Liturgia da Segunda Feira — 06.05.2013
VI SEMANA DA
PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da
entrada: Cristo,
ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não tem mais poder sobre ele,
aleluia! (Rm 6,9)
Leitura (Atos
16,11-15)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
16 11 Embarcamos
em Trôade e fomos diretamente à Samotrácia e no outro dia a Neápolis;
12 e dali a Filipos, que é a cidade principal daquele distrito da Macedônia, uma colônia (romana). Nesta cidade nos detivemos por alguns dias. 13 No sábado, saímos fora da porta para junto do rio, onde pensávamos haver lugar de oração. Aí nos assentamos e falávamos às mulheres que se haviam reunido. 14 Uma mulher, chamada Lídia, da cidade dos tiatirenos, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava. O Senhor abriu-lhe o coração, para atender às coisas que Paulo dizia. 15 Foi batizada juntamente com a sua família e fez-nos este pedido: Se julgais que tenho fé no Senhor, entrai em minha casa e ficai comigo. E obrigou-nos a isso.
Salmo responsorial
149
O Senhor ama seu povo de
verdade.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo e o seu louvor na assembléia dos fiéis! Alegre-se Israel em que o fez, e Sião se rejubile no seu rei! Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes. Exultem os fiéis por sua glória e, cantando, se alevantem de seus leitos com louvores do Senhor em sua boca. Eis a glória para todos os seus santos.
Aclamação do
Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito Santo, a verdade, dará testemunho de mim; depois, também vós, neste mundo, de mim ireis testemunhar (Jo 15,26s). EVANGELHO (João 15,26-16,4)
15 26 Disse Jesus:
“Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade,
que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
27 Também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio 1 Disse-vos essas coisas para vos preservar de alguma queda. 2 Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus. 3 Procederão deste modo porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4 Disse-vos, porém, essas palavras para que, quando chegar a hora, vos lembreis de que vo-lo anunciei”.
COMENTÁRIOS DO
EVANGELHO
Dizia-me um aluno da minha
classe de Teologia Pastoral para leigos, quando eu falava sobre a História da
Igreja e essa tensão entre a Igreja Mistérica e a Igreja institucional: “Nós
não podemos fazer a parte que é do Espírito Santo, e Ele também não vai fazer
a nossa”.
Achei isso fantástico, não
sei como ele deduziu isso, ou ouviu alguém dizer, mas pelo jeito assimilou
esse ensinamento como membro de uma comunidade. Fantástico! É isso mesmo...
Quando deixamos para o Espírito Santo certas tarefas e incumbências que o Pai
nos deu, enquanto missão, não estamos sendo cristãos fervorosos, mas apenas
cristãos omissos, e quando queremos e insistimos em fazer algo que compete
única e exclusivamente ao Espírito Santo, estamos voltando as origens do
Gênesis, tentando ser Deus em sua essência, o mesmo pecado de Adão e Eva.
Talvez o leitor comente
consigo mesmo: “ Graças a Deus nunca fiz isso...”. Esse é um pecado que todos
nós cometemos. Por exemplo, os irmãos e irmãs da comunidade não são e nunca o
serão, do jeito que nós queremos: convertidos, virtuosos, atitudes e
pensamentos sempre em harmonia com o que NÓS pensamos e fazemos. Pronto ! Aí
estamos nós ,querendo dar uma de Espírito Santo para mudar aquela pessoa.
Por outro lado pensemos:
como é difícil conviver com pessoas diferentes de nós, algumas são até
irritantes, intransigentes, e até mesmo insuportáveis! Eis aí algo que
compete a nós, mas que precisamos do Espírito Santo para nos tornar flexíveis
e maleáveis. Nos dois casos é o Espírito que age, porém no segundo, que é a
questão da flexibilidade e docilidade para com os outros, temos que fazer a
nossa parte, esforçando-nos para controlar nossos instintos egoístas e
egocêntristas. No primeiro caso nada temos a fazer, pois é o Espírito
Santo que vai agir, que vai trabalhar no coração e na vida daquele irmão
insuportável, e o Espírito Santo tem um jeitinho especial, personalizado,
para renovar cada um de nós, pois ele trabalha a partir daquilo que somos,
por uma razão bem simples: Deus nos ama desse jeito, não exige que sejamos do
jeito dele, diferente do modo como tratamos as pessoas.
Há neste evangelho uma
realidade que motiva a nossa reflexão, a comunidade Judaica, que contém em si
o Cristianismo enquanto uma seita, está sempre em conflito com essa. Qual a
razão desse conflito, que no ano 90 irá culminar com a expulsão dos cristãos
das sinagogas? É simples, a referência do Cristão, única e verdadeira é o
Cristo Jesus e Deus Pai que o enviou, e que eles conhecem, não porque ouviu
dizer, mas porque conviveram com ele.
Todos os cristãos da Era
Apostólica, tiveram esse privilégio, que não foi só dos apóstolos, mas
devemos lembrar que uma multidão de homens e mulheres tornaram-se discípulos
de Jesus. Já os da Comunidade Judaica conhecem apenas o Pai, o Deus da Antiga
Aliança, mas não têm o coração fervoroso por causa de Jesus, já que a única
referência que têm sobre Deus é a Lei de Moisés.
Tanto o Pai (14,26) quanto Jesus (15,26) enviam o Espírito Santo. O texto de hoje diz que é Jesus quem envia o “Espírito da Verdade” que precede do Pai. “Espírito da Verdade” (v. 26) porque “ensina e recorda as palavras de Jesus” (14,26). O Espírito não fala de si mesmo, mas dá testemunho de Jesus, assim como a comunidade dos discípulos dará testemunho de Jesus pela ação do Espírito Santo: “... permaneçam em Jerusalém até receberdes a força do alto, o Espírito Santo, então sereis minhas testemunhas” (At 1,8). Pensando defender Deus, e o seu nome, a comunidade cristã será perseguida, expulsa da sinagoga pelos judeus, como foi perseguido e morto o Senhor. A razão da perseguição permanece a mesma: falta de conhecimento do Pai e do Filho; imagem equivocada de Deus e de seu projeto; dureza de coração. Instruindo, assim, a comunidade, Jesus apresenta-se como verdadeiro profeta: “Eu vos falei assim para que vos recordeis do que eu disse, quando chegar a hora” (16,4; ver: Dt 18,21-22). ORAÇÃO Pai, que o testemunho do Espírito cale fundo no meu coração e seja acolhido com discernimento e docilidade, de modo a consolidar minha fé no Senhor Jesus.
3. NÃO SE
ESCANDALIZAR
O risco maior a que os
discípulos poderiam correr seria o de renegar sua própria fé. A isto se
refere Jesus, quando falou de escândalo. Para que os discípulos o evitassem,
Jesus lhes expusera, com toda a clareza, o destino de ódio e perseguição que
lhes estava reservado. Mas também lhes prometeu enviar um Defensor, para
estar sempre com eles.
A missão dos discípulos
consistiria em dar testemunho do Mestre, sem se deixarem intimidar. Missão
dura, ao se virem expulsos da sinagoga, sua comunidade de fé, ou vítimas da
sanha assassina dos seus inimigos. Julgando estar prestando um serviço a
Deus, banindo-os da face da terra como indivíduos blasfemos, esses não teriam
escrúpulos de assassiná-los.
Então, deveriam ter fé
redobrada para, por Jesus e pela causa do Reino, não desistirem da missão
abraçada.
