Liturgia da Segunda Feira — 12.11.2012
Antífona da entrada: Este santo lutou até a morte
pela lei de seu Deus e não temeu as ameaças dos ímpios, pois se apoiava numa
rocha inabalável.
Leitura (Tito 1,1-9)
Leitura da Carta de são Paulo a Tito.
1 1 Paulo, servo de Deus, apóstolo de Jesus Cristo para levar aos
eleitos de Deus a fé e o profundo conhecimento da verdade que conduz à
piedade,
2 na esperança da vida eterna prometida em tempos longínquos por Deus veraz e fiel, 3 que na ocasião escolhida manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por ordem de Deus, nosso Salvador, 4 a Tito, meu verdadeiro filho em nossa fé comum: graça e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, nosso Salvador! 5 Eu te deixei em Creta para acabares de organizar tudo e estabeleceres anciãos em cada cidade, de acordo com as normas que te tracei. 6 (Devem ser escolhidos entre) quem seja irrepreensível, casado uma só vez, tenha filhos fiéis e não acusados de má conduta ou insubordinação. 7 Porquanto é mister que o bispo seja irrepreensível, como administrador que é posto por Deus. Não arrogante, nem colérico, nem intemperante, nem violento, nem cobiçoso. 8 Ao contrário, seja hospitaleiro, amigo do bem, prudente, justo, piedoso, continente, 9 firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem.
Salmo responsorial 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face,
ó Senhor, Deus de Israel.
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e, sobre as águas, a mantém inabalável.
"Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?" "Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.
Sobre este desce a bênção do Senhor
e a recompensa de seu Deus e salvador. É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face".
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Como astros no mundo brilheis, pregando a palavra da vida! (Fl 2,15s) Evangelho (Lucas 17,1-6)
17 1 Jesus disse também a seus discípulos: "É impossível que não
haja escândalos, mas ai daquele por quem eles vêm!
2 Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos. 3 Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe. 4 Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás". 5 Os apóstolos disseram ao Senhor: "Aumenta-nos a fé!" 6 Disse o Senhor: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: 'Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá'".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. “Escândalo, perdão e Fé...”
Há nesse evangelho três palavras ou ações, que nos obriga a uma
compreensão em sua conjuntura, pois elas estão interligadas e se relacionam,
não são palavras soltas e então é melhor falarmos com alguém das comunidades
de Lucas, lá dos anos 80 dC
___Olá querido irmão, nossas comunidades aqui do Terceiro Milênio da
Era Cristã te saúda desejando Graça e Paz de Jesus Cristo, escute, essas três
palavras ou ações que aparecem nesse evangelho, parece que têm de serem
refletidas em seu conjunto...
___Claro que sim, senão vocês vão focar a reflexão só na palavra
escândalo, na amplitude que ela tem aí no meio de vocês...
___É mesmo, a gente não gosta muito dessa palavra, os pecados de membros
do Clero, ligados a questão da pedofilia ou abusos sexuais, acaba com a
imagem da nossa Igreja...
___Aí é que está, a questão colocada pelo Mestre é bem mais profunda
do que uma indignação diante de eventuais escândalos de membros da igreja,
aqui se fala de um escândalo que tem o efeito de uma implosão, isso é, dentro
da comunidade, matando principalmente os pequenos...
___Mas esse é pior do que os escândalos divulgados pela Mídia, quando
acontecem?
___Nossa... Bem mais graves e de efeito terrível. Vamos pegar a
questão do perdão, por exemplo, que o evangelho enfatiza. Há uma compreensão
errônea de que o perdão deve ser dado uma só vez...
___Ué? E não é isso? A pessoa o procura, pede perdão, você perdoa a
ofensa e "Já Elvis"
___Será que é tão fácil assim? E depois o que acontece quando os dois
se encontram em uma celebração ou em uma reunião...
___Ah... A gente fica se remoendo, lembrando da mágoa que a pessoa nos
causou, isso nos deixa sempre "armados" contra ela, é verdade que
já perdoamos porém, a relação fica estremecida, não há como negar...
___Pois é, então não houve perdão coisa nenhuma! Não há convivência
tranqüila, diálogo, amizade, comunhão de vida... Perdoar é refazer a relação
rompida, que acontece em cada encontro com aquele que perdoamos, é abrir um
sorriso, é saudá-lo com alegria, é chamá-lo de meu irmão, e assim em cada
encontro desses o perdão dado se renova e vai sendo confirmado com as nossas
atitudes amistosas e fraternas...
___Xi mermão! Então a coisa é muito complicada, pois a gente não
esquece da mágoa e fica se remoendo cada vez que está diante daquele que nos
ofendeu, mesmo depois de perdoado.
___Pois é, tens razão nesse argumento, mas é esse o perdão que o
Mestre ensinou, e que não é impulsionado pela carne, mas pelo Espírito Santo
na Força da Fé, pois sem ela, as relações estremecidas não se refazem e o
nosso amor pelo outro é uma grande mentira.
___Ah... Agora entendi porque Jesus falou "Se tivésseis fé, ainda
que pequenina como um grão de mostarda, direis a esta amoreira, arranca-te
daqui e te plantes ao mar, e ela vos obedecerá...
___Exatamente, as mágoas e ressentimentos, rancores forma esse
emaranhado, como a raiz de uma amoreira, dentro do nosso coração, somente a
força da Graça de Deus, que age pela nossa Fé, é que consegue arrancar o mal
enraizado em nós...
___Eita meu irmão, se é isso, concluo que as coisas aí na sua
comunidade, não estavam lá muito boas, tinha irmãos e irmãs se odiando, e com
essas brigas e falta de amor, os pequenos iniciantes na caminhada da Fé, vão
mesmo desanimando por desacreditarem o amor fraterno e cristão...
___Pronto! É isso, a reflexão se fecha assim, e aí nas comunidades
cristãs do seu tempo, está tudo beleza? Sem escândalos, vivendo-se o amor que
perdoa a tudo e a todos, na força da Fé...?
___Ah mermão, tem muita pedra de moinho por aí, manda um caminhão para
cá...
2. Atitude que fere a consciência
Lucas justapõe duas advertências e uma admoestação, sem conexão entre
si, dirigidas por Jesus aos discípulos. Elas são constituídas como normas
para o bom convívio na comunidade e o empenho na missão.
A primeira advertência é sobre o escândalo (skandalon), isto é, sobre
aquilo que é causa ou resultado de erro ou pecado. É algo que fere a
consciência. Na comunidade, tais ocorrências perturbam e desorientam os mais
simples e confiantes, que seriam levados até a desanimar e a se afastar.
A segunda é sobre a correção fraterna e o perdão. É a prática
fundamental para o bom convívio comunitário. Pode corrigir até os casos de
escândalo. Mesmo no caso de reincidências, a prática da misericórdia pode
libertar alguém que necessite de ajuda em seu comportamento falho.
A admoestação, de modo um pouco estranho e simbólico, usa a imagem de
uma amoreira que, pela fé, mesmo pequena, pode ser arrancada e plantada no
mar. É com esta fé que os discípulos são enviados à missão, para realizar
grandes coisas pela manifestação do amor de Deus ao mundo.
Oração
Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.
3. EVITAR OS ESCÂNDALOS
O relacionamento, no interior da comunidade cristã, deve ser de
fraternidade e de respeito mútuos. Contudo, as pessoas que estão dando os
primeiros passos na fé merecem atenção especial. Não devem ser tratadas com
intolerância e impaciência por quem se considera firme e maduro na sua adesão
a Jesus. Esse tratamento poderia levá-las ao desespero, acabando por
abandonarem sua caminhada de fé. A isso chamamos de escândalo. E Jesus
advertiu seus discípulos a evitá-lo.
A ofensa feita a uma pessoa fraca na fé atinge o próprio Deus. Daí o
castigo terrível que Jesus sugeriu para quem escandalizar um pequenino. É
Deus o primeiro interessado em que alguém se converta ao Reino anunciado por
Jesus, e se esforce por adequar sua vida a esse mesmo Reino. Porque conhece a
fraqueza humana, o Pai sabe que ninguém é capaz de atingir a maturidade da
fé, da noite para o dia. O processo é lento e penoso, feito de altos e
baixos. Ele acompanha, com carinho e paciência, cada discípulo do Reino que
se esforça para crescer na fé.
Deus não suporta que alguém se intrometa e ponha a perder a obra de
sua graça. E o escândalo, em última análise, consiste em desfazer a obra de
Deus, no coração das pessoas. Portanto, é obrigação da comunidade colaborar
para que os pequeninos, apesar de suas quedas, sigam adiante, fazendo
amadurecer sempre mais a própria fé.
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível e atencioso para com meus irmãos de fé, especialmente os mais fracos e carentes de apoio. |
XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Chegue até vós a minha
súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3).
Leitura (Tito 2,1-8.11-14)
Leitura da Carta de São Paulo a Tito.
2 1 Carríssimo, o teu ensinamento, porém, seja conforme à sã
doutrina.
2 Os mais velhos sejam sóbrios, graves, prudentes, fortes na fé, na caridade, na paciência. 3 Assim também as mulheres de mais idade mostrem no seu exterior uma compostura santa, não sejam maldizentes nem intemperantes, mas mestras de bons conselhos. 4 Que saibam ensinar as jovens a amarem seus maridos, a quererem bem seus filhos, 5 a serem prudentes, castas, cuidadosas da casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja desacreditada. 6 Exorta igualmente os moços a serem morigerados, 7 e mostra-te em tudo modelo de bom comportamento: pela integridade na doutrina, gravidade, 8 linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário seja confundido, não tendo a dizer de nós mal algum. 9 Exorta os servos a que sejam submissos a seus senhores e atentos em agradar-lhes. Em lugar de reclamar deles 10 e defraudá-los, procurem em tudo testemunhar-lhes incondicional fidelidade, para que por todos seja respeitada a doutrina de Deus, nosso Salvador. 11 Manifestou-se, com efeito, a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. 12 Veio para nos ensinar a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com toda sobriedade, justiça e piedade, 13 na expectativa da nossa esperança feliz, a aparição gloriosa de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, 14 que se entregou por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniqüidade, nos purificar e nos constituir seu povo de predileção, zeloso na prática do bem.
