| Domingo da
  Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo ANO B 
 
ASCENSÃO DO SENHOR •
  DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS • INÍCO DA SEMANA PREPARATÓRIA DE
  PENTECOSTES 
Ambientação:Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
 
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
  DOMINICAL PULSANDINHO: A
  Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere que, no final do
  caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão
  com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós,
  seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projeto libertador de
  Deus para os homens e para o mundo. O cristão está chamado a participar na
  totalidade do mistério de Cristo e, consequentemente, da sua glorificação.
  Celebrando a Ascensão do Senhor, olhamos para o alto, não para fugir às
  responsabilidades terrenas, mas para acolher a graça que nos faz caminhar na
  terra como cidadãos do Céu. O envio missionário que Jesus dirige aos
  discípulos os torna comunicadores da Boa Nova da salvação a todas as pessoas
  e por todos os meios legítimos. Celebramos hoje o Dia Mundial da Comunicação
  Social. 
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
  DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebramos hoje a ascensão de Cristo à sua glória
  original e eterna, pois como diz o salmo, "por entre aclamações o Senhor
  se elevou". Hoje é também o dia Mundial das Comunicações Sociais, além
  de ser a abertura da Semana Preparatória de Pentecostes. Isso nos leva a
  celebrar este dia na esperança de que os meios de comunicação social formem
  as consciências para o amor, o respeito, a cidadania e o bem comum. Por isso,
  é também o momento de rezarmos, de forma especial, pela nossa Radio Nove de
  Julho e o fortalecermos por meio das coletas de hoje. Preparemo-nos para o
  Pentecostes, participando da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, na
  certeza de que "todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor
  Jesus Cristo" (cf. 1Cor 15, 51-58). 
Antífona da entrada: Homens da Galiléia, por que estais admirados, olhando
  para o céu? Este Jesus há de voltar do mesmo modo que o vistes subir, aleluia!
  (At 1,11) 
Primeira Leitura (Atos
  1,1-11)Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
1 1 Em minha primeira narração,
  ó Teófilo, contei toda a seqüência das ações e dos ensinamentos de Jesus, 2 desde o princípio até o dia em que, depois de ter dado pelo Espírito Santo
  suas instruções aos apóstolos que escolhera, foi arrebatado (ao céu).
 3 E a eles se manifestou vivo depois de sua Paixão, com muitas provas,
  aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas do Reino de Deus.
 4 E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas
  que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, "que
  ouvistes", disse ele, "da minha boca;
 5 porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo
  daqui há poucos dias".
 6 Assim reunidos, eles o interrogavam: "Senhor, é porventura agora que
  ides instaurar o reino de Israel?"
 7 Respondeu-lhes ele: "Não vos pertence a vós saber os tempos nem os
  momentos que o Pai fixou em seu poder,
 8 mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas
  testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do
  mundo".
 9 Dizendo isso elevou-se da (terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos
  seus olhos.
 10 Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu,
  eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram:
 11 "Homens da Galiléia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus
  que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes
  subir para o céu".
 
 
 
Salmo responsorial 46/47 
Por entre aclamações, Deus se
  elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta! 
Povos todos do universo, batei
  palmas, gritai a Deus aclamações de alegria!
 Porque sublime é o Senhor, o Deus altíssimo,
 o soberano que domina toda a terra.
 
Por entre aclamações, Deus se
  elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
 Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa,
 salmodiai, ao som da harpa, ao nosso rei!
 
Porque Deus é o grande rei de
  toda a terra, ao som da harpa acompanhai os seus louvores!
 Deus reina sobre todas as nações,
 está sentado no seu trono glorioso.
 
Segunda Leitura (Efésios
  1,17-23)Leitura da carta de São Paulo aos Efésios.
 
Irmãos, 1 17 "rogo ao Deus
  de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê um espírito de
  sabedoria que vos revele o conhecimento dele; 18 que ilumine os olhos do vosso coração, para que compreendais a que
  esperança fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança que ele reserva
  aos santos,
 19 e qual a suprema grandeza de seu poder para conosco, que abraçamos a fé. É
  o mesmo poder extraordinário que
 20 ele manifestou na pessoa de Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o
  sentar à sua direita no céu,
 21 acima de todo principado, potestade, virtude, dominação e de todo nome que
  possa haver neste mundo como no futuro.
 22 E sujeitou a seus pés todas as coisas, e o constituiu chefe supremo da
  Igreja,
 23 que é o seu corpo, o receptáculo daquele que enche todas as coisas sob
  todos os aspectos.
 
 
 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia. Ide ao mundo, ensinai aos povos todos; convosco estarei, todos os dias, até o
  fim dos tempos, diz Jesus (Mt 28,19s).
 
EVANGELHO (Marcos
  16,15-20)
 
16 15 E disse-lhes Jesus:
  "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. 16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
 17 Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu
  nome, falarão novas línguas,
 18 manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal;
  imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados".
 19 Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à
  direita de Deus.
 20 Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com
  eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.
 
 
 
FORMAÇÃO
  LITÚRGICA 
Liturgia da Palavra - Deus nos
  fala 
A Liturgia da Palavra é diálogo
  amoroso e comprometedor entre Deus e seu povo, congregado em Cristo e animado
  pelo seu Espírito. A homilia, como parte integrante deste diálogo, merece
  nossa aten- ção. Vamos, então aprofundá-la! Homilia significa conversa
  familiar. Um diálogo fraterno, continuando o assunto da conversa que Deus vem
  fazendo conosco através das leituras e dos fatos da vida. Ela tece
  harmoniosamente uma relação entre a Bíblia, a celebração e a vida. Estabelece
  um elo entre a proposta de Deus e a resposta da assembléia. A homilia é ação
  simbólica, assim como cada momento da liturgia da palavra. "Cristo está
  presente na sua Palavra, quando na Igreja se lê e comenta a Escritura"
  (SC 7). Esta afirmação do documento conciliar sobre a liturgia nos lembra a
  experiência dos discípulos de Emaús, que sentiram o coração arder quando,
  pelo caminho, Jesus lhes falava e explicava as Escrituras (cf. Lc 24,32).
  Homilia não pode ser confundida com sermão, discurso temá- tico ou pregação
  com caráter moralizante. Não é estudo bíblico ou catequético nem reflexão e,
  muito menos, deve ser substituída por desabafos pessoais de quem a faz. Não
  basta simplesmente explicar os textos bíblicos. É preciso interpretá-los a
  partir da realidade, atualizando-os na vida concreta da comunidade
  celebrante, tendo como referência o mistério de Cristo. Ele faz arder os
  corações, abrindo-os à conversão, à transformação pessoal, comunitária e
  social. A homilia é o momento da comunidade expressar e firmar seu
  compromisso com o Senhor, como parceira da aliança, como se deu aos pés do
  Sinai, quando Deus propôs ao povo de Israel: "Se ouvirdes a minha voz e
  guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade exclusiva dentre todos
  os povos". O povo, prontamente, respondeu: "Faremos tudo o que o
  Senhor falou" (Ex 19,7-8). 
TEXTOS BÍBLICOS PARA A
  SEMANA:COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
 2ª Br - At 19,1-8; Sl 67; Jo 16,29-33
 3ª Br - At 20,17-27; Sl 67; Jo 17,1-11a
 4ª Br - At 20,28-38; Sl 67; Jo 17,11b-19
 5ª Br - At 22,30; 23,6-11; Sl 15; Jo 17,20-26
 6ª Br - At 25,13b-21; Sl 102; Jo 21,15-19
 Sb Vm - At 28,16-20.30-31; Sl 10(11); Jo 21,20-25
 Pentecostes. At 2,1-11; Sl 103; 1Cor 12,3b-7.12-13 ou Gl 5,16-25; Jo 20,19-23
  ou Jo 15,26-27; 16,12-15
 
 
1. "NOVO
  HOMEM"
 
