Liturgia da Segunda Feira — 29.10.2012
XXX
SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Exulte o coração que buscam a Deus. Sim, buscai o
Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).
Leitura (Efésios
4,32-5,8)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
4 32 Antes, sede uns com os
outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus
vos perdoou, em Cristo.
1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. 2 Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor. 3 Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos. 4 Nada de obscenidades, de conversas tolas ou levianas, porque tais coisas não convêm; em vez disto, ações de graças. 5 Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento - verdadeiros idólatras! - terá herança no Reino de Cristo e de Deus. 6 E ninguém vos seduza com vãos discursos. Estes são os pecados que atraem a ira de Deus sobre os rebeldes. 7 Não vos comprometais com eles. 8 Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes.
Salmo responsorial 1
Sejamos, pois, imitadores do
Senhor,
como convém aos amados filhos seus.
Feliz é todo aquele que não anda
conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
Eis que ele é semelhante a uma
árvore
que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
Mas bem outra é a sorte dos
perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17) Evangelho (Lucas 13,10-17)
Naquele tempo, 13 10 Estava
Jesus ensinando na sinagoga em um sábado.
11 Havia ali uma mulher que, havia dezoito anos, era possessa de um espírito que a detinha doente: andava curvada e não podia absolutamente erguer-se. 12 Ao vê-la, Jesus a chamou e disse-lhe: "Estás livre da tua doença". 13 Impôs-lhe as mãos e no mesmo instante ela se endireitou, glorificando a Deus. 14 Mas o chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse ao povo: "São seis os dias em que se deve trabalhar; vinde, pois, nestes dias para vos curar, mas não em dia de sábado". 15 "Hipócritas!", disse-lhes o Senhor. "Não desamarra cada um de vós no sábado o seu boi ou o seu jumento da manjedoura, para os levar a beber? 16 Esta filha de Abraão, que Satanás paralisava há dezoito anos, não devia ser livre desta prisão, em dia de sábado?" 17 Ao proferir estas palavras, todos os seus adversários se encheram de confusão, ao passo que todo o povo, à vista de todos os milagres que ele realizava, se entusiasmava.
COMENTÁRIOS DO
EVANGELHO
Jesus encanta e
desconcerta, a instituição e o povão têm reações diferentes, e iremos
conduzir a reflexão nesse sentido, transportando-a para os dias de hoje)
__Heim moço, você que estava lá na sinagoga naquele
sábado que Jesus curou essa mulher, mate a minha curiosidade, você que a viu
de perto, é verdade que ela andava curvada que nem bicho? Que doença terrível
era essa que não deixava a pessoa andar com a cabeça erguida?
__ É verdade sim, ela tinha como
que um peso terrível nas costas, que a prostrava a andar quase de quatro, e
não era só ela não, era uma doença comum naquele tempo, muitos na comunidade
andavam daquele jeito...
___Credo, mas há 18 anos andando
assim?
___Dezoito anos significava que
essa pessoa tinha maioridade, mas não tinha autonomia para ver, pensar e
agir, pois ela só via, pensava e agia como a Instituição determinava, era
proibido a um Filho ou Filha de Abraão fazer diferente. E vocês aí da Pós
Modernidade, já conseguiram curar essa doença?
___Ché moço, por aqui a maioria
anda arcado, quando não é pela própria religião, que oprime, massifica e
explora, é a ideologia própria do nosso tempo, consumismo, Neo- Liberalismo,
ateísmo, relativismo e vai por aí...
___Então, se vocês são a Igreja
de Jesus Cristo, têm que curar o pessoal que anda arcado, Jesus de Nazaré,
aqui no nosso tempo, não andava curvado e não queria que ninguém andasse.
Falava o que tinha de ser falado, pensava livremente e agia assim também, bem
que tentaram "enlatá-lo". Para que ele se submetesse à instituição,
mas não teve jeito...
___Começo a entender o tamanho
da encrenca que ele arrumou por aí... Os Donos da Verdade Religiosa que
haviam se apossado da Revelação Divina, sentiram-se ameaçados com a presença
de Jesus na comunidade...
___Isso mesmo! Jesus curou a
mulher no dia de sábado, tirou o terrível peso da costa dela e a partir daí
ela se libertou e passou a andar de cabeça erguida, bem ereta, tornando-se
seguidora de Jesus. Os Coordenadores da Comunidade espumaram de raiva, e
tentaram disfarçar a raiva, a inveja e o ciúme, defendendo a instituição,
como se Jesus fosse inimigo dela, porque libertou a pobre mulher em dia de
sábado... Cambada de safado e mentiroso!
___E o povão, como reagiu?
___Ah moço, dava gosto de ver a
alegria e o entusiasmo que tomou conta do povo, para desespero dos Poderosos
da comunidade, o povo logo percebeu algo novo que Jesus havia trazido , e não
se deixava mais enganar pela lábia dos que se diziam Doutores e Donos da
Verdade, Jesus ensinava o povo a ser livre, a pensar e agir de acordo com o
coração e a consciência, e não mais com a Lei....O Senhor entendeu, moço, esse
ensinamento?
___Claro que entendi, minha tia
leu esse evangelho e está querendo ir á igreja para ser curada de um Bico de
Papagaio e Hérnia de disco, depois dessa entrevista, vou ter de explicar a
ela que Jesus é capaz de bem mais do que isso, aliás, é o que ele quer de
verdade, uma cura total, que faça a gente levantar a cabeça, pensar, agir e
fazer a nossa própria história, sempre com Ele, Nele e por Ele, na construção
do Reino Novo!
2. Ação libertadora de
Jesus
Lucas inicia sua narrativa
destacando que Jesus "estava ensinando". A narrativa exprime como
Jesus acompanhava seu ensino libertador com gestos concretos, coerentes e
eficazes. A mulher encurvada que não consegue olhar para o alto representa o
povo subjugado pela ideologia religiosa da Lei, imposta pelo Templo e pela
sinagoga, a qual tinha como uma das principais observâncias o repouso
sabático. Libertada da Lei que a oprime, a mulher readquire sua estatura
normal e sua dignidade, humanizada pela prática de Jesus, passando a louvar a
Deus.
O mundo de hoje é o espaço onde
os discípulos, revelando o amor vivificante de Deus, são chamados a renovar a
ação libertadora de Jesus.
Oração
Pai, que eu saiba dar ao amor ao próximo a devida primazia, não submetendo este mandamento a preceitos secundários que me impedem de descobrir a tua verdadeira vontade.
3. LIVRE DA
OPRESSÃO
A mulher doente, que Jesus
encontrou numa sinagoga, em dia de sábado, era a imagem viva do ser humano
oprimido. Ela vivia encurvada, sem poder erguer-se.
Toda doença, na mentalidade da
época, era entendida como resultado da ação do Demônio sobre o ser humano.
Portanto, a doença crônica desta mulher era interpretada como um enorme fardo
imposto sobre ela por forças demoníacas.
