segunda-feira, 13 de maio de 2013

Liturgia da 07ª semana da Páscoa

Liturgia da Segunda Feira — 13.05.2013

VII SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DO DIA DA III SEMANA)

Antífona da entrada: Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá em vós, e dareis testemunho de mim até os confins da terra, aleluia! (At 1,8)
Leitura (Atos 19,1-8)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
19 1 Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as províncias superiores e chegou a Éfeso, onde achou alguns discípulos e indagou deles:
2 "Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?" Responderam-lhe: "Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo!
3 Então em que batismo fostes batizados?", perguntou Paulo. Disseram: "No batismo de João".
4 Paulo então replicou: "João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus".
5 Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6 E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam.
7 Eram ao todo uns doze homens.
8 Paulo entrou na sinagoga e falou com desassombro por três meses, disputando e persuadindo-os acerca do Reino de Deus.
Salmo responsorial 67/68
Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Eis que Deus se põe de pé e os inimigos se dispersam!
fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor
Como fumaça se dissipa, assim também os dissipais,
como a cera se derrete ao contato com o fogo,
assim pereçam os iníquos ante a face do Senhor!

Mas os justos se alegram na presença do Senhor,
rejubilam satisfeitos e exultam de alegria!
Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome!
O seu nome é Senhor: exultai diante dele!

Dos órfãos ele é pai e das viúvas protetor;
é assim o nosso Deus em sua santa habitação.
É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados,
quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1).

EVANGELHO (João 16,29-33)
Naquele tempo, os discípulos disseram a Jesus: 16 29 "Eis que agora falas claramente e a tua linguagem já não é figurada e obscura.
30 Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas que alguém te pergunte. Por isso, cremos que saíste de Deus".
31 Jesus replicou-lhes: "Credes agora!
32 Eis que vem a hora, e ela já veio, em que sereis espalhados, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho. Mas não estou só, porque o Pai está comigo.
33 Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Euforia dos Discípulos
Nos evangelhos sinóticos, quando Jesus anuncia a sua paixão e morte, o apóstolo Pedro pulou á frente e disse em alto e bom som, que para onde Jesus fosse, ele iria junto...E então Jesus jogou um balde de água fria na cabeça de Pedro anunciando que dali há pouco, ele iria negá-lo por três vezes, borrando-se de medo de alguma coisa lhe acontecer, por causa da sua ligação com o Mestre.
No evangelho de hoje Jesus tem essa mesma atitude com o Grupo dos discípulos, que estavam entusiasmados pois parece que finalmente as suas "fichas" tinham caído. "O Senhor conhece tudo, sabe tudo, é realmente um Homem que veio de Deus, nem precisamos mais te interrogar, basta-nos te seguir..."
Jesus argumentou mais ou menos assim "Ah...então agora vocês crêem ? Esperem um pouco e vão ver o que vai acontecer, todos vocês vão dar no pé, abandonando-me no momento em que chegar a minha hora.
Nossa vida em comunidade também é assim, marcada por um entusiasmo, por um fogaréu de palha, parece que tudo vai dar certo e vamos vencer o mundo inteiro. Dali a pouco vem novo fracasso, nova queda, novo desânimo. Esse "mundo" a que João se refere, é o mundo do mal, que não desiste de nos seduzir...
Apesar dos fracassos, que ninguém desanime, Jesus venceu o Mal, vamos a luta, não tenhamos medo das tribulações, o Pai está com Jesus e nós estamos com ele. O jogo está para nós, não tenhamos medo...Nunca estamos sozinhos nessa luta, em Jesus temos a Paz e a esperança da vitória... O Mal não terá nenhuma chance, se tivermos consciência disso...
2. A incredulidade dos discípulos se transforma em fé
Já o dissemos que se trata de um novo tempo, o tempo em que a incredulidade dos discípulos foi transfigurada em fé: “Agora, sim, falas abertamente, e não em figuras” (v. 29); “... vemos que conheces tudo…” (v. 30a); “Por isso acreditamos que saíste de junto de Deus” (v. 30b). A incredulidade impede de ouvir pacientemente; impede de receber o que é de Deus como dom, e de penetrar profundamente no mistério de Deus. A incredulidade faz das palavras de Jesus um enigma “Credes agora?” (v. 31). Trata-se de uma ironia, pois os discípulos abandonarão o Senhor (cf. v. 32a).
A incredulidade é origem do medo; ela impede de olhar, primeiro, para o outro. Os discípulos terão que passar pela dura prova de paixão e morte de Jesus para poder chegar à verdadeira fé. Em contraposição ao abandono dos discípulos está Deus, o Pai: “Mas... o Pai está sempre comigo” (v. 32c). É a confiança do Filho no Pai (v. 32b), pois o Pai não abandona o seu Filho.
É o Ressuscitado que encoraja a comunidade dos discípulos nas provações decorrentes da participação na vida de Jesus Cristo: “No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (v. 33bc).
Somente apoiada na palavra do Cristo é que a comunidade encontra a verdadeira paz (v. 33a).
ORAÇÃO
Pai, fica comigo, assim como estiveste com Jesus, e sê meu protetor quando se levantarem contra mim as forças hostis a teu Reino. E que eu seja capaz de vencê-las!
3. TENHAM CONFIANÇA!
Os discípulos, nem de longe, podiam imaginar o futuro que teriam pela frente. Intelectualmente, deram mostras de ter entendido os ensinamentos de Jesus, chegando mesmo a proclamar sua condição de enviado de Deus. E depois, quando se apresentasse a ocasião de dar testemunho público desta verdade, estariam preparados para tal desafio?
O Mestre não tinha nenhuma dúvida a este respeito. Ao chegar a hora de se declararem discípulos seus, haveriam de debandar e deixá-lo sozinho. Triste constatação para quem se julgava sintonizado com Jesus!
O realismo do Mestre não lhe permite desesperar, por causa disto. Embora sabendo que seria vítima do abandono do grupo escolhido e preparado por levar adiante sua missão, exorta-o à confiança. 
Seguros quanto ao poder de Jesus sobre o mundo, os discípulos se julgavam em condições de enfrentá-lo, sem temer suas investidas e ameaças de morte. O gesto mesquinho da fuga poderá ser irrelevante, se forem capazes de retomar o projeto do Senhor e levá-lo destemidamente adiante.
A morte e a ressurreição de Jesus significam sua vitória sobre o mundo, e a desarticulação dos esquemas mundanos. Quem se confia ao Ressuscitado, apesar da ferocidade do inimigo, pode estar certo de que irá vencê-lo. A vitória de Jesus sobre o mundo foi definitiva.
Oração
Espírito de luta, que eu não me deixe intimidar pelo mundo; antes, dá-me suficiente coragem para que eu possa enfrentá-lo e vencê-lo.
Liturgia da Terça

SÃO MATIAS APÓSTOLO
(VERMELHO, GLÓRIA, PREFÁCIO DOS APÓSTOLOS – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: Não fostes vós que mês escolhestes. Fui eu que vos escolhi e vos enviei para produzirdes fruto e o vosso fruto permaneça, aleluia! (Jo 15,16)
Leitura (Atos 1,15-17.20-26)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
1 15 Num daqueles dias, levantou-se Pedro no meio de seus irmãos, na assembléia reunida que constava de umas cento e vinte pessoas, e disse:
16 “Irmãos, convinha que se cumprisse o que o Espírito Santo predisse na escritura pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus.
17 Ele era um dos nossos e teve parte no nosso ministério.
20 Pois está escrito no livro dos Salmos: ‘Fique deserta a sua habitação, e não haja quem nela habite; e ainda mais: Que outro receba o seu cargo’.
21 Convém que destes homens que têm estado em nossa companhia todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós,
22 a começar do batismo de João até o dia em que do nosso meio foi arrebatado, um deles se torne conosco testemunha de sua Ressurreição”.
23 Propuseram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome Justo, e Matias.
24 E oraram nestes termos: Ó Senhor, que conheces os corações de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste
25 para tomar neste ministério e apostolado o lugar de Judas que se transviou, para ir para o seu próprio lugar.
26 Deitaram sorte e caiu a sorte em Matias, que foi incorporado aos onze apóstolos. 
Salmo responsorial 112/113
O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.