Salmo responsorial 36/37
A salvação de quem é justo vem de Deus!
Confia no Senhor e faze o bem,
E sobre a terra habitarás em segurança. Coloca no Senhor tua alegria, E ele dará o que pedir teu coração.
O Senhor cuida da vida dos honestos,
E sua herança permanece eternamente. É o Senhor quem firma os passos dos mortais E dirige o caminhar dos que lhe agradam.
Afasta-te do mal e faze o bem,
E terás tua morada para sempre. Os justos herdarão a nova terra E nela habitarão eternamente.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama, realmente, guardará minha palavra, e meu Pai o amará e a ele nós viremos (Jo 14,23). Evangelho (Lucas 17,7-10)
Naquele tempo, disse Jesus: 17 7 "Qual de vós, tendo um servo
ocupado em lavrar ou em guardar o gado, quando voltar do campo lhe dirá: 'Vem
depressa sentar-te à mesa?'
8 E não lhe dirá ao contrário: 'Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto como e bebo, e depois disto comerás e beberás tu?' 9 E se o servo tiver feito tudo o que lhe ordenara, porventura fica-lhe o senhor devendo alguma obrigação? 10 Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer'".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Glória em Servir
Parece que nas comunidades de Lucas havia agentes de pastoral,
ministros, coordenadores e cooperadores, que estavam querendo agradecimento
pelo trabalho que faziam. Tinha um que dizia assim "Ingratos, fiz tanto
por essa comunidade, e nunca me deram um presente sequer, nem um muito
obrigado". Outros mais otimistas pensavam "Faço muito por essa
comunidade, com a melhor das boas intenções, espero que algum dia alguém
reconheça a minha dedicação e amor".
Havia ainda os daquele tipo "Donos do Pedaço", que pensavam:
" Nossa como sou importante nessa comunidade, até o Padre me respeita e
pede a minha opinião, o pessoal da pastoral não sai da porta da minha casa,
parece que sem eu a coisa não funciona, claro que o pessoal gosta muito de
mim e isso é uma forma de agradecer pelos incontáveis serviços que já prestei
e ainda continuo prestando a eles, por isso ninguém me contraria e todos
acatam o que eu falo, acho que sou líder nato, é carisma e dom que
recebi..."
Naquele tempo tinha muitos servos e servas inúteis, fazendo o que simplesmente deveriam fazer, mas em compensação arrotando vantagens, esnobando talentos, buscando elogios, apoio e prestígio. Mas isso não seria tão grave se a coisa não voltasse até contra Deus.
"Deus é testemunha do quanto eu amo esta comunidade e faço por ela,
por isso sou abençoado e não acontecem desgraças na minha vida, como o
vizinho aí do lado, que nunca pôs os pés na igreja".
E finalmente o tipo inconformado "Olha Deus, que decepção, me
doei tanto para a comunidade e agora o Senhor me manda essa doença? Dei ao
Senhor os melhores anos da minha vida e é isso que ganho em retribuição? Se
soubesse disso, teria caído na gandaia e aproveitado a vida" ( Esse aqui
acha que não aproveitou a vida, porque trabalhou o tempo todo na comunidade).
Bom, enfim eis aí o evangelho de hoje, que mostra as avessas do que
fazemos, pensamos e somos, em servir os irmãos com o nosso carisma, fazendo o
melhor e dar o melhor de si, é servir o próprio Jesus que está nele, e então
o nosso servir, que aparentemente parece um grande altruísmo nada mais é do
que gratidão, pela entrega total de sua vida na cruz do calvário. Devemos
tudo a Ele, e não o contrário...
O qualificativo INÚTIL, empregado nesse evangelho, justifica-se
porque, quando se espera recompensa, gratidão ou qualquer outra coisa das
pessoas a quem servimos, a ação prestada não serviu para NADA, pois todos os
nossos carismas e talentos não nos pertencem mas sim a Deus, e daí, aplica-se
um velho e conhecido ditado: Só estamos fazendo favor, com o chapéu alheio...
2. Serviço humilde e desinteressado
Esta parábola de Lucas envolve o leitor, inserindo-o como um
personagem da narrativa: ele é levado a identificar-se com um senhor dono de
uma propriedade rural, que explora seu servo ou assalariado. E vai concluir
que não há nada a agradecer ao servo que cumpriu seu papel social de escravo.
Esta cena típica da sociedade regida por estruturas econômicas e legais que
favorecem o enriquecimento de alguns a partir da exploração de muitos é
constrangedora para um discípulo de Jesus. Poder-se-ia salvar, talvez, apenas
a conclusão final: os discípulos devem servir a Deus de maneira humilde e
desinteressada.
Pode-se, também, entender a parábola como uma crítica irônica de tal
tipo de sociedade, e aplicada àqueles que estão atrelados às observâncias da
Lei. Como escravos da Lei, obedecem cegamente, como simples servos, sem
horizontes maiores, sem liberdade e sem amor.
Em outra parábola de Lucas o senhor, ao voltar das núpcias, se põe a
servir seus servos que o esperam. No evangelho de João, o próprio Jesus lava
os pés de seus discípulos e os chama de amigos e não de servos (Jo 13,5;
15,15). Jesus, ao se fazer servo, remove de seus discípulos qualquer
pretensão de assumir a postura de um senhor.
Oração
Pai, reconhecendo-me servo inútil, quero esforçar-me para ser justo e misericordioso. Somente assim serei agradável a ti.
3. SOMOS SERVOS INÚTEIS
O discípulo do Reino comporta-se, na comunidade, como um servidor.
Tudo quanto faz prima pela gratuidade. Não se poupa, em se tratando de ser
útil aos irmãos, pelo fato de servir por vocação. E faz tudo quanto está a
seu alcance, sem optar pelo serviço que lhe é mais cômodo. Também se recusa a
fazer exigências.
Rompe com o projeto do Reino, o discípulo que se deixa contaminar pelo
espírito farisaico e serve aos outros com segundas intenções. Serve para ser
visto e louvado, para poder exigir de Deus a salvação, para fazer penitência
pelos próprios pecados, para pagar alguma promessa. Todas essas são
motivações que desmerecem o serviço realizado.
A correta compreensão do serviço cristão decorre do tipo de
relacionamento do discípulo com Jesus. O servidor cristão sabe que seu Senhor
olha para além das aparências; que concede a salvação movido por
misericórdia, e que é inútil pretender apresentar-se diante dele com o título
de justo. O Mestre recusa-se a estabelecer relações comerciais com seus
discípulos, na base do dar e receber. Não impõe a ninguém um serviço para
castigá-lo ou levá-lo a penitenciar-se, e sim, como sinal de superação do
próprio egoísmo e demonstração da capacidade de fazer-se solidário.
Quando o discípulo serve, movido por este espírito, tem consciência de
estar fazendo o que lhe compete. E não passa de um servo inútil.
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a servir aos irmãos com gratuidade e generosidade, certo de estar fazendo simplesmente a minha obrigação. |
XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA) |
Antífona da entrada: Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido
à minha prece (Sl 87,3).
Leitura (Tito 3,1-7)
Leitura da carta de são Paulo a Tito.
Leitura da carta de são Paulo a Tito.
3 1 Admoesta-os a que sejam submissos aos
magistrados e às autoridades, sejam obedientes, estejam prontos para qualquer
obra boa,
2 não falem mal dos outros, sejam pacíficos, afáveis e saibam dar provas de toda mansidão para com todos os homens.
3 Porque também nós outrora éramos insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie, vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos outros.
4 Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens.
5 E, não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo,
6 que nos foi concedido em profusão, por meio de Cristo, nosso Salvador,
7 para que a justificação obtida por sua graça nos torne, em esperança, herdeiros da vida eterna.
2 não falem mal dos outros, sejam pacíficos, afáveis e saibam dar provas de toda mansidão para com todos os homens.
3 Porque também nós outrora éramos insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie, vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos outros.
4 Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens.
5 E, não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo,
6 que nos foi concedido em profusão, por meio de Cristo, nosso Salvador,
7 para que a justificação obtida por sua graça nos torne, em esperança, herdeiros da vida eterna.
Salmo responsorial 22/23
O Senhor é o pastor que me conduz,
Não me falta coisa alguma.
Não me falta coisa alguma.
O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,
e restaura as minhas forças.
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,
e restaura as minhas forças.
Ele me guia no caminho mais seguro,
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
eles me dão a segurança!
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
eles me dão a segurança!
Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me,
por toda a minha vida;
e na casa do Senhor habitarei
pelos tempos infinitos.
por toda a minha vida;
e na casa do Senhor habitarei
pelos tempos infinitos.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Em tudo Dai graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco, em Cristo o Senhor (1Ts 5,18),
Em tudo Dai graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco, em Cristo o Senhor (1Ts 5,18),
Evangelho (Lucas 17,11-19)
17 11 Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus
passava pelos confins da Samaria e da Galiléia.
12 Ao entrar numa aldeia, vieram ao encontro de Jesus dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando:
13 "Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!"
14 Jesus viu-os e disse-lhes: "Ide, mostrai-vos ao sacerdote". E quando eles iam andando, ficaram curados.
15 Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz.
16 Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano.
17 Jesus lhe disse: "Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove?
18 Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!"
19 E acrescentou: "Levanta-te e vai, tua fé te salvou".
12 Ao entrar numa aldeia, vieram ao encontro de Jesus dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando:
13 "Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!"
14 Jesus viu-os e disse-lhes: "Ide, mostrai-vos ao sacerdote". E quando eles iam andando, ficaram curados.
15 Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz.
16 Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano.
17 Jesus lhe disse: "Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove?
18 Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!"
