (Sl 118,135) EVANGELHO (Mateus 18,21-19,1) 
18 21 Então Pedro se aproximou dele e disse: "Senhor,
  quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete
  vezes?" COMENTÁRIOS DO EVANGELHO 22 Respondeu Jesus: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Por isso, o Reino dos céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos. 24 Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25 Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida. 26 Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: 'Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!' 27 Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida. 28 Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: 'Paga o que me deves!' 29 O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: 'Dá-me um prazo e eu te pagarei!' 30 Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. 31 Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado. 32 Então o senhor o chamou e lhe disse: 'Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. 33 Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?' 34 E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida. 35 Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração". 19 1 Após esses discursos, Jesus deixou a Galiléia e veio para a Judéia, além do Jordão. 
1. Perdão
  restaurador da vida 
Mateus integra a fala de Pedro e
  a parábola de Jesus em um conjunto organizado em vista de orientar as suas
  comunidades para uma vida fraterna e pacífica. 
Na parábola um rei perdoa um
  servo rico e este servo não perdoa um seu devedor e o maltrata. O rei volta
  atrás, castiga o servo, até que lhe pague. O desfecho da parábola é trágico,
  pouco condizendo com a imagem de Deus. 
A mensagem é que recebemos o
  perdão de Deus e devemos partilhá-lo, sem limites. O perdão é restaurador da
  vida. Quem toma consciência de que recebeu o infinito perdão de Deus, deve
  também perdoar sem limites. 
Oração Pai, predispõe meu coração para o perdão, e que eu esteja sempre disposto a perdoar e a querer viver reconciliado com meu semelhante. 
2. PERDÃO ILIMITADO 
A capacidade de perdoar, sem
  limites, deve caracterizar as relações na comunidade cristã. Esta exigência
  diz respeito, de forma especial, à liderança da comunidade, quando esta deve
  lidar com aqueles que apenas iniciam sua caminhada de fé. As contínuas
  recaídas destes iniciantes não podem ser motivo para desespero. Pelo
  contrário, deve haver sempre a predisposição para o perdão. 
Esta predisposição brota sempre
  no coração de quem experimentou o perdão ilimitado de Deus. Quem é perdoado,
  ilimitadamente, pelo Pai deve perdoar, ilimitadamente, os irmãos. Seria sinal
  de mesquinhez agir de maneira diferente. O próprio Deus não suporta esta
  atitude contraditória. Quem não está sempre disposto a perdoar, ilude-se, ao
  contar com o perdão divino. 
A atitude do servo impiedoso da
  parábola chama a atenção para o comportamento de certos líderes das
  comunidades primitivas. 
Tendo sido perdoado de uma
  dívida fabulosa, este servo omitiu-se de perdoar uma dívida ínfima de um
  companheiro seu. Tamanha crueldade levou o senhor daquele servo a rever o seu
  perdão e a exigir dele o pagamento de quanto devia, até o último centavo. 
Essa parábola foi um alerta para
  os líderes da comunidade: que não se enganassem quanto ao erro que cometiam,
  recusando-se a perdoar as fraquezas dos pequeninos! 
Oração Senhor Jesus, que eu me inspire na atitude do Pai, o qual oferece a todos perdão ilimitado. | 
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XIX
  SEMANA DO TEMPO COMUM  (VERDE – OFÍCIO DO DIA) 
Antífona da entrada: Considerai, Senhor, vossa aliança e não abandoneis para
  sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não
  desprezeis o clamor de que vos busca (Sl 73,20.19.22s). 
Leitura (Ezequiel
  16,1-15.60.63) Leitura da profecia de Ezequiel. 