Louvai, louvai, ó servos do Senhor,
louvai, louvai o nome do Senhor!
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e por toda a eternidade!

Do nascer do sol até o seu ocaso,
louvado seja o nome do Senhor!
O Senhor está acima das nações,
sua glória vai além dos altos céus.

Quem pode comparar-se ao nosso Deus,
ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono
e se inclina para olhar o céu e a terra?

Levanta da poeira o indigente
e do lixo ele retira o pobrezinho,
para faze-lo assentar-se com os nobres,
assentar-se com os nobres do seu povo.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça (Jo 15,16).

EVANGELHO (João 15,9-17)
15 9 Disse Jesus: “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. 10 Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor.
11 Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.
12 Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.
13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.
14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.
15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.
16 Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.
17 O que vos mando é que vos ameis uns aos outros”. 
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Um Novo Mandamento
Às vezes quando me deparo com o evangelho de São João, apelo para o meu imaginário grupo de debates onde o Maneco, membro de uma comunidade das mais simples, replica, logo após a conclusão “Eta que esse tal de João gosta de complicar, porque não vai direto ao assunto?” Já o Ernesto, que é encarregado em uma empresa, gosta de ver o jeito de Jesus falar com os discípulos nesse evangelho, “Esse Jesus é dos meus, lá na fábrica é assim que eu digo para a minha turma “Se quiser ser meu amigo, faça o que eu mando”. Confesso que tomei um susto, não tinha reparado que o versículo 14 é exatamente assim “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando”.
Esta não é uma frase solta no meio do texto, mas há sempre o perigo de se fazer uma leitura fundamentalista da Palavra de Deus, pois o meu irmão de grupo gosta de ser mandão na comunidade, porque é essa a sua rotina na empresa, e assim ele se identifica com Jesus, que nessa frase parece mesmo ser “mandão” e autoritário, bem do tipo, se não for pra fazer do meu jeito, então não quero. Entretanto o ensinamento é outro... Foi quando Dona Maria, que trabalha de doméstica há muito tempo, fez uma observação interessante, que eu nem havia pensado. “O senhor me desculpe, pode ser que vou falar bobagem, porque não tenho estudo de teologia, mal fiz o antigo ginásio, mas parece que Jesus diz aí, que ele nos trata como amigos e não como servos, mas o gozado é que ele mesmo falou em um outro evangelho, que veio para servir e não para ser servido, quem serve é servo”.
Dona Maria não quer nem saber se o jeito de João escrever seu evangelho é diferente dos sinóticos, mas parece que “matou em cima” a questão intrigante. Na relação de trabalho, quem serve é quem é mandado, na comunidade enquanto igreja, quem serve é aquele que ama. Diante dessa observação feita ao grupo, levantou-se o “Mota” pessoa que na paróquia é o responsável em buscar as hóstias e partículas no Mosteiro das irmãs. “Óia gente, andei contando por curiosidade e vi que só nesse evangelho, João escreveu nove vezes o verbo amar, acho que isso quer dizer alguma coisa” Parece que o Mota “mordeu a isca” -- pensei com meus botões - Quem experimentou tão intensamente e de maneira profunda, o amor de Deus manifestado em Jesus de Nazaré, não vai mais falar de outra coisa na vida, que não seja desse amor, não é atoa que o evangelho o chama de “Aquele discípulo que Jesus amava”, não porque o Senhor o amava mais que aos outros, mas porque ele, o discípulo, compreendeu que Jesus é o Amor do Pai manifestado entre os homens, não só compreendeu, mas experimentou, e esta manifestação não é exclusiva para alguém, mas a todos os homens.
Roseli, uma jovem que também integra o nosso grupo, e que anda nas nuvens porque está namorando um catequista da comunidade, fez um comentário belíssimo “Então a gente pode dizer que Jesus é o amor ESCANCARADO de Deus para os homens!”. Escancarado é aquilo que não se tem como esconder, não dá para disfarçar, como os olhos brilhantes da Roseli, quando está perto do namorado. Quem se sente amado por alguém, não tem como disfarçar a alegria, o bem que a outra pessoa lhe faz, só de estar perto, e aqui dá para entender a expressão “Eu vos digo isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja plena”.
A descoberta de que Deus nos ama tanto, e de maneira apaixonada em Jesus, faz a gente se tocar, a vida ganha um novo sentido, um novo horizonte se descortina, pois há uma palavra chave em João, que nos permite sonhar esse sonho realizável, que é ser feliz plenamente. Permanecei em mim. Permanecei no meu amor. Quem ama quer o outro sempre junto, e aqui, o poder de Deus torna-se frágil diante da liberdade humana, Deus não pode nos manter junto dele, sem o nosso consentimento, sem a nossa vontade! Cá entre nós, sei que é isso que acontece com a Roseli, que se encantou com o moço da catequese, eles até estão namorando, mas a verdade é que ele, embora muito sério, não está muito afim da coitada, mas para não magoá-la, mantém o namoro, e o pior é que um dia, uma amiga confidenciou à Roseli essa verdade, e para espanto da outra, a Roseli disse simplesmente “Não tem problema, eu só quero amá-lo, não precisa que ele me ame”.
Pronto, chegamos a um ponto culminante da nossa reflexão, Deus quer e sempre quis, e sempre vai querer nos amar, mesmo que não seja correspondido, o seu amor Ágape é o amor oblativo, é o verdadeiro e único amor, enquanto que o nosso jeito de amar é ainda tão pequeno, não passa do amor Filia. Afinal, quem é que conseguiria retribuir a altura, todo esse amor e ternura, que Jesus Cristo tem por cada um de nós? Esta é uma dívida impagável...
Entretanto há algo que podemos fazer, que está ao nosso alcance, e que faz com que Deus se sinta correspondido em seu amor... “Amais-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. O “ASSIM COMO...” não é uma exigência que o nosso amor seja perfeito como o dele, mas se refere a gratuidade e incondicionalidade, se amarmos desse jeito as pessoas, já está de muito bom tamanho.
Amar assim é ir além da FILIA, é meio caminho andado para o AMOR ágape. Permanecer em Cristo e no seu amor, é viver de tal forma a comunhão com ele, que o nosso jeito de ser, de viver e de amar, acaba refletindo para o próximo, o próprio Cristo. E assim, em nosso amor tão frágil, as pessoas descobrirão a fonte do verdadeiro amor, que é Jesus Cristo, foi isso que aconteceu com João, e que revolucionou a sua vida, ele olhou para Jesus, e descobriu nele o Amor de Deus, por isso deu com a boca no trombone e saiu falando aos quatro cantos.
2. A medida do amor fraterno é o amor de Jesus
“Permanecei no meu amor” (v. 9); este é o imperativo que deve mover a vida de todo discípulo. “Permanecer” é estar arraigado, fundado; é imitar, atualizar o amor de Jesus pela humanidade, cuja origem é o amor do Pai que antecede todas as coisas e o ser humano.
A medida do amor fraterno é o amor de Jesus: “... amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (v. 12). O amor é um dinamismo de entrega sem reserva: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos” (v. 13). É com esse amor que somos amados, pois o Senhor, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
“... fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça” (v. 16). O fruto que se espera e que permanece é o amor fraterno: “O que vos mando é que vos ameis uns aos outros” (v. 17).
São Paulo exprime magistralmente a perenidade do amor: “Agora, permanecem a fé, a esperança e o amor. Mas, a maior de todas, é o amor. Buscai o amor” (1Cor 13,13; 14,1).
ORAÇÃO
Senhor Jesus, agradecido(a) por ter sido escolhido(a) e enviado(a) por ti, prometo entregar-me totalmente à missão que me confiaste.
3. UMA FELIZ COMPARAÇÃO
A situação de uma mulher em trabalho de parto serviu para ilustrar a situação dos discípulos às voltas com o mistério pascal. Esta imagem, simples de ser entendida, devia levá-los a intuir o sentido das palavras enigmáticas de Jesus. Era mister compreender devidamente as exortações do Mestre, para evitar futuras decepções.
Todo o processo do parto transcorre em meio a dores e sofrimentos. Hoje, a medicina procura aliviar, ao máximo, esses sofrimentos, realizando partos indolores. Isto não significa negar que o parto seja, por si, doloroso. O grau de suportação da mãe torna-se quase infinito, quando ela pensa no desfecho do seu sofrimento: a vinda de um ser humano ao mundo. A expectativa do filho, que está para nascer, leva-a a relativizar sua dor.
Os discípulos passariam por uma experiência parecida com essa. O mistério pascal teria seu componente necessário de sofrimento e de tristeza. Não seria possível prescindir deles, nem abrandá-los. Uma dor cruel esperava-os, ao contemplar o próprio Mestre pendendo de uma cruz. Entretanto, algo de sumamente importante aconteceria no final de tudo isto: o Pai haveria de restituir-lhe a vida. Para os discípulos, a esperança da ressurreição não lhes suavizou a dor de ver o amigo crucificado, mas devolveu-lhes a alegria, e uma alegria tal, que dela ninguém jamais poderá privá-los.
Oração
Espírito de felicidade, que a certeza da ressurreição me ajude a suportar as dores e os sofrimentos, sem desfalecer.
Liturgia da Quarta-Feira