19 E acrescentou: "Levanta-te e vai, tua fé te salvou".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A FÉ COR DE CINZA
Às vezes entre os próprios cristãos há uma
anedota de que, para a pessoa ser crente, tem que ser direita, séria, a Fé
nesse caso é avaliada pelas atitudes, deixou de fumar, de beber, de levar uma
vida devassa, dizem que a pessoa então, virou crente, e qualquer não
participação da mesma, em algo que signifique diversão e descontração, lá vem
alguém com a piadinha desrespeitosa: “ Esse aí virou crente”
Penso que ter uma nova atitude, a partir do
momento em que se encontrou Jesus Salvador, e o proclama-se Senhor da nossa
Vida e da nossa História, é válida e deve ser respeitada, principalmente em
meio a uma sociedade marcada pelo ateísmo.
Essa Fé cor de cinza que eu quero aqui
abordar, vai além dessas aparências que possam sinalizar uma vivência cristã
na vida das pessoas. É exatamente a Fé daqueles nove leprosos que não
voltaram, recebendo a crítica do evangelista Lucas nesse evangelho do 28º
Domingo do Tempo Comum.
Provavelmente em nossas igrejas cristãs, nos
sentiremos exortados por essa palavra, para que tenhamos sempre a atitude do
Leproso que voltou para dar glória a Deus, pelo dom da sua cura. Certamente
muitos pregadores irão dar enfoque à virtude da gratidão, dizendo que diante
de Deus devemos ser gratos, no que não estão errados, no fundo a mensagem
seria mesmo essa. Mas tenho como proposta fazer uma reflexão ainda mais
profunda, válida para todos os que se declaram e se sentem cristãos: qual a
diferença entre os nove que não voltaram, e aquele que voltou?
Até o momento em que encontraram Jesus, eles
eram exatamente iguais, vítimas da mesma desgraça, a lepra, uma doença que
acabava com a alegria de viver, porque o homem, longe do seu semelhante,
isolado de seus irmãos, se transforma em um “Bicho Triste”. Banido da
sociedade, da família e da comunidade.
O texto não fala que um suplicou mais do que o
outro, ou que um gesticulou, ou ficou de cabeça baixa, ou que alguém entre
eles, se ajoelhou, simplesmente pararam á distância e clamaram por misericórdia.
Vendo-os Jesus disse “Ide mostrar-vos aos sacerdotes”. Até aqui, portanto,
nenhuma diferença, tudo exatamente igual, mas aconteceu que enquanto
caminhavam ficaram purificados....aqui começa a diferença de atitudes....e a
Fé começa a ter uma cor.
Os dez se deram conta de que algo de
extraordinário tinha acontecido com eles, a partir daquele momento não eram
mais leprosos, poderiam voltar de imediato ao convívio dos familiares, dos
amigos, e da comunidade, acabou-se a confinação, o isolamento, a vidinha triste
do acampamento de Leprosário, se tinham esposas ou mães e pais, irmãos e
irmãs, quem sabe alguma noiva, tudo havia agora se renovado, a vida
recomeçava com um horizonte novo e promissor. A cura não era mais uma
promessa, mas realidade palpável e concreta, pele limpa, mãos e rosto intacto
e sem deformações monstruosas. Podiam comemorar e extravasar toda alegria
presentes na alma e no coração.
Com certeza, os dez sentiram naquele momento
toda essa euforia , entretanto, na comemoração, só um deles teve a ousadia de
“extrapolar”, não havia como deixar fora desse clima de Festa, Aquele que
realizara tal prodígio, seria impensável para ele, prosseguir o caminho sem
antes festejar a cura com aquele que o havia curado, mas junto com a alegria
também o sentimento de gratidão,Simplesmente porque acaba de ser curado. Não
damos glória a Deus porque somos bons cristãos, praticantes da religião,
cumpridores das obrigações cristãs, mas damos Glória a Deus, porque o seu
Amor é grandioso e infinito, e em Jesus o Filho de Deus, já podemos sentir
esse amor extremamente misericordioso.
Imagino que no caminho de volta esse homem fez
a maior festa, cantando, dançando, dando murros no ar para extravasar a sua
incontida alegria. A sua Fé tinha a cor da alegria, era uma Fé contagiante,
marcada antes de tudo pelo encanto que começara a sentir pela pessoa de
Jesus, por isso o Senhor irá lhe dizer “Vai, a tua Fé te salvou”. Os outros
nove continuaram curados da lepra, mas este estrangeiro acabara de descobrir
que somente Jesus, Salvador e Redentor consegue dar um sentido novo á nossa
vida, somente ele é a razão de se viver.
Provavelmente procurou o Sacerdote,
representante da Instituição, que iria apenas confirmar aquilo Jesus
realizara em sua vida, o verdadeiro rito manifesta aquilo que é essencial,
sinalizando o agir Divino.
Em todos os domingos, nós cristãos temos um
encontro privilegiado com Jesus em nossas comunidades, sua palavra nos
encanta e a Ceia Eucarística que é o seu Corpo e Sangue, passa a fazer parte
do nosso Ser Existencial, O Mistério da Força da Eucaristia nos desinstala de
nós mesmos, nos leva a buscar a comunhão com as pessoas que nos cercam e com
quem convivemos na Comunidade, na Família e na Sociedade.
Qual a cor da Fé que manifestamos em nossas
celebrações? Se for a do rito formal de uma liturgia “quadrada” que sufoca em
nós a alegria de manifestar o amor de Deus, se for a de um formalismo
religioso vivido em uma igreja das obrigatoriedades e preceitos, ela será
sempre CINZA como a dos nove Leprosos, que preocupados com o aspecto
legalista da relação com Deus, esqueceram ou não quiseram comemorar com
Aquele que é a causa, a razão e o sentido desta Vida Nova que nos libertou da
tristeza do pecado.
Fé que se fecha em nossas igrejas, não irradia
alegria de ser amado, e não contagia as pessoas com quem convivemos, será
sempre cor de CINZA, e nossas celebrações serão sempre enfadonhas, monótonas,
não vemos a hora de acabar, para voltar ao Leprosário do nosso egoísmo, do
mundinho religioso que inventamos, onde nada mais enxergamos além do próprio
umbigo. Essa Fé não salva e nem cura ninguém, nem a nós mesmos...
2. Fé e gratidão
Nesta narrativa da cura dos dez leprosos,
exclusiva de Lucas, fica em evidência a prática de Jesus em vista da inclusão
social. A lepra, além das lesões corpóreas que produzia, levava também à
exclusão social. Pela Lei religiosa judaica, os leprosos deviam habitar em
lugares desertos e lhes era proibido aproximar-se de qualquer outra pessoa
(Lv 13,45-46). Diante do pedido dos leprosos, Jesus os envia aos sacerdotes.
A caminho, eles são curados.
Porém, só um, o qual era samaritano, entende
que deve voltar a Jesus para agradecer-lhe, glorificando a Deus. A fé deste
samaritano, acompanhada da gratidão, é exaltada por Jesus como fonte de
salvação. Os outros nove, embora tivessem crido em Jesus, continuavam
atrelados ao judaísmo. Lucas e João, em seus evangelhos, dão destaque maior
aos samaritanos pelo seu acolhimento a Jesus, ao contrário dos judeus, que o
rejeitaram. Na inclusão social do leproso vê-se também a inclusão dos
samaritanos no Reino de Deus.
Oração
Pai, que o meu coração, repleto de fé, reconheça Jesus como a mediação de todas as graças e favores que recebo de ti.
Pai, que o meu coração, repleto de fé, reconheça Jesus como a mediação de todas as graças e favores que recebo de ti.
3. SENTIMENTO DE GRATIDÃO
O reconhecimento e a gratidão são sentimentos
nobres de quem sabe acolher como dom os benefícios recebidos de Deus. Apesar
de serem tantas as pessoas beneficiadas por seus milagres, Jesus estava
atento para este aspecto. Não lhe passava despercebida a reação de quem se
via curado por obra de seu amor misericordioso.
Por ocasião da cura de dez leprosos, só um
teve a gentileza de voltar para agradecer a Jesus. E era um samaritano,
portanto, um estrangeiro, na mentalidade dos judeus. A gratidão brotou de um
excluído e desprezado como pagão. Só ele foi capaz de glorificar a Deus, cujo
Reino se fez presente em sua vida pela ação de Jesus. O gesto de adoração do
samaritano, prostrado com o rosto em terra, aos pés do Mestre, demonstrou a
consolidação de sua fé naquele, a quem recorrera com tanta confiança. E foi
salvo pela fé.
O que se passou com os outros nove curados?
Por que não voltaram para agradecer o dom da cura, que lhes permitiu
reconquistar o direito de cidadania? Talvez, se tivessem esquecido de que
haviam recebido um dom totalmente gratuito, ou pensassem que Jesus havia
feito simplesmente sua obrigação. Logo, não era necessário voltar para
agradecer-lhe.
É a ingratidão de quem, sendo agraciado com os
benefícios divinos, permanece fechado aos apelos do Reino de Deus.
Oração
Senhor Jesus, quero ter um coração agradecido, que saiba reconhecer tantos benefícios que eu, sem mérito algum, recebo, cada dia, de ti.
Senhor Jesus, quero ter um coração agradecido, que saiba reconhecer tantos benefícios que eu, sem mérito algum, recebo, cada dia, de ti.
XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à
minha prece (Sl 87,3).
Leitura (Filêmon 7-20.)
Leitura da carta de são Paulo a Filêmon.
Leitura da carta de são Paulo a Filêmon.
7 Tua caridade me trouxe grande alegria e
conforto, porque os corações dos santos encontraram alívio por teu
intermédio, irmão.
8 Por esse motivo, se bem que eu tenha plena autoridade em Cristo para prescrever-te o que é da tua obrigação,
9 prefiro fazer apenas um apelo à tua caridade. Eu, Paulo, idoso como estou, e agora preso por Jesus Cristo,
10 venho suplicar-te em favor deste filho meu, que gerei na prisão, Onésimo.