Aqui entra em jogo a própria condição de discípulo, provada pelos acontecimentos. Quem se deixou ajudar pelo Paráclito e teve sua fé reforçada por ele, fará frente às investidas dos inimigos, mantendo-se fiel a Jesus. Quem titubear, ou, pior ainda, debandar, demonstrará estar longe de ter compreendido as reais exigências do discipulado, e estar despreparado para ser discípulo.
O discípulo fiel, embora
submetido a provações, não se escandaliza. Lembrando-se das palavras do
Senhor, ele resiste por saber-se bem protegido pelo Espírito de Verdade,
enviado pelo Pai.
Oração
Espírito de firmeza, nos momentos de provação, vem em meu socorro, para que eu não sucumba à tentação de apartar-me de meu Mestre e Senhor. |
Liturgia da
Terça-Feira
VI SEMANA DA
PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da
entrada: Alegremo-nos,
exultemos e demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do
seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Leitura (Atos
16,22-34)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
16 22 O povo
insurgiu-se contra eles. Os magistrados mandaram arrancar-lhes as vestes para
açoitá-los com varas.
23 Depois de lhes terem feito muitas chagas, meteram-nos na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. 24 Este, conforme a ordem recebida, meteu-os na prisão inferior e prendeu-lhes os pés ao cepo. 25 Pela meia-noite, Paulo e Silas rezavam e cantavam um hino a Deus, e os prisioneiros os escutavam. 26 Subitamente, sentiu-se um terremoto tão grande que se abalaram até os fundamentos do cárcere. Abriram-se logo todas as portas e soltaram-se as algemas de todos. 27 Acordou o carcereiro e, vendo abertas as portas do cárcere, supôs que os presos haviam fugido. Tirou da espada e queria matar-se. 28 Mas Paulo bradou em alta voz: “Não te faças nenhum mal, pois estamos todos aqui”. 29 Então o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trêmulo aos pés de Paulo e Silas. 30 Depois os conduziu para fora e perguntou-lhes: “Senhores, que devo fazer para me salvar?” 31 Disseram-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família”. 32 Anunciaram-lhe a palavra de Deus, a ele e a todos os que estavam em sua casa. 33 Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família. 34 Em seguida, ele os fez subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua casa por haver crido em Deus.
Salmo responsorial
137/138
Ó Senhor, me estendeis o
vosso braço e me ajudais.
Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios1 Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me. Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma. Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos.
Aclamação do
Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13). EVANGELHO (João 16,5-11)
16 5 Disse Jesus:
“Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: ‘Para
onde vais?’
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO6 Mas porque vos falei assim, a tristeza encheu o vosso coração. 7 Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei. 8 E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo. 9 Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim. 10 Ele o convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis; 11 ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado”.
1. Espírito
Consolador
Os que se opunham
radicalmente a Jesus Cristo, estavam confiantes de que tinham acabado com ele
definitivamente e agora os seus seguidores se dispersariam e aos poucos
ninguém iria mais se lembrar do tal Jesus de Nazaré. Mas o Poder de Deus é
infinitamente maior do que esse pensamento mesquinho do ser humano, quando
pensavam que tudo estava acabado, inclusive os discípulos, que ao ouvirem
Jesus falar em partida, deixam-se dominar por uma grande tristeza, eis que
Jesus faz uma promessa...
Vai enviar o Espírito
Paráclito, um Juiz que irá dar o veredicto final sobre Jesus, apontando-o
como grande vencedor sobre todas as forças do mal, confirmando seus
ensinamentos e obras, atestando que Ele está bem vivo, Glorioso á direita do
Pai, e ao mesmo tempo em Espírito caminhando com a sua Igreja.
Entretanto, esse veredicto
e esse julgamento teve apenas início, porque se perpetua na Igreja nos
cristãos de todos os tempos que são fiéis á Jesus e exatamente no anúncio e
nas obras dos discípulos, o Espírito vai confirmando o Bem supremo que é
Jesus de Nazaré, e ao mesmo tempo desmascarando e fazendo ruir por terra os planos
dos que optaram pelo mal.
Por isso esse Espírito é
também chamado de Consolador, mas não uma consolação que faz os discípulos de
Jesus se conformarem com a derrota, ao contrário, é uma consolação santa que
os impele para a frente, a caminhar e a resistir na luta contra o mal. A
comunidade apostólica por primeiro, e depois as primeiras comunidades,
experimentaram, perceberam e sentiram essa ação do Espírito Santo, que
inaugurou o Kairós, tempo que vive a Igreja até a parusia, quando vier a
Plenitude do Reino.
Logicamente que a história
é encíclica e hoje como ontem, há os que se opõe radicalmente á Jesus,
recusam a sua divindade, rejeitam o Jesus do Evangelho e aderem a um Jesus do
Consumismo que não passa de uma grotesca caricatura do nosso Deus. Jesus voltou
ao Pai, vencedor da missão que lhe foras confiada, agora caberá á sua Igreja,
assistida, orientada e conduzida pelo seu Espírito, percorrer os mesmos
caminhos que ele percorreu, na mesma Fidelidade que o levou a nos amar até o
fim, entregando á própria vida.
Não há o que temer e os
discípulos de hoje podem dizer sem medo "O Espírito do Senhor está sobre
nós...."
Uma constante do discurso
de despedida é a tristeza dos discípulos pela “partida” de Jesus (14,1.26;
16,6).
Com a partida de Jesus tem
início outra etapa na vida dos discípulos: a do testemunho: “Se eu não for, o
Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei a vós” (v. 7). É na
confiança nessa promessa que os discípulos devem viver a sua vida no seguimento
de Cristo. A tristeza fecha o coração dos discípulos; o Espírito, ao
contrário, abre o coração para a alegria e a fortaleza em Deus.
A vinda do Espírito, que é
fogo que purifica, luz que ilumina, vai revelar a verdade sobre o mundo, isto
é, sobre tudo o que se opõe e resiste a Deus e a seu projeto.
O pecado do mundo, sua
verdade, é revelado pela ação do Espírito; seu pecado foi e continua sendo a
incredulidade. Não é Deus quem condena o mundo (cf. 3,17), mas é o mundo que
resiste a Deus.
No entanto, como o
evangelho é fruto da experiência pascal, o autor pode proclamar: “… o chefe
deste mundo já está condenado” (v. 11). É uma forma de proclamar a vitória do
Cristo Ressuscitado sobre o mal e todas as suas manifestações.
ORAÇÃO
Pai, concede-me o Espírito que me dá forças para enfrentar e vencer o mundo, e manter-me fiel a teu Filho Jesus.
3. O ENVIO DO
PARÁCLITO
O envio do Paráclito estava
condicionado à volta de Jesus para junto do Pai. Sua ação, em favor da
comunidade dos discípulos, seria a continuação da de Jesus. Por isso,
enquanto o Mestre esteve fisicamente junto dos discípulos, a presença do
Paráclito não se revelava tão necessária como haveria de acontecer no
futuro.
Um aspecto importante da
ação do Paráclito estaria voltado contra o mundo, resumo de tudo quanto se
opõe a Jesus e ao Reino anunciado por ele. O Espírito será o executor da
sentença divina contra o mundo fechado para Deus. Agindo assim, colocará a
salvo os discípulos de Jesus.
O Paráclito condenará o
mundo, por três motivos:
Por ter-se fechado na incredulidade, rejeitando o Filho de Deus. É o pecado por excelência, raiz de toda ação má, por consistir no fechamento para o amor. Mais grave que o ateísmo, enquanto tal, são suas conseqüências sociais.
Por ter-se fechado na
injustiça. A volta de Jesus para o Pai teria iria evidenciar os feitos
malvados do mundo, para submetê-lo ao juízo divino.