VII SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria, aleluia! (Sl 46,2)
Leitura (Atos 20,28-38)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso 20 28: "Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue.
29 Sei que depois da minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho.
30 Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir doutrinas perversas, com o intento de arrebatarem após si os discípulos.
31 Vigiai! Lembrai-vos, portanto, de que por três anos não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós.
32 Agora eu vos encomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para edificar e dar a herança com os santificados.
33 De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes.
34 Vós mesmos sabeis: estas mãos proveram às minhas necessidades e às dos meus companheiros.
35 Em tudo vos tenho mostrado que assim, trabalhando, convém acudir os fracos e lembrar-se das palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: ´É maior felicidade dar que receber!´"
36 A essas palavras, ele se pôs de joelhos a orar.
37 Derramaram-se em lágrimas e lançaram-se ao pescoço de Paulo para abraçá-lo,
38 aflitos, sobretudo pela palavra que tinha dito: Já não vereis a minha face. Em seguida, acompanharam-no até o navio.
Salmo responsorial 67/68
Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Suscitai, ó Senhor Deus, suscitai vosso poder,
confirmai este poder que por nós manifestastes
a partir de vosso templo, que está em Jerusalém,
para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes!

Reinos da terra, celebrai o nosso Deus, cantai-lhe salmos!
Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos.
Eis que eleva e faz ouvir a sua voz poderosa.

Dai glória a Deus e exaltai o seu poder por sobre as nuvens.
Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade!
Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder.
Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17)

Evangelho (João 17,11-19)
Naquele tempo, Jesus ergue os olhos para o céu e rezou, dizendo 17 11 "Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós.
12 Enquanto eu estava com eles, eu os guardava em teu nome, que me incumbiste de fazer conhecido. Conservei os que me deste, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
13 Mas, agora, vou para junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no mundo para que eles tenham a plenitude da minha alegria.
14 Dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.
15 Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal.
16 Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.
17 Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade.
18 Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
19 Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Todos somos UM
Neste evangelho de São João está um versículo que é a Bandeira do Ecumenismo "Para que todos sejam um..." Sem dúvida é essa a expressão mais forte onde, no próprio desejo do Senhor está presente o sonho de uma só Igreja, um só rebanho e um só pastor.
Não se trata de uma utopia, um dia todos seremos um. Mas é claro que isso está difícil de acontecer, o Ecumenismo dá alguns avanços, mas depois se estabiliza, ou o que é pior, até retrocede. Esta Semana é chamada a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”, onde teoricamente deveria haver iniciativas das Igrejas Cristãs em se aproximarem para fazerem juntos uma oração, celebrara Santa Palavra, visitar uma Igreja Cristã Histórica. Mas infelizmente nesse campo nada avançamos, e fica cada qual em seu canto, achando que a sua  Igreja é a Dona do Espírito Santo.
Então não se pode confundir as coisas, Jesus e o Pai são Um, ora, se a Unidade dos Cristãos é um desejo de Jesus, por que é que isso não se realiza e nem se cumpre ?
O evangelho traz em seu bojo este belo sonho da Unidade, não há de se negar, mas é preciso vê-lo na profundidade necessária, senão parece que Deus quer e o Homem não quer, e que prevalece a vontade do Homem.
Trata-se na verdade da Oração chamada Sacerdotal, eu está dentro do Discurso da Consolação ou despedida, como vimos ao longo desta semana que precede a Festa da Ascensão do Senhor, a ser celebrada no Domingo. Poderíamos dizer que aqui Jesus manifesta ao Pai o seu intenso desejo de que os discípulos sejam inseridos na Vida de Comunhão com o Pai, e conseqüentemente com a Trindade Santa. Nos ritos de ordenação sacerdotal, o Reitor é consultado pelo Bispo se o candidato é digno de receber o Ministério e fazer parte do Presbitério. Neste evangelho, Jesus está orando pelos discípulos, mas ao mesmo tempo está os recomendando ao Pai, para que também neles seja manifestada a Glória e a Santidade, como tal aconteceu com Jesus.
A Igreja, formada por homens comuns e fracos, com todos as suas limitações, passa a fazer parte da Comunhão Trinitária, ou seja, Deus entra em nossa Vida e nós entramos na Vida de Deus.
Então, tivemos o privilégio de sermos escolhidos, somos os bons, os melhores de toda a humanidade... Que perigo pensar desta e fechar-se em uma religião particular, como se fosse um Clube de Elite! Ao contrário, a Comunhão com Deus veio pela Palavra de Jesus, e agora a Igreja formada por seus discípulos de ontem e de hoje, têm uma nova Missão : anunciar esta Palavra a todos os homens, para que estes também creiam e se unam a Deus.
É este o desejo de Unidade presente no coração de Deus, e que agora em Jesus ele manifesta. O desafio é muito maior do que se pensa, não é só a unidade dos cristãos, mas a Unidade de toda Humanidade em um só Deus, pois não pode haver nenhuma barreira ou divisão, entre Homens e mulheres criados por Deus, e que em Jesus readquiriram sua imagem e semelhança!
2. Oração sacerdotal de Jesus
Trata-se, ainda, do discurso de despedida de Jesus. É, por assim dizer, o seu testamento.
O capítulo 17 é denominado oração sacerdotal de Jesus. Próprio do sacerdote é oferecer pelo povo súplicas e orações e o sacrifício de louvor. A oração sacerdotal de Jesus é súplica pelos discípulos.
A comunhão do Filho com o Pai sustentou a missão de Jesus. A comunhão dos discípulos é o apoio fundamental para que ela não esmoreça. A missão de Jesus foi manter unida a comunidade (cf. v. 12). A plenitude da alegria dos discípulos é a alegria de Cristo que, ressuscitado, entra definitivamente na glória de Deus.
Nesta oração sacerdotal, o Senhor confia os discípulos aos cuidados de Deus, para que, estando no mundo, não sejam mundanos; para que, na peregrinação terrestre, mantenham o olhar nas coisas celestes (cf. vv. 15-16).
ORAÇÃO
Pai, reforça minha fidelidade a Jesus, de maneira que o Maligno não prevaleça sobre mim. Protege-me contra a maldade do mundo, consagrando-me na verdade.
3. REZANDO PELOS DISCÍPULOS
Os discípulos foram motivo de preocupação para Jesus, no final de seu ministério. Sua oração insistente ao Pai, implorando em favor deles, revela o amor que lhes devotava, e o anseio de que permanecessem fiéis. Jesus pede ao Pai:
"Guardá-los em teu nome", ou seja, não permitas que sejam contaminados pela idolatria do mundo, com seu germe de ódio e divisão, e seu egoísmo preconceituoso e excludente. Deixando-se guiar pelo Pai, os discípulos estariam no caminho da salvação.
"Livra-os da ação do Maligno". Este não retrocederá nem deixará de investir contra os discípulos de Jesus, só porque estavam sob a proteção do Pai. A audácia deste espírito do Mal seria tamanha a ponto de querer competir com o Criador. Era preciso que o Pai tomasse as dores dos discípulos, para não se tornarem vítimas do Maligno.
"Consagra-os na verdade". Por que seriam tentados a seguir insinuações espúrias, Jesus implora ao Pai que lhes aponte sempre as sendas da verdade, que conduzem à comunhão com ele. Sem esta ajuda, os discípulos não poderiam discernir o erro e a mentira, fatais para quem se encaminha para o Pai.
A súplica de Jesus resume as necessidades dos discípulos, em vista das pelejas que travariam com o mundo. Para não serem vencidos, careciam da proteção constante de Deus, e deveriam permanecer unidos, a exemplo do Pai e de seu Filho Jesus.
Oração
Espírito de proteção, nas batalhas contra o mundo, coloca-te ao meu lado, cobrindo-me com a bênção protetora do Pai.
Liturgia da Quinta-Feira