11 Ele poderá ter sido de pouca serventia para ti, mas agora será muito útil tanto a ti como a mim.
12 Torno a enviá-lo para junto de ti, e é como se fora o meu próprio coração.
13 Quisera conservá-lo comigo, para que em teu nome ele continuasse a assistir-me nesta minha prisão pelo Evangelho.
14 Mas, sem o teu consentimento, nada quis resolver, para que tenhas ocasião de praticar o bem (em meu favor), não por imposição, mas sim de livre vontade.
15 Se ele se apartou de ti por algum tempo, foi sem dúvida para que o pudesses reaver para sempre.
16 Agora, não já como escravo, mas bem mais do que escravo, como irmão caríssimo, meu e sobretudo teu, tanto por interesses temporais como no Senhor.
17 Portanto, se me tens por amigo, recebe-o como a mim.
18 Se ele te causou qualquer prejuízo ou está devendo alguma coisa, lança isto em minha conta.
19 Eu, Paulo, escrevo de próprio punho: Eu pagarei. Para não te dizer que tu mesmo te deves inteiramente a mim!
20 Sim, irmão, quisera eu receber de ti esta alegria no Senhor! Dá esta alegria ao meu coração, em Cristo!
8 Por esse motivo, se bem que eu tenha plena autoridade em Cristo para prescrever-te o que é da tua obrigação,
9 prefiro fazer apenas um apelo à tua caridade. Eu, Paulo, idoso como estou, e agora preso por Jesus Cristo,
10 venho suplicar-te em favor deste filho meu, que gerei na prisão, Onésimo.
11 Ele poderá ter sido de pouca serventia para ti, mas agora será muito útil tanto a ti como a mim.
12 Torno a enviá-lo para junto de ti, e é como se fora o meu próprio coração.
13 Quisera conservá-lo comigo, para que em teu nome ele continuasse a assistir-me nesta minha prisão pelo Evangelho.
14 Mas, sem o teu consentimento, nada quis resolver, para que tenhas ocasião de praticar o bem (em meu favor), não por imposição, mas sim de livre vontade.
15 Se ele se apartou de ti por algum tempo, foi sem dúvida para que o pudesses reaver para sempre.
16 Agora, não já como escravo, mas bem mais do que escravo, como irmão caríssimo, meu e sobretudo teu, tanto por interesses temporais como no Senhor.
17 Portanto, se me tens por amigo, recebe-o como a mim.
18 Se ele te causou qualquer prejuízo ou está devendo alguma coisa, lança isto em minha conta.
19 Eu, Paulo, escrevo de próprio punho: Eu pagarei. Para não te dizer que tu mesmo te deves inteiramente a mim!
20 Sim, irmão, quisera eu receber de ti esta alegria no Senhor! Dá esta alegria ao meu coração, em Cristo!
Salmo responsorial 145/146
Feliz quem se apóia no Deus de Jacó!
O Senhor faz justiça aos que são
oprimidos;
ele dá alimento aos famintos,
é o Senhor quem liberta os cativos.
ele dá alimento aos famintos,
é o Senhor quem liberta os cativos.
O Senhor abre os olhos aos cegos,
o Senhor faz erguer-se o caído,
o Senhor ama aquele que é justo.
É o Senhor quem protege o estrangeiro.
o Senhor faz erguer-se o caído,
o Senhor ama aquele que é justo.
É o Senhor quem protege o estrangeiro.
Quem ampara a viúva e o órfão,
mas confunde os caminhos dos maus.
O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará
para sempre e por todos os séculos!
mas confunde os caminhos dos maus.
O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará
para sempre e por todos os séculos!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a videira verdadeira e vós sois os ramos; um fruto abundante vós haveis de dar (Jo 15,5).
Eu sou a videira verdadeira e vós sois os ramos; um fruto abundante vós haveis de dar (Jo 15,5).
EVANGELHO (Lucas 17,20-25)
Naquele tempo, 17 20 os fariseus perguntaram
um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: "O Reino de
Deus não virá de um modo ostensivo".
21 Nem se dirá: "Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós".
22 Mais tarde ele explicou aos discípulos: "Virão dias em que desejareis ver um só dia o Filho do Homem, e não o vereis.
23 Então vos dirão: 'Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali'. Não deveis sair nem os seguir.
24 Pois como o relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até a outra, assim será com o Filho do Homem no seu dia.
25 É necessário, porém, que primeiro ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração".
21 Nem se dirá: "Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós".
22 Mais tarde ele explicou aos discípulos: "Virão dias em que desejareis ver um só dia o Filho do Homem, e não o vereis.
23 Então vos dirão: 'Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali'. Não deveis sair nem os seguir.
24 Pois como o relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até a outra, assim será com o Filho do Homem no seu dia.
25 É necessário, porém, que primeiro ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O Reino de Deus está no meio de vós
Os Fariseus viviam perguntando a Jesus quando
é que o Reino de Deus viria, esta é também uma pergunta que todos nós nos
fazemos. Quando o Reino vai acontecer? Isso é, quando o Ser humano vai criar
juízo e converter-se, para acabar com as guerras, intrigas, ódios, divisões
de classes, desigualdades sociais, violência, questão das drogas,
reestruturação das Famílias, ladroeira e corrupção dos nosso ilustres
políticos. Bom...que ninguém fique decepcionado, mas eu diria que NUNCA, pelo
menos não nesta vida...
Esta afirmação desanima qualquer um, então,
porque lutar, acreditar no Bem, ser seguidor de Jesus Cristo, Membro da igreja,
não seria melhor "jogar a toalha"? Então agora vem a Boa Notícia
que Jesus dá aos Fariseus e a todos nós deste terceiro milênio "O Reino
de Deus já está entre vós!" Isso é, há uma realidade invisível bem no
coração de cada ser humano, um pouquinho de esperança sendo gestada no
silêncio de cada um de nós, eis aí o Reino de Deus, invisível e
insignificante ( quem vai acreditar em algo que não se vê?) nesse mundo do
Consumismo e imediatismo, onde as pessoas são induzidas a ser feliz aqui e
agora?
Mas o Reino está aí, mataram a Jesus de Nazaré
e pensaram tê-lo destruído, mas no meio da tragédia da suas morte, o Reino
tomou mais força, nasceu frágil na comunidade primitiva, tentaram destruí-lo
matando os seguidores de Jesus na arena, para ser comido pelos leões, mas
novamente o Reino de Deus, renasceu do sangue dos nossos mártires e cresceu
forte.
Com o passar do tempo, as forças contrárias
bombardearam o Reino, e até dentro da igreja o mal se infiltrou para combater
o Reino, mas a cada investida das forças do mal, o Reino se refaz na
Ressurreição do Senhor, e já se passaram três milênios de história. O Reino
de Deus não surge e nem se manifesta nos grandes triunfos, ou feitos heróicos
e prodigiosos, mas dos fracassos da vida do homem, parece que Deus ajunta os
cacos e vai nos refazendo, nos moldando como um Oleiro, o Reino é feito de
Esperanças e sonhos, que um dia serão todos realizados, o Mal não conseguirá
detê-lo.
O outro recado do evangelho, é não confundir o
Reino com as instituições humanas, sejam elas Religiosas, Sociais ou
Políticas, quando muito, as ideologias de cada instituição pode estar em
sintonia com alguns valores do Reino, mas não SER o Reino, nem mesmo e muito
menos as religiosas, a Igreja é sinal e expressão do Reino de Deus, que um
dia Jesus inaugurou no meio dos homens, mas não é a Dona exclusiva do Reino.
Ele não está nas Estruturas humanas, mas no
mais íntimo de cada homem e mulher, as instituições passarão, mas o Reino é
Perene e um dia se tornará visível e definitivo. Jesus Cristo é o Reino e por
isso ele afirmou "O Reino de Deus está no meio de vós". Os
Fariseus, só conseguiam ver o reino nas instituições, sonhos e esperanças
humanas, que o vento das ilusões irá carregar pára bem longe. Estar no Reino
e acreditar Nele, é sonhar e esperar com Deus presente em Jesus, é se
permitir que em nossas fragilidades humanas Deus vá edificando o Reino que
Jesus plantou em nós com a sua Salvação que nos trouxe a Graça.
2. Nova concepção de "Reino de
Deus"
O Reino de Deus para o judaísmo significava a
hegemonia mundial deste povo, com a submissão de todas as nações, que viriam
adorar no Templo de Jerusalém, trazendo suas riquezas; as nações que não se
submetessem, seriam destruídas pela divindade (Is 60,5-6.11-12; 61,6;
66,23-24; Zc 14,14.18-19). Era a expectativa escatológico-messiânica, de um
futuro de glória terrena para os filhos de Abraão, tendo como referência a
figura de Davi com seu império, conforme constava em sua tradição.
Com esta concepção, os fariseus dirigem-se a
Jesus, perguntando sobre o momento em que isto aconteceria. Jesus remove
qualquer ideia de um reino de poder, dominador e opressor. Na realidade
"o Reino de Deus está no meio de vós", isto é, já acontece no dia a
dia, e pode ser alcançado por qualquer um. É o reino do amor, da fraternidade
universal, do serviço, da partilha, da promoção da vida para todos, sem
exclusivismos raciais ou nacionalistas.
Jesus é o Filho do Homem, o humano, que
comunica o amor, sem deixar de ser frágil, vulnerável ao sofrimento e à morte
temporal, porém, participante e comunicador da vida divina e eterna.
Oração
Pai, abre meus olhos para que eu possa perceber, na pessoa e no ministério de Jesus, a presença de teu Reino na nossa História. E, reconhecendo-o, eu me deixe guiar por ele.
Pai, abre meus olhos para que eu possa perceber, na pessoa e no ministério de Jesus, a presença de teu Reino na nossa História. E, reconhecendo-o, eu me deixe guiar por ele.