Por ter-se tornado
merecedor de castigo. A opção do mundo leva-o a confrontar-se com o juízo de
Deus, o qual não abrandará sua severidade, quando se tratar de punir os que
se recusaram a acolher seu Filho enviado.
Oração
Espírito enviado pelo Filho, para condenar rigorosamente o mundo, abre meus olhos para que eu não caia em suas ciladas perversas. |
Liturgia da
Quarta-Feira
VI SEMANA DA
PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da
entrada: Senhor, eu vos
louvarei entre os povos, anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia! (Sl
17,50; 21,23)
Leitura (Atos
17,15.22-18,1)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
17 15 Os que
conduziam Paulo levaram-no até Atenas. De lá voltaram e transmitiram para
Silas e Timóteo a ordem de que fossem ter com ele o mais cedo possível.
22 Paulo, em pé no meio do Areópago, disse: “Homens de Atenas, em tudo vos vejo muitíssimo religiosos. 23 Percorrendo a cidade e considerando os monumentos do vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: ‘A um Deus desconhecido’. O que adorais sem o conhecer, eu vo-lo anuncio! 24 O Deus, que fez o mundo e tudo o que nele há, é o Senhor do céu e da terra, e não habita em templos feitos por mãos humanas. 25 Nem é servido por mãos de homens, como se necessitasse de alguma coisa, porque é ele quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas. 26 Ele fez nascer de um só homem todo o gênero humano, para que habitasse sobre toda a face da terra. Fixou aos povos os tempos e os limites da sua habitação. 27 Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós. 28 Porque é nele que temos a vida, o movimento e o ser, como até alguns dos vossos poetas disseram: Nós somos também de sua raça... 29 Se, pois, somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra lavrada por arte e gênio dos homens. 30 Deus, porém, não levando em conta os tempos da ignorância, convida agora a todos os homens de todos os lugares a se arrependerem. 31 Porquanto fixou o dia em que há de julgar o mundo com justiça, pelo ministério de um homem que para isso destinou. Para todos deu como garantia disso o fato de tê-lo ressuscitado dentre os mortos”. 32 Quando o ouviram falar de ressurreição dos mortos, uns zombavam e outros diziam: “A respeito disso te ouviremos outra vez”. 33 Assim saiu Paulo do meio deles. 34 Todavia, alguns homens aderiram a ele e creram: entre eles, Dionísio, o areopagita, e uma mulher chamada Dâmaris; e com eles ainda outros. 18 1 Depois disso, saindo de Atenas, Paulo dirigiu-se a Corinto.
Salmo responsorial
148
Da vossa glória estão
cheios o céu e a terra.
Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais! Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juízes; e vós, jovens, e vós moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o! Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra. Ele exaltou seu povo eleito em poderio, ele é o motivo de louvor para os seus santos. é um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.
Aclamação do
Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro paráclito, que há de permanecer eternamente convosco (Jo14,16). Evangelho (João 16,12-15)
16 12 Assim falou
Jesus: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar
agora.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO13 Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. 14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. 15 Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará”.
Já imaginaram um site de
notícias que só é atualizado de vez em quando ou nunca é atualizado? O
segredo para se fazer sucesso é diariamente ter o site atualizado, o
internauta entra uma vez, e ao perceber que as notícias são
"velhas" nunca mais acessam. Algo parecido ocorre com a Palavra de
Deus que Jesus nos trouxe, Ele é o Verbo Encarnado, como afirma São João,
entretanto, Jesus de Nazaré viveu em um contexto histórico, religioso,
político e social lá do Oriente Médio, diferente da Pós modernidade de 2013,
com o mundo globalizado.
Os problemas que enfrentou
os desafios que teve de encarar, foram diferentes dos que hoje os cristãos do
mundo inteiro enfrentam e além do mais, o Cristianismo naqueles primeiros
tempos estava fechado em uma religião, e trazia uma identidade da tradição de
Israel. Há muitos cristãos sonhadores que hoje se perguntam "O que será
que Jesus faria em meu lugar nos dias de hoje, que ensinamentos daria, que
orientações faria aos discípulos, que atitudes iria tomar..."
O evangelho de hoje
responde direitinho essa questão, se o Jesus Histórico não está em nosso
meio, o seu Espírito Santo, enviado pelo Pai está presente
A missão do Espírito é
atualizar o Anúncio de Jesus com uma ação evangelizadora eficaz, que tenha
força de tocar no coração das pessoas. Trata-se do mesmo Cristo, do mesmo
evangelho, da mesma Verdade e da mesma Revelação, porém atualizada para os
dias de hoje, pois nosso Deus não é igual aqueles Velhos Resmungões que fica
choramingando pelos cantos, dizendo que no seu tempo as coisas eram
melhores...
O Espírito renovador,
santificador e restaurador, inspira os cristãos a como agir nos dias de hoje.
Na comunidade apostólica o Espírito Santo recordou tudo o que Jesus ensinou,
hoje ele nos recorda e vai mais longe: define uma autêntica prática cristã,
para se fazer o anúncio e dar o testemunho, que é tão eficaz como o
testemunho das primeiras comunidades. Porque muitas vezes imaginamos que o
fervor cristão vai diminuindo com o passar do tempo, mas é o contrário, o
Espírito Santo garante essa ebulição por todo o sempre. E assim, aos cristãos
de cada tempo o Espírito se manifesta e atualiza a Santa Palavra anunciada,
tornando-se sempre nova e restauradora, não permitindo que se torne uma
Velharia do passado, mas algo muito atual, seja qual for o tempo em que se
vive...
2. No Espírito
Santo Jesus continua falar, ensinar e agir
As palavras de Jesus não se
limitam ao tempo de sua vida terrestre. Sentado à direita do Pai e estando
presente no meio de nós, o Ressuscitado continua a falar. É no Espírito Santo
que ele fala, ensina e continua a agir.
No texto de hoje, o
“Espírito da verdade” continua e prolonga na história a missão e a palavra de
Jesus. O Espírito guia, isto é, é ele quem revela a verdade de Cristo, e faz
vir à luz o sentido de suas palavras. Ele é guia porque remete o discípulo ao
seu Senhor. Assim como Jesus, o som do Espírito que ressoa em toda terra é de
Deus, fala do que tiver ouvido e abre a pessoa para o futuro (cf. v. 13). O
Espírito Santo é fiel. Ele é portador não só da Palavra do Ressuscitado (cf.
v. 14), mas também do mistério de Deus. Sua ação em nós conduz-nos ao
conhecimento de Deus.
ORAÇÃO
Pai, que o Espírito me ensine toda a verdade e me revele às coisas que hão de vir, para que eu possa enveredar, com toda segurança, pelo caminho que é Jesus.
3. O PARÁCLITO
GLORIFICA JESUS
Um dos efeitos positivos da
ação do Paráclito seria o de levar os discípulos a descobrirem a verdadeira
identidade de Jesus, desfazendo as falsas idéias decorrentes da morte de
cruz. Esta reduzira Jesus à extrema fraqueza e impotência, num quadro de
humilhação. O Paráclito reverteria este quadro. Como Espírito da Verdade,
ajudaria os discípulos a desfazer os equívocos em torno da pessoa de Jesus,
revelando-lhes sua glória.
Ele ensinaria aos
discípulos toda a verdade, possibilitando-lhes assumir uma postura realista
em relação ao Mestre, não mais de desilusão, e sim, de esperança. As palavras
deste Espírito ser-lhe-iam sugeridas pelo Pai. Bastava dar-lhe ouvido. Escutando-as,
atentamente, os discípulos poderiam conhecer o que o Pai tinha a dizer em
favor de Jesus. Aí estava a verdade!