 
Meu grupo imaginário de
  debatedores do evangelho aspirantes a teólogos, se reuniu para refletir o
  evangelho desse domingo, Festa da Ascensão do Senhor. O Mota, que é o homem
  encarregado de comprar as hóstias e partículas da paróquia deu início a
  conversa. “Bom, nessa não caio mais, a apoteótica subida de Jesus ao céu é
  coisa secundária, os holofotes estão voltados para os discípulos, que recebem
  a missão, que será acompanhada de sinais prodigiosos”. Certo? Nem mal havia
  perguntado, o Ernesto, aquele que é líder em uma empresa, retrucou: “Epa! Se
  é festa da ascensão, a cena principal é Jesus subindo ao céu, pode conferir,
  vamos ver aqui...” O grupo abriu o Novo Testamento e a Dona Maria, empregada
  doméstica, observou “Olha, acho que esqueceram de avisar o Marcos que esse
  domingo é a festa da ascensão, tem três ou quatro palavras dizendo que Jesus
  foi elevado ao céu e mais nada” 
E antes que o grupo esquentasse
  ainda mais a conversa, eu convidei todos a lerem o capítulo 16 , onde está
  inserido esse evangelho. A constatação foi a que eu já esperava “Se a
  ascensão fosse uma prova final, os coitados dos discípulos tomariam zero e
  seriam reprovados...” - comentou a catequista Roseli. De fato, o quadro que
  Marcos descreve, antes desse evangelho é meio tenebroso, as mulheres cheias
  de medo não disseram nada a ninguém, embora tivessem recebido do jovem
  vestido de branco, a missão de anunciar aos discípulos, Maria de Magdala até
  que anunciou aos discípulos, mas eles estavam aflitos e choravam, ouviram dizer
  que Jesus estava vivo, porque ela o tinha visto, mas não acreditaram. Quanto
  aqueles dois na estrada de Emaús, demorou para “cair a ficha” e perceber que
  Jesus caminhava com eles, daí foram anunciar ao restante, mas eles duvidaram.
  Quando Jesus se manifestou aos onze censurou-lhes a incredulidade e a dureza
  de coração, por não darem crédito ao anúncio. “É isso aí, tomaram a maior
  esfrega, foi bem feito!” – concluiu o Ernesto.  “Eu é que não seria
  louco de confiar uma missão tão importante a um grupo desse!” – exclamou o
  Mota decepcionado. 
Os discípulos não tinham poderes
  sobrenaturais, Jesus não confiou a missão a super-homens, o texto anterior
  nos mostra isso, e aí é que está o bonito da história, nós também muitas
  vezes temos dúvidas, não acreditamos, e diante de certos acontecimentos,
  demora para “cair a nossa ficha”, por isso a ascensão de Jesus marca o início
  da missão da  Igreja,  e daí a gente começa a se ver nesse
  evangelho, e principalmente no relato de Lucas em Atos, primeira leitura,
  quando vivenciamos uma fé da magia e ficamos olhando para o céu, esperando
  que Jesus volte para consertar tudo o que está errado. 
“Olha, confesso que estou meio
  boiando” – comentou o Mota. “se é a Festa da Ascensão, ou em outras palavras,
  é a festa da subida de Jesus ao céu, é a sua volta para o Pai, como então
  descartarmos aquilo que no evangelho parece essencial?”, perguntou a esperta
  Roseli. De alguém que subiu na vida., a gente afirma que está em ascensão, na
  encarnação Jesus desceu, e esvaziando-se de si mesmo rebaixou-se á condição
  de escravo ao morrer na cruz, mas estando no fundo do poço, como podemos
  dizer, ele fez da condição humana o ponto de apoio para subir e alcançar a
  glória no mais alto do céu. 
E assim, a natureza humana tão
  frágil e decaída, dominada pelo mal, se vê resgatada em sua dignidade maior,
  porque o Divino vem ao encontro do humano e se entrelaça na comunhão. Em
  Jesus toda a humanidade sobe, porque o céu se abre, o ser humano atinge a sua
  plenitude resgatando o paraíso do Eden que havia perdido. “Então esse “Sobe e
  Desce” de Jesus, nos evangelhos é apenas uma força de expressão?” – perguntou
  o Ernesto. 
Na verdade Jesus nunca saiu do
  lado do Pai, mas também nunca nos deixou, esse entrelaçamento do Divino e
  humano, por livre iniciativa de Deus, é o mistério do Verbo encarnado, onde
  uma pessoa histórica e real, Jesus de Nazaré, dá um novo significado á vida
  do homem, trazendo aquele paraíso que perdemos, aqui dentro de nós e podemos
  falar sem medo, que festa da ascensão é a nova criação que agora se
  concretiza e se realiza em toda a humanidade, através de Jesus de Nazaré. 
O anúncio do evangelho é
  exatamente essa Boa Nova, de que todo o homem é em Cristo nova Criatura,
  redimida, liberta e salva, destinada á comunhão plena com Deus em seu
  paraíso, e desta vez não há o perigo de sermos ludibriados pela serpente,
  fomos vacinados com a graça de Deus que recebemos no santo batismo. 
O mundo inteiro precisa saber
  dessa Boa Nova, é essa precisamente a missão primária da nossa Igreja,
  acreditar que o anúncio é verdadeiro, e ser batizado, é condição essencial
  para quem quer passar por essa renovação espiritual que chamamos de salvação,
  onde somos configurados a Cristo e com ele já estamos no céu, mesmo ainda
  estando a caminho, por esta vida terrena. Se ele é a cabeça e nós os membros,
  não há como duvidar disso, pois o corpo forma uma unidade da qual a nossa
  Igreja é a expressão mais fiel. É por esta razão que o Senhor age com o
  discípulo, e confirma a palavra, por meio dos sinais, atestando a sua
  autenticidade, mesmo vindo de homens tão frágeis como todos nós. É a
  chancela, o carimbo de aprovação, que o Espírito imprime em nossa missão.
  (FESTA DA ASCENSÃO – Marcos 16, 14-19) 
2. A missão é o testemunho do amor misericordioso 
O evangelho de Marcos
  originalmente terminava em Mc 16,8 com o anúncio do anjo às mulheres, dizendo
  que Jesus ressuscitara e precedia os discípulos na Galileia. Provavelmente no
  segundo século, a Igreja, já estruturada, julgou inconveniente a falta das
  narrativas das aparições do Ressuscitado neste evangelho. Foram, então,
  acrescentadas três narrativas de aparições, que são resumos das narrativas de
  aparições dos outros evangelhos, particularmente de Lucas e João. 
Nesta elaboração tardia,
  tipicamente institucional, a fala atribuída a Jesus, após as três aparições,
  vai no sentido de afirmar o poder excludente da Igreja, na qual a profissão
  de fé seguida do batismo já estava consagrada como caminho único e absoluto
  da salvação. Também ficam afirmados poderes excepcionais conferidos ao
  crente, como sinais da sua fé, o que contraria a realidade da simplicidade da
  fé a ser vivida no dia a dia pelos comuns dos mortais. Com uma visão
  amadurecida, compreende-se que não cabe à missão impor, condenar ou praticar
  ações espetaculares. A missão é o testemunho do amor misericordioso, a
  valorização e o cultivo das manifestações de vida encontradas nas
  diversificadas comunidades, vendo nelas o sinal da presença de Deus entre os
  povos, sem exclusões. 
Os últimos versículos fazem
  alusão à ascensão aos céus, conforme narrada por Lucas em seu evangelho e
  mais desenvolvida nos Atos dos Apóstolos (primeira leitura), com um sumário
  de missão. A exaltação do Ressuscitado retirado da terra e glorificado no céu
  (segunda leitura) foi resultado da influência do messianismo escatológico nas
  mentes dos discípulos de origem no judaísmo. Esta visão, que relegou a
  segundo plano a revelação e a comunicação de Deus na vida e no testemunho de
  amor do Jesus histórico, influenciou durante séculos a teologia, a
  espiritualidade e a pastoral da Igreja, remetendo a fé em Jesus a uma
  recompensa na vida gloriosa futura e celestial. Hoje, resgatando-se as
  memórias de Jesus de Nazaré, na sua humanidade plena, a fé na sua presença,
  vivo, nas comunidades nos move ao alegre empenho em construir um mundo novo
  solidário e fraterno, em que todos se unam em torno do projeto da vida plena
  para todos, sem restrições. 
OraçãoSenhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de
  levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.
 
3. A SUBIDA AOS CÉUS
 
 
O Evangelho de Marcos, em sua redação original, encerrava-se
  no versículo 8 do capítulo 16, com o encontro do túmulo vazio pelas mulheres.
  Os versículos 9 a
  20, que o concluem, são um acréscimo tardio. A Igreja já estruturada teria
  julgado inconveniente a falta de narrativas das aparições do ressuscitado
  neste Evangelho. Foram, então, acrescentadas três narrativas, resumos das
  narrativas de aparições dos outros Evangelhos. A fala atribuída a Jesus, após
  as três aparições (v. 16), é no sentido de afirmar o poder excludente da
  Igreja, na qual a profissão de fé seguida do batismo já estava consagrada
  como caminho único e absoluto da salvação. Também ficam afirmados poderes
  excepcionais conferidos ao crente, o que contraria a simplicidade da fé a ser
  vivida no dia-a-dia pelos comuns dos mortais. Hoje se compreende que a
  prática missionária não é condenatória nem marcada por ações espetaculares. A
  missão é o testemunho do amor misericordioso e o reconhecimento, a
  valorização e o cultivo dos sinais de vida encontrados nos diversos povos e
  culturas. A subida aos céus está associada à narrativa de Lucas em seu Evangelho e
  mais desenvolvida nos Atos dos Apóstolos (primeira leitura). A exaltação do
  ressuscitado, retirado da terra e glorificado no céu (cf. segunda leitura),
  foi resultado da influência do messianismo escatológico davídico, presente
  nas mentes dos discípulos de origem judaica. Hoje, a fé na presença de Jesus
  vivo nas comunidades nos move ao alegre empenho em construir um mundo novo,
  solidário e fraterno, com união em torno do projeto de vida plena para todos,
  sem restrições. | 
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VII
  SEMANA DA PÁSCOA *
 
 
Antífona da entrada: Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá em
  vós, e dareis testemunho de mim até os confins da terra, aleluia! (At 1,8) 
Leitura (Atos 19,1-8)Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
19 1 Enquanto Apolo estava em
  Corinto, Paulo atravessou as províncias superiores e chegou a Éfeso, onde
  achou alguns discípulos e indagou deles: 2 "Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?"
  Responderam-lhe: "Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito
  Santo!
 3 Então em que batismo fostes batizados?", perguntou Paulo. Disseram:
  "No batismo de João".
 4 Paulo então replicou: "João só dava um batismo de penitência, dizendo
  ao povo que cresse naquele que havia de vir depois dele, isto é, em
  Jesus".
 5 Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus.
 6 E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e
  falavam em línguas estranhas e profetizavam.
 7 Eram ao todo uns doze homens.
 8 Paulo entrou na sinagoga e falou com desassombro por três meses, disputando
  e persuadindo-os acerca do Reino de Deus.
 
 
 
Salmo responsorial 67/68 
Reinos da terra, cantai ao
  Senhor. 
Eis que Deus se põe de pé e os
  inimigos se dispersam! fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor
 Como fumaça se dissipa, assim também os dissipais,
 como a cera se derrete ao contato com o fogo,
 assim pereçam os iníquos ante a face do Senhor!
 
Mas os justos se alegram na
  presença do Senhor, rejubilam satisfeitos e exultam de alegria!
 Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome!
 O seu nome é Senhor: exultai diante dele!
 
Dos órfãos ele é pai e das
  viúvas protetor; é assim o nosso Deus em sua santa habitação.
 É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados,
 quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia. Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, onde Cristo está
  sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1).
 
Evangelho (João 16,29-33)
 
Naquele tempo, os discípulos disseram a Jesus: 16 29
  "Eis que agora falas claramente e a tua linguagem já não é figurada e
  obscura. COMENTÁRIOS DO EVANGELHO30 Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas que alguém
  te pergunte. Por isso, cremos que saíste de Deus".
 31 Jesus replicou-lhes: "Credes agora!
 32 Eis que vem a hora, e ela já veio, em que sereis espalhados, cada um para
  o seu lado, e me deixareis sozinho. Mas não estou só, porque o Pai está
  comigo.
 33 Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de
  ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo".
 
 
1. "Os discípulos
  descobrem o que é essencial na Vida de Fé"
 
 
Um dos discípulos de Jesus nos
  ajudará na reflexão desse evangelho: ______ Parece que esse evangelho mostra o momento em que, finalmente
  "caiu a ficha" do grupo de vocês...
 