A dupla opressão dessa criatura
- mulher e doente - tocou a sensibilidade de Jesus, que tomou a iniciativa de
curá-la, ou seja, libertá-la do poder do Demônio. Sem precisar ser
solicitado, Jesus a resgatou das garras de Satanás, assumiu suas dores e se
pôs a seu lado, na luta contra o inimigo da natureza humana
A reação espontânea da mulher
mostrou como tinha entendido perfeitamente o que lhe acontecera. Dando glória
a Deus pelo benefício recebido, ela reconheceu que o próprio Deus havia agido
nela, por meio de Jesus. Por conseguinte, este era o Messias esperado,
portador da salvação prometida. Finalmente, o ser humano via-se livre do
poder do Mal.
A cura realizada por Jesus
irritou o chefe da sinagoga. Esse valorizava tanto o repouso sabático a ponto
de imaginar que, quem já sofria, há dezoito anos, de uma doença, podia
esperar um pouco mais para ser curada. Bem outro foi o pensamento de Jesus!
Oração
Senhor Jesus, liberta-me do jugo que o pecado me impôs. Desta forma, me verei livre do peso que me mantém encurvado, impedindo-me de caminhar ereto para junto de ti. |
XXX
SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Exulte o coração que buscam a Deus. Sim, buscai o
Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).
Leitura (Efésios
5,21-33)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
5 21 Sujeitai-vos uns aos outros
no temor de Cristo.
22 As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23 pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24 Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. 25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26 para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, 27 para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29 Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja - 30 porque somos membros de seu corpo. 31 Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne. 32 Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja. 33 Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.
Salmo responsorial
127/128
Felizes todos os que respeitam o
Senhor!
Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!
A tua esposa é uma videira bem
fecunda
no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.
Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) Evangelho (Lucas 13,18-21)
Naquele tempo, 13 18 Jesus
dizia ainda: "A que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei?
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO19 É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta, e que cresceu até se fazer uma grande planta e as aves do céu vieram fazer ninhos nos seus ramos". 20 Disse ainda: "A que direi que é semelhante o Reino de Deus? 21 É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada".
1. O Reino do Céu é como
um filetezinho dágua
Certa ocasião em minha
adolescência, eu fui conhecer a nascente de um grande rio e fiquei admirado,
pois o filete que saia do Olho d'água, próximo a uma rocha, não dava nem meio
palmo, sendo que há muitos quilômetros dali, havia pontos em que, de uma
margem quase que não conseguia se enxergar a outra, tornando-se grandioso e
imponente.
Jesus falava com gente simples
da roça, que conhecia o grão de mostarda, tão pequenina que era quase
invisível a olho nu, sem exagero. Depois provavelmente aproximou-se do grupo
algumas Donas de casa especialistas em fazer pão caseiro, e imediatamente
comparou o Reino de Deus a uma pitadinha de fermento, que embora
insignificante em sua quantidade, consegue levitar toda a massa,
desaparecendo n o meio dela...Eis aí o prenúncio de um Reino que vai começar
pequeno, insignificante e sem valor, para ser no final de uma grandeza
tamanha que envolverá toda a terra.
Jesus começou com 12 discípulos,
depois enviou 72, e a coisa foi crescendo e assim chegou até nós nos dias de
hoje. Qual a lição que podemos tirar desse Evangelho? Que o Reino é mais
consistente nas pequenas comunidades, nos pequenos grupos, que se tornam
fermento na massa, e são capazes de mudar até as estruturas. Isso não é
marxismo, isso é o mais puro cristianismo. Experimente ser diferente e dar um
sabor novo, imitando Jesus Cristo, aí n o seu trabalho, na sua família ou no seu
pequeno grupo ou equipe e irá comprovar tudo o que Jesus está falando nesse
evangelho.
E não se esqueçam: projetos
megalomaníacos não combinam com o Reino de Deus, Palavras de Jesus... Podes
crer...
2. Como Deus se
manifesta
Estas duas singelas parábolas se
assemelham. Uma fala da minúscula semente que se transforma em grande arbusto
e abriga os pássaros, e a outra descreve a transformação que uma pequena
quantidade de fermento produz em uma grande massa de farinha.
Um entendimento triunfalista
destas parábolas seria no sentido de que a partir de um humilde início o
Reino crescerá e sua influência se estenderá amplamente. Assim sendo, o
Reino, iniciado por Jesus e alguns discípulos, com o tempo atingiria grande
esplendor. Seria de se esperar que, dois mil anos depois, o Reino estaria
plenamente manifesto e glorioso, em todo o mundo. Contudo, a realidade com
que nos deparamos mostra grandes contradições entre muitos que pretendem
falar em nome do Reino de Deus.
Outro entendimento é sobre o
modo de presença do Reino. Desde o tempo de Jesus e em todos os tempos, esta
presença se faz de maneira oculta, à margem dos processos históricos
ostensivos e gloriosos das nações e religiões. A proclamação das
bem-aventuranças, particularmente, desvela onde se faz presente este Reino de
Deus: entre os humildes, empobrecidos e excluídos. Estes são as aves que
fazem ninhos nos ramos do Reino. E são aqueles cujas vidas são levedadas pelo
fermento do amor.
Oração
Senhor, faze de mim instrumento de teu Reino para que ele chegue a todas as pessoas, sem exceção, mormente os pobres e marginalizados.
3. O GRÃO DE
MOSTARDA E O FERMENTO
A caminho de Jerusalém, Jesus
alertou os discípulos a respeito do que estavam para enfrentar, servindo-se
de duas pequenas parábolas. Assim, oferecia a seus seguidores elementos para
interpretarem a paixão e a morte de cruz, e, também, os convidava a não
nutrir falsas expectativas a respeito do Mestre.
O grão de mostarda que, de
insignificante, se torna uma árvore frondosa serve como símbolo das dimensões
iniciais modestas do Reino anunciado e vivido por Jesus e o destino glorioso
que lhe está reservado. Não é possível, portanto, atingir a glória, sem
experimentar a derrota, a cruz e a morte. Seria ilusório esperar que Jesus implantasse
o Reino de Deus, fazendo-o entrar na história humana de maneira esplendorosa,
sem passar pelo crivo do sofrimento. Mas, também, a cruz não deveria levar os
discípulos a perder suas esperanças. Ela era uma etapa necessária de um
processo muito maior.
A pitada de fermento usada por
uma mulher para fermentar uma grande quantidade de farinha apontava para o
modo como o Reino atuava na História. Sua dimensão pequenina e seu
escondimento seriam compensados pela intensidade de seu efeito. O
pré-requisito para atuar consistia
Oração
Senhor Jesus, faze-me crescer na compreensão da dinâmica do Reino, cuja grandeza consiste em transformar a história humana, a partir de seu interior. |
XXX
SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Exulte o coração que buscam a Deus. Sim, buscai o
Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).
Leitura (Efésios 6,1-9)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
6 1 Filhos, obedecei a vossos
pais segundo o Senhor; porque isto é justo.