O Paráclito lhes
descortinaria, também, as coisas as realidades vindouras. O futuro não deve
permanecer oculto para quem tem o Espírito Santo. Nisto ele glorifica Jesus,
por mostrar que nem o egoísmo nem a maldade tem a palavra última sobre ser
humano algum, muito menos sobre Jesus.
O discípulo não pode se
enganar, quando contempla Jesus apresentado na fraqueza e na humilhação. Ao
Paráclito, a tarefa de abrir-lhes os olhos para a verdade escondida no
Crucificado, cuja glória esconde-se sob a cruz.
Oração
Espírito da Verdade permite-me reconhecer a glória de Jesus, para além da cruz e do sofrimento, instruindo-me com as palavras de meu Mestre e Senhor. |
Liturgia da
Quinta-Feira
VI SEMANA DA
PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da
entrada: Ó Deus, quando
saístes à frente do vosso povo, abrindo-lhe o caminho e habitando entre eles,
a terra estremeceu, fundiram-se os céus, aleluia! (Sl 67,8s.20)
Leitura (Atos
18,1-8)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
18 1 Depois
disso, saindo de Atenas, Paulo dirigiu-se a Corinto.
2 Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, e sua mulher Priscila. Eles pouco antes haviam chegado da Itália, por Cláudio ter decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo uniu-se a eles. 3 Como exercessem o mesmo ofício, morava e trabalhava com eles. (Eram fabricantes de tendas.) 4 Todos os sábados ele falava na sinagoga e procurava convencer os judeus e os gregos. 5 Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à pregação da palavra, dando aos judeus testemunho de que Jesus era o Messias. 6 Mas como esses contradissessem e o injuriassem, ele, sacudindo as vestes, disse-lhes: “O vosso sangue caia sobre a vossa cabeça! Tenho as mãos inocentes. Desde agora vou para o meio dos gentios”. 7 Saindo dali, entrou em casa de um prosélito, chamado Tício Justo, cuja casa era contígua à sinagoga. 8 Entretanto Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com todos os da sua casa. Sabendo disso, muitos dos coríntios, ouvintes de Paulo, acreditaram e foram batizados.
Salmo responsorial
97/98
O Senhor fez conhecer seu
poder salvador perante as nações.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. O Senhor fez conhecer a salvação e, às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terá inteira, alegrai-vos e exultai!
Aclamação do
Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar (Jo 14,18). EVANGELHO (João 16,16-20)
16 16 Jesus disse:
“Ainda um pouco de tempo, e já me não vereis; e depois mais um pouco de
tempo, e me tornareis a ver, porque vou para junto do Pai”.
17 Nisso alguns dos seus discípulos perguntavam uns aos outros: “Que é isso que ele nos diz: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver?’ E que significa também: ‘Eu vou para o Pai?’” 18 Diziam então: “Que significa este pouco de tempo de que fala? Não sabemos o que ele quer dizer”. 19 Jesus notou que lho queriam perguntar e disse-lhes: “Perguntais uns aos outros acerca do que eu disse: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver’. 20 Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria”.
COMENTÁRIOS DO
EVANGELHO
A vida de todo discípulo de
Jesus não é diferente das demais pessoas, ela é cheia de altos e baixos,
"Um dia chove, outro dia faz sol", como cantou o poeta Chico
Buarque de Holanda, um dia resplandece como uma manhã belíssima, mas logo
mais a tarde vêm as nuvens negras com raios e relâmpagos. Na Vida de Fé esse
dualismo também está presente, e Jesus está dizendo aos discípulos que será
sempre assim: um pouco de tempo e me vereis, mais um pouco e não me vereis, e
outro pouco e tornareis a me ver...
A gente queria só luz,
alegria, entusiasmo, sucesso, em nossa vida de Fé, na vida em comunidade, mas
não é assim, desde o começo Jesus deixou bem claro. Os discípulos não
entenderam e nós também não. Então Jesus, que conhece o homem profundamente,
todos os pensamentos e sentimentos humanos, vai dizer que ao final, toda a
angústia e tristeza dos discípulos vai se transformar em alegria eterna.
Há no mundo uma falsa
alegria, que hoje poderíamos dizer, provocada pelo consumismo, pelo sucesso,
prestígio e poder, na verdade as alegrias terrenas são legítimas mas não
podem substituir na vida dos discípulos aquela que é a Verdadeira alegria e
que um dia se tornará plena. A suposta "ausência" de Jesus, a
partir da sua Ascensão, é preenchida totalmente pelo Espírito que acompanha a
Igreja neste tempo do Kairós até a Parusia.
Em suma, Ver ou não ver
Jesus, sentir sua presença em nossa vida ou não, é uma contingência humana
por conta das nossas limitações, Deus está sempre presente na ação Trinitária
em cuja vida de comunhão somos envolvidos, mas que não nos arrebata desse
Vale de Lágrimas, onde é preciso caminhar e Crer, alimentando em nós essa
esperança, de que o Senhor caminha conosco, falando e agindo, como fez um dia
junto aos seus discípulos.
2. Jesus abre
os discípulos para uma esperança nova
O versículo 16 do nosso
texto corresponde ao que nos sinóticos se chama de anúncio da paixão, morte e
ressurreição do Senhor (Mc 8,31ss; Mc 16,21ss; Lc 9,22). A pergunta dos
discípulos (v. 18) declara a incompreensão deles. É o que no v. 12 é dito
nestes termos: “Tenho muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de
compreender agora”.
Jesus toma a iniciativa de
responder às dúvidas dos discípulos (v. 19). Sua resposta abre os discípulos
para uma esperança nova, que poderíamos, à luz do v. 20, exprimir deste modo:
o que é primeiro (sofrimento dos discípulos; alegria do mundo) não é
definitivo; é só aparência, e, como tal, passa. O que num primeiro momento
parece vitorioso, será revelado como derrotado. A morte, o sofrimento, a
tristeza não são a última palavra da existência humana: “Ficareis tristes,
mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (v. 20).
A vida de cada discípulo, e
a de toda comunidade cristã, deve ser vivida como uma Páscoa.
ORAÇÃO
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam “ver” Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.
3. DA TRISTEZA À
ALEGRIA
A linguagem enigmática de
Jesus deixava confusos os discípulos. Estando para concluir seu ministério,
referia-se a um tempo de separação, seguido de um tempo de reencontro. Falava
em ir para o Pai. No ar, pairava algo de abandono, de ruptura. Os discípulos
não se sentiam preparados para enfrentar esta realidade. Também não estavam
em condições de compreender o que se passava com Jesus.
O pano de fundo das
palavras de Jesus tem a ver com o destino de morte e de ressurreição que o
esperava. O tempo da não-visão corresponderia à experiência de morte a ser
enfrentada por ele. Sem o apoio de sua presença, a comunidade ficaria exposta
à tristeza, à confusão, e à zombaria do mundo.
Julgando ter alcançado seu
objetivo de eliminar o Filho de Deus, seus inimigos teriam motivos para se
alegrar com o desespero dos discípulos.
O tempo da visão
correspondia à Páscoa. Momento de reencontro do Senhor com sua comunidade,
sem as limitações do tempo e do espaço. E, por isso, motivo de alegria para
os discípulos. Pelo contrário, tempo de tristeza para o mundo, que verá
frustrados todos seus intentos de eliminar o Filho de Deus. Ver-se-á
derrotado, quando pensava ter sido vitorioso.
A alegria sucede à
tristeza. Ela é o ponto de chegada para o discípulo que sabe compreender o
sentido da morte de Jesus, e se prepara para acolhê-lo na Ressurreição.