Discípulo ___ Sim, como vocês
  dizem nos dias de hoje, a gente não tinha compreendido os sucessivos e
  preciosos ensinamentos de Jesus, essa é a grande verdade. 
____ E porque não compreendiam,
  se ele enquanto homem e mestre de vocês, era tão maravilhoso e ensinava com
  autoridade. Nós aqui do terceiro milênio ficamos estupefatos de vocês não
  entenderem... 
Discípulo ___ É que
  estávamos  encantados com Jesus, com a sua pessoa, jeito de ser, suas
  palavras que penetravam em nosso coração, seus prodígios principalmente em
  favor dos pobres e excluídos... De repente ele começa a falar em ser
  entregue, morrer e ressuscitar, era complicado demais para nós... 
____Mas ele dizia a vocês que
  iria ressuscitar, isso não era suficiente? 
Discípulo____ Não, naquele tempo
  ressurreição para nós era algo misterioso, voltar para Deus, viver uma Vida
  nova, e além do mais, no pensamento judaico, tudo que Deus nos dá, é nessa
  Vida, depois que se morre vai para a Mansão dos Mortos, e tudo se acaba... O
  primeiro a falar de ressurreição desse modo novo é Jesus, nosso Mestre... 
____Para não nos alongarmos,
  esse evangelho fala de um tempo novo na vida de vocês e da comunidade
  primitiva, não é mesmo? 
Discípulo____ Sim, exatamente
  isso, até então o trauma da sua paixão e morte, o modo como tudo aconteceu,
  nos assustou e levou-nos a um profundo desânimo. Mas após a sua morte veio a
  ressurreição, sentimos e provamos que Ele continuava bem Vivo e caminhando
  conosco, foi a nossa Fé que nos levou a essa experiência, Jesus nunca esteve
  sozinho, quando nós o abandonamos, naquele momento crucial, o Pai estava com
  Ele... 
___Isso significa o que
  exatamente... 
Discípulo _____ Que a história é
  encíclica e as comunidades primitivas e todas as demais que se sucederam,
  chegando até vocês hoje no ano 2012, JAMAIS ESTÃO SOZINHOS. Aquele que
  caminha á nossa frente e que caminha hoje, é um Deus vencedor, por isso ele
  nos dizia "Coragem, eu venci o mundo!". 
___Mas Discípulo, uma última
  perguntinha, para que fique bem claro: o fato de Jesus estar com a gente
  hoje, do mesmo modo que estava com vocês após a Ascensão, não significa que
  tudo vai dar certinho e que vamos tirar de letra a missão de ser cristão? 
Discípulo _____Claro que não!
  Jesus sabe das lutas, dificuldades e desafios, que os cristãos enfrentaram e
  continuam enfrentando em todos os tempos da Igreja, e por isso diz essa
  afirmativa estimulante e decisiva, que nos impele a continuarmos "Coragem,
  eu venci o mundo...", as dificuldades, quedas e derrotas, desafios e
  barreiras, fazem parte da caminhada e mesmo que Mundo inteiro estivesse
  contrário ao Cristianismo... 
____Já sei, pode o mundo inteiro
  estar contra nós, mas venceremos Ele está conosco e sabe como vencer o mundo,
  o mundo do Mal, que insiste em rejeitar o Reino que Jesus um dia plantou... 
Discípulo ____AMÉM... 
2. A solidão de Jesus é prenhe de amor. 
Jesus dissera que era chegada a
  hora de falar claramente, sem figuras. Os discípulos, precipitadamente,
  afirmam tê-lo entendido. Jesus os modera, afirmando-lhes que se aproxima o
  momento em que será abandonado por eles. A fé dos discípulos, na realidade,
  ainda está frágil e vacilante. Eles deixarão Jesus sozinho no momento de sua
  prisão e sua Paixão. Mas esta solidão de Jesus é prenhe de amor. O Pai está
  sempre com Jesus, e é esta união com o Pai que gera o amor contagiante. 
Jesus está concluindo sua longa
  fala. Completa afirmando que tudo que ele disse foi para que os discípulos
  tenham a paz, em um mundo de aflições. No mundo se vive em conflitos,
  tensões, angústias, incertezas, pois este mundo ainda está sob o domínio do
  chefe poderoso, adorador e escravo do dinheiro. Seduzido pelo dinheiro, o
  chefe poderoso faz a guerra, mata e impõe a "paz americana" que
  garante a subserviência de todos aos interesses dos donos do mercado e do
  lucro. 
Jesus comunica coragem. A paz de
  Jesus está na vida fraterna e comunitária, na solidariedade, no serviço e na
  partilha, fazendo desabrochar e florescer a vida, vencendo o mundo. 
OraçãoPai, fica comigo, assim como estiveste com Jesus, e sê meu protetor quando se
  levantarem contra mim as forças hostis a teu Reino. E que eu seja capaz de
  vencê-las!
 
3. CORAGEM DOS DISCÍPULOS
 
 
O Evangelho de João, com as palavras de Jesus, nos assegura
  que, embora volte para o Pai, ele continua presente entre nós. O diálogo com
  Jesus tem uma dimensão dialética, com a afirmação dos contrários. Quando
  Jesus afirma que "vem a hora em que não mais vos falarei em figuras, mas
  vos falarei claramente do Pai", os discípulos, satisfeitos, dizem ver
  que ele conhece tudo, até as perguntas que lhe querem fazer, e declaram
  acreditar que ele saiu de junto de Deus. É uma afirmação um tanto quanto
  precipitada. Jesus a contesta logo, com a previsão do seu abandono pelos
  discípulos, que, neste momento, professam tanta crença nele. Jesus afirma sua
  unidade com o Pai e que tudo foi dito por ele para que os discípulos tenham
  paz. Em um mundo que provoca aflições, deverá prevalecer a coragem dos discípulos,
  pois Jesus venceu o mundo. No mundo sob controle dos poderosos donos do
  dinheiro e das armas, os povos vivem a angústia da exclusão, da insegurança e
  da violência sob variadas formas. Porém, neste contexto, é vivida a paz e a
  alegria entre aqueles que permanecem em Jesus, vitorioso do mundo pelo amor. | 
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VII
  SEMANA DA PÁSCOA *
 
 
Antífona da entrada: Eu sou o primeiro e o último, aquele que vive. Estive
  morto e eis que estou vivo para sempre, aleluia! (Ap 1,17s) 
Leitura (Atos 20,17-27)Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
20 17 Mas de Mileto mandou a
  Éfeso chamar os anciãos da igreja. 18 Quando chegaram, e estando todos reunidos, disse-lhes: "Vós sabeis de
  que modo sempre me tenho comportado para convosco, desde o primeiro dia em
  que entrei na Ásia.
 19 Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações
  que me sobrevieram pelas ciladas dos judeus.
 20 Vós sabeis como não tenho negligenciado, como não tenho ocultado coisa
  alguma que vos podia ser útil. Preguei e vos instruí publicamente e dentro de
  vossas casas.
 21 Preguei aos judeus e aos gentios a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus.
 22 Agora, constrangido pelo Espírito, vou a Jerusalém, ignorando a que ali me
  espera.
 23 Só sei que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me assegura que me
  esperam em Jerusalém cadeias e perseguições.
 24 Mas nada disso temo, nem faço caso da minha vida, contanto que termine a
  minha carreira e o ministério da palavra que recebi do Senhor Jesus, para dar
  testemunho ao Evangelho da graça de Deus.
 25 Sei agora que não tornareis a ver a minha face, todos vós, por entre os
  quais andei pregando o Reino de Deus.
 26 Portanto, hoje eu protesto diante de vós que sou inocente do sangue de
  todos,
 27 porque nada omiti no anúncio que vos fiz dos desígnios de Deus".
 
 
 
Salmo responsorial 67/68 
Reinos da terra, cantai ao
  Senhor. 
Derramastes lá do alto uma chuva
  generosa, e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes;
 e ali vosso rebanho encontrou sua morada;
 com carinho preparastes essa terra para o pobre.
 
Bendito seja Deus, bendito seja
  cada dia o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos!
 Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador;
 o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!
 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia. Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro paráclito, que há de
  permanecer eternamente convosco (Jo 14,16).
 
Evangelho (João 17,1-11)
 
Naquele tempo, 17 1 Jesus afirmou essas coisas e depois,
  levantando os olhos ao céu, disse: "Pai, é chegada a hora. Glorifica teu
  Filho, para que teu Filho glorifique a ti; COMENTÁRIOS DO EVANGELHO2 e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a
  vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste.
 3 Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e
  a Jesus Cristo que enviaste.
 4 Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer.
 5 Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive
  junto de ti, antes que o mundo fosse criado.
 6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e
  deste-mos e guardaram a tua palavra.
 7 Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti.
 8 Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste e eles as
  receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me
  enviaste.
 9 Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste,
  porque são teus.
 10 Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado.
 11 Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para
  junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer
  conhecer, a fim de que sejam um como nós".
 
 
1. "A Vida Eterna já nos foi dada..."
 
 
Se pudéssemos fazer um gráfico
  comparativo entre os evangelhos sinóticos e o de João, iríamos perceber que
  nos sinóticos, na medida em que vai chegando a paixão e morte de Jesus, a
  linha do gráfico vai decaindo, tudo começou tão bem, atingiu o auge mas agora
  o Messianismo de Jesus parece que está acabando em nada, e a linha vai chegar
  no zero. 
No evangelho Joanino tudo é
  diferente, e na medida em que se aproxima a paixão e a morte do Senhor, a
  linha do gráfico vai subindo de forma ascendente atingindo o ponto mais alto,
  o cume do messianismo: Jesus é Deus verdadeiramente! Por isso a palavra
  "Glorificação" é importante e só nesse evangelho aparece meia dúzia
  de vezes... Mas essa glorificação deve ser bem entendida, senão fica
  parecendo, na nossa linguagem humana, uma rasgação de elogio e jogação de
  confete entre o Pai e o Filho, quando na verdade o que está em jogo é a vida
  e o destino de toda humanidade. 
A glorificação de Jesus
  significa a total restauração do Ser humano, Jesus não só resgata o homem
  para o paraíso, ele o coloca em um trono e o homem, doravante, fará parte da
  Divindade Trinitária, o homem deixa o caos desordenado do pecado e passa á
  luz da Graça de Deus, ou seja, em Jesus, o Homem Novo, Deus renova toda a
  humanidade e a sua glória se irradia em cada ser humano. 
Por isso que a glorificação de
  Jesus têm continuidade nos seus discípulos, pois assim como Jesus e o Pai
  formavam uma unidade perfeita, agora em Jesus, o homem começa a participar
  dessa unidade. A obra de Jesus foi terminada, o elo entre Deus e o Homem foi
  refeito, e a Vida de comunhão com Deus tornou-se uma realidade. Eliminada
  essa distância que havia entre Deus e o homem, na Teologia Joanina a Vida
  Eterna já foi dada a cada ser humano. 
Precisamente esta Vida Eterna
  presente em nós na Graça Santificante e Operante, é que dá um novo
  significado á nossa existência naquilo que somos e fazemos, no que falamos e
  pensamos, em tudo isso resplandece á Luz Divina e assim, Jesus e o Pai são
  glorificados. 
A oração de Jesus, chamada nesse
  capítulo 17, de Oração sacerdotal, é a oração que pede, mas ao mesmo tempo
  que se propõe a fazer, aquilo que pediu ao Pai. Jesus pede que nenhum dos que
  o Pai deu a ele, se percam, mas para que a oração seja atendida, Jesus irá
  dar o precioso dom da sua Vida, deixando-se imolar, pagando assim um alto
  preço para nossa renovação e total restauração. 
A oração de Jesus é no sentido
  de que esse novo homem agora seja forte e não caia mais nas seduções do
  "mundo" do mal como ocorrera com nossos primeiros pais. Jesus, o
  homem novo, pressionado pelas forças do mal, quando estava no mundo, as
  derrotou com a morte na cruz, agora a pressão do mal será sobre os
  discípulos, que tem em Jesus essa mesma força, capaz de superar todo o mal e
  assim sacramentar a vitória de Jesus tornando-a definitiva. 
2. Oração da unidade
 