3. O REINO ESTÁ ENTRE VÓS
No tempo de Jesus, havia uma verdadeira febre
de fim de mundo. Discutia-se, com vivo interesse, a questão de quando o Reino
de Deus haveria de chegar. A dominação romana, na Palestina, fazia crescer
ainda mais o desejo de tempos novos, sem opressão e perseguição, onde a vida
do povo fosse regida somente por Deus. A festa da Páscoa era uma ocasião
excelente para fazer reacender a esperança de libertação.
Jesus recusou-se, de maneira taxativa, a
deixar-se levar por estas correntes escatológicas que queriam submeter o
Reino de Deus a seus programas, descurando a verdadeira ação de Deus na
história humana. O apelo de Jesus orientou-se para a responsabilidade humana
de preparar-se, com toda liberdade e seriedade, para o encontro com o Senhor.
Isso não se faz correndo, de cá para lá, em busca de fatos extraordinários ou
de figuras messiânicas, identificando-os como sinais premonitórios da
consumação do Reino.
Tudo isto se tornava desnecessário, porque o
Reino já tinha despontado no meio do povo, na pessoa de Jesus, o Filho do
Homem. Observando as palavras e gestos de Jesus era possível confrontar-se
com uma história humana onde Deus exercia o senhorio absoluto. E todo aquele
que tivesse a coragem de deixá-lo ser o Senhor de sua vida, tornar-se-ia a
personificação do Reino, como Jesus.
Oração
Senhor Jesus, que eu seja como tu, personificação do Reino na História, deixando Deus ser o Senhor absoluto da minha vida.
Senhor Jesus, que eu seja como tu, personificação do Reino na História, deixando Deus ser o Senhor absoluto da minha vida.
XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido
à minha prece (Sl 87,3).
Leitura (2 João 4-9)
Leitura da segunda carta de são João.
Leitura da segunda carta de são João.
4 Muito me alegrei por ter achado entre teus
filhos alguns que andam na verdade, conforme o mandamento que temos recebido
do Pai.
5 E agora rogo-te, Senhora, não como quem te escreve um novo mandamento, mas sim o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.
6 Nisto consiste o amor: que vivamos segundo seus mandamentos. É este o mandamento que tendes ouvido desde o princípio, e segundo o qual deveis viver.
7 Muitos sedutores têm saído pelo mundo afora, os quais não proclamam Jesus Cristo que se encarnou. Quem assim proclama é o sedutor e o Anticristo.
8 Acautelai-vos, para que não percais o fruto de nosso trabalho, mas antes possais receber plena recompensa.
9 Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho.
5 E agora rogo-te, Senhora, não como quem te escreve um novo mandamento, mas sim o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.
6 Nisto consiste o amor: que vivamos segundo seus mandamentos. É este o mandamento que tendes ouvido desde o princípio, e segundo o qual deveis viver.
7 Muitos sedutores têm saído pelo mundo afora, os quais não proclamam Jesus Cristo que se encarnou. Quem assim proclama é o sedutor e o Anticristo.
8 Acautelai-vos, para que não percais o fruto de nosso trabalho, mas antes possais receber plena recompensa.
9 Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho.
Salmo responsorial 118/119
Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai
progredindo!
Feliz o homem sem pecado em seu caminho,
que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
Feliz o homem que observa seus preceitos,
e de todo o coração procura a Deus!
que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
Feliz o homem que observa seus preceitos,
e de todo o coração procura a Deus!
De todo o coração eu vos procuro,
não deixeis que eu abandone a vossa lei!
Conservei no coração vossas palavras,
a fim de que eu não peque contra vós.
não deixeis que eu abandone a vossa lei!
Conservei no coração vossas palavras,
a fim de que eu não peque contra vós.
Sede bom com vosso servo, e viverei,
e guardarei vossa palavra, ó Senhor.
Abri meus olhos, e então contemplarei
as maravilhas que encerra a vossa lei!
e guardarei vossa palavra, ó Senhor.
Abri meus olhos, e então contemplarei
as maravilhas que encerra a vossa lei!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).
EVANGELHO (Lucas, 17,26-37)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 17 26 "Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo
modo nos dias do Filho do Homem.
27 Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos.
28 Também do mesmo modo como aconteceu nos dias de Lot. Os homens festejavam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam.
29 No dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou todos eles.
30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem.
31 Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo não torne atrás.
32 Lembrai-vos da mulher de Lot.
33 Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; mas todo o que a perder, encontrá-la-á.
34 Digo-vos que naquela noite dois estarão numa cama: um será tomado e o outro será deixado;
35 duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra será deixada.
36 Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado".
37 Perguntaram-lhe os discípulos: "Onde será isto, Senhor?" Respondeu-lhes: "Onde estiver o cadáver, ali se reunirão também as águias".
27 Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos.
28 Também do mesmo modo como aconteceu nos dias de Lot. Os homens festejavam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam.
29 No dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou todos eles.
30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem.
31 Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo não torne atrás.
32 Lembrai-vos da mulher de Lot.
33 Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; mas todo o que a perder, encontrá-la-á.
34 Digo-vos que naquela noite dois estarão numa cama: um será tomado e o outro será deixado;
35 duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra será deixada.
36 Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado".
37 Perguntaram-lhe os discípulos: "Onde será isto, Senhor?" Respondeu-lhes: "Onde estiver o cadáver, ali se reunirão também as águias".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O verdadeiro sentido do que somos e
fazemos
Como um rio, que no final do seu percurso,
mergulha no infinito do mar, assim também, cada homem na caminhada de sua
existência, segue para um encontro pessoal com DEUS. Muitos pensam em um
terrível acerto de contas, outros já pensam que estão condenados, mas também
há os que não conhecem, ou fingem não conhecer a DEUS e vivem esta vida fazendo
um monte de coisas, que em si mesmas, não tem nenhum sentido.
Imaginemos alguém que trabalha por trabalhar,
casou-se apenas por casar, ou então em um time de futebol, joga por jogar,
tanto faz o time perder ou ganhar, não têm estímulo, entusiasmo, empenho e
vibração, um homem máquina, que nada sente e nem se relaciona com os outros,
esse é o tal que vive apenas por viver… Esse relativismo é muito influente
nos dias de hoje, causa primeira de tantas angústias, depressões e suicídios,
pois a monotonia do fazer, sem saber o porquê, e qual a razão do nosso ser,
nos mata, aos pouquinhos, todo dia.
Este Evangelho, Que apresenta uma linguagem
apocalíptica, não quer nos aterrorizar diante de DEUS, muito ao contrário,
quer nos despertar a consciência de que, sem DEUS a nossa existência será
sempre vazia e sem sentido. Não há sentido no viver e muito menos no morrer,
a vida é um absurdo, se não descobrirmos que o fim último de todos nós é
DEUS.
Nas entrelinhas do texto, refletido, há uma
mensagem belíssima: temos que estar permanentemente preparados para esse
encontro com DEUS, contudo, não é um encontro, somente no pós morte, mas em
nosso dia a dia, nos encontramos com DEUS, se estivermos de coração aberto e
já tivermos feito em SUA Graça, a descoberta de que é ELE a razão de ser e o
sentido de tudo o que somos e fazemos.
O encontro definitivo na pós-morte, será só
uma conseqüência das escolhas e decisões que tomarmos no dia a dia, onde A Fé
em JESUS CRISTO deve ser sempre O Fiel da Balança da nossa vida.
2. O bem e o mal
Concluindo a fala de Jesus sobre a chegada do
dia do Filho do Homem, Lucas reúne alguns textos que são encontrados no
discurso escatológico em Marcos e Mateus. São evocados dois julgamentos e
castigos da tradição bíblica: o do dilúvio e o de Sodoma. Os maus perecerão.
O estilo é apocalíptico e dualista, com a separação final entre o bem e o
mal.
A segunda parte do bloco é inspirada na fuga
da cidade por ocasião da tomada e destruição de Jerusalém, à qual o evangelho
é posterior. A resposta à pergunta dos discípulos sobre onde acontecerá é uma
sentença enigmática. Talvez se refira aos mortos na destruição de Jerusalém.
Com o passar do tempo, a expectativa escatológica foi cedendo lugar ao compromisso da luta pela justiça, hoje, no mundo em que vivemos.
Oração
Pai, dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.
Pai, dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.
3. O DIA DO FILHO DO HOMEM
Muitos cristãos da comunidade primitiva, não
vendo realizar-se sua esperança do fim do mundo, corriam o risco de levar uma
vida acomodada e monótona, como se tivessem perdido o sentido de viver. Foi
necessário chamar-lhes a atenção para o risco desta atitude inconsiderada e
pessimista. O alerta visava não deixá-los esmorecer na caridade, e manter
assim, viva a chama da esperança.
Os discípulos de Jesus não deveriam ser
tomados de surpresa, como havia acontecido com o povo por ocasião do dilúvio.
Sua vida despreocupada, centrada nos prazeres, dispensava Deus e seus apelos
de conversão. Esse povo preferiu levar uma vida de impiedade, indo de pecado
em pecado, como se o seu futuro já estivesse garantido.
Bem outra foi a situação do justo Noé, temente
a Deus e submisso à sua vontade. Ele foi salvo por não ter se deixado
corromper pelo pecado que grassava na sociedade, mantendo-se fiel a Deus e
não se desviando pelo caminho do mal.
O cristão, realmente preocupado com a volta do
Senhor, não se acomoda. Embora veja a fé de muita gente arrefecer, persevera
na prática do amor e da misericórdia. É a forma de conservar sua vida, como
Jesus recomendou.
Oração
Senhor Jesus, que eu não caia num estilo de vida acomodado, esquecendo-me de que é pela prática do amor e da misericórdia, que eu me preparo para o encontro contigo.
Senhor Jesus, que eu não caia num estilo de vida acomodado, esquecendo-me de que é pela prática do amor e da misericórdia, que eu me preparo para o encontro contigo.
SANTA ISABEL DA HUNGRIA - ESPOSA E RELIGIOSA
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS SANTOS – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS SANTOS – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
Antífona da entrada: Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor: eu estava
doente e me visitastes. Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor dos
meus irmãos foi a mim que o fizestes (Mt 25, 34.36.40).