2 O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: "Honra teu pai e tua mãe, 3 para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra". 4 Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor. 5 Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e solicitude, de coração sincero, como a Cristo, 6 não por mera ostentação, só para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus. 7 Servi com dedicação, como servos do Senhor e não dos homens. 8 E estai certos de que cada um receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito, quer seja escravo quer livre. 9 Senhores, procedei também assim com os servos. Deixai as ameaças. E tende em conta que o Senhor está no céu, Senhor tanto deles como vosso, que não faz distinção de pessoas.
Salmo responsorial
144/145
O Senhor cumpre sempre suas
promessas!
Que vossas obras, ó Senhor, vos
glorifiquem,
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
Para espalhar vossos prodígios
entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
O Senhor é amor fiel em sua
palavra,
é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14) Evangelho (Lucas 13,22-30)
Naquele tempo, 13 22 sempre em
caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e aldeias e nelas
ensinava.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO23 Alguém lhe perguntou: "Senhor, são poucos os homens que se salvam?" Ele respondeu: 24 "Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão. 25 Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater à porta, dizendo: 'Senhor, Senhor, abre-nos', ele responderá: 'Digo-vos que não sei de onde sois'. 26 Direis então: 'Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças'. 27 Ele, porém, vos dirá: 'Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores'. 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, e vós serdes lançados para fora. 29 Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e sentar-se-ão à mesa no Reino de Deus. 30 Há últimos que serão os primeiros, e há primeiros que serão os últimos".
Quando medito este evangelho
sempre me lembro do “Miudinho”, apelido de um amigo da minha adolescência,
que era bem “robusto” para não dizer que ele era “gordinho”. Por conta da
obesidade ganhou fama de ser o molenga da nossa turma onde era sempre o último
nas brincadeiras ou aprontações que fazíamos. Certa ocasião ficou entalado em
um tubo de concreto que ficava no final da rua, por onde entrávamos
sorrateiramente por uma galeria em desuso, tendo acesso a um terreno que
pertencia a Dona Assunta, e onde deliciávamos com a doçura das mangas e
amoras.
O muro era alto e o portão
antigo era inacessível, até o dia em que descobrimos a tubulação e passamos a
utilizá-la sendo para nós uma aventura porque engatinhando, varávamos coisa
de três ou quatro metros por baixo do muro. Ao ficar entalado na galeria, por
causa de ser gordinho, e não saindo para frente e nem para trás, Miudinho
armou o maior berreiro chamando a atenção da vizinhança e assim, fomos pegos
em flagrante pela proprietária do terreno, enquanto que os moradores, com
muito esforço conseguiram desentalar o coitado do Miudinho. Decidimos, a
partir daquele dia, deixá-lo fora de nossas aventuras porque ele não
conseguia ter agilidade para nos acompanhar. O reino do céu é meio parecido
com aquele terreno baldio, palco das nossas aventuras e onde curtíamos a
doçura da fruta madurinha á sombra de grandes árvores: o acesso é por uma
passagem bem estreita...
A pergunta dos discípulos, feita
a Jesus, se é verdade que poucos irão se salvar, deve-se ao fato de que a
salvação, para eles, era uma espécie de troféu, com que Deus premiava os que
faziam boas obras e observavam com rigor a lei e todos os demais preceitos
religiosos. Nós cristãos, que pertencemos à igreja, devemos também pensar
nisso e perguntar se iremos nos salvar... Jesus nos alerta que a passagem é
bem estreita e requer certo esforço de quem se fez discípulo. Há uma porta
larga do ritualismo e do seguimento da lei, há eventos religiosos que reúne
milhares de pessoas, há igrejas cristãs de todas as denominações, cujos
templos ficam lotados de fiéis nos finais de semana. Será que nesta religião
sem compromisso, todos já têm o passaporte carimbado para entrar no reino?
Para passar pela porta estreita
é preciso se fazer pequeno e ter no coração e na mente esta consciência de
que a salvação é dom de Deus e não fruto das nossas obras ou práticas
religiosas, quem pensa diferente disso é semelhante ao meu amigo Miudinho e
vai acabar ficando “entalado” no seu egoísmo e orgulho. Mas ser pequeno
também significa servir aos irmãos e irmãs, a palavra servir vem de servo,
escravo, aquele que se rebaixa, que se curva diante do outro, Jesus fez isso
no “Lava-pés”, fazendo uma tarefa que pertencia a um escravo, o que
prefigurou o rebaixamento final que iria ocorrer em Jerusalém, para onde
Jesus caminha decidido a entregar-se por todos.
Portanto, o amor que se rebaixa
traduzindo-se em serviço é que faz de nós verdadeiros cristãos, Filhos do
Pai, que nos vocaciona para o amor, irmãos de Jesus, servo maior com quem nos
identificamos e por quem somos reconhecidos. Os que pensam que já estão
salvos, com um pé na vaga do céu, só porque pertencem a esta ou aquela
denominação religiosa, e são observantes zelosos de toda doutrina e preceito,
irão certamente ficar bem desapontados porque o Senhor não os reconhecerá
como diz o evangelho: “Nós não saíamos de sua casa, comíamos e bebíamos na
tua presença...”. “Sumam”! Não sei quem são vocês! Não os conheço!”--- dirá o
Senhor”.
Fachada e aparência de nada
adiantarão, só serão acolhidos no banquete do reino, e reconhecidos pelo
Senhor aqueles que o imitando, doarem-se inteiramente aos irmãos e irmãs, não
importando qual igreja ou denominação religiosa. Os que estiverem “inchados”
de orgulho e autossuficiência, achando-se os primeiros, porque já estão
dentro, irão bater com o “nariz na porta” e verão cheios de espanto e
surpresa, os que eram os últimos, adentrarem por primeiro no banquete.
Nunca mais vi meu amigo
“Miudinho”, dizem que ele emagreceu eliminando a gordura que tanto o
incomodava. Que a religião seja para todos nós um compromisso de vida com
Deus e com os irmãos, caso contrário não conseguiremos entrar no reino dos
céus, pois como meu amigo Miudinho, acabaremos entalados na soberba e no
egoísmo, e não passaremos pela porta estreita! Daí haverá choro e ranger de
dentes...
2. O difícil desapego
Lucas faz uma segunda menção ao
caminho de Jesus para Jerusalém, onde se consumará o seu ministério (cf.
9,51). Jesus vai ao encontro das multidões de peregrinos que acorrem à cidade
para a celebração da Páscoa judaica.
A salvação é a comunhão de vida
com Deus. Ela não resulta de nenhum mérito por observâncias religiosas ou
legais, mas é alcançada na comunhão de amor com o próximo, principalmente o
mais carente e necessitado.
Com o simbolismo da "porta
estreita", Jesus refere-se à dificuldade que encontram para se converter
aqueles que estão apegados à observância da Lei, com sua tradição de privilégios
raciais e suas riquezas.
"Os últimos serão
primeiros." Quem tomará lugar à mesa do Reino são todos aqueles que, em
qualquer povo ou nação, se empenham em promover a vida neste mundo, sob o
signo da paz.