VII SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Aproximemo-nos confiantes do trono da graça, a fim de conseguirmos misericórdia e encontrarmos auxílio em tempo oportuno, aleluia! (Hb 4,16)
Leitura (Atos 22,30; 23,6-11)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 22 30 querendo saber com mais exatidão de que os judeus o acusavam, soltou-o e ordenou que se reunissem os sumos sacerdotes e todo o Grande Conselho. Trouxe Paulo e o mandou comparecer diante deles. 23 6Paulo sabia que uma parte do Sinédrio era de saduceus e a outra de fariseus e disse em alta voz.: "Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus. Por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos é que sou julgado".
7 Ao dizer ele estas palavras, houve uma discussão entre os fariseus e os saduceus, e dividiu-se a assembléia.
8 (Pois os saduceus afirmam não haver ressurreição, nem anjos, nem espíritos, mas os fariseus admitem uma e outra coisa.)
9 Originou-se, então, grande vozearia. Levantaram-se alguns escribas dos fariseus e contestaram ruidosamente: Não achamos mal algum neste homem. (Quem sabe) se não lhe falou algum espírito ou um anjo.
10 A discussão fazia-se sempre mais violenta. O tribuno temeu que Paulo fosse despedaçado por eles e mandou aos soldados que descessem, o tirassem do meio deles e o levassem para a cidadela.
11 Na noite seguinte, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: "Coragem! Deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma".
Salmo responsorial 15/16
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”.
Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em vossas mãos!

Eu bendigo o Senhor, que me aconselha
e até de noite me adverte o coração.
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois, se o tenho a meu lado, não vacilo.

Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria
e até meu corpo no repouso está tranquilo;
pois não haveis de me deixar entregue à morte,
nem vosso amigo conhecer a corrupção.

Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Para que todos sejam um, diz o Senhor, como tu estás em mim e eu em ti, para que o mundo possa crer que me enviaste (Jo 17,21).

EVANGELHO (João 17,20-26)
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 17 20 "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim.
21 Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste.
22 Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um:
23 eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim.
24 Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória que me concedeste, porque me amaste antes da criação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes sabem que tu me enviaste.
26 Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lho manifestar, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. "Pai, que todos sejam um..."
Nosso diálogo com o Catequista São João tem nos ajudado bastante na compreensão do evangelho nesta semana que antecede Pentecostes e que se denomina Semana da Unidade dos Cristãos, então, vamos dar continuidade a esse trabalho onde o mais importante é situarmos o evangelho em nossa vida, principalmente na comunidade onde vivemos e celebramos a nossa Fé, envolvidos sempre pelo Mistério de Cristo e da Igreja.
Catequista João ___Muito bem, nem seriam necessárias perguntas, a linha de raciocínio é essa mesma, os Cristãos vivem em comunidade, e aí está o maior de todos os desafios, como viver a unidade na diversidade.
____ Pois é, se olharmos de dentro para fora, vamos ver que esse "Sonho da Unidade de todos os cristãos está muito longe de ser realizado", o Ecumenismo ainda engatinha e na maioria das nossas comunidades essa palavra é estranha e até assusta os mais conservadores....Concorda Catequista João?
Catequista João ____Sim, mas lembre-se de que a questão do ecumenismo só começou a ser levantada muito recentemente, quando Jesus fez essa oração pela Unidade, não havia divisões no Cristianismo. Não podemos só olhar por esse lado, embora a afirmativa caia como uma luva para incentivar os cristãos de hoje a buscarem a unidade.
____ Puxa não tinha pensado nisso....Naquele tempo os Cristãos estavam todos de um lado só, tocavam todos o mesmo apito, como se diz na gíria. Então porque Jesus disse isso? Se ele estava pedindo pela unidade, é porque havia alguma divisão, talves no final do primeiro século, nas comunidades cristãs, quando havia muitas heresias......
Catequista João ____Vamos olhar o começo do evangelho..."Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim....Para quer todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós, e o mundo creia que tu me enviastes..."
____ Olha catequista João, longe de mim debater com o Senhor, mas Jesus está preocupado com a unidade....
Catequista João____Sem dúvida, realmente o evangelho fala da Unidade, mas que deve acontecer em torno da única Palavra, a que Jesus transmitiu aos discípulos, e as que os apóstolos transmitiram á geração seguinte, e esta para a outra, sucessivamente, até chegar o tempo que vocês estão vivendo no terceiro milênio da história.
____Opa, agora começou a clarear, mas espere um pouco Catequista João, O Cisma do Oriente e depois no século XVII a Reforma Protestante, quebrou a unidade, será que Jesus não rezou direito?
Catequista João____(sorrindo) Como você é espirituoso... A oração de Jesus é perfeita e Deus o atendeu sim. Veja uma coisa, no tempo de Jesus só ele falava e os discípulos ouviam, depois ele delegou essa missão do anúncio aos apóstolos, estes delegaram a outros e assim sucessivamente, como já vimos. O evangelho chegou incólume até vocês no ano de 2013, independente das divisões entre os cristãos, e das traduções diferentes da Bíblia, aquilo que é essencial no evangelho, perpassou tres milênios sem que ninguém, alterasse o seu conteúdo. Essa é a verdadeira unidade desejada por Deus e pedida por Jesus.
____Então quando vivemos a Santa Palavra estamos vivendo a unidade junto com Jesus e Deus Pai, na UNIDADE do Espírito Santo... Como naquele dia em Pentecostes, em que todos ouviam e entendiam, embora fossem de nacionalidade diferentes...
Catequista João____Muito bem, mas esse assunto fica para domingo de Pentecostes que está aí na porta da nossa liturgia. Um cristão que vive na perfeita unidade é aquele que guarda a Palavra de Deus de maneira integral em seu coração e a vive, também de maneira íntegra.
2. A fé é essencialmente testemunho
A oração sacerdotal de Jesus, em que ele confia os discípulos aos cuidados de Deus, se abre para o futuro: “Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles” (v. 20).
Há neste versículo uma afirmação acerca da missão dos discípulos. A fé dos outros depende do testemunho, da palavra dos discípulos. A fé é essencialmente testemunho. A unidade é parte essencial do testemunho: “Que eles estejam em nós…” (v. 21); “... que eles sejam um, como nós somos um…” (v. 22). A comunhão dos discípulos, como a do Pai e do Filho, e a comunhão fraterna oferecem às gerações futuras a possibilidade de conhecer, isto é, de fazer a experiência de que Jesus é o enviado do Pai.
O mundo não conheceu Deus; o fechamento e a resistência impedem de fazer a experiência de Deus, penetrar no seu mistério. O Filho que está voltado totalmente para o Pai (Jo 1,1) é que conhece o Pai, de tal modo que, quem o vê, vê o Pai (cf. Jo 14,9). Assim, pelo Filho o Pai se tornou conhecido dos discípulos: “Eu lhes fiz conhecer o teu nome…” (v. 26).
ORAÇÃO
Espírito de comunhão, não permitas que se rompam os laços que me ligam a todos os meus irmãos e irmãs, e faça-me compreender o valor da unidade proclamada por Jesus.
3. PERFEITOS NA UNIDADE
A unidade foi o tema polarizador da pregação de Jesus, na etapa final do seu ministério. Esta preocupação é facilmente compreensível. Ele conhecia bem o coração humano, e sua tendência para a divisão, os conflitos, e a visão distorcida da realidade. Sintoma do pecado, a ausência de comunhão coloca-se no extremo oposto do ideal de Jesus. Foi este o alvo de sua ação redentora: arrancar o ser humano do egoísmo, que perverte o coração e o afasta de Deus e do próximo, levando a converter-se à unidade.
O modelo de unidade vislumbrado por Jesus é a comunhão trinitária. Portanto, ao apelar para a unidade, sua intenção foi levar os seres humanos a viver de modo semelhante, como vivem o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o mesmo projeto, fundado na comunhão, que Jesus propõe para a humanidade, a começar pelo grupo restrito dos discípulos. 
Para Jesus, a comunhão dos discípulos reforçaria a credibilidade de sua condição de enviado. Se implantou uma forma de amor-comunhão, diferente das até então conhecidas, é porque ele, de alguma forma, a tinha previamente experimentado na comunhão com o Pai e o Espírito Santo. Esta experiência prévia, no seio da Trindade, possibilitou a Jesus mostrar aos seres humanos o que seria melhor para eles. Sem amor-comunhão, só existe frustração. Não existe salvação possível. 
É próprio do discípulo cultivar o ideal de ser perfeito na unidade.
Oração
Espírito de comunhão não permitas que se rompam os laços que me ligam a todos os meus irmãos e irmãs, e faça-me compreender o valor da unidade proclamada por Jesus.