Leitura (João 3 João 5-8)
Leitura da terceira carta de são João.
Leitura da terceira carta de são João.
5 Caríssimo, fazes obras de fé em tudo o que
realizas para os teus irmãos, mesmo para os irmãos estrangeiros.
6 Estes, perante a comunidade, deram testemunho do teu amor. Farás bem em provê-los para a sua viagem, de um modo digno de Deus.
7 Pois por amor do seu nome partiram, sem nada receber dos pagãos.
8 Devemos, portanto, receber a tais homens, para cooperar com eles pela verdade.
6 Estes, perante a comunidade, deram testemunho do teu amor. Farás bem em provê-los para a sua viagem, de um modo digno de Deus.
7 Pois por amor do seu nome partiram, sem nada receber dos pagãos.
8 Devemos, portanto, receber a tais homens, para cooperar com eles pela verdade.
Salmo responsorial 111/112
Feliz aquele que respeita o Senhor!
Feliz aquele que respeita o Senhor
E que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
Abençoada a geração dos homens retos!
E que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
Abençoada a geração dos homens retos!
Haverá glória e riqueza em sua casa,
E permanece para sempre o bem que fez.
Ele é correto e generoso e compassivo,
Como luz brilha nas trevas para os justos.
E permanece para sempre o bem que fez.
Ele é correto e generoso e compassivo,
Como luz brilha nas trevas para os justos.
Feliz o homem prestativo,
Que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
Sua lembrança permanece eternamente!
Que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
Sua lembrança permanece eternamente!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14).
Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14).
Evangelho (Lucas 18,1-8)
Naquele tempo, 18 1 Jesus propôs aos seus
discípulos uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais
deixar de fazê-lo.
2 "Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma.
3 Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com freqüência à sua presença para dizer-lhe: 'Faze-me justiça contra o meu adversário'.
4 Ele, porém, por muito tempo não o quis. Por fim, refletiu consigo: 'Eu não temo a Deus nem respeito os homens;
5 todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, senão ela não cessará de me molestar'".
6 Prosseguiu o Senhor: "Ouvis o que diz este juiz injusto?
7 Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?
8 Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?"
2 "Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma.
3 Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com freqüência à sua presença para dizer-lhe: 'Faze-me justiça contra o meu adversário'.
4 Ele, porém, por muito tempo não o quis. Por fim, refletiu consigo: 'Eu não temo a Deus nem respeito os homens;
5 todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, senão ela não cessará de me molestar'".
6 Prosseguiu o Senhor: "Ouvis o que diz este juiz injusto?
7 Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?
8 Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?"
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O Clamor de quem não tem com quem contar
Neste evangelho o enfoque é a viúva, todas as
luzes estão voltadas para ela, o Juiz faz um papel secundário embora de certa
forma represente Deus, mas é bom já ir avisando que Deus não é um Juiz, e
muito menos um Juiz iníquo, descrente e insensível como esse tal Senhor.
Lucas precisa de um figurante para contracenar com a viúva, esta sim, a Dona
do espetáculo, todas as atenções estão voltadas para ela, simplesmente porque
a sua oração, feita com confiança e insistência, convenceu o Magistrado a lhe
fazer justiça contra alguém que a oprimia e explorava.
Costuma-se dizer que a corda sempre arrebenta
para o lado mais fraco, só que com Deus não é assim, Ele jamais mediria
forças com o Ser Humano, nem teria graça, contudo, o que Lucas nos diz nesse
evangelho é algo muito bonito e que precisamos pensar. A oração dos pequenos
e dos fracos é a fraqueza de Deus. Ele é Poderoso e Onipotente, mas se
derrete todo, quando chega até ele o clamor dos pobres e pequenos da
sociedade. Como esse Juiz, Deus tem lá suas razões e desígnios para atender
ou não nossas orações, que geralmente se tornam uma lista infindáveis de
pedidos, para ele fazer mil coisas a nosso favor, parece que o Plano de Deus
não é muito do jeito que nós queremos e daí tentamos persuadi-lo a mudar,
para que sejamos favorecidos. Não é dessa oração pidonha que fala o
evangelho...
A oração da viúva é uma oração de quem não tem
nenhuma segurança, não pode contar com ninguém, e nem com nada, está fadada a
ser explorada pelos espertalhões, até acabar na miséria, se é que ainda não
está... Ela sabe que sua vida e seu destino dependem daquele juiz, que não é
boa gente, muito pelo contrário. Entretanto, ela não desiste, embora tivesse
tudo para agir assim, estava sozinha, não tinha quem a defendesse, fatalmente
o seu adversário levaria vantagem na demanda, pois sempre os mais fortes e
importantes vencem as contendas na sociedade onde o TER sempre fala mais alto
que o SER.
De mais a mais o Juiz é iníquo, isso é,
deixa-se subornar, igual alguns ilustres magistrados do nosso tempo que
deixam a justiça prá lá, quando se trata de levar "algum" para o
próprio bolso. Que chances terá a coitada da viúva nessa situação? Obviamente
nenhuma. Mas ela não desiste, não tira o time de campo, não desanima e faz
plantão na porta da casa do Juiz.
A perseverança da viúva e a sua insistência e
confiança naquilo que pedia, acabou convencendo o Juiz, que "bateu o
martelo" a seu favor. Diante do clamor do pobre e do pequeno, Deus não
permanece insensível e fará justiça a favor dele. Sabendo do lado de quem
Deus está, e a quem ele ouve, seria importante que a comunidade pudesse ser o
coração, os olhos e os ouvidos de Deus, sempre aberto para favorecer a causa
daqueles que não tem quem olhe e se interesse por eles.
Quanto as nossas orações o que temos pedido a
Deus? Se não houver nelas um desejo sincero de comprometer-se com o Reino que
Jesus inaugurou, e que pertence aos pobres e pequenos, se for ela uma oração
egoísta, voltada para nós, nossas conveniências e interesses, dificilmente
seremos atendidos... E o Email vai voltar...
2. ORAR SEM DESANIMAR
Jesus serviu-se de um fato da vida cotidiana
para recomendar aos discípulos a rezar sem desanimar, e manter firme a
esperança de serem atendidos por Deus.
Uma pobre viúva, não tendo como fazer valer
seus direitos, recorreu a um juiz, cuja fama era de não ser temente a Deus,
nem ter respeito pelas pessoas. Por ser mulher, pobre e viúva, ela estava em
total desvantagem. Sendo mulher, não tinha nenhum prestígio, numa sociedade
onde só o homem tinha valor. Sendo pobre, carecia de recursos materiais para
se confrontar com o explorador. Sendo viúva, não tinha amparo social.
Sem dinheiro, só podia contar com a
honestidade dos juízes. Ela, porém, não se deu por vencida. Enfrentou a
situação, com garra e determinação, até que o juiz fizesse valer o seu
direito. Sua vitória foi fruto da perseverança.
Diante disso, os discípulos foram instados a
recorrer, com perseverança a Deus, justo juiz, na certeza de serem atendidos.
Se um juiz iníquo, sem fé e sem lei, foi demovido de sua insensibilidade por
causa da insistência de uma pobre viúva, de quanto mais será capaz o
discípulo que pede, sem desfalecer, ao Pai de misericórdia!
Todavia, é preciso ter uma fé inabalável.
Existia, realmente, no coração dos discípulos, uma fé assim?
Oração
Senhor Jesus, dá-me uma fé firme, que me leve a rezar sempre, na certeza de ser atendido pela misericórdia do Pai.
Senhor Jesus, dá-me uma fé firme, que me leve a rezar sempre, na certeza de ser atendido pela misericórdia do Pai.
3. SER FIEL EM TUDO
O discípulo prima pela fidelidade total ao
Reino. Não abre mão de ser fiel nem nas pequenas coisas. Sua vida, portanto,
não está dividida entre a fidelidade a Deus e a fidelidade ao dinheiro. É impossível
conciliar as exigências de ambos. Por isso, quem ama a Deus recusa-se a
nortear sua vida pelas exigências do dinheiro. Quem ama o dinheiro é porque
não aceita ser guiado pela vontade de Deus.
Enquanto o amor a Deus exige a partilha dos
bens, o amor ao dinheiro leva a concentrá-los. Quem ama a Deus, vê no próximo
um irmão a quem deve amar e socorrer. Quem ama o dinheiro transforma-o em
objeto de exploração e não tem escrúpulos de usá-lo para satisfazer os
próprios caprichos. O amor a Deus leva, também, a amar a natureza, à qual se
busca proteger e preservar.
O amor ao dinheiro, quando se visa somente o
lucro, considera-a como fonte inesgotável e barata de riqueza e dela usufrui,
sem remorso de destrui-la. O amor a Deus leva o discípulo a pautar sua vida
pela Lei de Deus. O amor ao dinheiro incentiva o indivíduo a orientar-se pelo
próprio egoísmo, transformado em lei suprema de seus atos.
Não existe meio termo, quando o discípulo é
colocado diante destas duas opções. Por outro lado, é inútil querer acobertar,
com ares de piedade, suas más ações, movidas pelo amor ao dinheiro. Deus
conhece o coração das pessoas e sabe em quem ele está centrado.
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração indiviso, centrado unicamente na vontade do Pai, e que não se deixa contaminar pelo amor ao dinheiro.
Senhor Jesus, dá-me um coração indiviso, centrado unicamente na vontade do Pai, e que não se deixa contaminar pelo amor ao dinheiro.