Oração
Espírito de júbilo, transforma, em alegria, a tristeza de meu coração, fazendo-me compreender que o Ressuscitado está vivo, no meio de nós. |
Liturgia da
Sexta-Feira
VI SEMANA DA
PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da
entrada: Vós nos
resgatastes, Senhor, pelo vosso sangue, de todas as raças, línguas, povos e
nações e fizestes de nós um reino e sacerdotes para o nosso Deus, aleluia!
(Ap 5,9s)
Leitura (Atos
18,9-18)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
18 9 Numa noite,
o Senhor disse a Paulo em visão: “Não temas! Fala e não te cales.
10 Porque eu estou contigo. Ninguém se aproximará de ti para te fazer mal, pois tenho um numeroso povo nesta cidade”. 11 Paulo deteve-se ali um ano e seis meses, ensinando a eles a palavra de Deus. 12 Sendo Galião procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus de comum acordo contra Paulo e levaram-no ao tribunal e disseram: 13 Este homem persuade os ouvintes a (adotar) um culto contrário à lei. 14 Paulo ia falar, mas Galião disse aos judeus: “Se fosse, na realidade, uma injustiça ou verdadeiro crime, seria razoável que vos atendesse. 15 Mas se são questões de doutrina, de nomes e da vossa lei, isso é lá convosco. Não quero ser juiz dessas coisas”. 16 E mandou-o sair do tribunal. 17 Então todos pegaram em Sóstenes, chefe da sinagoga, e o espancaram diante do tribunal, sem que Galião fizesse caso algum disso. 18 Paulo permaneceu ali (em Corinto) ainda algum tempo. Depois se despediu dos irmãos e navegou para a Síria e com ele Priscila e Áquila. Antes, porém, cortara o cabelo em Cêncris, porque terminara um voto.
Salmo responsorial
46/47
O Senhor é o grande rei de
toda a terra.
Povos todos do universo,
batei palmas,
gritai a Deus aclamações de alegria! Porque sublime é o Senhor, o Deus altíssimo, o soberano que domina toda a terra. Os povos sujeitou ao nosso jugo e colocou muitas nações aos nossos pés. Foi ele que escolheu a nossa herança, a glória de Jacó, seu bem-amado. Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta. Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa, salmodiai, ao som da harpa, ao nosso rei!
Aclamação do
Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. Era preciso que Cristo sofresse e ressuscitasse dos mortos para entrar em sua glória (Lc 24,46.26). EVANGELHO (João 16,20-23)
16 20 Disse Jesus:
“Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se
há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar
em alegria.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO21 Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo. 22 Assim também vós: sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria. 23 Naquele dia não me perguntareis mais coisa alguma. Em verdade, em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará”.
1. Realidades
na vida do Cristão
Neste evangelho, com
palavras consoladoras Jesus fala com seus discípulos sobre o “Provisório” e o
“Permanente”, sobre o “Mortal” e o “Eterno”, sobre o “Passageiro” e o
“Para sempre”. Realidades distintas mas que estão presentes na Vida do
Cristão que professa sua Fé
A nossa realidade terrena
não é descartável, como muitos cristãos imaginam, parece que a Vida de um
Cristão consiste em ignorar e desprezar a natureza humana, aspirando somente
as coisas da Vida Eterna que virá depois. Mas é ilusão pensarmos desta
maneira, também na Vida de Fé não se pode “queimar etapas”, antes de
nascermos, habitamos no Útero Materno o qual pensávamos que era permanente,
mas um dia o deixamos para sermos inseridos em uma realidade e um mundo mais
amplo. Mas o processo de gestação foi necessário e importante ao longo dos
nove meses.
A nossa Vida terrena nos
prepara para a Vida Eterna, para essa Vida do Espírito que de certa forma já
temos. No aprendizado de voo dos pássaros, primeiro os filhotes pulam para
alcançar o alto, arriscam-se em pequenos voos próximos ao chão, até que um
dia se projetam em um espaço maior, e ao perceber que o aprendizado chegou ao
seu final, então mergulham no infinito em alturas inimagináveis, tarefa que
conseguiram porque tiveram a paciência de exercitar-se em um aprendizado que
custou alguns tombos com certeza.
Os discípulos iniciaram
assim o longo aprendizado, logo de início julgaram que tudo havia desmoronado
pois ficaram privados da presença física de Jesus que havia morrido na cruz
do calvário, entretanto toda aquela dor e tristeza haveria de se transformar
em alegria, quando sentem que aquele Jesus morto na cruz estava ali entre
eles, caminhando e ensinando-os como antes. A semente colocada nas
profundezas da terra havia brotado e agora era deles a missão de cuidar dela
com carinho e fazê-la transformar-se em uma grande árvore.
Algo de novo e belo renasce
das cinzas, uma Vida Nova e toda a amplidão de um Reino que supera qualquer
Reino da Terra. A esperança e a alegria dos discípulos, não vinha de suas
convicções ou ideais de Vida, mas do próprio Cristo Ressuscitado e caminhante
que os acompanha. Valera a pena esperar, o sonho do Reino anunciado por Jesus
se tornara uma realidade nas primeiras comunidades. É dessa Esperança Certeza
que nossas comunidades cristãs do Segundo Milênio se alimenta...
A tristeza do discípulo
ocupa um bom espaço no longo discurso de despedida de Jesus. Tristeza causada
pela paixão e morte de Jesus, mas também pela perseguição da qual a Igreja de
fiéis do primeiro século é vítima. A tristeza que abate e imobiliza não é de
Deus. A tristeza que provém de indignação, ao contrário, vem de Deus, pois
ela move o coração do ser humano a ser solidário com os que sofrem. A
alegria, dom do Ressuscitado, é a que deve fortalecer os discípulos em meio
às perseguições e ameaças.
O sofrimento dos discípulos
é comparado à mulher que dá à luz (cf. v. 21). A vida para vir à luz passa
pelo sofrimento. A irrupção da vida transfigura o sofrimento, enxuga as
lágrimas e dá a alegria, que ninguém, nem mesmo o sofrimento causado pela fidelidade
a Deus, pode tirar (cf. v. 22).
Para quem vive segundo o
Espírito de Deus, é possível manter a alegria e a paz no sofrimento e na
perseguição. Isto é um dos efeitos da Ressurreição de Cristo em nossa vida.
ORAÇÃO
Pai, não permitas que jamais a tristeza e o pranto tomem conta do meu coração. E que a fé na Ressurreição seja, para mim, motivo de perene alegria.
3. UMA FELIZ
COMPARAÇÃO
A situação de uma mulher em
trabalho de parto serviu para ilustrar a situação dos discípulos às voltas
com o mistério pascal. Esta imagem, simples de ser entendida, devia levá-los
a intuir o sentido das palavras enigmáticas de Jesus. Era mister compreender
devidamente as exortações do Mestre, para evitar futuras decepções.
Todo o processo do parto
transcorre em meio a dores e sofrimentos. Hoje, a medicina procura aliviar,
ao máximo, esses sofrimentos, realizando partos indolores. Isto não significa
negar que o parto seja, por si, doloroso. O grau de suportação da mãe
torna-se quase infinito, quando ela pensa no desfecho do seu sofrimento: a
vinda de um ser humano ao mundo. A expectativa do filho, que está para
nascer, leva-a a relativizar sua dor.
Os discípulos passariam por
uma experiência parecida com essa. O mistério pascal teria seu componente
necessário de sofrimento e de tristeza. Não seria possível prescindir deles,
nem abrandá-los. Uma dor cruel esperava-os, ao contemplar o próprio Mestre
pendendo de uma cruz. Entretanto, algo de sumamente importante aconteceria no
final de tudo isto: o Pai haveria de restituir-lhe a vida. Para os
discípulos, a esperança da ressurreição não lhes suavizou a dor de ver o
amigo crucificado, mas devolveu-lhes a alegria, e uma alegria tal, que dela
ninguém jamais poderá privá-los.