16  2 "Filho do homem, mostra a Jerusalém os seus crimes abomináveis. 3 Dir-lhe-ás: eis o que diz o Senhor Javé a respeito de Jerusalém: por tua origem e nascimento, pertences à terra de Canaã; teu pai foi um amorreu e tua mãe, uma hitita. 4 No dia do teu nascimento, teu cordão umbilical não foi cortado; não te banharam com água para te purificar, não te untaram com sal, nem te enfaixaram. 5 Ninguém se inclinou sobre ti para te prestar algum piedoso cuidado. No dia em que nasceste foste exposta em meio das campinas; só havia infortúnio para ti. 6 Passei junto de ti e te percebi banhada em teu sangue. Eu te gritei: vive (malgrado o teu sangue), vive (malgrado o teu sangue), 7 e eu te fiz multiplicar como a erva dos prados. Cresceste. Ficaste moça. Teus seios se formaram, veio-te o pêlo. Mas estavas nua, inteiramente nua. 8 Passando junto de ti, verifiquei que já havia chegado o teu tempo, o tempo dos amores. Estendi sobre ti o pano do meu manto, cobri tua nudez; depois fiz contigo uma aliança ligando-me a ti pelo juramento - oráculo do Senhor Javé - e tu me pertenceste. 9 Então eu te mergulhei na água para limpar o sangue de que estavas coberta, e te ungi com óleo. 10 Eu te vesti de tecidos bordados, calcei-te com sapatos de pele de golfinho, cingi-te com um cinto de fino linho e um véu de seda. 11 Ornei-te de adornos: braceletes nos teus pulsos, colares em teu pescoço, 12 um anel para o teu nariz, brincos para tuas orelhas, uma coroa magnífica para tua cabeça. 13 Teus ornatos eram de ouro, prata, com vestimentas de linho fino, de seda e panos bordados; teu alimento era trigo, mel e óleo. Cada vez mais bela, chegaste à dignidade real. 14 A reputação da tua beleza correu entre as nações, pois essa beleza era perfeita, graças ao esplendor que te havia eu preparado - oráculo do Senhor Javé. 15 Tu, porém, te fiaste na beleza, aproveitaste da tua fama para te prostituíres e ofereceste a tua sensualidade a todo transeunte, a quem te entregaste. 60 Mas eu me recordarei da aliança que contigo celebrei no tempo de tua juventude, e farei contigo uma eterna aliança. 63 a fim de que te recordes (do passado) e te envergonhes, e que, em tua vergonha, não tenhas mais a audácia de abrir a boca, quando eu houver perdoado os teus delitos, - oráculo do Senhor Javé". 
Salmo responsorial Is 12 
Acalmou-se a vossa ira e enfim
  me consolastes. 
Eis o Deus, meu salvador, eu
  confio e nada temo;  o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis no manancial da salvação e direis naquele dia: "Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, dentre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime. 
Louvai, cantando ao nosso Deus,
  que fez prodígios e portentos,  publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai, cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!" 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.  Acolhei a palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (1Ts 2,13) EVANGELHO (Mateus 19,3-12) 
Naquele tempo, 19 3 os
  fariseus vieram perguntar a Jesus para pô-lo à prova: "É permitido a um
  homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer?" COMENTÁRIOS DO EVANGELHO 4 Respondeu-lhes Jesus: "Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: 5 'Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne'? 6 Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu". 7 Disseram-lhe eles: "Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la?" 8 Jesus respondeu-lhes: "É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim. 9 Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério". 10 Seus discípulos disseram-lhe: "Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar!" 11 Respondeu ele: "Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. 12 Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda". 
1. Unidade entre o homem
  e a mulher 
Entre os rabinos discutia-se
  sobre quais motivos permitiriam ao homem despedir sua mulher. Os fariseus
  questionam Jesus com a intenção de pegá-lo  
Os discípulos concluem pela
  pouca conveniência do casamento. Jesus corrige-os, afirmando que a renúncia
  ao casamento pode ocorrer por parte de alguém que deseja dedicar-se ao Reino
  dos Céus. 
Oração Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles. 