Oração
Pai, conduze-me pelo verdadeiro caminho da salvação que passa pelo serviço misericordioso e gratuito a quem carece de meu amor.
3. QUEM SE SALVARÁ?
As exigências do Reino
apresentadas por Jesus levou os discípulos a se perguntarem pelo número dos
que seriam salvos. Imaginavam serem poucas as pessoas predispostas e fiéis ao
projeto apregoado pelo Mestre. A dinâmica do Reino, como Jesus a entendia,
rompia com os esquemas mundanos e só podia ser vivida por quem, de fato, se
predispunha a enfrentar a cruz, como caminho necessário para a glória.
A questão levantada pelos
discípulos pareceu ser irrelevante para Jesus. Era inútil saber se os salvos
seriam poucos ou muitos. Importava, sim, empenhar-se continuamente para, com
a graça de Deus, entrar no Reino, através da porta estreita. Portanto, era
tempo de refletir e tomar uma decisão sábia, para evitar o risco de ser deixado
do lado de fora.
A exclusão do Reino poderá ser
uma experiência trágica. O choro e ranger de dentes expressam o desespero de
quem desperdiçou a chance que lhe fora oferecida. A segurança fundada em
elementos inconsistentes frustrar-se-á quando o cristão comparecer diante do
Senhor. Ter comido e bebido na presença de Jesus e tê-lo visto ensinar nas
praças não será suficiente para garantir a salvação. Jesus só reconhecerá
como discípulo e salvará quem, como ele, tiver sido capaz de colocar-se a
serviço do próximo, sem medo de perder tudo por causa do Reino.
Oração
Senhor Jesus, que eu me esforce sempre para entrar no Reino pela porta estreita do serviço ao próximo e da disposição de perder tudo por causa de ti. |
XXX
SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Exulte o coração que buscam a Deus. Sim, buscai o
Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).
Leitura (Efésios
6,10-20)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
6 10 Finalmente, irmãos,
fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder.
11 Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. 12 Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. 13 Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. 14 Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, 15 e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. 16 Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17 Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. 18 Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. 19 E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20 do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever!
Salmo responsorial
143/144
Bendito seja o Senhor, meu
rochedo!
Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
Que adestrou minhas mãos para a luta E os meus dedos treinou para a guerra!
Ele é meu amor, meu refúgio,
Libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero, Ele submete as nações a meus pés.
Um canto novo, meu Deus, vou
cantar-vos,
Nas dez cordas da harpa louvar-vos, A vós que dais a vitória aos reis E salvais vosso servo Davi.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendito é o rei que vem em nome
do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)
EVANGELHO (Lucas 13,31-35)
13 31 No mesmo dia chegaram
alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: "Sai e vai-te daqui, porque
Herodes te quer matar".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO32 Disse-lhes ele: "Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida. 33 É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém. 34 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste! 35 Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: 'Bendito o que vem em nome do Senhor!'"
1. No Terceiro Dia
terminarei meu trabalho
Até os Fariseus, que tiveram sua
conduta muitas vezes censurada por Jesus, sabem que ele corre perigo de morte
e o alertam sobre Herodes. Tudo por causa da sua linha profética, que o torna
incômodo, porque o profeta fiel á sua missão, não fala o que o mundo quer
ouvir, não fala para agradar as pessoas, e também por outro lado, não tem
medo de falar tudo o que se refere a Verdade Divina. E uma qualidade
primordial de um profeta: não fala para fazer média ou com segundas
intenções, para tirar proveito dos seus ouvintes, como alguns pregadores de
hoje em dia, que falam muito mais não dizem nada... Isto é, só fazem
barulho...
Em sua resposta onde chama
Herodes de Raposa, alguém que usa sua astúcia para o mal, Jesus deixa claro
que tem uma missão a cumprir, um trabalho a fazer, e que nada irá detê-lo,
mesmo sabendo que em Jerusalém sua vida será tirada. Jesus não é alguém
"marcado para morrer" e a sua vida é uma desgraça e uma
fatalidade... O que nele está em evidência é a sua total fidelidade á missão
de Salvar a Humanidade, missão esta que terá pleno êxito...
Muito séria e atual a exortação
sobre Jerusalém, pois aí a gente pode se enxergar nesse evangelho, pois a
Jerusalém é a nossa Igreja, onde por excelência o Reino deve ser sinalizado,
o lugar do acolhimento, da convivência fraterna, da comunhão, lugar do
encontro de Deus manifestado em Jesus, com os Homens, lugar onde a Vida do
irmão está em primeiro lugar, lugar do amor que se doa, que se ajuda, que se
compreende, que é solidário e busca sempre a justiça.
Com um perfil assim, legado pelo
próprio Senhor Jesus, a nossa Igreja nunca será simpática aos olhos do mundo
e de algumas instituições. Os profetas da pós-modernidade, pregam sempre o
contrário do que prega a Igreja. Ninguém pense que a Igreja será vitoriosa no
confronto com o mundo. Jesus não se saiu vitorioso em Jerusalém, ao
contrário, passou pelo vexame de uma morte humilhante e vergonhosa,
entretanto, ao terceiro dia completou sua obra com a Ressurreição.
Que a nossa Igreja, que percorre
a mesma estrada de Jesus e dos profetas, não se curve, não se submeta ás
Forças contrárias ao Reino, ainda que venha o fracasso, ainda que a Igreja
seja ridicularizada, pois haverá um "Terceiro Dia”, o Dia do Senhor, o
Dia da Verdade, o dia
2. Nada impede a
missão libertadora de Jesus
Após apresentar a denúncia de
Jesus sobre a infidelidade de Israel e a acolhida aos gentios, "há
últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos", Lucas insere
este diálogo envolvendo alguns fariseus e Jesus. Estes fariseus simulam
proteger Jesus das ameaças de Herodes, preposto do império romano, com
autoridade sobre a Galileia. Herodes já havia mandado matar João Batista, e
Jesus, cuja prática assemelhava-se a de João, estava também ameaçado.
A resposta de Jesus é um recado
a ser dado a Herodes por estes fariseus, que queriam intimidar Jesus e se ver
livres dele. Jesus chama Herodes de raposa (ardiloso, vil, sorrateiro) e, com
convicção, afirma seu propósito de continuar sua missão libertadora, que será
estendida até Jerusalém. Mais do que a Herodes, Jesus sabe que paira sobre si
a ameaça de morte por parte das autoridades religiosas com sede em Jerusalém.
Com uma sentença em estilo
profético, Jesus faz ainda um apelo à conversão de Jerusalém,
caracterizando-a como a cidade que mata os profetas.
Oração
Pai, predispõe-me, pela força do teu Espírito, a acolher a salvação que teu Filho Jesus me oferece, fazendo-me digno deste dom supremo de tua bondade.
É admirável que os fariseus,
adversários confessos de Jesus, tivessem se preocupado com a sua segurança.
Aparentemente, talvez quisessem protegê-lo contra a violência de Herodes que,
já tendo eliminado João Batista, talvez quisesse fazer o mesmo com Jesus.