Liturgia da Sexta-Feira

VII SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Cristo nos amou e nos lavou dos pecados com seu sangue, e fez de nós um reino e sacerdotes para Deus, seu Pai, aleluia! (Ap 1,5s)
Leitura (Atos 25,13-21)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Alguns dias depois, 25 13 o rei Agripa e Berenice desceram a Cesaréia para saudar Festo.
14 Como se demorassem ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo: "Félix deixou preso aqui um certo homem.
15 Quando estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus vieram queixar-se dele comigo pedindo a sua condenação.
16 Respondi-lhes que não era costume dos romanos condenar homem algum, antes de ter confrontado o acusado com os seus acusadores e antes de se lhes dar a liberdade de defender-se dos crimes que lhes são imputados.
17 Compareceram aqui. E eu, sem demora, logo no dia seguinte, dei audiência e ordenei que conduzissem esse homem.
18 Apresentaram-se os seus acusadores, mas não o acusaram de nenhum dos crimes de que eu suspeitava.
19 Eram só desavenças entre eles a respeito da sua religião, e uma discussão a respeito de um tal Jesus, já morto, e que Paulo afirma estar vivo.
20 Vi-me perplexo quanto ao modo de inquirir essas questões e perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém e ser ali julgado.
21 Mas, como Paulo apelou para o julgamento do imperador, mandei que fique detido até que o remeta a César".
Salmo responsorial 103/104
O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!

Quanto os céus por sobre a terra se elevam,
tanto é grande o seu amor aos que o temem;
quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes.

O Senhor pôs o seu trono lá nos céus,
e abrange o mundo inteiro seu reinado.
Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos,
valorosos que cumpris as suas ordens.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito Santo, o paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado (Jo 14,26).

EVANGELHO (João 21,15-19)
21 15 Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?" Respondeu ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta os meus cordeiros".
16 Perguntou-lhe outra vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Respondeu-lhe: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta os meus cordeiros".
17 Perguntou-lhe pela terceira vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: "Amas-me?", e respondeu-lhe: "Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas.
18 Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres".
19 Por estas palavras, ele indicava o gênero de morte com que havia de glorificar a Deus. E depois de assim ter falado, acrescentou: Segue-me!
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. ÁGAPE OU FILOS???
Neste evangelho, um irmão da minha equipe de reflexão, brincou dizendo que Jesus estava com dificuldade de escutar, pois repetiu a mesma pergunta por três vezes, e parece que ele lembrou-se das três negações do apóstolo e parecia querer dizer "olha lá heim Pedro, não vá pisar no tomate de novo!"
Claro que isso é uma especulação, mas muita gente associa a interrogação com as negações, o apóstolo que negou três vezes, agora vai ter que confirmar seu amor também por três vezes. Não deixa de ser uma interpretação interessante e que até faz sentido, mas Jesus não estava com problema de surdez e nem queria humilhar o apóstolo Pedro, ao contrário, vai confirmá-lo como primeira coluna da Igreja porém, quer lembrá-lo de algo que é essencial na vida de todo discípulo Missionário: Cuidar do rebanho por amor a Cristo, que agora, nos irmãos e irmãs, precisa ser amado e aqui está a beleza da reflexão. Como deve ser este amor?
Simão, tu me amas? (com amor ágape, sem medidas, gratuito e incondicional, até as últimas conseqüências) Pedro respondeu que SIM, mas com o amor Filia, seu amor pelo mestre não era assim tão extraordinário, afinal o tinha negado...)
Simão, tu me amas? De novo Pedro responde afirmativamente, porém com essa ressalva, de que não é um amor igual ao do Mestre. Jesus pergunta uma terceira vez, agora, porém, falando exatamente do amor Filia, entre irmãos, que é bonito e belo também, mas que não é tão perfeito.
E Jesus o confirma como Pastor, o aceita em suas limitações, o seu jeito de amar.
Acontece que, quando nos dispomos como Pedro, a servir a Deus nos irmãos, a sua Graça Santificante vai nos transformando, não é assim o amor conjugal entre um homem e uma mulher? No altar o SIM do casal promete amor, mas é o Eros, seria como a água nas Bodas de Cana, daí Jesus abençoa, inunda o coração dos seus discípulos com a sua graça e a Força do Espírito Santo e o milagre acontece: o discípulo começa a amar como Jesus, desapegando-se de tudo, até mesmo da sua vontade, como Pedro, que ao final da sua vida, será conduzido á morte, mas não abrirá mão da Fidelidade a Jesus e seu Reino.
Nossas comunidades também são assim... A Graça age em nossas fraquezas e limitações, e vai transformando o nosso amor tão pequeno em um Grandioso amor, exatamente como o de Jesus...
2. A única resposta adequada a esse amor é o amor
O capítulo 21 do evangelho segundo João é tardio. Esta segunda parte do capítulo (vv. 15-19) tem por finalidade legitimar a missão de Pedro de ser “o primeiro entre iguais”, e que sua missão está fundada na palavra do Senhor: “Apascenta as minhas ovelhas” (v. 17).
Lembremo-nos de que, ao longo de todo o evangelho, Simão Pedro não é propriamente o ícone do homem de fé (Jo 20,6-7). Ele depende, para o reconhecimento, do “discípulo que Jesus amava” (20,8; 21,7). A missão de Pedro está fundada num amor primeiro, no amor que antecede tudo e todos. A única resposta adequada a esse amor é o amor. Só o amor incondicional à pessoa de Jesus Cristo pode permitir que o seguimento e a missão confiada sejam vividos na mais pura gratuidade e entrega.
Somente um amor sem reservas permitirá a Pedro a disponibilidade para ir aonde o Senhor quer que ele vá: “… quando, porém, fores velho, estenderás as mãos e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir” (v. 18). 
A maturidade da fé supõe deixar-se conduzir pelo Senhor. O amor, que está na origem do seguimento, permite atualizar na vida o sacrifício de Jesus.
ORAÇÃO
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.
3. TU ME AMAS?
Todo cristão deveria se defrontar com a tríplice pergunta que o Ressuscitado dirigiu a Pedro. Ela é bem precisa: "Tu me amas?", e não pode ser respondida com evasivas ou sem convicção. É sim ou não, com as respectivas conseqüências, tanto em termos pessoais - conversão interna -, quanto em termos sociais - testemunho público e seus riscos.
A melhor maneira de expressar nosso amor a Jesus é amar o próximo. E o ápice deste amor está em não poupar nada de si, quando se trata de servir, como fez Jesus. 
Portanto, a pergunta do Ressuscitado poderia ser respondida assim: "Tu sabes que eu nutro profundo amor pelo meu próximo; podes ver como minha vida é toda vivida como doação; podes, igualmente, verificar como minha existência é tecida de gestos concretos de oblação. Esta é a prova de que, realmente, eu teu amo".
O Mestre não pode confiar no discípulo, cujo amor não é entranhado. Por isso, antes de confiar a Pedro a missão de presidir a comunidade dos cristãos, quis se assegurar do seu amor. Este procedimento de Jesus é plenamente acertado. O exercício do ministério, na Igreja, pressupõe o amor que ele exigiu de Pedro, quando lhe confiou a missão de conduzir o seu rebanho. Arrisca-se a descambar para a tirania a liderança de quem se põe à frente da Igreja sem amar, autenticamente, a Jesus.
Oração
Espírito de oblação faze-me demonstrar meu amor ao Ressuscitado, por meio da entrega total de minha vida ao serviço dos meus irmãos.
Liturgia do Sábado