 
O evangelista João, em conclusão
  ao longo diálogo entre Jesus e seus discípulos, na última ceia, apresenta a
  sublime oração da unidade, dirigida por Jesus ao Pai. A glória do Pai, na
  terra, foi a realização da obra de Jesus, que é a comunicação da vida eterna,
  alcançada na vida de amor, em comunhão com o próximo e com Jesus. Com sua
  dedicação e empenho em promover a vida dos marginalizados e carentes, Jesus
  revela que a vontade do Pai é que todos sejam um, sem as barreiras que
  separam a sociedade em ricos privilegiados e excluídos espoliados e
  empobrecidos. 
OraçãoPai, torna-me obediente e fiel a ti, a exemplo de teu Filho Jesus, para que,
  como ele, eu também possa experimentar a glória que vem de ti.
 
3.ORAÇÃO DA UNIDADE
 
 
O capítulo 17 do Evangelho de João contém a bela oração da
  unidade, de Jesus ao Pai, concluindo o longo diálogo com os discípulos após a
  última ceia. A glória do Pai, na terra, foi a realização da obra de Jesus,
  comunicando vida eterna aos discípulos que acolheram e guardaram a palavra do
  Pai e creram que Jesus é o seu enviado. Jesus roga pelos discípulos que não
  têm mais a presença dele no mundo. E é glorificado naqueles que testemunham o
  amor e dão continuidade à missão libertadora e vivificante que glorifica o
  Pai. | 
  | 
VII
  SEMANA DA PÁSCOA  
Antífona da entrada: Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de
  alegria, aleluia! (Sl 46,2) 
Leitura (Atos 20,28-38)Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
Naqueles dias, Paulo disse aos
  anciãos da Igreja de Éfeso 20 28: "Cuidai de vós mesmos e de todo o
  rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a
  Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue. 29 Sei que depois da minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis,
  que não pouparão o rebanho.
 30 Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir doutrinas perversas,
  com o intento de arrebatarem após si os discípulos.
 31 Vigiai! Lembrai-vos, portanto, de que por três anos não cessei, noite e
  dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós.
 32 Agora eu vos encomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é
  poderoso para edificar e dar a herança com os santificados.
 33 De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes.
 34 Vós mesmos sabeis: estas mãos proveram às minhas necessidades e às dos
  meus companheiros.
 35 Em tudo vos tenho mostrado que assim, trabalhando, convém acudir os fracos
  e lembrar-se das palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: ´É
  maior felicidade dar que receber!´"
 36 A essas palavras, ele se pôs de joelhos a orar.
 37 Derramaram-se em lágrimas e lançaram-se ao pescoço de Paulo para
  abraçá-lo,
 38 aflitos, sobretudo pela palavra que tinha dito: Já não vereis a minha
  face. Em seguida, acompanharam-no até o navio.
 
 
 
Salmo responsorial 67/68 
Reinos da terra, cantai ao
  Senhor. 
Suscitai, ó Senhor Deus,
  suscitai vosso poder,confirmai este poder que por nós manifestastes
 a partir de vosso templo, que está em Jerusalém,
 para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes!
 
Reinos da terra, celebrai o
  nosso Deus, cantai-lhe salmos!Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos.
 Eis que eleva e faz ouvir a sua voz poderosa.
 
Dai glória a Deus e exaltai o
  seu poder por sobre as nuvens.Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade!
 Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder.
 Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém!
 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17)
 Evangelho (João 17,11-19)
 
Naquele tempo, Jesus ergue os
  olhos para o céu e rezou, dizendo 17 11 "Já não estou no mundo, mas eles
  estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os
  em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um
  como nós. COMENTÁRIOS DO EVANGELHO12 Enquanto eu estava com eles, eu os guardava em teu nome, que me incumbiste
  de fazer conhecido. Conservei os que me deste, e nenhum deles se perdeu,
  exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
 13 Mas, agora, vou para junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no
  mundo para que eles tenham a plenitude da minha alegria.
 14 Dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do
  mundo, como também eu não sou do mundo.
 15 Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal.
 16 Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.
 17 Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade.
 18 Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
 19 Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela
  verdade".
 
 
1. "Não os tires do mundo..." 
Vamos conversar um pouco com o
  catequista João, autor desse evangelho, para que ele nos ajude nessa
  reflexão. 
___Olha Sr. Catequista João, tem
  uma frase nesse evangelho que deixa a gente revoltado, sabemos que o mundo é
  mal, e que quando o deixamos e vamos para Deus, partimos para uma
  "melhor" como costuma se dizer, então que negócio é esse de Jesus
  pedir ao Pai para que não tire os discípulos do mundo? Ele quer ver os
  discípulos numa "fria"? 
Catequista João ( sorrindo) -
  Olha só que idéia! Claro que não, esse evangelho em todo o capítulo 17 é uma
  oração que Jesus faz ao Pai, ele sabe que a sua hora está chegando, e não
  quer que nada dê errado com os seus discípulos que vão assumir a sua missão
  na hora que ele for embora com o Pai... Leia com atenção o início... 
____Bom, parece que Jesus fala
  de algo que o Pai o encarregou de fazer... 
Catequista João ___ Isso mesmo,
  essa é a idéia que vai motivar essa oração de Jesus a favor dos seus
  discípulos. Ele foi encarregado de tornar conhecido o nome do Pai e mais
  ainda, de trazer os discípulos para dentro da Vida de Deus, formando uma
  perfeita unidade na Trindade. 
___Opa, espere um pouco
  Catequista João... Então os homens são iguais uns robozinhos que Jesus pega e
  entrega para o Pai, mais abaixo ele fala que o Pai entregou os discípulos a
  ele, que negócio é esse, por acaso os discípulos são joguete nas mãos de Deus
  e de Jesus? 
Catequista João ___ Essa sua
  observação é importante, não se pode pensar assim porque isso não é verdade.
  O homem tem o livre arbítrio, liberdade para decidir sua vida... Aqui a
  palavra entrega significa confiar, colocar aos cuidados de alguém. 
____Mas Catequista João,
  retomando a questão da liberdade, isso parece ser ruim, o ser humano usa mal
  sua liberdade repetindo aquela história de Eva no paraíso, não era melhor que
  Deus manifestado em Jesus, fosse mais rigoroso e não desse ao homem tanta
  liberdade? 
Catequista João ____ Isso seria
  a total negação do amor de Deus, pois o amor ao outro supõe o respeito a sua
  liberdade... Por causa desse amor de Deus é que existe o inferno, para quem
  fazer a opção contrária aos seus desígnios de Salvação... 
____Como Judas Iscariotes? Deus
  não poderia perdoá-lo? 
Catequista João___Claro que sim,
  bastaria que ele acreditasse na Misericórdia de Deus, ninguém sabe o que
  ocorreu lá no coração de Judas nos segundos finais de sua vida. A Graça
  Poderosa de Deus supera qualquer pecado... Ele é chamado de Filho da Perdição
  porque se perdeu, dando á sua vida outro rumo, contrário aos desígnios de
  Deus, que não usou da sua fraqueza para por o seu plano em ação, ao
  contrário, Judas teve a chance de ser tão Santo como os demais o foram... 
____Mas Catequista João, então
  Deus não pode fazer nada nesse sentido, mesmo vendo que o bicho homem vai
  tomando o caminho errado em sua vida? 
Catequista João ____ Oh é claro
  que Deus faz! E esse evangelho diz muito claro. Olha, para você tomar a
  decisão certa na vida, usando bem a sua liberdade, é preciso que 
  conheça a Verdade, correto? 
___Ah sim, sem dúvida, não
  podemos tomar decisões na vida fazendo aquela brincadeirinha antiga
  "Minha mãe mandou bater nessa daqui...", pois isso seria uma grande
  irresponsabilidade... 
Catequista João ___Pois é, você
  falou bem, é isso mesmo, os homens não conheciam a Verdade, até que ela foi revelada
  em Jesus Cristo,
  o Filho de Deus. Ele é o "Logus" isso é, a Palavra , o Verbo
  Encarnado como eu gosto de chamar Jesus. 
____Ah Catequista João, agora
  entendi: "Santifica-os pela Verdade, a tua Palavra é a Verdade. Como tu
  me enviastes ao mundo, também eu os envio..." A missão do discípulo está
  no mundo, para fazer igual Jesus e tornar Deus conhecido, ouvindo e vivendo a
  sua Santa Palavra. Puxa Catequista João, agora ficou fácil,nem sei como
  agradecer... 
Catequista João _____ Não
  precisa agradecer. É só entender que Deus nos santifica constantemente pela
  sua Palavra revelada em
   Jesus. E todo ser humano precisa conhecê-la, para isso é,
  preciso o ANÚNCIO, é aí que o Discípulo se torna Missionário... 
2. Jesus veio para libertar
 
 
A relação de Deus com o mundo é
  um dos temas fundamentais do evangelho de João. Já no seu prólogo, anuncia:
  "O Verbo (Jesus) estava no mundo, o mundo foi feito por meio dele, mas o
  mundo não o reconheceu" (Jo 1,9-10). No evangelho de hoje o
  "mundo" é mencionado onze vezes. 
O mundo é criação de Deus, que
  viu que tudo era bom (Gn 1,31). Contudo, esta criação foi apropriada pelo
  "príncipe deste mundo" (Jo 12,31; 14,30; 16,11), ambicioso e
  sedento de poder e riqueza. Jesus não veio para condenar tal mundo, mas para
  libertá-lo (Jo 12,47). Nem Jesus nem seus discípulos, sob sua guarda, são
  deste mundo. Jesus volta para o Pai, mas lhes comunica sua alegria em
  plenitude. Os discípulos são enviados para, anunciando a Palavra que é a Verdade,
  comunicar vida e alegria ao mundo, libertando-o da opressão e da exploração.
 