O Mestre, porém, não se deixou
convencer pela boa intenção deles e os tratou como se fossem mensageiros de
Herodes. Por meio dos próprios fariseus, Jesus enviou uma mensagem para o
representante do poder romano, a quem chamou de raposa, de forma a
desmascarar-lhe a astúcia: seu projeto missionário não seria modificado por
medo de ninguém; ele seguiria o caminho traçado pelo Pai e não admitiria
interferências no seu processo de obediência à vontade dele.
A atitude corajosa de Jesus
fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam demover
por intimidação de espécie alguma. Uma vez conscientes de terem recebido de
Deus uma missão, seguiam adiante, superando desprezos, perseguição, torturas
e, até mesmo, a morte. A firmeza e a coragem dos profetas só encontram
explicação na consciência que tinham de estarem a serviço de Deus.
Quanto a Jesus, nem o conselho
hipócrita dos fariseus, nem as ameaças de Herodes haveriam de detê-lo no seu
caminho. Todos eles desconheciam o quanto Jesus era fiel ao Pai.
Oração
Senhor Jesus, que eu não perca a coragem diante das ameaças que deverei enfrentar no caminho de serviço ao Reino. |
— Comemoração dos Fiéis Defuntos
Neste dia ressoa em toda a
Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras comunidades cristãs: "Não
queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que
não vos entristeçais como os outros que não tem esperança" ( 1 Tes 4,
13).
Sendo assim, hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório, contam com nossas orações. O convite à oração feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da "comunhão dos santos", onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico, pelo Sacramento do Batismo, são oferecidas preces, sacrificios e Missas pelas almas do Purgatório. No Oriente, a Igreja Bizantina fixou um sábado especial para orações pelos defuntos, enquanto no Ocidente as orações pelos defuntos eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até ser tornado oficial e universal para a Igreja, através do Papa Bento XV em 1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres. A Palavra do Senhor confirma esta Tradição pois "santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado" (2 Mc 2, 45). Assim é salutar lembrarmos neste dia, que "a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados" (Catecismo da Igreja Católica). Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, "o Céu não tem portas" (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial 'ante-sala'. "Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!"
SOLENIDADE
DOS FIÉIS DEFUNTOS
(ROXO OU PRETO, PREFÁCIO DOS MORTOS – OFÍCIO PRÓPRIO)
Antífona da entrada: Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno e brilhe para eles a
vossa luz (4 Esd 2,34s).
Primeira Leitura (Isaías
25,6-9)
Leitura do Livro do profeta Isaías.
25 6 O Senhor dos exércitos
preparou para todos os povos, nesse monte, um banquete de carnes gordas, um
festim de vinhos velhos, de carnes gordas e medulosas, de vinhos velhos
purificados.
7 Nesse monte tirará o véu que vela todos os povos, a cortina que recobre todas as nações, 8 e fará desaparecer a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o seu povo, porque o Senhor o disse. 9 Naquele dia dirão: "Eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação. Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por seu socorro".
Salmo responsorial 24/25
Senhor meu Deus, a vós elevo a
minha alma.
Recordai, Senhor meu Deus, vossa
ternura
e a vossa compaixão, que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!
Aliviai meu coração de tanta
angústia
e libertai-me das minhas aflições! Considerai minha miséria e sofrimento e concedei vosso perdão aos meus pecados!
Defendei a minha vida e
libertai-me;
em vós confio, que eu não seja envergonhado! Que a retidão e a inocência me protejam, pois em vós eu coloquei minha esperança!
Segunda Leitura (Romanos
8,14-23)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Romanos.
8 14 Pois todos os que são
conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
15 Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai! 16 O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus. 17 E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, contanto que soframos com ele, para que também com ele sejamos glorificados. 18 Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada. 19 Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação foi sujeita à vaidade (não voluntariamente, mas por vontade daquele que a sujeitou), 21 todavia com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. 22 Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia. 23 Não só ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo. Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Benditos do Pai, apossai-vos do reino, que foi preparado bem desde o começo! (Mt 25,34). EVANGELHO (Mateus 25,31-46)
Naquele tempo, 25 31 disse
Jesus: "Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos
com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO32 Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33 Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34 Então o Rei dirá aos que estão à direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, 35 porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; 36 nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim'. 37 Perguntar-lhe-ão os justos: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? 38 Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? 39 Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?' 40 Responderá o Rei: 'Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes'. 41 Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: 'Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos. 42 Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; 43 era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes'. 44 Também estes lhe perguntarão: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos?' 45 E ele responderá: 'Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer. 46 E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna'.
1. Uma Vida que
seja Eterna
Antigamente, antes do consumismo
que começou a explodir nos anos
Pois bem, do mesmo modo que o
homem se ilude quando compra algo novo e pensa que vai durar bastante, assim
também se pensa em relação a nossa existência. Queremos eternizar o que não é
eterno, queremos que dure sempre, algo que é perecível, e quando o homem se
depara com a sua finitude, entra em desespero e os que podem tentam camuflar
o envelhecimento, com cirurgias plásticas que esticam tudo e é até perigoso o
umbigo vim parar na testa, silicones e lepto-aspiração, tingir os cabelos,
cremes milagrosos para esconder as rugas e pés de galinha, enfim, tudo o que
nos der a ilusão de que a nossa matéria durará sempre, é utilizado pelo
homem.
Jesus Cristo nos oferece algo
muito melhor, algo que nos revestirá de imortalidade, algo que nos fará
superar a nossa finitude, libertando-nos dos limites da nossa matéria. Ele
nos dá uma Vida que é eterna, não algo recauchutado, reformado, remendado,
mas algo sempre novo e original, que é vontade do Pai, e que não acontece por
nossos méritos, e muito menos com o nosso esforço, o homem não terá nunca a
chave da morte. Ele até poderá prolongar sua existência, como hoje já
acontece, com muitos superando os cem anos de vida, coisa que nos anos 60 ou
70 era um recorde, hoje o homem pode atingir tranquilamente
O Homem quer ter vida longa,
Deus quer que o Homem seja eterno e por isso, vai esperá-lo no lugar do
aniquilamento, do despojamento, quando este homem, purificado de todas as
suas misérias se apresenta diante de Deus exatamente no momento da sua morte,
naquilo que ele realmente é, uma pessoa na sua totalidade, livre da matéria
que o limitava e que o fazia tão frágil. Ali Deus espera cada homem de braços
abertos, para acolhê-lo e confirmar nele a sua imortalidade, fazendo-o
mergulhar no infinito da eternidade, em uma comunhão plena e sem interrupções...
Jesus se encarna em nosso meio
para realizar a vontade do Pai, basta crer nele e fazer dele a razão e o
sentido da nossa vida, e quando chegar no último dia da nossa existência,
quando pensarmos que tudo se acabou, Nele e com Ele seremos novas criaturas,
eternas e imortais como é o desejo e a vontade de Deus.