VII SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Os discípulos unidos perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os irmãos dele, aleluia! (At 1,14).
Leitura (Atos 28,16-20.30-31)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
28 16 Chegados que fomos a Roma, foi concedida licença a Paulo para que ficasse em casa própria com um soldado que o guardava.
17 Três dias depois, Paulo convocou os judeus mais notáveis. Estando reunidos, disse-lhes: “Irmãos, sem cometer nada contra o povo nem contra os costumes de nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue nas mãos dos romanos.
18 Estes, depois de terem instruído o meu processo, quiseram soltar-me, visto não achar em mim crime algum que merecesse morte.
19 Mas, opondo-se a isso os judeus, vi-me obrigado a apelar para César, sem intentar contudo acusar de alguma coisa a minha nação.
20 Por esse motivo, mandei chamar-vos, para vos ver e falar convosco. Porquanto, pela esperança de Israel, é que estou preso com esta corrente”.
30 Paulo permaneceu por dois anos inteiros no aposento alugado, e recebia a todos os que vinham procurá-lo.
31 Pregava o Reino de Deus e ensinava as coisas a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade e sem proibição. 
Salmo responsorial 10/11
Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

Deus está no templo santo
e no céu tem o seu trono;
volta os olhos para o mundo,
seu olhar penetra os homens.

Examina o justo e o ímpio
e detesta o que ama o mal.
Porque justo é nosso Deus,
o Senhor ama a justiça.
Quem tem reto coração
há de ver a sua face.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13)

Evangelho (João 21,20-25)
21 20 Voltando-se Pedro, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava (aquele que estivera reclinado sobre o seu peito, durante a ceia, e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te há de trair?”).
21 Vendo-o, Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, e este? Que será dele?”
22 Respondeu-lhe Jesus: “Que te importa se eu quero que ele fique até que eu venha? Segue-me tu”.
23 Correu por isso o boato entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas Jesus não lhe disse: “Não morrerá, mas: Que te importa se quero que ele fique assim até que eu venha?”
24 Este é o discípulo que dá testemunho de todas essas coisas, e as escreveu. E sabemos que é digno de fé o seu testemunho.
25 Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Autenticidade dos escritos joaninos e aceitação da comunidade
Qualquer leitor do Novo Testamento percebe que o evangelho de João é totalmente diferente dos sinóticos. Considerando-se que os evangelhos são frutos de uma experiência de vida das comunidades, conclui-se que a Comunidade Joanina era atípica e as desconfianças eram muitas, falava-se em Gnosticismo, por causa do modo de João escrever sobre Jesus, usando uma alta Cristologia que realçava sua Divindade.
O fato é que esse capítulo 21, que foi acrescentado ao evangelho quando João já tinha morrido, atesta a autenticidade do evangelho, e aceita no seio da Igreja essa comunidade Joanina, que tinha captado na essência o que era o verdadeiro cristianismo.
A pergunta de Pedro a Jesus, "Senhor, e este, o que será dele?" demonstrava a desconfiança que a Igreja Tradicional de Jerusalém tinha em relação a essa comunidade. Era como se perguntasse, "Podemos confiar nessa comunidade de João? O que será que vai acontecer com ela?".
A resposta de Jesus a Pedro "Que te importa se eu quero que ele fique até que eu venha?", pode ser vista como uma alusão a autenticidade da comunidade, que faz parte da Igreja e com ela permanecerá até a sua volta. Mas não é só isso, o próprio texto traz uma razão muito simples para confirmar a autenticidade do escrito Joanino: o autor era íntimo de Jesus, e na última ceia estava com a cabeça recostada em seu peito (sinal de intimidade), portanto quem viveu essa experiência tão íntima com Jesus amando-o e sentindo-se amado, pode escrever com autoridade sobre Jesus, da mesma forma que Jesus fala do Pai, porque com Ele está intimamente unido pelo Amor. E uma afirmação Joanina poderia concluir essa reflexão "Deus é amor... Só quem ama pode dizer que conhece a Deus..."
Muito mais do que simplesmente comprovar a autenticidade do escrito joanino, esse evangelho ensina que a única forma de conhecermos a Deus e vivermos em comunhão com ele, para podermos falar dele com conhecimento de causa, é Vivermos no Amor, exatamente como o evangelista João...
2. O Senhor trata cada um de modo muito particular
A característica do “discípulo que Jesus amava” é que ele “permanece”, isto é, a sua vida está profundamente unida à vida do seu Senhor. O Senhor trata cada um de modo muito particular: “Se eu quero que ele permaneça, o que te importa?” (v. 22). Não pode haver comparação. O importante é seguir Jesus: “Tu, segue-me!” (v. 22).
O testemunho do discípulo amado é verdadeiro (cf. v. 24). Verdadeiro porque, nós ouvintes e leitores do evangelho, podemos experimentar, por seu testemunho, os efeitos do que ele nos transmitiu com o seu livro. As muitas coisas que Jesus realizou, e nós sabemos – e tantas outras que não sabemos (cf. vv. 24.25) –, nos fazem viver para a fé.
A riqueza insondável do que Jesus realizou e a meditação sobre elas não poderiam nunca ser encerradas nos limites de um livro: “Se todas elas (as muitas outras coisas) fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seria preciso escrever” (v. 25).
ORAÇÃO
Pai, como o discípulo amado, desejo estar perto de Jesus e ser amado por ele. Seja o testemunho deste amor suficientemente forte para atrair muitos outros discípulos para ele.
3. NAS MÃOS DO SENHOR
A profissão de fé no Ressuscitado exige do discípulo entregar-se totalmente em suas mãos.
Este não se julga dono da própria vida. Ela pertence ao Senhor, a quem compete determinar-lhe os rumos. Pode-se definir o discípulo como aquele que coloca toda a sua existência nas mãos do Senhor, deixando-se guiar por ele com total docilidade, e buscando, em tudo, realizar o seu projeto. O querer do discípulo confunde-se com o querer do Senhor, não lhe sendo pesado carregar este fardo.
A experiência de Pedro e do discípulo amado ilustram muito bem este tema. O impulsivo Pedro queria conhecer o destino reservado ao discípulo amado. E foi recriminado pelo Senhor: "Não lhe interessa saber o que reservei para ele; cuide você de fazer o que ordenei". A Pedro caberia uma sorte diferente. Bastava-lhe confiar ao Senhor os rumos de sua vida, e pôr-se a segui-lo.
Depois de optar pelo Mestre Jesus, o discípulo torna-se dócil e se deixa guiar por ele, quanto aos caminhos a serem trilhados, as tarefas a serem cumpridas, o Evangelho a ser proclamado, o testemunho a ser dado, as batalhas a serem travadas. O Senhor garante o destino do discípulo, junto do Pai, e, para lá, o conduz. E tudo isto o discípulo acolhe com alegria, feliz por estar em boas mãos.
Oração
Espírito que me conduz, quebra todas as resistências que me impedem de ser guiado pelo Senhor, tornando-me dócil a seu amor benevolente.
Liturgia do Domingo 19.05.2013
Solenidade de Pentecostes — ANO C
VERMELHO, GLÓRIA, SEQUÊNCIA [NA MISSA DO DIA], CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA SOLENIDADE