OraçãoPai, reforça minha fidelidade a Jesus, de maneira que o Maligno não prevaleça
  sobre mim. Protege-me contra a maldade do mundo, consagrando-me na verdade.
 
3. COMUNICAR A VIDA
 
 
Em sua oração pela unidade, em
  conclusão à despedida após a ceia, Jesus pede ao Pai que guarde os
  discípulos. A fragilidade humana, diante dos problemas deste mundo, necessita
  da presença confortadora de Deus. E em Jesus, esta presença se realiza. O
  "mundo" é mencionado um grande número de vezes (91) no Evangelho de
  João, concentrando-se nas palavras finais de despedida. E também é citado na
  abertura do Evangelho (1,9-10) e nas suas últimas palavras (21,25). O mundo é
  o lugar da manifestação de Jesus. Os discípulos foram escolhidos no mundo,
  foram libertos do mundo, mas devem aí permanecer para comunicar a vida. O
  mundo está aprisionado pelo seu chefe. Os discípulos são enviados ao mundo
  para libertá-lo pelo anúncio da verdade e pela prática do amor que comunica a
  vida, que dura para sempre. | 
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VII
  SEMANA DA PÁSCOA 
 
 
Antífona da entrada: Aproximemo-nos confiantes do trono da graça, a fim de
  conseguirmos misericórdia e encontrarmos auxílio em tempo oportuno, aleluia!
  (Hb 4,16) 
Leitura (Atos 22,30; 23,6-11)Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
Naqueles dias, 22 30 querendo
  saber com mais exatidão de que os judeus o acusavam, soltou-o e ordenou que
  se reunissem os sumos sacerdotes e todo o Grande Conselho. Trouxe Paulo e o
  mandou comparecer diante deles. 23 6 Paulo sabia que uma parte do Sinédrio
  era de saduceus e a outra de fariseus e disse em alta voz.: "Irmãos, eu
  sou fariseu, filho de fariseus. Por causa da minha esperança na ressurreição
  dos mortos é que sou julgado". 7 Ao dizer ele estas palavras, houve uma discussão entre os fariseus e os
  saduceus, e dividiu-se a assembléia.
 8 (Pois os saduceus afirmam não haver ressurreição, nem anjos, nem espíritos,
  mas os fariseus admitem uma e outra coisa.)
 9 Originou-se, então, grande vozearia. Levantaram-se alguns escribas dos
  fariseus e contestaram ruidosamente: "Não achamos mal algum neste homem.
  (Quem sabe) se não lhe falou algum espírito ou um anjo".
 10 A discussão fazia-se sempre mais violenta. O tribuno temeu que Paulo fosse
  despedaçado por eles e mandou aos soldados que descessem, o tirassem do meio
  deles e o levassem para a cidadela.
 11 Na noite seguinte, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: "Coragem! Deste
  testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma".
 
 
 
Salmo responsorial 15/16 
Guardai-me, ó Deus, porque em
  vós me refugio! 
Guardai-me, ó Deus, porque em
  vós me refugio!Digo ao Senhor: "Somente vós sois meu Senhor".
 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
 meu destino está seguro em vossas mãos!
 
Eu bendigo o Senhor, que me
  aconselhae até de noite me adverte o coração.
 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
 pois, se o tenho a meu lado, não vacilo.
 
Eis por que meu coração está em
  festa,minha alma rejubila de alegria
 e até meu corpo no repouso está tranquilo;
 pois não haveis de me deixar entregue à morte,
 nem vosso amigo conhecer a corrupção.
 
Vós me ensinais vosso caminho
  para a vida;junto a vós, felicidade sem limites,
 delícia eterna e alegria ao vosso lado!
 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.Para que todos sejam um, diz o Senhor, como tu estás em mim e eu em ti, para
  que o mundo possa crer que me enviaste (Jo 17,21).
 
EVANGELHO (João 17,20-26)
 
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou,
  dizendo: 17 20 "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que
  por sua palavra hão de crer em mim. COMENTÁRIOS DO EVANGELHO21 Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para
  que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste.
 22 Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um:
 23 eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo
  reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim.
 24 Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste, para
  que vejam a minha glória que me concedeste, porque me amaste antes da criação
  do mundo.
 25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes sabem que
  tu me enviaste.
 26 Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lho manifestar, para que o amor
  com que me amaste esteja neles, e eu neles"..
 
 
1. "Pai, que todos sejam um..." 
Nosso diálogo com o Catequista
  São João tem nos ajudado bastante na compreensão do evangelho nesta semana
  que antecede Pentecostes e que se denomina Semana da Unidade dos Cristãos,
  então, vamos dar continuidade a esse trabalho onde o mais importante é
  situarmos o evangelho em nossa vida, principalmente na comunidade onde
  vivemos e celebramos a nossa Fé, envolvidos sempre pelo Mistério de Cristo e
  da Igreja. 
Catequista João ___Muito bem,
  nem seriam necessárias perguntas, a linha de raciocínio é essa mesma, os
  Cristãos vivem em comunidade, e aí está o maior de todos os desafios, como
  viver a unidade na diversidade. 
____ Pois é, se olharmos de
  dentro para fora, vamos ver que esse "Sonho da Unidade de todos os
  cristãos está muito longe de ser realizado", o Ecumenismo ainda
  engatinha e na maioria das nossas comunidades essa palavra é estranha e até
  assusta os mais conservadores....Concorda Catequista João? 
Catequista João ____Sim, mas
  lembre-se de que a questão do ecumenismo só começou a ser levantada muito
  recentemente, quando Jesus fez essa oração pela Unidade, não havia divisões
  no Cristianismo. Não podemos só olhar por esse lado, embora a afirmativa caia
  como uma luva para incentivar os cristãos de hoje a buscarem a unidade. 
____ Puxa não tinha pensado
  nisso....Naquele tempo os Cristãos estavam todos de um lado só, tocavam todos
  o mesmo apito, como se diz na gíria. Então porque Jesus disse isso? Se ele
  estava pedindo pela unidade, é porque havia alguma divisão, talvez no final
  do primeiro século, nas comunidades cristãs, quando havia muitas heresias... 
Catequista João ____Vamos olhar
  o começo do evangelho..."Não rogo somente por eles, mas também por
  aqueles que por sua palavra hão de crer em mim....Para quer todos sejam um,
  assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em
  nós, e o mundo creia que tu me enviastes..." 
____ Olha catequista João, longe
  de mim debater com o Senhor, mas Jesus está preocupado com a unidade... 
Catequista João____Sem dúvida,
  realmente o evangelho fala da Unidade, mas que deve acontecer em torno da
  única Palavra, a que Jesus transmitiu aos discípulos, e as que os apóstolos
  transmitiram á geração seguinte, e esta para a outra, sucessivamente, até
  chegar o tempo que vocês estão vivendo no terceiro milênio da história. 
____Opa, agora começou a
  clarear, mas espere um pouco Catequista João, O Cisma do Oriente e depois no
  século XVII a Reforma Protestante, quebrou a unidade, será que Jesus não
  rezou direito? 
Catequista João____(sorrindo) Como
  você é espirituoso....A oração de Jesus é perfeita e Deus o atendeu sim. Veja
  uma coisa, no tempo de Jesus só ele falava e os discípulos ouviam, depois ele
  delegou essa missão do anúncio aos apóstolos, estes delegaram a outros e
  assim sucessivamente, como já vimos. O evangelho chegou incólume até vocês no
  ano de 2012, independente das divisões entre os cristãos, e das traduções
  diferentes da Bíblia, aquilo que é essencial no evangelho, perpassou tres
  milênios sem que ninguém, alterasse o seu conteúdo. Essa é a verdadeira
  unidade desejada por Deus e pedida por Jesus. 
____Então quando vivemos a Santa
  Palavra estamos vivendo a unidade junto com Jesus e Deus Pai, na UNIDADE do
  Espírito Santo... Como naquele dia em Pentecostes, em que todos ouviam e
  entendiam, embora fossem de nacionalidade diferentes... 
Catequista João____Muito bem,
  mas esse assunto fica para domingo de Pentecostes que está aí na porta da
  nossa liturgia. Um cristão que vive na perfeita unidade é aquele que guarda a
  Palavra de Deus de maneira integral em seu coração e a vive, também de
  maneira íntegra. 
2. Oração de Jesus pela unidade
 
 
Esta é a expressiva e urgente
  oração de Jesus pela unidade. Jesus, ao declarar a bem-aventurança dos pobres, ao repudiar o apego ao
  dinheiro e a opressão civil ou religiosa, propõe a vida plena para todos. No
  mundo cativo das ambições do poder, do dinheiro e do lucro, instaura-se a
  injustiça que privilegia minorias e exclui maiorias. A criação de Deus passa
  a ser propriedade particular de alguns. Os ricos apropriam-se dos meios que
  sustentam a vida e relegam os pobres à privação e à morte. Submetem os pobres
  a produzirem para eles e se apropriam de seus bens.
 
O amor de Jesus, presente nos
  discípulos, manifesta-se na concretização da unidade, na fraternidade e na
  partilha. A oração pela unidade conduz à derrubada do enorme muro ideológico
  e econômico, e também de concreto, que separa os ricos dos pobres. 
OraçãoEspírito de comunhão, não permitas que se rompam os laços que me ligam a
  todos os meus irmãos e irmãs, e faça-me compreender o valor da unidade
  proclamada por Jesus.
 