Pensem nisso nesse dia de
Finados, pranteamos nossos mortos, mas que essa esperança de que eles estão
bem vivos, nos anime a prosseguir
2. "Ser pão"
A partir da sua importância no
dia a dia, como alimento vital, o pão é assumido por João em um sentido
simbólico. A associação pão/alimento/vida permite a atribuição do "ser
pão" a Jesus. Jesus por seu convívio e por sua palavra é alimento que
comunica a vida, e vida eterna. O pão descido do céu se torna realidade
humana concreta entre nós, torna-se carne. O corpo de Jesus nos é dado como
alimento desde o momento de sua encarnação e durante toda sua vida de doação
aos homens e mulheres, particularmente aos excluídos. O dom de Jesus, em seu
próprio corpo, concretiza-se no serviço. Assumindo o serviço na comunidade e
ao próximo necessitado na sociedade, entramos em comunhão de vida eterna com
Jesus, presente entre nós. "Quem come deste pão viverá
eternamente", assim a morte deixa de ser vista como o fim de tudo.
Oração
Pai, faze que eu entenda cada vez mais o sentido da Eucaristia, sacramento de comunhão transformadora com o teu Filho Jesus. Que ela seja, para mim, fonte de vida eterna.
3. FINADOS
Os cristãos batizados são
convidados a santificar-se e os que decidem viver plenamente o mistério
pascal de Cristo não têm medo da morte. Porque ele disse: "Eu sou a
ressurreição e a vida".
Para todos os povos da
humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua a ser o
maior e mais profundo dos mistérios. Mas para os cristãos tem o gosto da
esperança. Dando sua vida em sacrifício e experimentando a morte, e morte na
cruz, ele ressuscitou e salvou toda a humanidade. Esse é o mistério pascal de
Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que, para quem crê, for
batizado e seguir seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para
desfrutar com ele a vida eterna no Reino do Pai.
Enquanto para todos os seres
humanos a morte é a única certeza absoluta, para os cristãos ela é a primeira
de duas certezas. A segunda é a ressurreição, que nos leva a aceitar o fim da
vida terrena com compreensão e consolo. Para nós, a morte é um passo
definitivo em direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na terra.
Assim sendo, até quando Nosso
Senhor Jesus Cristo estiver na glória de seu Pai, estará destruída a morte e
a ele serão submetidas todas as coisas. Alguns são seus discípulos peregrinos
na terra, outros que passaram por esta vida estão se purificando e outros,
enfim, gozam da glória contemplando Deus.
Os glorificados integram a
Igreja triunfal e são Todos os Santos, os quais, nós, os integrantes da
Igreja militante, cristãos peregrinos na terra, comemoramos no dia 1o de
novembro. Os Finados integram a Igreja da purificação e são todos os que
morreram sem arrepender-se do pecado.
O culto de hoje é especialmente
dedicado a esses. Embora todos os dias, em todas as missas rezadas no mundo
inteiro, haja um momento em que se pede pelas almas dos que nos deixaram e
aguardam o tempo profetizado e prometido da ressurreição.
A Igreja ensina-nos que as almas
em purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis. Assim, este dia
é dedicado à memória dos nossos antepassados e entes que já partiram. No
sentido de fazer-nos solidários para com os necessitados de luz e também para
reflexão sobre nossa própria salvação.
Encontramos a celebração da
missa pelos mortos desde o século V. Santo Isidoro de Sevilha, que presidiu
dois concílios importantes, confirmou o culto no século VII. Tempos depois,
em 998, por determinação do abade santo Odilo, todos os conventos beneditinos
passaram, oficialmente, a celebrar "o dia de todas as almas", que
já ocorria na comunidade no dia seguinte à festa de Todos os Santos. A partir
de então, a data ganhou expressão em todo o mundo cristão.
Em 1311, Roma incluiu,
definitivamente, o dia 2 de novembro no calendário litúrgico da Igreja para
celebrar "Todos os Finados". Somente no inicio do século XX, em
1915, quando a morte, a sombra terrível, pairou sobre toda a humanidade,
devido à I Guerra Mundial, o papa Bento XIV oficiou o decreto para que os
sacerdotes do mundo todo rezassem três missas no dia 2 de novembro, para
Todos os Finados.
Oração
Dai, Senhor, vós que sois infinitamente misericordioso, a paz eterna aos que esperam por vós. |
XXX
SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Exulte o coração que buscam a Deus. Sim, buscai o
Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).
Leitura (Filipenses
1,18-26)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
1 18 Mas não faz mal! Contanto
que de todas as maneiras, por pretexto ou por verdade, Cristo seja anunciado,
nisto não só me alegro, mas sempre me alegrarei.
19 Pois sei que isto me resultará em salvação, graças às vossas orações e ao socorro do Espírito de Jesus Cristo. 20 Meu ardente desejo e minha esperança são que em nada serei confundido, mas que, hoje como sempre, Cristo será glorificado no meu corpo (tenho toda a certeza disto), quer pela minha vida quer pela minha morte. 21 Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. 22 Mas, se o viver no corpo é útil para o meu trabalho, não sei então o que devo preferir. 23 Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor; 24 mas, de outra parte, continuar a viver é mais necessário, por causa de vós... 25 Persuadido disto, sei que ficarei e continuarei com todos vós, para proveito vosso e consolação da vossa fé. 26 Assim, minha volta para junto de vós vos dará um novo motivo de alegria
Salmo responsorial 41/42
Minha alma tem sede de Deus, do
Deus vivo!
Assim como a corça suspira
pelas águas correntes, suspira igualmente minh´alma por vós, ó meu Deus!
Minha alma tem sede de Deus
e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus?
Peregrino e feliz caminhando
para a casa de Deus,
entre gritos, louvor e alegria da multidão jubilosa.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou de coração humilde e manso! (Mt 11,29). Evangelho (Lucas 14,1.7-11)
14 1 Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável,
para uma refeição; eles o observavam.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO7 Observando também como os convivas escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes a seguinte parábola: 8 "Quando fores convidado às bodas, não te sentes no primeiro lugar, pois pode ser que seja convidada outra pessoa de mais consideração do que tu, 9 e vindo o que te convidou, te diga: 'Cede o lugar a este'. Terias então a confusão de dever ocupar o último lugar. 10 Mas, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: 'Amigo, passa mais para cima'. Então serás honrado na presença de todos os convivas. 11 Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado".
1. Acirrada disputa dos
primeiros lugares
Quantas disputas acirradas e
concorrências na vida da comunidade! Disputas de cargos, de funções
litúrgicas nas celebrações, de posições importantes nas reuniões de
conselhos, onde o confronto das idéias acaba virando uma verdadeira guerra
entre as pessoas e os grupos. Desculpe-me, não estou falando da sua
comunidade, mas de uma lá do Alaska...
A comunidade apenas reflete a
sociedade onde a disputa e a concorrência é cruel, no mundo do trabalho, no
mundo da política, nos partidos que acabam virando um verdadeiro balaio de
gato, na vida profissional, o homem busca o poder a qualquer preço, e alguns
até vendem a alma ao diabo...