Liturgia do
Domingo 18.11.2012
33º Domingo do Tempo Comum — ANO B (VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Coloque em nós o desejo da Pátria eterna!" __
33º Domingo do Tempo Comum — ANO B (VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Coloque em nós o desejo da Pátria eterna!" __
NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO
COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS
"HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS
SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA
LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Mesmo que o "Ano B" continue até o
próximo domingo, nessa celebração nos despedimos de Marcos, o evangelista que
anuncia Jesus de Nazaré como o Messias Filho de Deus. Com essa base, as
celebrações desse Ano Litúrgico chamaram a atenção para o discipulado, para a
prática da religião e a missão evangelizadora de quem se coloca na estrada de
Jesus. Agora, na conclusão dessa caminhada, a liturgia anuncia o final dos
tempos. Cada um de nós é caminheiro com um endereço, que nossa fé indica ser
a Casa do Pai. Hoje, nossa celebração, leva-nos à reflexão de como estamos
fazendo nossa caminhada existencial: se de modo vigilante, ou seja, prudente
e sereno, ou de modo inconsequente, vivendo o presente sem se preocupar com
nosso destino final. Desafiados sempre pelos sinais dos tempos, estejamos
sempre alertas para o que se passa ao nosso redor, procurando oferecer nossa
contribuição à sociedade contemporânea.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE
DEUS: Ao celebrarmos o penúltimo domingo do
Tempo Comum, nos preparamos para a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Rei do Universo, que será no próximo domingo. As leituras de hoje falam das
turbulências que acompanharão o fim da história. De certa forma, também fazem
referência ao fim do Ano Litúrgico, pois o Advento é o início do novo Ano
Litúrgico e preparação para a celebração da vinda de Cristo na natureza
humana, a fim de salvar o homem e transformar a vida em todo o cosmo. Sentido
especial tem também o início do novo Ano Litúrgico no contexto do Ano da Fé,
que estamos celebrando até a Festa de Cristo Rei do próximo ano.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Jesus nos revela que em sua vinda gloriosa todo o
poder de Deus resplandecerá sobre a Terra e seu amor será eterno para todos
os que seguiram suas leis. Precisamos estar preparados para a vinda do Reino
dos Céus que tanto pedimos em nossa orações.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos
corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM
Antífona da entrada: Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o
Senhor. vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso
cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).
Comentário das Leituras:
As leituras usam a linguagem apocalíptica para provocar em nós a vigilância. São leituras que dirão, de modo dramático, que a realidade do mundo passa e que nós, homens e mulheres, estamos a caminho da Casa do Pai.
As leituras usam a linguagem apocalíptica para provocar em nós a vigilância. São leituras que dirão, de modo dramático, que a realidade do mundo passa e que nós, homens e mulheres, estamos a caminho da Casa do Pai.
Primeira Leitura (Daniel 12,1-3)
Leitura da profecia de Daniel.
Leitura da profecia de Daniel.
12 1 "Naquele tempo, surgirá Miguel, o
grande chefe, o protetor dos filhos do seu povo. Será uma época de tal
desolação, como jamais houve igual desde que as nações existem até aquele
momento. Então, entre os filhos de teu povo, serão salvos todos aqueles que
se acharem inscritos no livro.
2 Muitos daqueles que dormem no pó da terra despertarão, uns para uma vida eterna, outros para a ignomínia, a infâmia eterna.
3 Os que tiverem sido inteligentes fulgirão como o brilho do firmamento, e os que tiverem introduzido muitos (nos caminhos) da justiça luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor".
2 Muitos daqueles que dormem no pó da terra despertarão, uns para uma vida eterna, outros para a ignomínia, a infâmia eterna.
3 Os que tiverem sido inteligentes fulgirão como o brilho do firmamento, e os que tiverem introduzido muitos (nos caminhos) da justiça luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor".
Salmo responsorial 15/16
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em vossas mãos!
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois, se o tenho a meu lado, não vacilo.
meu destino está seguro em vossas mãos!
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois, se o tenho a meu lado, não vacilo.
Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
pois não haveis de me deixar entregue à morte
nem vosso amigo conhecer a corrupção.
minha alma rejubila de alegria
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
pois não haveis de me deixar entregue à morte
nem vosso amigo conhecer a corrupção.
Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao vosso lado!
junto a vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Segunda Leitura (Hebreus 10,11-14.18)
Leitura da carta aos Hebreus.
Leitura da carta aos Hebreus.
10 11 Enquanto todo sacerdote se ocupa
diariamente com o seu ministério e repete inúmeras vezes os mesmos
sacrifícios que, todavia, não conseguem apagar os pecados,
12 Cristo ofereceu pelos pecados um único sacrifício e logo em seguida tomou lugar para sempre à direita de Deus,
13 onde espera de ora em diante que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.
14 Por uma só oblação ele realizou a perfeição definitiva daqueles que recebem a santificação.
18 Ora, onde houve plena remissão dos pecados não há por que oferecer sacrifício por eles.
12 Cristo ofereceu pelos pecados um único sacrifício e logo em seguida tomou lugar para sempre à direita de Deus,
13 onde espera de ora em diante que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.
14 Por uma só oblação ele realizou a perfeição definitiva daqueles que recebem a santificação.
18 Ora, onde houve plena remissão dos pecados não há por que oferecer sacrifício por eles.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Lc 21,36)
É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Lc 21,36)
EVANGELHO (Marcos 13,24-32)
Naquele tempo, 13 24 disse Jesus a seus
discípulos: "Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol se
escurecerá, a lua não dará o seu resplendor;
25 cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas.
26 Então verão o Filho do homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória.
27 Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu.
28 Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão.
29 Assim também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está próximo, às portas.
30 Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
31 Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
32 A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai".
25 cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas.
26 Então verão o Filho do homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória.
27 Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu.
28 Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão.
29 Assim também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está próximo, às portas.
30 Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
31 Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
32 A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai".
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Fração do Pão
A fração do pão tornou-se um rito necessário,
já nos primeiros tempos da Igreja, sobretido em dias solenes, quando havia
grande afluxo de fiéis à Missa. Como era então normal o uso litúrgico do pão
fermentado, este devia ser fracionado antes de ser distribuído aos
comugantes. Por tudo isso é que, na Missa romana dos fins do século VII, se
juntou nesse momento, o conhecido canto do Cordeiro de Deus. À fração do pão,
na Igreja romana, uniu-se também outro rito simbólico, a
"commixtio", isto é, a "mistura", usada até os dias de
hoje, e na qual um fragmento da hóstia é colocada dentro do cálice. De fato,
para as missas celebradas por um padre em Roma, o papa, bispo dessa cidade,
enviava antecipadamente, por meio de um acólito, um pedaço de pão eucarístico
de sua própria Missa, em sinal de comunhão eclesial. Tal fragmento, era
misturado pelo padre no seu próprio cálice por ocasião da fração, indicando
assim que a sua Eucaristia não era algo independente, mas sempre realizada em
comunhão com a Eucaristia do bispo, ou seja, como um verdadeiro e próprio
"sacramento da unidade". Nas missas atuais, por ocasião da fração
do pão, continua-se a realizar a "mistura", na qual é inserida no
cálice não mais um pedaço da hóstia da Missa do bispo, mas um fragmento da
própria hóstia do padre, sempre como memória daquele antigo rito.
ANO DA FÉ
Conteúdo da fé em Jesus Cristo, Rei do
Universo Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, / Filho Unigênito de Deus, /
nascido do Pai antes de todos os séculos: / Deus de Deus, / luz da luz, /
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, / gerado, não criado, / consubstancial ao
Pai. / Por Ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para
nossa salvação, / desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo, / no
seio da virgem Maria, / e se fez homem. Também por nós foi crucificado / sob
Pôncio Pilatos; / padeceu e foi sepultado. / Ressuscitou ao terceiro dia, /
conforme as Escrituras, / e subiu aos céus, / onde está sentado à direita do
Pai. / E de novo há de vir, em sua glória, / para julgar os vivos e os
mortos; / e o seu reino não terá fim. Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje,
ele o será para sempre (Hb 13,8).
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Vm – Ap 1,1-4; 2,1-5a; Sl 1; Lc 18,35-43
3ª Vd – Ap 3,1-6.14-22; Sl 14 (15); Lc 19,1-10
4ª Br – Zc 2,14-17; Sl Lc 1; Mt 12, 46-50
5ª Vd – Ap 5,1 -10; S1 149; Lc 19,41-44
6ª Vd – Ap 10,8-11; Sl 118 (119); Lc 19,45-48
Sb Vm – Ap 11,4-12; Sl 143 (144); Lc 20,27-40
CRISTO REI DO UNIVERSO Dn 7,13-14; Sl 92 (93),1ab.1c-2.5 (R/. 1a); Ap 1,5-8; Jo 18,33b-37 ("Eu sou Rei")
2ª Vm – Ap 1,1-4; 2,1-5a; Sl 1; Lc 18,35-43
3ª Vd – Ap 3,1-6.14-22; Sl 14 (15); Lc 19,1-10
4ª Br – Zc 2,14-17; Sl Lc 1; Mt 12, 46-50
5ª Vd – Ap 5,1 -10; S1 149; Lc 19,41-44
6ª Vd – Ap 10,8-11; Sl 118 (119); Lc 19,45-48
Sb Vm – Ap 11,4-12; Sl 143 (144); Lc 20,27-40
CRISTO REI DO UNIVERSO Dn 7,13-14; Sl 92 (93),1ab.1c-2.5 (R/. 1a); Ap 1,5-8; Jo 18,33b-37 ("Eu sou Rei")
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. JUIZO FINAL
Novamente recorro á imaginação para fazer
algumas perguntas ao texto, como ensinou um dos meus professores de Teologia,
só que de maneira mais ousada, abordei o próprio autor do evangelho, que é o
nosso conhecidíssimo São Marcos. Disse a ele que, alguém menos desavisado, ou
que fizer uma leitura fundamentalista, por certo vai entrar em pânico com as
palavras que Jesus diz logo no início do evangelho desse Domingo, “depois de
uma tribulação o sol vai escurecer, a lua não dará o seu resplendor ( acho
que naquele tempo ainda não sabiam que a lua é um satélite, sem luz própria),
os astros que estão no céu despencarão cá prá baixo e as potestades serão
abaladas ”Convenhamos que é um cenário terrível, uma catástrofe igual aquele
filme do Armagedon. Com uma narrativa dessas, os cardíacos e os que têm
problemas emocionais, , vão morrer na véspera, de susto!