2. RESPEITO PELAS
  MULHERES 
É bem conhecida a situação de
  inferioridade das mulheres, na sociedade do tempo de Jesus. Juntamente com as
  crianças, eram consideradas como propriedade dos maridos ou dos pais. Nesta
  condição, eram discriminadas nas práticas religiosas; seu testemunho não
  tinha valor; ficavam à mercê dos homens. No casamento, tinham poucos direitos
  a exigir. A Lei do divórcio, como era interpretada por alguns rabinos,
  tornava-as vítimas do humor dos maridos. Os fariseus perguntaram a Jesus que
  motivos um homem poderia ter para repudiar sua mulher. E isto porque os
  homens tinham o direito absoluto sobre as esposas. Até podiam despedi-las por
  qualquer motivo, mesmo por uma ninharia. 
A resposta de Jesus, que sempre
  se posicionou na defesa dos injustiçados, defende a sacralidade do
  matrimônio, mas também representa uma tomada de posição em defesa das
  mulheres. A igualdade entre todas as pessoas provém da criação, quando Deus
  criou o ser humano, homem e mulher. Não se justifica, pois, a pretensa
  superioridade masculina. Quanto ao casamento, o projeto de Deus é que o homem
  e a mulher, ao se casarem, sejam ambos uma só carne. Esta união é
  indissolúvel por ser obra de Deus. Sendo assim, a união conjugal não pode ser
  desfeita por nenhum motivo. A indissolubilidade do matrimônio só acontece
  quando existe amor, que exige do marido respeito pela mulher. 
Oração Senhor Jesus, possa eu compreender que a exigência de respeito por todos os seres humanos provém da verdade que todos foram criados por Deus. | 
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XIX
  SEMANA DO TEMPO COMUM  (VERDE – OFÍCIO DO DIA) 
Antífona da entrada: Considerai, Senhor, vossa aliança e não abandoneis para
  sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não
  desprezeis o clamor de que vos busca (Sl 73,20.19.22s). 
Leitura (Ezequiel
  18,1-10.13.30-32) Leitura da profecia de Ezequiel. 
18  2 'Os pais comeram uvas verdes, mas são os dentes dos filhos que ficam embotados'? 3 Por minha vida - oráculo do Senhor Javé -, não tereis mais ocasião de repetir esse provérbio em Israel. 4 É a mim que pertencem as vidas, a vida do pai e a vida do filho. Ora, é o culpado que morrerá. 5 O homem justo - que procede segundo o direito e a eqüidade, 6 que não participa dos festins das montanhas, que não volve os olhos para os ídolos da casa de Israel, que não desonra a mulher do próximo, e não tem relação com uma mulher durante o tempo de sua impureza, 7 que não oprime ninguém, que restitui o penhor ao seu devedor, que não exerce a rapina, que dá seu pão aos famintos, e cobre com vestimenta o que está nu, 8 que não empresta à taxa usurária e não recebe com juros, que afasta a sua mão da iniqüidade, e julga eqüitativamente entre um homem e outro, 9 que segue os meus preceitos e observa as minhas leis, para proceder com retidão - esse homem é um justo: certamente viverá. Oráculo do Senhor Javé. 10 Porém, se esse homem gerou um filho violento e sanguinário, que comete (contra seu irmão) uma dessas faltas 13 que faz empréstimo com usura e recebe juros, esse rapaz não poderá permanecer 30 Assim, pois, casa de Israel, é segundo o vosso próprio proceder que julgarei cada um de vós - oráculo do Senhor Javé. Convertei-vos! Renunciai a todas as vossas faltas! Que não haja mais em vós o mal que vos faça cair. 31 Repeli para longe de vós todas as vossas culpas, para criardes em vós um coração novo e um novo espírito. Por que haveríeis de morrer, israelitas? 32 Não sinto prazer com a morte de quem quer que seja - oráculo do Senhor Javé! Convertei-vos, e vivereis!" 
Salmo responsorial 50/51 
Ó Senhor, criai em mim um
  coração que seja puro! Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face nem retires de mim o vosso Santo Espírito! 
Dai-me de novo a alegria de ser
  salvo  e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados. 