As pessoas não procuram valer
pelo que são, mas pelo que têm, pelo status, posição de destaque e
importância, diante dos outros. E esse clima tão hostil e totalmente
contrário ao Reino de Deus, acaba infestando as pastorais, os movimentos,
associações religiosas e as nossas comunidades. Já, presenciei verdadeiras
"guerras" dentro da Igreja, nos bastidores de alguns movimentos e
pastorais, e o espaço celebrativo é o lugar mais disputado, olhares de
desprezo e indiferença, chispas de ódio, trocadas ali, diante do altar onde o
Senhor se imola e se oferece em oblação, laicato e clero, infelizmente todos
nós temos esse pecado.
Nos banquetes nas casas dos
notáveis, havia também, esse desfile de vaidades, todos queriam os primeiros
lugares, bem perto do anfitrião ilustre, lá está Jesus, que até se diverte ao
ver os que se acotovelam para chegarem á frente. Ele desmonta esse quadro
totalmente contrário ao Reino de Deus e aos valores do Evangelho e coloca a
humildade como virtude primordial ao discípulo.
Uma humildade que não consiste
em não ter nenhum carisma, em ser um pobre coitado que nada tem a oferecer,
em andar de cabeça baixa, pedindo desculpa por existir... Não, isso não é
humildade...
O humilde é aquele ornado de um
carisma especial que o faz brilhar diante dos homens, carisma usado para
servir e alimentar os irmãos e irmãs, carisma que o humilde não nega que tem,
mas que no fundo sabe que não é dele, e que o Senhor lhe concedeu para
servir, somente para servir, e nunca para ser servido. Carisma que não o
torna a pessoa mais importante da comunidade, mas que o torna sim, o servidor
de todos, exatamente como o Senhor Jesus, que sendo mestre se fez escravo,
para servir...
2. Observação ao redor
da mesa
Apenas em Lucas temos
narrativas, três, nas quais Jesus participa de refeição em casa de fariseus.
A reunião em torno da mesa de refeição é a moldura para um ensino de Jesus.
Os fariseus observavam Jesus,
procurando alguma falha para condená-lo. Mas, na realidade, é Jesus quem
observa os presentes, como escolhiam os primeiros lugares, e faz a sua sábia
intervenção.
O banquete das elites é uma
imagem da sociedade classista, na qual cada um procura passar por cima dos
outros, na busca da ascensão social. O ensino de Jesus é uma subversão dos
valores comuns desta sociedade competitiva em busca da riqueza e do poder,
expresso na sentença final: "todo aquele que se exalta será humilhado, e
quem se humilha será exaltado".
No Reino de Deus cada um
coloca-se em último lugar, como aquele que serve. São os laços do serviço
recíproco, no amor, que criam a união da comunidade, como fermento que
transforma a sociedade.
Oração
Pai, faze-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por ti.
Algumas circunstâncias ofereciam
a Jesus a oportunidade de dar lições de boas maneiras aos seus
contemporâneos. Seus ensinamentos, nestes casos, tinham o sabor dos antigos
ditos sapienciais, tão próprios da mentalidade judaica.
O modo como os convidados se
comportavam numa refeição, na casa de um dos chefes dos fariseus, levou o
Mestre a recomendar discrição nestas ocasiões. Querer logo ocupar o primeiro
lugar é muito arriscado. Se chegar alguém mais importante, a pessoa será
convidada a ceder-lhe o lugar e ir ocupar o último. Quem se julga superior
aos olhos do anfitrião e digno de deferência, acaba sofrendo a humilhação de
ver revelada sua condição de inferioridade.
A prudência recomenda que a
pessoa convidada, discretamente, procure o último lugar. E se houver um lugar
de honra, caberá ao anfitrião fazer o convite a quem lhe convier. Caso quem
se colocou em último lugar seja convidado a ocupar tal lugar, a discrição
redundará num desfecho honroso e ficará patente a estima que o anfitrião tem
por este convidado.
A recomendação de Jesus parte de
uma norma de vida própria do discípulo do Reino. A ânsia de ser exaltado
acaba
Oração
Senhor Jesus, faze-me suficientemente sábio e prudente para agir com a discrição dos discípulos do Reino, em todas as circunstâncias de minha vida. |
Solenidade de Todos os Santos e Santas — ANO B
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA SOLENIDADE) __ "Para humanizar a sociedade, o caminho é a santidade, a prática é a mansidão" __
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados
irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
DOMINICAL PULSANDINHO: Estamos
no primeiro domingo do mês de novembro. Hoje, reunimo-nos para celebrar o
mistério da santidade divina na nossa vida. É uma celebração que mostra o céu
e indica o caminho para que a santidade seja plena em cada um de nós. Um modo
para que isso seja realidade está na mansidão evangélica, uma bem-aventurança
que cultiva a bondade, a serenidade e o respeito para com o outro na vida
pessoal. Por isso, a solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus
lembra-nos que o chamado à santidade é uma proposta a todos os fiéis para
buscarem o seguimento do caminho do Senhor e para esperarem pela sua ação
redentora, testemunhada através da Igreja.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
DOMINICAL O POVO DE DEUS: Hoje
solenemente festejamos todos os santos e recordamos a vocação de vivermos a
santidade no amor. Que o Batismo, que nos lavou, e a Eucaristia, que nos
fortalece, nos integrem na comunhão celestial, fazendo de nossas vidas um
testemunho de amor conforme a missão que desempenhamos na história. Que Deus
nos ajude a anunciar com eficácia a fé cristã em todos os cenários do mundo
de hoje, para que a santidade seja uma experiência forte de todos os que
acreditam em Jesus.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na vida eterna, contemplaremos com os olhos da
inteligência a glória de Deus, de todos os anjos e de todos os santos, assim
como a recompensa e a glória de cada um em particular, das maneiras que
quisermos. No último dia, no julgamento de Deus, quando pelo poder de Nosso
Senhor ressuscitarmos com os nossos corpos gloriosos, esses corpos estarão
resplandecentes como a neve, serão mais brilhantes do que o sol,
transparentes como cristal. Cristo, nosso Senhor e mestre, cantará com a Sua
voz triunfante e doce um cântico eterno, elogio e honra a Seu Pai celeste.
Todos nós entoaremos esse cântico, com espírito alegre e voz clara,
eternamente, para todo o sempre. A glória da nossa alma e a sua felicidade
refletir-se-ão nos nossos sentidos e atravessar-nos-ão os membros;
contemplar-nos-emos mutuamente com nossos olhos glorificados; escutaremos,
diremos, cantaremos esse elogio de Nosso Senhor com vozes que nunca
desfalecerão.
Sintamos o júbilo real
de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres
cânticos ao Senhor!
SOLENIDADE DE TODOS OS
SANTOS E SANTAS
Antífona da entrada: Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando a festa de
Todos os Santos. Conosco alegram-se os anjos e glorificam o Filho de Deus.
Comentário das Leituras:
Porque somos filhos e filhas de Deus, cada um de nós é chamado a participar da sua santidade e convidado a viver na festa da vida que nunca se termina. As bem-aventuranças nos colocam no caminho da santidade e propõe atitudes que ajudam a santificar o mundo.