__ "O Espírito Santo anima a comunidade. A Igreja vive no Espírito de Cristo." __
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A cada ano a festa de Pentecostes oferece à Igreja a ocasião para entrar, por assim dizer, em si mesma e descobrir-se animada e conduzida pelo Espírito Santo. Uma presença forte, mas discreta e silenciosa, da qual quase não nos damos conta. Nos últimos dias de sua vida, Jesus promete aos discípulos que iria deixar-lhes seu Espírito como sua herança mais verdadeira, como continuação de sua mesma presença. O Espírito Santo é, portanto, antes de tudo, a presença "espiritual" de Jesus ressuscitado na Igreja, presença que continua, de maneira diferente, sua presença histórica de uma vez; presença que é, porém, misteriosamente, também uma pessoa: a terceira Pessoa da Trindade. Ele é a alma da Igreja: "sem o Espírito Santo, Deus estaria longe, Cristo ficaria no passado, o Evangelho seria letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade uma dominação, a missão uma propaganda, o culto uma evocação e o agir cristão uma moral de escravos. Mas no Espírito Santo o cosmos se levanta e geme nas dores do Reino, o Cristo ressuscitado está presente, o Evangelho é potência de vida, a Igreja é comunhão trinitária, a autoridade é serviço libertador, a missão é Pentecostes, a liturgia é memorial e antecipação, o agir humano é deificado" (Inácio de Laodiceia).
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Hoje o Espírito Santo desceu sobre a Igreja, reunida no mesmo lugar. Enfim, a comunicação do amor tomou conta da Igreja nascente e se espalhou pelos confins da terra, atravessando os tempos com a força do testemunho apostólico.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A Solenidade de Pentecostes celebra um acontecimento capital para a Igreja: a sua apresentação ao mundo, o nascimento oficial com o batismo no Espírito. Complemento da Páscoa, a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração e na atividade dos discípulos; início da expansão da Igreja e princípio da sua fecundidade, ela se renova misteriosamente hoje para nós, como em toda assembléia eucarística e sacramental, e, de múltiplas formas, na vida das pessoas e dos grupos até o fim dos tempos. A "plenitude" do Espírito é a característica dos tempos messiânicos, preparados pela secreta atividade do Espírito de Deus que "falou por meio dos profetas" e inspira em todos os tempos os atos de bondade, justiça e religiosidade dos homens, até que encontrem em Cristo seu sentido definitivo (cf AG 4).
Sintamos em nossos corações a alegria da Ressurreição e entoemos alegres cânticos ao Senhor!

PENTECOSTES

Antífona da entrada: O Espírito do Senhor encheu o universo; ele mantém unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia! (Sb 1,7)
Comentário das Leituras: A conhecida narrativa de Pentecostes proclama a realização da promessa de Jesus, que enviaria o Espírito Santo como nosso Consolador. Quem o acolher em sua vida e manter com ele um diálogo existencial, terá a força de Deus em seu coração. O Espírito Santo traz a linguagem universal do amor e da comunhão.
Primeira Leitura (Atos 2,1-11)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
2 1 Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2 De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
3 Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.
4 Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu.
6 Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: "Não são, porventura, galileus todos estes que falam?
8 Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
9 Partos, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia,
10 a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos,
11 judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!"
Salmo responsorial 103/104
Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas1

Se tirais o seu respiro, elas perecem
e voltam para o pó de onde vieram.
Enviais o vosso espírito e renascem
e da terra toda a face renovais.

Que a glória do Senhor perdure sempre,
e alegre-se o Senhor em suas obras!
Hoje, seja-lhe agradável o meu canto,
pois o Senhor é a minha grande alegria!
Segunda Leitura (1 Coríntios 12,3-7.12-13)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
12 3 Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão sob a ação do Espírito Santo.
4 Há diversidade de dons, mas um só Espírito.
5 Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor.
6 Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum.
12 Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo.
13 Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres; e todos fomos impregnados do mesmo Espírito.
SEQUÊNCIA
1. Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!
2. Vinde, Pai dos pobres, daí aos corações vossos sete dons.
3. Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
4. No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
5. Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
6. Sem luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
7. Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
8. Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
9. Daí à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.
10. Daí em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; e acendei neles o amor como um fogo abrasador!