Pois não são de vosso agrado os
  sacrifícios,  e, se oferto um holocausto, o rejeitais. meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido! 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.  Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) Evangelho (Mateus 19,13-15) 
Naquele tempo, 19 13 foram,
  então, apresentadas a Jesus algumas criancinhas para que pusesse as mãos
  sobre elas e orasse por elas. Os discípulos, porém, as afastavam. COMENTÁRIOS DO EVANGELHO 14 Disse-lhes Jesus: "Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham". 15 E, depois de impor-lhes as mãos, continuou seu caminho. 
1. O Reino dos Céus
  pertence as crianças 
Associado ao tema da família,
  anteriormente apresentado, Mateus introduz o tema da criança. Nas crianças
  encontramos uma das formas de exclusão. Elas integram o universo social dos
  fracos e excluídos, formado pelos impuros, pecadores, pobres e gentios. Os
  discípulos repreendem as crianças e aqueles que as levam a Jesus. 
Da mesma maneira eram
  repreendidos os dois cegos que clamavam a Jesus, na saída de Jericó (cf. Mt
  20,31). O tema da criança também esteve em evidência como contraste às
  aspirações de poder dos discípulos (cf. 14 ago.). 
Os discípulos, ainda sem
  perceberem a novidade de Jesus, demonstram uma atitude gregária excludente.
  Esta atitude definha as pessoas por seu isolamento em relação à vida que
  germina no mundo em uma imensa diversidade de circunstâncias. 
A pessoas assim como as crianças
  é que pertence o Reino dos Céus. A observação de Jesus tem um duplo aspecto,
  o da inversão da ordem social e o da conversão interior de seus discípulos. 
A nova ordem social a ser
  instaurada com o Reino não é a dos adultos conformados ou satisfeitos,
  empenhados na busca de sucesso, status e riqueza. Na nova ordem estão
  integradas as pessoas simples, confiantes no Pai, comunicativas, em busca do
  novo, de um futuro promissor, de um mundo melhor para todos, sem exclusões. 
Oração Pai, seja a simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo no qual devo inspirar-me para ser fiel a ti. 
2. VENHAM A MIM AS
  CRIANCINHAS 
Ao apresentar seus filhos para
  serem abençoados por Jesus, algumas mães estavam rompendo um sistema de
  marginalização das crianças. Os discípulos repeliam-nas, de acordo com a
  mentalidade reinante: as criancinhas eram tidas como seres sem valor algum
  para ficar importunando o Mestre. Jesus se posicionou contra esta visão
  distorcida. 
O Reino anunciado por ele
  fundava-se na igualdade das pessoas. Era um Reino de comunhão e fraternidade.
  Portanto, não podia admitir a exclusão de quem quer que fosse. Às
  criancinhas, o Mestre disse estar reservado um lugar especial no Reino, pois
  este pertenceria a quem se parecesse com elas. O modo de ser dos pequeninos
  devia servir de modelo de comportamento do discípulo do Reino. Se dele as
  crianças fossem excluídas, o Reino ficaria privado de um referencial muito
  importante. Não que o ideal do discípulo é ser ingênuo e infantil, como se
  acredita serem as crianças. E sim, ser capaz de confiar plenamente em Deus, não
  buscar segurança por si mesmo, não ter o coração corrompido pela maldade. 
Ao impor as mãos sobre as
  criancinhas, Jesus reconhecia sua cidadania, no contexto do Reino. Por
  conseguinte, nas comunidades cristãs, as crianças teriam sua dignidade
  respeitada e não seriam inferiorizadas pelos adultos. 
Esta foi a vontade de Jesus que,
  ao implantar o Reino na história humana, recuperou o projeto de Deus para a
  humanidade. 
Oração Senhor Jesus, que na comunidade cristã se respeite a todos, a começar pelas criancinhas, que são um sinal de como devem ser os discípulos do Reino. | 
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segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Liturgia da 19ª semana comum Ano Par
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