Ainda no meu imaginário, Marcos esboça um
sorriso e balança a cabeça explicando-me que esse é um modo de dizer as
coisas, e que os estudiosos chamam de linguagem literária, e nesse caso é
denominado de “Apocalíptica” e interpretá-la literalmente seria grande
idiotice, porque então, o nosso Deus Criador, rico de amor e misericórdia por
todos os séculos, em um determinado momento da história, vai estar mal
humorado, e como um garotinho temperamental, destruirá a Obra da criação, que
ele fez com tanto gosto e amor?Para quem conhece bem o nosso Deus, revelado
em Jesus Cristo, basta fazer essa pergunta, cuja resposta desfaz qualquer mal
entendido. Mas então, o ser humano nunca será cobrado pelos seus atos de
maldade, vai ficar assim, elas por elas? Claro que não!
Todo homem, após a morte, terá um juízo
particular diante de Deus, na linguagem futebolística, vai ficar no “mano a
mano” com o Onipotente, Poderoso, Onipresente e Onisciente e depois de
conhecer a sua sorte, irá aguardar pelo último dia, como ensina a Doutrina da
Santa Igreja. Para dizer isso, e chamar a atenção dos seus ouvintes, os
Mestres no tempo de Jesus, costumavam usar um estilo de comunicação, que
causava impacto, obrigando seus ouvintes a refletirem e voltarem-se para
Deus. É um alerta, um aviso, de que a Vida que Deus nos deu, não é só o que
vemos, apontando-nos assim para uma realidade escatológica ( final dos
tempos) . Infelizmente nos dias de hoje, certos pregadores de “araque” usam
essa literatura apocalíptica, também presente n o A.T, para fazerem o chamado
“terrorismo religioso”.
Prestemos atenção no versículo que se segue a
catástrofe anunciada “Então verão o Filho do Homem voltar sobre as nuvens com
grande poder e glória... A chegada de alguém poderoso e importante é sempre
anunciada de maneira solene e ruidosa, batidas da lança no chão, toque de
trombeta, rufar de tambores, aliás, dia desses ouvi um anúncio em um carro de
som, sobre um evento, e o sujeito dizia que “O chão vai tremer”, e nem por
isso alguém entrou em pânico por causa disso, mas quando de trata da palavra
de Deus revelada, esquecemos o gênero literário e interpretamos literalmente,
essa literatura tem este modo próprio de dizer que no final da História da
Humanidade, algo de grandioso irá ocorrer, e para os que creem, é exatamente
o que esperam, afinal há em todos nós uma interrogativa sempre presente: Até
quando o mal vai imperar?
Para o nosso Deus presente em Jesus, com todo
o seu resplendor e glória, Senhor absoluto de todas as coisas e todas as
criaturas, a gente não ia querer que no dia da sua volta, ele caísse de
pára-quedas na humanidade e dissesse, “Olha aí meu povo, eu voltei viu, vim
para confirmar tudo o que ensinei lá no início, aos meus discípulos que
depois formaram a minha igreja. O Evangelho não fala de um momento qualquer
na história da humanidade, mas tenta narrar como será este segundo
julgamento, quando o Reino de Deus, desacreditado por muitos, se tornará
visível e real, para sempre e toda a humanidade, do passado, desde os
primórdios da história, estará diante de Jesus, para o capítulo final.
Para quem apostou suas fichas nas forças do
mal, contrárias a Jesus e seu Reino, claro que esse dia será terrível, mas
não é esta a mensagem principal do nosso evangelho, Marcos não quer que a
comunidade entre em pânico, ao contrário, diante de discípulos abatidos e
desanimados, é como se Jesus estivesse falando “Olha meus irmãos, no final
tudo vai dar certo, e a glória do Pai envolverá a todos os homens, no início
de um tempo novo, de uma nova realidade de alegria e felicidade plena na
comunhão com o Pai”.
Claro que nem toda humanidade irá desfrutar
desse tempo novo, os anjos irão pelos quatro cantos da terra para reunir os
escolhidos. Que critério Deus usa para essa escolha? O amor, que respeita o
Livre Arbítrio de cada homem, criado á sua imagem e semelhança, que toma
decisões e faz escolhas todo dia, na liberdade que Jesus concedeu. Essas
decisões e escolhas que se faz a todo dia e a cada momento, não deverá
prescindir dos sinais do reino, presente em nosso meio, são sinais que
pertencem a uma ordem - sobrenatural e que, portanto supõe um testemunho de
Fé, pois todos eles convergem para Jesus e a sua igreja, esse Jesus que nos
visitou com o mistério da encarnação, mostrou-nos o caminho, a verdade e a
vida, que é ele próprio.
Ele é nosso Deus e Único Senhor, edificou o
seu Reino em nosso meio e no momento oportuno, que só o Pai sabe, voltará
para a grande festa e nesse dia, o mal enraizado no coração do homem, será
arrancado com raiz e tudo, e o Bem Supremo reinará para sempre, soberano e
majestoso em Jesus Cristo, e todos os que fizeram a opção por ele, nesta vida
terrena, diante de quem tudo é transitório e passageiro, até o céu e a
terra... (33º. Domingo do Tempo Comum)
2. Necessidade de vigiar
Este texto, que faz parte do discurso
escatológico atribuído a Jesus, tem sua origem na tradição apocalíptica do
Primeiro Testamento, tendo surgido dentro das comunidades cristãs primitivas
formadas por convertidos do judaísmo, os quais, até os primeiros anos da
década de 80, eram frequentadores das sinagogas.
Na primeira leitura de hoje, do Livro de
Daniel, temos um texto de caráter apocalíptico, caracterizado por sinais de
destruição violenta e angústia, que precedem um juízo final discriminatório e
excludente, característico de autores que se consideram justos e santos,
privilegiados pela "eleição divina".
A expressão "filho do homem" (no
grego: hyos anthrôpou; no hebraico: ben-'adam) aparece muitas vezes no Antigo
Testamento, indicando a condição humana de maneira genérica. No profeta
Ezequiel a expressão é aplicada de modo personalizado (93 vezes) ao próprio
profeta na sua fragilidade, comum dos mortais. Uma única vez a expressão
aparece no livro de Daniel, vindo nas nuvens com poder e glória (Dn 7,13).
Jesus, inúmera vezes, aplica a si mesmo este título de "filho do
homem" para indicar sua simples condição humana, contrapondo-se à figura
messiânica davídica gloriosa esperada pelo povo judeu. Na referência ao filho
do homem vindo sobre as nuvens, pode-se ver a alusão à dignificação do
humano, assumido na condição divina e na vida eterna pela encarnação de
Jesus.
Depois da descrição dos abalos cósmicos, que
simbolizam a violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a
presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada com a
chegada do Filho do Homem, Jesus.
Em conclusão ao discurso escatológico, temos a
parábola da figueira, que é apresentada nos três evangelhos sinóticos,
seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. A parábola
é articulada a partir de sinais da natureza, nas árvores que começam a
brotar, depois de secas no inverno, indicando a proximidade do verão. Assim
como pela natureza pode-se perceber as mudanças de estações do tempo, pela
observação dos fatos da vida e da história, pode-se perceber também que o dia
e a hora da revelação do Filho do Homem, que é a chegada do Reino de Deus,
estão próximos.
O Reino está perto assim como o meu próximo
está perto de mim. A comunhão e a solidariedade com meu próximo são a entrada
no Reino. Tudo acontece a partir do ouvir e praticar as palavras de Jesus que
nos revelam a vontade do Pai. O Reino de Deus já está entre nós nos
movimentos de solidariedade entre as comunidades e os povos, particularmente
com os mais empobrecidos, e é expresso no clamor mundial contra as guerras e
pela paz. É o processo histórico da crescente conscientização e a valorização
da dignidade humana, em um nível global, com o empenho na defesa da vida e da
natureza. Assim são rejeitados e repudiados os poderes deste mundo que,
seduzidos pela ambição das riquezas, promovem a morte.
Na segunda leitura, extraída da Carta aos
Hebreus, é atribuído a Jesus, com o título de "cristo", o caráter
sacerdotal, caracterizado pela oferta de sacrifícios sangrentos para a
reconciliação com Deus. Contudo, em Jesus a reconciliação é fruto do amor que
remove toda condenação e exclusão, e a todos une na fraternidade, na justiça,
e na paz, em comunhão como o Pai.
Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.
3. MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO
O modo como Jesus descreveu o fim dos tempos
se encaixava no horizonte teológico da época. De fato, esperavam-se abalos
sísmicos e outros fenômenos terríveis, quando Deus interviesse,
definitivamente, na História.
A intenção de Jesus, porém, não era a de
incutir terror no coração dos discípulos e, assim, convertê-los em fanáticos
anunciadores do fim do mundo. Seu único desejo era o de levá-los a permanecer
vigilantes, de maneira a estarem sempre preparados para o encontro com o
Senhor.
A parábola da figueira aponta nesta direção. O
agricultor atento sabe quando a árvore está para frutificar. Igualmente, o
discípulo, quando discerne, sabe reconhecer quando se aproxima a vinda do
Senhor, e tem consciência de estar preparado para recebê-lo.
A exortação de Jesus não tem um tempo limitado
de validade. Seu valor é eterno, como eternas são todas as palavras de Jesus.
Elas não passarão, embora tudo o mais perca seu valor. Assim, é absolutamente
certa a vinda do Filho do Homem e a necessidade de manter-se vigilante e
preparado para acolhê-lo. É, também, firme a palavra do Senhor que apresenta
o amor como critério do juízo final, a recompensa para quem se mantiver fiel
e a comunhão definitiva com o Pai, como destino último do cristão. Por conseguinte,
o discípulo sensato deixa-se guiar pelas palavras de Jesus, de forma a evitar
contratempos.
Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.
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