3. A UNIÃO ECUMÊNICA DE JESUS
 
 
Com esta oração, Jesus expressa seu profundo desejo de
  unidade. É a unidade na comunhão de vida plena com todos os amados por Deus.
  Jesus, ao declarar a bem-aventurança dos pobres, ao repudiar o apego ao
  dinheiro e a opressão civil ou religiosa, indica o caminho desta unidade. No
  mundo cativo das ambições do poder e do dinheiro, instaura-se a injustiça que
  privilegia minorias e exclui maiorias. A criação de Deus passa a ser
  propriedade privada de alguns. Os ricos tomam para si os meios que sustentam
  a vida, relegando os pobres à privação e à morte; e submete-os a produzirem
  para eles e se apropriam de seus bens. A união ecumênica dos discípulos de
  Jesus far-se-á na luta pela remoção da barreira que separa os ricos dos
  pobres. A meta é a comunhão plena de amor, em que o amor do Pai e do próprio
  Jesus esteja em todos. | 
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VII
  SEMANA DA PÁSCOA *Antífona da entrada: Cristo
  nos amou e nos lavou dos pecados com seu sangue, e fez de nós um reino e
  sacerdotes para Deus, seu Pai, aleluia! (Ap 1,5s)
 
Leitura (Atos 25,13-21)Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
Alguns dias depois, 25 13 o rei
  Agripa e Berenice desceram a Cesaréia para saudar Festo. 14 Como se demorassem ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo:
  "Félix deixou preso aqui um certo homem.
 15 Quando estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus
  vieram queixar-se dele comigo pedindo a sua condenação.
 16 Respondi-lhes que não era costume dos romanos condenar homem algum, antes
  de ter confrontado o acusado com os seus acusadores e antes de se lhes dar a
  liberdade de defender-se dos crimes que lhes são imputados.
 17 Compareceram aqui. E eu, sem demora, logo no dia seguinte, dei audiência e
  ordenei que conduzissem esse homem.
 18 Apresentaram-se os seus acusadores, mas não o acusaram de nenhum dos
  crimes de que eu suspeitava.
 19 Eram só desavenças entre eles a respeito da sua religião, e uma discussão
  a respeito de um tal Jesus, já morto, e que Paulo afirma estar vivo.
 20 Vi-me perplexo quanto ao modo de inquirir essas questões e perguntei-lhe
  se queria ir a Jerusalém e ser ali julgado.
 21 Mas, como Paulo apelou para o julgamento do imperador, mandei que fique
  detido até que o remeta a César".
 
 
 
Salmo responsorial
  102/103 
O Senhor pôs o seu trono lá nos
  céus. 
Bendize, ó minha alma, ao
  Senhor,e todo o meu ser, seu santo nome!
 Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
 não te esqueças de nenhum de seus favores!
 
Quanto os céus por sobre a terra
  se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem;
 quanto dista o nascente do poente,
 tanto afasta para longe nossos crimes.
 
O Senhor pôs o seu trono lá nos
  céus,e abrange o mundo inteiro seu reinado.
 Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos,
 valorosos que cumpris as suas ordens.
 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.O Espírito Santo, o paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho
  falado (Jo 14,26).
 
EVANGELHO (João 21,15-19)
 
21 15 Tendo eles comido, Jesus
  perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, amas-me mais do que
  estes?" Respondeu ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo".
  Disse-lhe Jesus: "Apascenta os meus cordeiros". COMENTÁRIOS DO EVANGELHO16 Perguntou-lhe outra vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Respondeu-lhe:
  "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus:
  "Apascenta os meus cordeiros".
 17 Perguntou-lhe pela terceira vez: "Simão, filho de João,
  amas-me?" Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez:
  "Amas-me?", e respondeu-lhe: "Senhor, sabes tudo, tu sabes que
  te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas.
 18 Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e
  andavas aonde querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e
  outro te cingirá e te levará para onde não queres".
 19 Por estas palavras, ele indicava o gênero de morte com que havia de
  glorificar a Deus. E depois de assim ter falado, acrescentou: Segue-me!
 
 
1. "O amor que apascenta..." 
____São Pedro, desculpe a ousadia,
  mas nesse diálogo parece que Jesus não estava botando muita fé na sua pessoa,
  não é? 
Pedro ____(sorrindo) Não na
  minha pessoa, mas na missão que me foi confiada, e acontece que o recado não
  era para mim, mas para as comunidades do final do primeiro século, que
  estavam perdidas e não sabiam o que era essencial no cristianismo... 
____Ah é ? Mas é o Senhor que
  aparece, nessa conversa com Jesus, que João transmitiu em seu evangelho. Ele
  falou aqui que o Senhor ficou meio triste com a insistência de Jesus na mesma
  pergunta "Pedro tu me amas?". 
Pedro ____Sim, o texto fala a
  verdade, não só eu como todos os demais apóstolos passamos por essa crise de
  identidade que as comunidades também passaram. E acho que hoje vocês cristãos
  do terceiro milênio também passam... 
____Como assim São Pedro? Que
  crise é essa da qual o Senhor está falando? 
Pedro____Vocês cristãos de 2012,
  amam de fato Jesus Cristo? 
____Nossa São Pedro, que
  pergunta sem propósito, claro que nós cristãos amamos a Jesus Cristo... 
Pedro ____Está vendo? Só
  perguntei uma vez e você se indignou, a gente sempre acha que, dizer sempre
  que se ama a Jesus é suficiente para nos sentirmos cristãos, entretanto,
  naquilo que somos para as pessoas, e naquilo que fazemos na comunidade, aí é
  que provamos o nosso amor por Jesus. 
____Mas São Pedro, apascentar é
  uma ação própria de um pastor, a conversa é com os dirigentes da Igreja e não
  com o Povo de Deus... 
São Pedro ____De modo algum, a
  palavra apascentar significa pastorear, ser pastor na vida do outro,
  conduzi-lo pelo melhor caminho, leva-lo as melhores pastagens e saciar a sua
  sede nas águas tranquilas e refrescantes. Seria assim esse "Cuidar"
  do outro, preocupar-se com o outro, doar-se ao outro, em todos os sentidos... 
____Xi  São Pedro, então
  quando a gente leva o outro para um atalho ou beco sem saída, a um pasto
  seco, e oferece a ele uma água salobra, não dando a mínima para o outro que
  caminha com a gente na comunidade... 
São Pedro____Isso mesmo, uma
  relação ríspida, superficial, descomprometida, sem nenhuma responsabilidade
  pela vida do outro, ou pior, aproveitar-se do outro para ter algum ganho,
  sendo o contrário do pastor um Lobo voraz... Gente assim até diz que ama a
  Jesus Cristo, mas não passa de uma mentira deslavada; o testemunho
  incondicional do amor que SERVE, é essencial na prática cristã e prova
  autêntica de que de fato amamos o Senhor... 
2. Triplice confissão de
  Pedro 
Jesus ressuscitado, às margens
  do mar da Galileia para onde retornou com seus discípulos, depois da
  abundante pesca, reparte com eles pães e peixes (cf. 1 abr.), como havia
  feito na partilha do pão na montanha. Há aqui também uma alusão à última
  ceia; depois de comerem, naquela noite, quando Jesus é preso, Pedro nega
  conhecê-lo por três vezes. Agora, Jesus, em uma aparição aos discípulos,
  suscita uma tripla confissão de fidelidade de Pedro. 
Este texto, acrescido ao
  evangelho de João, resgata a imagem de Pedro e revela o seu destaque no
  pastoreio da Igreja. Embora sem o destaque missionário de Paulo, a tradição
  reconhece em Pedro um fiel compromisso pastoral que culminou com seu
  martírio. 
OraçãoPai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma
  minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.
 
3.A TRIPLICIDADE DE
  PEDRO 
A tradição conservou a memória de Pedro como um homem
  simples, impulsivo e frágil, com o qual, de certo modo, todos nós podemos nos
  identificar. Em Pedro tipifica-se o choque entre o desejo de fidelidade a
  Jesus, por um lado, e a ideologia tradicional com a concepção messiânica de
  poder, contrária à proposta de Jesus. Isto acontecia com os discípulos em geral. O autor do
  Evangelho tem o cuidado de superar a tradição da tríplice negação de Pedro,
  registrando a tríplice afirmação de sua fidelidade a Jesus e o seu martírio.
  Afirma-se, assim, a sua preeminência no cuidado das ovelhas. Seguir Jesus
  significa renunciar ao desejo de poder e comprometer-se com ele em sua missão
  amorosa e libertadora, no resgate da vida ameaçada neste mundo. | 
  | 
Antífona da entrada: Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu
  para levar a boa-nova aos pobres e curar os corações contritos (Lc 4,18). 
Leitura (Atos
  28,16-20.30-31)Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
28 16 Chegados que fomos a Roma,
  foi concedida licença a Paulo para que ficasse em casa própria com um soldado
  que o guardava. 17 Três dias depois, Paulo convocou os judeus mais notáveis. Estando
  reunidos, disse-lhes: "Irmãos, sem cometer nada contra o povo nem contra
  os costumes de nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue nas mãos dos
  romanos.
 18 Estes, depois de terem instruído o meu processo, quiseram soltar-me, visto
  não achar em mim crime algum que merecesse morte.
 19 Mas, opondo-se a isso os judeus, vi-me obrigado a apelar para César, sem
  intentar contudo acusar de alguma coisa a minha nação.
 20 Por esse motivo, mandei chamar-vos, para vos ver e falar convosco.
  Porquanto, pela esperança de Israel, é que estou preso com esta corrente".
 30 Paulo permaneceu por dois anos inteiros no aposento alugado, e recebia a
  todos os que vinham procurá-lo.
 31 Pregava o Reino de Deus e ensinava as coisas a respeito do Senhor Jesus
  Cristo, com toda a liberdade e sem proibição.
 
 
 
Salmo responsorial 10/11 
Ó Senhor, quem tem reto coraçãohá de ver a vossa face.
 
Deus está no templo santoe no céu tem o seu trono;
 volta os olhos para o mundo,
 seu olhar penetra os homens.
 
Examina o justo e o ímpioe detesta o que ama o mal.
 Porque justo é nosso Deus,
 o Senhor ama a justiça.
 Quem tem reto coração
 há de ver a sua face.
 
Aclamação do Evangelho 
Eu hei de enviar-vos o Espírito
  da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13) 
Evangelho (João 21,20-25)
 
21 20 Voltando-se Pedro, viu
  que o seguia aquele discípulo que Jesus amava (aquele que estivera reclinado
  sobre o seu peito, durante a ceia, e lhe perguntara: "Senhor, quem é que
  te há de trair?"). COMENTÁRIOS DO EVANGELHO21 Vendo-o, Pedro perguntou a Jesus: "Senhor, e este? Que será
  dele?"
 22 Respondeu-lhe Jesus: "Que te importa se eu quero que ele fique até
  que eu venha? Segue-me tu".
 23 Correu por isso o boato entre os irmãos de que aquele discípulo não
  morreria. Mas Jesus não lhe disse: "Não morrerá, mas: Que te importa se
  quero que ele fique assim até que eu venha?"
 24 Este é o discípulo que dá testemunho de todas essas coisas, e as escreveu.
  E sabemos que é digno de fé o seu testemunho.
 25 Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma,
  penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam
  escrever.
 