Oração
Espírito de felicidade, que a certeza da ressurreição me ajude a suportar as dores e os sofrimentos, sem desfalecer. |
Liturgia do Sábado
VI SEMANA DA
PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da
entrada: Povo resgatado por
Deus, proclamai suas maravilhas: ele vos chamou das trevas à sua luz
admirável, aleluia! (1Pd 2,9)
Leitura (Atos
18,23-28)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
18 23 Paulo se
demorou aí apenas por algum tempo, partiu de novo e atravessou sucessivamente
as regiões da Galácia e da Frígia, fortalecendo todos os discípulos.
24 Entrementes, um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloqüente e muito versado nas Escrituras, chegou a Éfeso. 25 Era instruído no caminho do Senhor, falava com fervor de espírito e ensinava com precisão a respeito de Jesus, embora conhecesse somente o batismo de João. 26 Começou, pois, a falar na sinagoga com desassombro. Como Priscila e Áquila o ouvissem, levaram-no consigo, e expuseram-lhe mais profundamente o caminho do Senhor. 27 Como ele quisesse ir à Acaia, os irmãos animaram-no e escreveram aos discípulos que o recebessem bem. A sua presença (em Corinto) foi, pela graça de Deus, de muito proveito para os que haviam crido, 28 pois com grande veemência refutava publicamente os judeus, provando, pelas Escrituras, que Jesus era o Messias.
Salmo responsorial
46/47
O Senhor é o grande rei de
toda a terra.
Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria! Porque sublime é o Senhor, o Deus altíssimo, o soberano que domina toda a terra. Porque Deus é o grande rei de toda a terra, ao som da harpa acompanhai os seus louvores! Deus reina sobre todas as nações, está sentado no seu trono glorioso. Os chefes das nações se reuniram com o povo do Deus santo de Abraão, pois só Deus é realmente o Altíssimo, e os poderosos desta terra lhe pertencem!
Aclamação do
Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. Saí do Pai e vim ao mundo, eu deixo o mundo e vou ao Pai (Jo 16,28). Evangelho (João 16,23-28)
Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: 16 23 "Naquele dia não me perguntareis
mais coisa alguma. Em verdade, em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai em
meu nome, ele vo-lo dará.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO24 Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja perfeita. 25 Disse-vos essas coisas em termos figurados e obscuros. Vem a hora em que já não vos falarei por meio de comparações e parábolas, mas vos falarei abertamente a respeito do Pai. 26 Naquele dia pedireis em meu nome, e já não digo que rogarei ao Pai por vós. 27 Pois o mesmo Pai vos ama, porque vós me amastes e crestes que saí de Deus. 28 Saí do Pai e vim ao mundo. Agora deixo o mundo e volto para junto do Pai".
1. Deus se
revela a todos
Uma vez precisei de um
favor do Diretor da empresa onde me aposentei, ele era novo na direção e eu
não o conhecia, pois já tinha me afastado da empresa. Liguei então para o
diretor anterior, que era muito meu amigo e ele pediu-me para falar com o
novo diretor em seu nome, daí as coisas ficaram fáceis.
Mais fáceis ainda quando ao
falar com ele, para minha alegria ele disse que me conhecia de um evento em
que fui representar a minha unidade quando atuava na Comunicação e
Assistência Social, da qual ele era um grande incentivador e apoiador. E como
o meu pedido estava relacionado em ajudar ume entidade social, a tarefa, tão
complicada a princípio, ficou ainda mais fácil, pois além de me conhecer, o
Homem também comungava do mesmo desejo de atuar nesse campo social.
É isso que Jesus afirma
nesse evangelho, antes da sua encarnação, Deus era alguém distante e
misterioso, que se revelou apenas a algumas pessoas, nem todos tinham acesso
a Ele.
Com Jesus essa distância
que havia entre os homens e Deus, foi quebrada e superada em definitivo pois
em Jesus, Deus conheceu na intimidade o Ser Humano, e este conheceu a Deus
também na intimidade. O que pedimos ao Pai, em nome de Jesus, ele atenderá,
claro que é preciso saber pedir, por isso Jesus ensinou-nos a Oração do Pai
Nosso. Em Jesus o Pai nos ama e entra em comunhão conosco e assim já não há
mais segredo.
Amar portanto a Jesus, é
amar o Pai, pois Ele e o Pai são um e a Salvação nos inseriu nessa relação
harmoniosa e amorosa do Pai e do Filho, através do Espírito Santo.
2. As palavras de
Jesus revelam o Pai.
É como discípulo de Jesus
que se deve pedir ao Pai. É este o significado do v. 23: “... se pedirdes ao
Pai alguma coisa em meu nome, ele vos dará”.
A luz da ressurreição
inaugura o tempo da “palavra aberta”, isto é, o tempo em que as palavras de
Jesus adquirem sentido e compreensão, e revelam o Pai (cf. v. 25).
No tempo de sua vida
terrestre, para muitos suas palavras eram enigmáticas. Com sua ressurreição,
suas palavras ganham luz e ganham transparência.
A palavra clara, sem
figuras (cf. vv. 25), é esta: “Eu saí do Pai e vim ao mundo. De novo, deixo o
mundo e vou para o Pai” (v. 28).
ORAÇÃO
Pai, dá-me um coração que saiba reconhecer e agradecer tudo quanto teu Filho fez para salvar a humanidade pecadora. E que seja ele o meu eterno intercessor junto de ti.
3. O CAMINHO
PERCORRIDO
A existência de Jesus
desenrolou-se num grande percurso que vai do Pai ao mundo, e do mundo ao Pai.
Cada passo nessa trajetória revela uma marca específica em sua vida.
Saí do Pai. Jesus é de
origem divina, e seu traço característico é o de ser enviado, na qualidade de
Filho. Nesta condição, conhece o pensamento do Pai e seus desígnios em
relação à humanidade. Seu testemunho é digno de crédito, por ser de
primeiríssima mão. Ele conhece a intimidade do Pai, e se torna seu revelador.
Vim ao mundo. A presença de
Jesus, na História, justifica-se pela missão que o Pai lhe confiou: ser
portador de salvação para a humanidade. Esta missão consiste na proclamação
do Reino, mediante palavras e gestos, constituindo-se num apelo premente à
conversão. Tudo quanto Jesus fazia, visava conduzir as pessoas ao Pai, e reconstruir
a comunhão rompida pelo pecado.
Deixo o mundo. Nesta
afirmação, descobre-se a consciência que Jesus tinha de ter realizado
totalmente a tarefa que lhe fora confiada. Agora, podia deixar o mundo, uma
vez que nada mais lhe restava para fazer.
Vou para o Pai. Concluída
sua missão, Jesus retoma o caminho de volta para o Pai. Seu destino é estar
em eterna comunhão com ele, à espera daqueles que, neste mundo, deixaram-se
tocar pelo Reino.