EVANGELHO (João 20,19-23)
20 19 Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco!"
20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor.
21 Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós".
22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo.
23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
LEITURAS DA SEMANA DE 20 a 26 de maio de 2013:
2ª Vm - 2Pd 1,2-7; Sl 90; Mc 12,1-12
3ª Vd - 2Pd 3,12-15a.17-18; Sl 89; Mc 12,13-17
4ª Vd - 2Tm 1,1-3.6-12; Sl 122; Mc 12,18-27
5ª Vd - 2Tm 2,8-15; Sl 24; Mc 12,28b-34
6ª Br - 2Tm 3,10-17; Sl 118; Mc 12,35-37
Sb Vd - 2Tm 4,1-8; Sl 70; Mc 12,38-44
SANTISSIMA TRINDADE, Br - Pr 8,22-31; Sl 8,4-5. 6-7. 8-9 (R/ 2a); Rm 5,1-5; Jo 16,12-15
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. RENASCIDOS NO ESPÍRITO
Quando se capricha na reforma de uma casa antiga, mudando totalmente sua fachada, costuma se dizer que ela ficou como nova, a esse respeito, lembro-me também do tempo em que a compra de um sapato novo era onerosa e a gente optava por levar o velho ao sapateiro, que colocava meia sola, passava uma tinta, dava um brilho e quando ia buscar, era como se fosse um sapato novo, e um último exemplo, um dos carros que tive foi uma Brasília, que em certa ocasião, mandei fazer uma reforma caprichada e ao sair com ela da oficina, dizia orgulhoso que ficou “novinha” em folha. Nesses três casos, a palavra NOVA é apenas força de expressão, pois a casa, o sapato e a Brasília, continuaram velhos, apenas com aparência de novos. O que o Espírito de Deus realiza em nós, não é uma reforma de fachada, não somos uma casa velha reformada, mas nele somos recriados, renascidos e renovados, passando a ser realmente novas criaturas, porque estamos em Cristo (1 Cor 5, 17-21).
Quando o homem toma conhecimento dessa verdade, fica confuso como Nicodemos, que perguntou a Jesus como é que podia um homem, sendo já velho, nascer de novo,e se era necessário entrar novamente no útero materno. Nas leituras da missa da vigília, e do domingo de Pentecostes descobrimos que esse renascimento e essa renovação não dependem do homem, mas é iniciativa de Deus. Quando celebramos Pentecostes estamos na verdade celebrando o renascimento de todo gênero humano, a renovação de toda humanidade, onde o homem, consciente e crente desta renovação, se une a seu Deus e aos irmãos em comunhão perfeita, na Igreja, que é o Povo da Nova Aliança, a Assembléia ou a reunião dos que crêm e vivem segundo o Espírito, vivenciando um amor que se traduz em serviço, impelido pelos carismas.
Igreja não é um grupo fechado e particular que têm exclusividade sobre o Espírito Santo, monopolizando seus dons e carismas, o Espírito é derramado sobre todos e não canalizado para alguns em particular como pensam algumas correntes religiosas. Todos os textos que ilustram essa Festa de Pentecostes, da missa da Vigília e da própria Festa, não deixam margem para dúvidas a esse respeito. “Derramarei o meu Espírito sobre todo ser humano” – (Joel 3, 1) “todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o espírito os inspirava. Moravam em Jerusalém, judeus devotos de todas as nações do mundo, quando ouviram o barulho, juntaram-se á multidão e cada um os ouvia falarem em sua própria língua” (Atos 2, 4-5) Através do seu Espírito que é único, Deus se comunica com todos os homens no pluralismo de valores, de culturas e religiões, em uma única linguagem!
No espírito descobrimos que somos todos iguais embora queiramos parecer diferentes. Se atendêssemos aos apelos do Espírito, derrubaríamos por terra todas as barreiras que nos separam e homens de todas as nações, culturas e religiões, iriam se dar às mãos e em uma única voz cantariam um único louvor, ao único e verdadeiro Deus, reunidos em uma única Igreja que já não seria mais este ou aquele templo, esta ou aquela denominação religiosa, mas sim as entranhas do homem. Eis aí algo esplendido que Pentecostes nos revela: nascemos de novo e nos renovamos porque Deus em seu Espírito Santo, entra em nós. “Nossos ossos estavam secos, nossa esperança havia acabado , texto que em Ezequiel 17, mostra não só a situação de um povo, que tinha perdido a sua identidade de povo de Deus, mas da própria humanidade, que sem Deus não consegue sonhar, ou esperar nada de bom, mas só tem pesadelos, e neste mesmo texto vemos a maravilhosa profecia “Porei em vós o meu Espírito para que vivais... e os anciãos voltarão a sonhar, e os jovens profetizarão” isso significa que todos, jovens e velhos poderão esperar algo novo, uma nova e feliz realidade.
Essa possibilidade se concretizou ao anoitecer daquele dia, quando Jesus soprou sobre a comunidade dos discípulos, concedendo-lhes o dom da paz e o seu próprio Espírito. Precisamente ali surgiu a nova humanidade, em uma Igreja que na força do Espírito Santo perdeu o medo, abriu suas portas que estavam fechadas e saiu em missão para anunciar a todos os homens essa verdade, que o Espírito do Senhor nos renovou, que em todos os homens, a graça é maior e mais abundante que o pecado. E quando todo homem olhar para dentro de si e tomar consciência dessa verdade, de que é uma Igreja ambulante porque o Senhor habita nele em Espírito, então passará a produzir os frutos doces e saborosos da caridade, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, lealdade e mansidão. Você já fez essa experiência? (Domingo de Pentecostes)
2. A solenidade de Pentecostes encerra o Tempo da Páscoa
Inaugura-se na história da humanidade um novo tempo, o Tempo do Espírito, ou o Tempo da Igreja. Trata-se de um espaço aberto pra o testemunho dos discípulos: “… permanecei em Jerusalém até receberdes a força do alto, o Espírito Santo, na Judeia, na Samaria, até os confins da terra” (At 1,8).
O adjetivo ordinal “pentecostes” designa o último dia de uma série de cinquenta dias. O pentecostes não coincide com a festa judia de Pentecostes (cf. At 2,1). A festa judia passou por uma evolução: de uma festa agrícola (Ex 12,15-17; Ex 34,22; Dt 16,10), ela passou, no período pós-exílico, a ser a festa comemorativa da Aliança no Sinai (ver: Ex 19,1).
Todo relato da descida do Espírito Santo em At 2,1-11 possui os elementos da teofania do Sinai: barulho ensurdecedor e fogo (ver Ex 19,16). São elementos da manifestação de Deus. O barulho enche toda a casa, como o Espírito Santo, a todos eles (cf. vv. 2.4). E, depois de um fenômeno sonoro, um fenômeno visual: “... línguas como de fogo” (v. 3). Que são essas “línguas de fogo”? Simbolizam o poder de Deus que faz falar. Faz falar o quê? As maravilhas de Deus (cf. v. 11). Não se trata de falar línguas incompreensíveis. O dom do Espírito Santo faz com que a Igreja assuma a cultura, a língua de cada povo, para poder chegar a cada pessoa as maravilhas de Deus, isto é, o que Deus fez por nós e para nós em Jesus Cristo.
A solenidade de Pentecostes funda a universalidade da missão da Igreja. Mas há continuidade entre o pentecostes judeu e o cristão: o dom do Espírito é o dom da Lei interiorizada, quando, da Nova Aliança, surgem o espírito novo e o coração novo de que falam os profetas Jeremias e Ezequiel (Jr 30,23; Ez 36,26-27).
ORAÇÃO
Pai, que o teu Espírito Santo me recrie inteiramente, de modo a banir para longe de mim todo medo e toda insegurança que me impedem de dar testemunho do teu Reino.
3. RECEBEI O ESPÍRITO SANTO
O dom do Espírito Santo foi um elemento fundamental na experiência missionária dos primeiros cristãos. Com a ascensão do Senhor, eles se viram às voltas com uma tarefa descomunal: levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo.
A missão exigiria deles inculturar a mensagem, fazendo o Evangelho ser entendido por pessoas das mais variadas culturas. Deveriam ser capazes de enfrentar dificuldades, perseguições e, até mesmo a morte, por causa do nome de Jesus. Muitos problemas proviriam dos judeus, pois a ruptura com eles seria inevitável, dada a intransigência da liderança judaica para com a comunidade cristã que tomaria um rumo considerado inaceitável. Sem dúvida, não faltariam problemas dentro da própria comunidade, causados por partidarismos, falsas doutrinas e atitudes incompatíveis com a opção pelo Reino.
Os discípulos eram demasiado fracos para, por si mesmos, levar a cabo uma empresa tão grande. Jesus, porém, concedeu-lhes o auxílio necessário ao comunicar-lhes o Espírito Santo. Fortalecidos pelo Espírito, eles não se intimidaram, antes, cumpriram, com denodo, o ministério da evangelização. 
O dom de Pentecostes renova-se, cada dia, na vida da Igreja. O Espírito, ontem como hoje, não permite que os cristãos cruzem os braços diante do mundo a ser evangelizado.
Oração
Senhor Jesus, que eu seja cada dia revestido pela força do Espírito Santo, que me capacita para exercer, sem descanso, minha tarefa de evangelizador.



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