 
1. "Autenticidade dos escritos Joaninos e aceitação
  da comunidade"  
Qualquer leitor do Novo
  Testamento percebe que o evangelho de João é totalmente diferente dos
  sinóticos. Considerando-se que os evangelhos são frutos de uma experiência de
  vida das comunidades, conclui-se que a Comunidade Joanina era atípica e as
  desconfianças eram muitas, falava-se em Gnosticismo, por causa do modo de
  João escrever sobre Jesus, usando uma alta Cristologia que realçava sua
  Divindade. O fato é que  esse capítulo 21, que foi acrescentado ao
  evangelho quando João já tinha morrido, atesta a autenticidade do evangelho,
  e aceita no seio da Igreja essa comunidade Joanina, que tinha captado na
  essência o que era o verdadeiro cristianismo. 
A pergunta de Pedro a Jesus,
  "Senhor, e este, o que será dele?" demonstrava a desconfiança que a
  Igreja Tradicional de Jerusalém tinha em relação a essa comunidade. Era como
  se perguntasse, "Podemos confiar nessa comunidade de João? O que será
  que vai acontecer com ela?". 
A resposta de Jesus a
  Pedro  "Que te importa se eu quero que ele fique até que eu
  venha?", pode ser vista como uma alusão a autenticidade da comunidade, que
  faz parte da Igreja e com ela permanecerá até a sua volta. Mas não é só isso,
  o próprio texto traz uma razão muito simples para confirmar a autenticidade
  do escrito Joanino: o autor era íntimo de Jesus, e na última ceia estava com
  a cabeça recostada em seu peito (sinal de intimidade), portanto quem viveu
  essa experiência tão íntima com Jesus amando-o e sentindo-se amado, pode
  escrever com autoridade sobre Jesus, da mesma forma que Jesus fala do Pai,
  porque com Ele está intimamente unido pelo Amor. E uma afirmação Joanina
  poderia concluir essa reflexão "Deus é amor, só quem ama pode dizer que
  conhece a Deus..." 
Muito mais do que simplesmente
  comprovar a autenticidade do escrito joanino, esse evangelho ensina que a
  única forma de conhecermos a Deus e vivermos em comunhão com ele, para
  podermos falar dele com conhecimento de causa, é Vivermos no Amor, exatamente
  como o evangelista João... 
2. O diálogo entre Pedro
  e Jesus 
Este texto do apêndice
  conclusivo do evangelho de João é composto de duas partes: o diálogo entre
  Pedro e Jesus, sobre o discípulo que Jesus mais amava (vv. 20-23) e a
  conclusão geral do autor (vv. 24-25). O diálogo apresenta dois tipos de
  seguimento: Pedro, que negara conhecer Jesus no momento de sua prisão, e o
  discípulo que Jesus amava, sempre presente e fiel, até ao pé da cruz. A
  Pedro, reabilitado pela sua tríplice confissão de amor a Jesus, está
  reservado o martírio (cf. 25 maio) e ao outro discípulo, a permanência no
  amor. 
Para suscitar a fé do leitor, o
  autor declara ser verdadeira testemunha de todas as coisas narradas. E
  encerra, com uma frase com exagero retórico helenístico, afirmando que Jesus
  fez ainda muitas outras coisas, que o mundo não poderia conter os livros que
  as narrariam. 
OraçãoPai, como o discípulo amado, desejo estar perto de Jesus e ser amado por ele.
  Seja o testemunho deste amor suficientemente forte para atrair muitos outros
  discípulos para ele.
 
3.DISTINÇÃO ENTRE O
  MORRER E O PERMANECER 
Nesta conclusão do Evangelho, o autor, que se identifica com
  "o discípulo que Jesus mais amava", após a afirmação da primazia de
  Pedro, reafirma o dom da vida eterna a este discípulo com a
  "permanência" após a morte. O texto faz uma clara distinção entre o
  "morrer" e o "permanecer". A morte é passageira, porém a
  permanência no amor, em Jesus e no Pai, é eterna. Para fortalecimento da fé
  dos leitores, o autor garante que é testemunha de todas as coisas narradas. E
  encerra com um gracioso exagero retórico helenístico, asseverando que Jesus
  fez ainda muitas outras coisas que não estão escritas. A tradição identificou
  este discípulo com João, irmão de Tiago e filho de Zebedeu. Contudo, pode-se
  pensar que este Evangelho tenha sido elaborado em uma comunidade de
  discípulos deste João. | 
  | Liturgia do Domingo Solenidade de
  Pentecostes — ANO B
 
 "O Espírito Santo anima a
  comunidade."
 
 
Ambientação:Sejam bem-vindos amados irmãos e
  irmãs!
 
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
  DOMINICAL PULSANDINHO: O
  Espírito nos tira da dispersão e nos re- úne numa assembleia de irmãos, com
  vários dons e ministérios para ouvir a Palavra e viver a alegria da partilha
  e da comunhão. É também o Espírito Santo que transforma o pão e o vinho nos
  sinais da páscoa de Cristo e nos une, todos cristãos, num só corpo,
  revestindo-nos da força do alto para renovarmos a face da terra. Cada
  celebração é um novo Pentecostes. Pentecostes é a festa da plenitude da
  páscoa. O Espírito profético de Jesus torna-se o grande DOM da Igreja,
  tornando-a comunidade da proclamação e do testemunho! Bendizemos ao Pai
  porque o Espírito Santo abriu e revelou a todos os povos, raças e nações o
  mistério que estava escondido desde sempre e reuniu todos na alegria da
  libertação. Somos hoje revestidos da força deste Espírito para sermos
  testemunhas alegres e corajosas do Cristo Ressuscitado. 
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
  DOMINICAL O POVO DE DEUS: É chegado o grande dia de Pentecostes; dia em que a
  for- ça de Deus resplandeceu de forma sacramental, porque o amor foi derramado
  nos corações pelo Espírito Santo que nos foi doado (Rm 5,5.) Todas as nações
  compreenderam a Palavra de Deus, comunicada em todas as línguas, porque era
  mediada pelo Amor. Hoje, na Catedral, os jovens crismados e os que se
  preparam para a Crisma se reunirão para a celebração eucarística de
  Pentecostes. Estejamos unidos a eles e a toda a Igreja, que celebra o cume do
  Mistério Pascal de Cristo e a salvação que o Filho de Deus trouxe para toda a
  humanidade. 
Antífona da entrada: O Espírito do Senhor encheu o universo; ele mantém
  unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia! (Sb 1,7) 
Primeira Leitura (Atos
  2,1-11)Leitura dos Atos dos Apóstolos.
 
2 1 Chegando o dia de
  Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2 De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e
  encheu toda a casa onde estavam sentados.
 3 Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e
  pousaram sobre cada um deles.
 4 Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas,
  conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
 5 Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há
  debaixo do céu.
 6 Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um
  os ouvia falar na sua própria língua.
 7 Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: "Não são,
  porventura, galileus todos estes que falam?
 8 Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua
  materna?
 9 Partos, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia,
  o Ponto, a Ásia,
 10 a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene;
  peregrinos romanos,
 11 judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas
  línguas as maravilhas de Deus!"
 
 
 
Salmo responsorial
  103/104 
Enviai o vosso Espírito, Senhor,e da terra toda a face renovai.
 
Bendize, ó minha alma, ao
  Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
 De majestade e esplendor vos revestis
 e de luz vos envolveis como num manto.
 
Quão numerosas, ó Senhor, são
  vossas obras! e que sabedoria em todas elas!
 Encheu-se a terra com as vossas criaturas
 Bendize, ó minha alma, ao senhor!
 
Todos eles, ó Senhor, de vós
  esperamque a seu tempo vós lhes deis o alimento;
 vós lhes dais o que comer e eles recolhem,
 vós abris a vossa mão e eles se fartam.
 
Se tirais o seu respiro, elas
  pereceme voltam para o pó de onde vieram.
 Enviais o vosso espírito e renascem
 e da terra toda a face renovais.
 
Segunda Leitura (1
  Coríntios 12,3-7.12-13)Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
 
12 3 Por isso, eu vos declaro:
  ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: "Jesus é o Senhor",
  senão sob a ação do Espírito Santo. 4 Há diversidade de dons, mas um só Espírito.
 5 Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor.
 6 Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
 7 A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum.
 12 Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do
  corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo.
 13 Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo,
  judeus ou gregos, escravos ou livres; e todos fomos impregnados do mesmo
  Espírito..
 
SeqüênciaEspírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz! Vinde, Pai dos pobres, daí
  aos corações vossos sete dons. Consolo que acalma, hóspede da alma, doce
  alívio, vinde! No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
  Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós! Sem luz que acode,
  nada o homem pode, nenhum bem há nele. Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o
  doente. Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei. Daí à vossa
  Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons. Daí em prêmio ao forte uma
  santa morte, alegria eterna. Amém.
 
Aclamação do Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; e
  acendei neles o amor como um fogo abrasador!
 
EVANGELHO (João 20,19-23)
 
20 19 Na tarde do mesmo dia, que
  era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar
  onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles.
  Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco!" 20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao
  ver o Senhor.
 21 Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou,
  assim também eu vos envio a vós".
 22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o
  Espírito Santo.
 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a
  quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
 
FORMAÇÃO
  LITÚRGICA 
Liturgia da Palavra -
  "Sequência" 
Nas festas de Páscoa,
  Pentecostes, Corpus Christi e Nossa Senhora das Dores, o Missal Romano prevê
  para, logo após a segunda leitura da Missa, um hino chamado
  "sequência". A "sequência" é um canto que entoa louvores
  – de forma expressiva – sobre determinado tema da devoção cristã. Esse gênero
  musical surgiu por volta do século IX. Sua popularidade foi tamanha que, dois
  séculos depois, já havia um número aproximado de 5.000
  "sequências". Praticamente, para cada festa ou outra circunstância,
  existia uma "sequência" própria. O Missal Romano pós-Vaticano II
  manteve apenas quatro "sequências", a saber: Victimae Paschali
  Laudes (Páscoa); Veni Sanctae Spiritus (Pentecostes); Lauda Sion Salvatorem
  (Corpus Christi) e Stabat Mater Dolorosa (N. Sra. das Dores). Destas, as duas
  primeiras são de uso obrigatório. Quanto à sua execução, a "sequência"
  se canta após a segunda leitura, da forma como a comunidade achar mais
  viável: por um ou dois solistas, com todo o povo, em dois coros etc. Não há
  necessidade de ser feito da mesa da Palavra, e todos podem permanecer
  sentados neste momento, como se estivessem ouvindo uma das leituras. 
TEXTOS BÍBLICOS PARA A
  SEMANA:
 2ª Vd - 1Pd 1,3-9; Sl 110(111); Mc 10,17-27
 3ª Vd - 1Pd 1,10-16; Sl 97(98); Mc 10,28-31
 4ª Vd - 1Pd 1,18-25; Sl 147(148); Mc 10,32-45
 5ª Br - Sf 3,14-18 ou Rm 12,9-16b; Is 12,2-6; Lc 1,39-56
 6ª Vm - 1 Pd 4,7-13; Sl 95 (96); Mc 11,11-26
 Sb Vd - Jd 17,20b-25; Sl 62(63); Mc 11,27-33
 Domingo Santíssima Trindade Dt 4,32-34.39-40; Sl 32 (33),4-5.6.9.18-19.20.22
  (R/. 12b); Rm 8,14-17; Mt 28,16-20 (Despedida na Galileia)
 
  COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
 
 
1. "RENASCIDOS NO ESPÍRITO" 
Quando se capricha na reforma de
  uma casa antiga, mudando totalmente sua fachada, costuma se dizer que ela
  ficou como nova, a esse respeito, lembro-me também do tempo em que a compra
  de um sapato novo era onerosa e a gente optava por levar o velho ao
  sapateiro, que colocava meia sola, passava uma tinta, dava um brilho e quando
  ia buscar, era como se fosse um sapato novo, e um último exemplo, um dos
  carros que tive foi uma Brasília, que em certa ocasião mandei fazer uma
  reforma caprichada e ao sair com ela da oficina, dizia orgulhoso que ficou
  “novinha” em folha.
   Nesses três casos, a palavra NOVA é apenas força de
  expressão, pois a casa, o sapato e a Brasília, continuaram velhos, apenas com
  aparência de novos. O que o Espírito de Deus realiza em nós, não é uma
  reforma de fachada, não somos uma casa velha reformada, mas nele somos
  recriados, renascidos e renovados, passando a ser realmente novas criaturas,
  porque estamos em Cristo (1 Cor 5, 17-21). 
Quando o homem toma conhecimento
  dessa verdade, fica confuso como Nicodemos, que perguntou a Jesus como é que
  podia um homem, sendo já velho, nascer de novo, e se era necessário entrar
  novamente no útero materno. Nas leituras da missa da vigília, e do domingo de
  Pentecostes descobrimos que esse renascimento e essa renovação não dependem
  do homem, mas é iniciativa de Deus. Quando celebramos Pentecostes estamos na
  verdade celebrando o renascimento de todo gênero humano, a renovação de toda
  humanidade, onde o homem, consciente e crente desta renovação, se une a seu
  Deus e aos irmãos em comunhão perfeita, na Igreja, que é o Povo da Nova
  Aliança, a Assembléia ou a reunião dos que crêem e vivem segundo o Espírito,
  vivenciando um amor que se traduz em serviço, impelido pelos carismas. 
Igreja não é um grupo fechado e
  particular que têm exclusividade sobre o Espírito Santo, monopolizando seus
  dons e carismas, o Espírito é derramado sobre todos e não canalizado para
  alguns em particular como pensam algumas correntes religiosas. Todos os
  textos que ilustram essa Festa de Pentecostes, da missa da Vigília e da
  própria Festa, não deixam margem para dúvidas a esse respeito. “Derramarei o
  meu Espírito sobre todo ser humano” – (Joel 3, 1) “todos ficaram cheios do
  Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o espírito os
  inspirava. Moravam em Jerusalém, judeus devotos de todas as nações do mundo,
  quando ouviram o barulho, juntaram-se á multidão e cada um os ouvia falarem
  em sua própria língua” (Atos 2, 4-5) Através do seu Espírito que é único,
  Deus se comunica com todos os homens no pluralismo de valores, de culturas e
  religiões, em uma única linguagem! 
No espírito descobrimos que
  somos todos iguais embora queiramos parecer diferentes. Se atendêssemos aos
  apelos do Espírito, derrubaríamos por terra todas as barreiras que nos
  separam e homens de todas as nações, culturas e religiões, iriam se dar as
  mãos e em uma única voz cantariam um único louvor, ao único e verdadeiro
  Deus, reunidos em uma única Igreja que já não seria mais este ou aquele
  templo, esta ou aquela denominação religiosa, mas sim as entranhas do homem.
  Eis aí algo esplendido que Pentecostes nos revela: nascemos de novo e nos
  renovamos porque Deus em seu Espírito Santo, entra em nós. “Nossos ossos
  estavam secos, nossa esperança havia acabado , texto que em Ezequiel 17,
  mostra não só a situação de um povo, que tinha perdido a sua identidade de
  povo de Deus, mas da própria humanidade, que sem Deus não consegue sonhar, ou
  esperar nada de bom, mas só tem pesadelos, e neste mesmo texto vemos a
  maravilhosa profecia “Porei em vós o meu Espírito para que vivais... E os
  anciãos voltarão a sonhar, e os jovens profetizarão” isso significa que
  todos, jovens e velhos poderão esperar algo novo, uma nova e feliz realidade. 
Essa possibilidade se
  concretizou ao anoitecer daquele dia, quando Jesus soprou sobre a comunidade
  dos discípulos, concedendo-lhes o dom da paz e o seu próprio Espírito.
  Precisamente ali surgiu a nova humanidade, em uma Igreja que na
  força do Espírito Santo perdeu o medo, abriu suas portas que estavam fechadas
  e saiu em missão para anunciar a todos os homens essa verdade, que o Espírito
  do Senhor nos renovou, que em todos os homens, a graça é maior e mais
  abundante que o pecado. E quando todo homem olhar para dentro de si e tomar
  consciência dessa verdade, de que é uma Igreja ambulante porque o Senhor
  habita nele em Espírito, então passará a produzir os frutos doces e saborosos
  da caridade, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, lealdade e
  mansidão. Você já fez essa experiência? (Domingo de Pentecostes) 
2. Jesus renova a comunicação de sua paz. 
As festas religiosas, nas
  religiões primitivas em culturas de economia agrícola, como acontecia em
  Canaã, eram associadas ao tempo de colheitas, ao longo do ano. Assim
  acontecia com as festas da Páscoa, dos Ázimos e de Pentecostes, celebradas no
  Templo de Jerusalém. A festa da Páscoa, que antecipa o primeiro dia dos Ázimos,
  era celebrada no começo da colheita do trigo (14o dia do mês de Nisã -
  geralmente em Abril) e a festa de Pentecostes celebrada sete semanas
  (cinquenta dias) depois. 
João, no seu evangelho, após a
  crucifixão de Jesus na véspera de um sábado, apresenta os grandes eventos do
  primeiro dia da semana que se inicia. Este dia, o da ressurreição, bem
  delimitado no evangelho de João, começa com a ida de Maria Madalena ao túmulo
  de Jesus, de madrugada. Encontrando o túmulo vazio, avisa a Pedro e João, que
  correm para constatá-lo (cf. 8 abr.). Ao anoitecer deste mesmo dia, os
  discípulos estão reunidos com as portas fechadas, o que indica o temor que os
  tomava diante da execução de Jesus pelos judeus. Jesus entra e se põe no meio
  deles. De imediato lhes comunica a paz, a eles que estavam perturbados.
  Aquele que fora crucificado se apresentava vivo entre eles, o que é motivo de
  grande alegria, ainda mais quando Jesus renova a comunicação de sua paz.
  Soprando sobre eles, comunica-lhes o Espírito Santo. É o Espírito de Amor que
  liberta do pecado e une a todos formando um só corpo (segunda leitura) na
  diversidade, na fraternidade, no serviço e na compaixão. É o Espírito que
  renova a face do mundo inundando-o de amor e paz. 
Lucas, na passagem paralela a
  esta, em seu evangelho, não menciona o dom do Espírito com o sopro de Jesus.
  É em Atos dos Apóstolos que será feita, com um grande realce, a narrativa do
  dom do Espírito Santo, com uma teofania caracterizada por grandes sinais
  espantosos, como acontecimento que ocorre na festa judaica de Pentecostes
  (primeira leitura). Tal narrativa contrasta com a simplicidade da narrativa
  de João, bem como com o clima de perseguição aos discípulos, que nela
  transparece. Trata-se de uma narrativa teológica a fim de vincular o
  movimento de Jesus aos judeus cristãos de Jerusalém, que continuaram
  frequentando o Templo até sua destruição, no ano 70, e as sinagogas, das
  quais foram expulsos na década de 80. 
As narrativas da ressurreição e
  as aparições sucessivas exprimem uma realidade que as antecede. São a
  confirmação da condição humana e divina de Jesus que, em toda sua vida,
  revelou o amor libertador e vivificante de Deus, que a todos comunica sua
  vida divina e eterna. 
OraçãoPai, que o teu Espírito Santo me recrie inteiramente, de modo a banir para
  longe de mim todo medo e toda insegurança que me impedem de dar testemunho do
  teu Reino.
 
3. RECEBEI O ESPÍRITO SANTO 
O dom do Espírito Santo foi um
  elemento fundamental na experiência missionária dos primeiros cristãos. Com a
  ascensão do Senhor, eles se viram às voltas com uma tarefa descomunal: levar
  a mensagem do Evangelho a todo o mundo. A missão exigiria deles inculturar a
  mensagem, fazendo o Evangelho ser entendido por pessoas das mais variadas
  culturas. Deveriam ser capazes de enfrentar dificuldades, perseguições e, até
  mesmo a morte, por causa do nome de Jesus. Muitos problemas proviriam dos
  judeus, pois a ruptura com eles seria inevitável, dada a intransigência da
  liderança judaica para com a comunidade cristã que tomaria um rumo
  considerado inaceitável. Sem dúvida, não faltariam problemas dentro da
  própria comunidade, causados por partidarismos, falsas doutrinas e atitudes
  incompatíveis com a opção pelo Reino. 
Os discípulos eram demasiado
  fracos para, por si mesmos, levar a cabo uma empresa tão grande. Jesus,
  porém, concedeu-lhes o auxílio necessário ao comunicar-lhes o Espírito Santo.
  Fortalecidos pelo Espírito, eles não se intimidaram, antes, cumpriram, com
  denodo, o ministério da evangelização. 
O dom de Pentecostes renova-se,
  cada dia, na vida da Igreja. O Espírito, ontem como hoje, não permite que os
  cristãos cruzem os braços diante do mundo a ser evangelizado. | 
 
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