Oração
Espírito do Filho, toma-me pela mão e guia-me para a comunhão eterna, onde Jesus me espera, junto do Pai. |
Liturgia do Domingo 12.05.2013
Ascensção de Nosso Senhor Jesus Cristo — ANO C
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DA SOLENIDADE) __ "O destino do Homem Novo: O ressuscitado continua conosco. " __ DIA DAS MÃES Dia Mundial das Comunicações Sociais Coleta Arquidiocesana de São Paulo para a Rádio Nove de Julho Semana preparatória de Pentecostes
Ambientação:
Sejam bem-vindos
amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO
FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A solenidade da Ascensão que hoje celebramos está
permeada por um grande sentido de alegria: "Fazei- -nos exultar de
alegria e fervorosa ação de graças [...]" A liturgia de hoje não é,
portanto, uma saudosa liturgia de adeus a Jesus que deixa a terra e volta ao
seu tranquilo paraíso, mas uma liturgia de louvor e exaltação. Descobrir o
motivo deste louvor e desta exaltação significa celebrar o verdadeiro
mistério do dia de hoje. A festa da Ascensão é uma festa de entronização,
pois celebra o Cristo ressuscitado enquanto constituído Senhor pelo Pai, isto
é, soberano do mundo. Assentado à direita do Pai, Jesus continua junto à
humanidade. Celebramos hoje também o dia mundial das comunicações sociais,
com o tema: "Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de
evangelização". Alegres celebramos também com todas as mães neste dia a
elas dedicado.
INTRODUÇÃO DO
FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: A solenidade da Ascensão que hoje celebramos está
permeada por um grande sentido de alegria: "Fazei- -nos exultar de
alegria e fervorosa ação de graças [...]" A liturgia de hoje não é,
portanto, uma saudosa liturgia de adeus a Jesus que deixa a terra e volta ao
seu tranquilo paraíso, mas uma liturgia de louvor e exaltação. Descobrir o
motivo deste louvor e desta exaltação significa celebrar o verdadeiro
mistério do dia de hoje. A festa da Ascensão é uma festa de entronização,
pois celebra o Cristo ressuscitado enquanto constituído Senhor pelo Pai, isto
é, soberano do mundo. Assentado à direita do Pai, Jesus continua junto à
humanidade. Celebramos hoje também o dia mundial das comunicações sociais,
com o tema: "Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de
evangelização". Alegres celebramos também com todas as mães neste dia a
elas dedicado.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Interpretando teologicamente a Ascensão de Jesus,
recomendam os anjos que não se fique a olhar para o céu, mas que se espere e
prepare a volta gloriosa do Senhor. Esta é, até o fim dos tempos, a missão da
Igreja, em tensão entre o visível e o invisível, entre a realidade presente e
a futura cidade para a qual caminhamos (cf SC 2).
Sintamos em nossos
corações a alegria da Ressurreição e entoemos alegres cânticos ao Senhor!
ASCENSÃO DO
SENHOR
Antífona da
entrada: Homens da Galiléia,
por que estais admirados, olhando para o céu? Este Jesus há de voltar do
mesmo modo que o vistes subir, aleluia! (At 1,11)
Comentário das
Leituras: A
ascensão do Senhor é uma síntese da fé cristã e a culminância do mistério do
Cristo, que depois da provação e da humilhação suprema é glorificado e
constituído Senhor do universo e cabeça da humanidade e da Igreja. Por isso o
Pai, "assenta-o à sua direita no céu"; expressão bíblica que
significa plena igualdade de ambos, isto é, plenitude de poder salvífico e
cósmico. A ascensão de Jesus e o envio do Espírito Santo nos colocam em
perene estado de missão.
Primeira Leitura
(Atos 1,1-11)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
1 1 Em minha
primeira narração, ó Teófilo, contei toda a seqüência das ações e dos
ensinamentos de Jesus,
2 desde o princípio até o dia em que, depois de ter dado pelo Espírito Santo suas instruções aos apóstolos que escolhera, foi arrebatado (ao céu). 3 E a eles se manifestou vivo depois de sua Paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas do Reino de Deus. 4 E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, "que ouvistes", disse ele, "da minha boca; 5 porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui há poucos dias". 6 Assim reunidos, eles o interrogavam: "Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel?" 7 Respondeu-lhes ele: "Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, 8 mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo". 9 Dizendo isso elevou-se da (terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. 10 Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: 11 "Homens da Galiléia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu".
Salmo responsorial
46/47
Por entre aclamações, Deus
se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta!
Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria! Porque sublime é o Senhor, o Deus altíssimo, o soberano que domina toda a terra. Por entre aclamações, Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta. Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa, salmodiai, ao som da harpa, ao nosso rei! Porque Deus é o grande rei de toda a terra, ao som da harpa acompanhai os seus louvores! Deus reina sobre todas as nações, está sentado no seu trono glorioso.
Segunda Leitura
(Efésios 1,17-23)
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos, 1 17 "rogo
ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê um espírito de
sabedoria que vos revele o conhecimento dele;
18 que ilumine os olhos do vosso coração, para que compreendais a que esperança fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança que ele reserva aos santos, 19 e qual a suprema grandeza de seu poder para conosco, que abraçamos a fé. É o mesmo poder extraordinário que 20 ele manifestou na pessoa de Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o sentar à sua direita no céu, 21 acima de todo principado, potestade, virtude, dominação e de todo nome que possa haver neste mundo como no futuro. 22 E sujeitou a seus pés todas as coisas, e o constituiu chefe supremo da Igreja, 23 que é o seu corpo, o receptáculo daquele que enche todas as coisas sob todos os aspectos.
Aclamação do
Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia. Ide ao mundo, ensinai aos povos todos; convosco estarei, todos os dias, até o fim dos tempos, diz Jesus (Mt 28,19s). EVANGELHO (Lucas 24,46-53)
24 46 Disse
Jesus: "Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo
padecesse, mas que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia.
47 E que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48 Vós sois as testemunhas de tudo isso. 49 Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto. 50 Depois os levou para Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. 51 Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu. 52 Depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo. 53 E permaneciam no templo, louvando e bendizendo a Deus".
LEITURAS
DA SEMANA DE
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO2ª Br - At 19,1-8; Sl 67; Jo 16,29-33 3ª Br - At 20,17-27; Sl 67; Jo 17,1-11a 4ª Br - At 20,28-38; Sl 67; Jo 17,11b-19 5ª Br - At 22,30; 23,6-11; Sl 15; Jo 17,20-26 6ª Br - At 25,13b-21; Sl 102; Jo 21,15-19 Sb Vm - Gn 11,1-9 ou Ex 19,3-8a.16-20b ou Ez 37,1-14 ou Jl 3,1-5; Sl 103; Rm 8,22-27; Jo 7,37-39 SOLENIDADE DE PENTECOSTES. At 2,1-11; Sl 103 (104),1ab e 24ac. 29bc-30. 31 e 34 (R/ 30); 1Cor 12,3b-7.12-13; Jo 20,19-23 Ou facultativas (para o ano C): Rm 8, 8-17; Jo 14, 15-16.23b-26
1. DE VOLTA PARA O
CÉU!
Um leitor que acompanha as
nossas reflexões, e que costumeiramente sempre lê o evangelho antes do
domingo, me fez uma observação muito interessante, e que na verdade serviu de
“gancho” para esta reflexão. “Olha, achei que o evangelho desse domingo,
fosse aquele tão bonito, quando Jesus vai subindo ao céu, de volta para o Pai,
de onde saiu para realizar a Salvação, mas parece que o autor Lucas, não deu
muita atenção para esse detalhe cinematográfico, de Jesus flutuando entre as
nuvens”
Em parte o leitor tem
razão, pois Ascensão significa a volta de Jesus para o Pai. Entretanto,
precisamos entender uma coisa importante: enquanto Verbo Divino, Jesus nunca
saiu do lado do Pai, mas como Verbo encarnado, ele esteve em meio a
humanidade, e no dia da sua paixão e morte, ressuscitou e voltou para o Pai,
isso significa dizer que, um homem subiu ao céu e assentou-se á direita de
Deus Pai.
O Evangelista Lucas gosta
de nos mostrar em seu evangelho, que Jesus é o Salvador, e nesta narrativa da
Ascensão do Senhor, resume em praticamente uma linha, no que consiste esse
ato de salvação que Jesus realizou a favor do gênero humano. “Assim está
escrito, o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu
nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações,
começando por Jerusalém”.Eis aí a Salvação que Deus havia prometido nas
Escrituras antigas, e que agora se cumpre plenamente na missão de Jesus: o
perdão dos pecados!...
A comunhão de vida que o
homem havia perdido por causa do pecado, agora é resgatada, poderíamos dizer
em uma linguagem mais simples, que a ascensão significa: o Céu desceu á
terra, e esta subiu ao céu! Os anjos Querubins que em Gênesis, após a queda
do homem, guardavam a entrada do Paraíso com espadas de fogo, agora saem de
cena, o paraíso é destino de toda humanidade, Deus quer e deseja intensamente,
que toda a humanidade volte um dia aquele estado de vida de comunhão plena,
com ele, no paraíso.
É precisamente essa
“Esperança Escatológica”, Dom que Jesus concede, que alimenta a vida de um
cristão, dando um sentido totalmente novo á sua vida. Nesse sentido, a vida
terrena não é um “Esperar para ver o que vai acontecer no pós-morte”, esperar
para ver no que vai dar tudo isso, esperar para ver qual a sorte que está nos
reservada, ou pior ainda, esperar, como se a Salvação fosse um jogo de loteria,
se dermos sorte, chegaremos na Casa de Deus que fica em algum lugar, longe
daqui.
Se Esperança Cristã fosse
isso, não teríamos o que celebrar, e nem valeria a pena ter Fé, a Igreja já
teria ido à falência nos primeiros séculos do seu nascimento, e Jesus Cristo
seria apenas mais um, entre aos homens célebres, que marcaram a História da
Humanidade.
Esse “Céu” já está no
coração de quem crê não como uma utopia, como um “faz de conta”, como uma
imagem alegórica do mundo das idéias, como imaginava Platão, mas como algo
real, que reflete o “Pensar Cristão” nas atitudes e nas relações com o
próximo, na Vida Verdadeira e na Esperança que se celebra em comunidade, no
Louvor e no Bendizer a Deus, pela possibilidade da Salvação que ele nos deu
em Cristo, e acima de tudo, nesse amor infinito que permite ao homem tomar
decisões no se dia a dia, capaz de refletir o paraíso que já está no meio de
nós, mas que ainda não chegou.
Ascensão de Jesus é o
reencontro da Humanidade com Deus, e não há e nem haverá por certo, expressão
mais acertada do que aquela que escreveu o apóstolo, na carta aos Hebreus,
9,20 “Ele nos abriu um caminho novo e vivo, através da cortina, quer dizer,
através da sua humanidade”.
Que em nossa vida de
cristãos, não haja lugar para o desânimo, devemos saber que a conquista do
céu não depende de nós, mas é dom que em Cristo, Deus Pai nos concedeu, e se
a aceitarmos, viveremos como aqueles apóstolos, em nossas comunidades,
louvando, agradecendo e testemunhando essa obra, que mudou definitivamente a
sorte de toda humanidade, porque a Fé nos leva a crer, que esta realidade
invisível e sobrenatural, se tornou visível na Igreja, assembléia dos que
crêem e louvam o Senhor Jesus, como o único Deus e Salvador de todos...
(Festa da Ascensão do Senhor)
2. Promessa do
envio do Espírito Santo
É a ascensão do Senhor que
lhes permite afirmar que ele, por sua ressurreição, está junto do Pai,
sentado à sua direita. Tanto no Evangelho de Lucas como nos Atos dos
Apóstolos, que é a segunda parte da obra lucana, o relato da Ascensão é
precedido da promessa do envio do Espírito Santo e da missão confiada aos
discípulos de serem testemunhas de Jesus Cristo (Lc 24,47-49; At 1,8).
Se o Evangelho dá uma breve
notícia, dizendo simplesmente que “afastou-se deles e foi levado ao céu” (Lc
24,51), os Atos dedicam um espaço maior à ascensão (At 1,9-11).
O Cristo Ressuscitado
continua a ter palavra e a ensinar os apóstolos, mas não de viva voz, e sim
pelo Espírito Santo, que faz na comunidade dos discípulos a memória de Jesus,
atualiza e esclarece suas palavras e move ao testemunho. Pela ação do
Espírito, a presença do Senhor podia e pode ser sentida e reconhecida em
todos os âmbitos da vida. É no cotidiano da existência humana que o Senhor se
deixa encantar. A sua “elevação” é sentida em todos os lugares e em todo
tempo.
Os três versículos que
narram a ascensão nos Atos têm por finalidade instruir os discípulos. Em
primeiro lugar, a ascensão é uma profissão de fé: tendo ressuscitado dos
mortos, Jesus Cristo foi elevado ao céu. Nesse sentido, o relato não se
oferece ao exercício ótico nem deve aguçar a imaginação, perguntando-se como
se deu esta elevação. A imagem apresentada é ajuda para a intelecção da fé.
Em segundo lugar, o relato
da ascensão visa responder à pergunta pelo onde e como encontrar o
Ressuscitado elevado ao céu. O verbo “elevar” no passivo – “foi elevado” (v.
9.11), chamado de passivo divino, indica que foi Deus, o Pai, quem o elevou.
“Uma nuvem o envolveu” (v. 9). A nuvem é, na tradição bíblica, símbolo da
presença de Deus (ver: Ex 13,22). Jesus entra no mistério de Deus; no que é
seu, antes da criação do mundo.
Os dois mensageiros
celestes auxiliam na compreensão do mistério: “Esse Jesus que vocês viram ser
elevado ao céu, virá, assim, do mesmo modo como o vistes partir para o céu”
(v. 11). Agora, não depois, o modo da presença de Jesus Ressuscitado é
envolto no mistério. Ele se oferece para o reconhecimento na nossa própria
humanidade e nas vicissitudes do tempo e da história: “Por que ficais
parados, olhando pra o céu?” (v. 11). Neste novo tempo é a fé que permite
ver.
Na fé a “elevação” de Jesus
não é sentida como ausência, mas como uma forma de presença. O fruto desta
presença é a alegria: “Em seguida olharam para Jerusalém, com grande alegria”
(Lc 24,52).
ORAÇÃO
Espírito que nos move a ser testemunhas, faze-me sempre mais ativo na missão que o Senhor me confiou: proclamar a salvação a toda a humanidade.
3. EIS QUE A
BOA NOVA SE COMPLETA
Jesus recorda aos seus
discípulos a trajetória redendora de sua vida como cumprimento das
Escrituras: era necessário que padecesse. O caminho incluiu sofrimento que,
na dimensão bíblico-teológica, resultou na ressurreição.
Eis que, agora, os
discípulos estão legitimados para a missão: pregar a penitência e a remissão
dos pecados a todas as nações.
A missão visa a conversão e
o perdão dos pecados. Dádiva, Graça da vida, paixão, morte e ressurreição de
Jesus Cristo.
Sob a força do Prometido de
seu Pai, os discípulos, entendem a missão, adoram o seu Mestre e Redentor e
dirigem-se à Jerusalém, cheios de júbilo.
Oração
Senhor, ajuda-me a crer na Graça do perdão dos pecados e na força do Espírito Santo, a fim de que, renascido pelo batismo desse Espírito Prometido do Pai, eu possa anunciar a boa-nova a todos. |
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quarta-feira, 8 de maio de 2013
Liturgia da 06ª semana da Páscoa
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