Primeira Leitura
(Apocalipse 7,2-4.9-14)
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
7 2 Vi ainda outro anjo subir do
oriente; trazia o selo de Deus vivo, e pôs-se a clamar com voz retumbante aos
quatro Anjos, aos quais fora dado danificar a terra e o mar, dizendo:
3 "Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes". 4 Ouvi então o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel; 9 Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão, 10 e bradavam em alta voz: "A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro". 11 E todos os Anjos estavam ao redor do trono, dos Anciãos e dos quatro Animais; prostravam-se de face em terra diante do trono e adoravam a Deus, dizendo: 12 "Amém, louvor, glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força ao nosso Deus pelos séculos dos séculos! Amém". 13 Então um dos Anciãos falou comigo e perguntou-me: "Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm?" 14 Respondi-lhe: "Meu Senhor, tu o sabes". E ele me disse: "Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro".
Salmo responsorial 23/24
É assim a geração dos que
procuram o Senhor!
Ao Senhor pertence a terra e o
que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e, sobre as águas, a mantém inabalável.
"Quem subirá até o monte do
Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?" "Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.
Sobre este desce a bênção do
Senhor
e a recompensa de seu Deus e Salvador". "É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face".
Segunda Leitura (1 João
3,1-3)
Leitura da primeira carta de são João.
3 1 Considerai com que amor nos
amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato.
Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.
2 Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. 3 E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde a mim, todos vós que estais cansados e penais a carregar pesado fardo, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28). EVANGELHO (Mateus 5,1-12)
5 1 Vendo aquelas multidões,
Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
2 Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: 3 "Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! 5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! 9 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! 11 Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. 12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós".
FORMAÇÃO
LITÚRGICA
Pai-Nosso e embolismo
O rito de comunhão tem início,
com a recitação do Pai-Nosso. Trata-se de uma oração de suma importância,
porque não foi elaborada por nós, mas tecida no coração do próprio Cristo.
Essa oração, com efeito, tem a capacidade de nos preparar para o sublime
momento da comunhão. Com o Pai-Nosso, tomamos profunda consciência de que,
somente à medida que nos comprometemos a perdoar o irmão, é que nos
capacitaremos ao perdão de Deus, única estrada capaz de nos abrir as portas
da verdadeira comunhão. Ao Pai-Nosso segue-se o embolismo, palavra derivada
do grego em- -ballein, (juntar ou acrescentar alguma coisa). Na liturgia,
consiste na prece feita pelo padre, na qual, retomando a última frase da
oração do Senhor, ele pede para a comunidade a paz e a libertação de todo
mal.
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO2ª Vd – Fl 2,1-4; Sl 130 (131); Lc 14,12-14 3ª Vd - Fl 2,5-11; Sl 21 (22); Lc 14,15-24 4ª Vd - Fl 2,12-18; Sl 26 (27); Lc 14,25-33 5ª Vd – Fl 3,3-8; Sl 104 (105); Lc 15,1-10 6ª Br – Ez 47,1-2.8-9.12; Sl 45 (46); Jo 2,13-22 Sb Br – Fl 4,10-19; Sl 111 (112); Lc 16,9-15 32º DTC 1Rs 17,10-16; Sl 145 (146),7.8-9a.9bc-10 (R/.1); Hb 9,24-28; Mc 12,38-44 ou abrev. Mc 12,41-44
1.VIVER HOJE O “AMANHÔ
Ser santo não é uma decisão do
homem, mas uma resposta ao convite que Deus nos faz
Ser calmo ou ter os nervos a
flor da pele, ter equilíbrio emocional, demonstrar serenidade, ser amável e
dócil, ser prestativo e educado, sem dúvida que são belas virtudes, mas não
necessariamente um indicativo de santidade, pois conheço histórias de grandes
santos que eram bem temperamentais. Há ainda outro conceito perigoso de
santidade, que é ter o poder de realizar coisas prodigiosas, os chamados
milagres. Conheço pessoas descrentes de Deus e da igreja, e que, contudo
praticam essas virtudes. E já tive conhecimento de curas operadas por pessoas
de outras correntes religiosas, até opostas ao cristianismo.
A ideia de que santidade é coisa
restrita de alguns homens e mulheres especiais, parece-me um tanto quanto
equivocada, pois o visionário do apocalipse afirma categoricamente na
primeira leitura, que se trata de uma multidão, de onde se conclui
facilmente, que santidade é uma proposta de vida que Deus faz a toda
humanidade, onde Jesus Cristo é o modelo e a referência máxima, nele a gente
se encontra como Filho de Deus, não mais desfigurado pela corrupção do
pecado, mas liberto, vitorioso e perfeito como fomos criados e concebidos
pelo Pai. Somente Nele, com ele e por ele seremos santos! Mas encontrei nas
leituras dessa "Festa de Todos os Santos", uma definição ainda mais
bonita e completa do que é a Santidade - "Viver hoje o amanhã".
É preciso ter os pés no chão,
pois uma coisa é enfrentar com coragem os desafios do presente e buscar
soluções concretas, o outro é camuflar a situação, fazendo uma belíssima
coreografia, sem mudar o cenário! É maquiar para parecer belo! A copa do
mundo que vai acontecer no Brasil em 2014, será um desses momentos, de grande
ilusão e utopia. Já se está vendendo a imagem de um País que é um paraíso...
As bem-aventuranças proclamadas
solenemente por Jesus, no alto de um monte, são profundamente realistas: a
Primeira e a Oitava trazem o verbo no presente, "... Porque deles é o
Reino dos Céus", ao passo que as demais, usam o verbo no futuro,
"porque serão, verão, alcançarão...". Ser pobre em espírito é fazer
de Deus a sua única riqueza, é possuir já nesta vida a plenitude da vida
futura. É ser discípulo e estar em constante aprendizado a partir do
evangelho, vivendo hoje tudo o que cremos e esperamos no amanhã. Esta postura
diferente trará incompreensão e perseguição, mas em compensação, a alegria
será verdadeira, porque não se fundamenta naquilo que se vê, mas sim no que
se espera.
Jesus Cristo trouxe o futuro até
nós, sendo precisamente esta crença e esperança que nos faz ter uma
identidade própria, fomos marcados para fazer a diferença neste mundo tão
descrente, que não consegue vislumbrar a Vida Nova, para a qual fomos
destinados por Deus, desde o início da Criação.
2. Bem-aventuranças
Mateus, no seu evangelho,
apresenta, didaticamente, cinco coletâneas de textos extraídos das tradições
das primitivas comunidades cristãs, formando cinco discursos de Jesus. O
"Sermão da Montanha" é o primeiro destes discursos, em vista do
anúncio do Reino dos Céus. Este Sermão inicia-se com as nove
bem-aventuranças.
A subida à montanha é uma alusão
ao lugar do encontro com Deus e a Moisés que recebeu os mandamentos da Lei na
montanha (Sinai). Moisés, agora, cede lugar a Jesus, que apresenta as
bem-aventuranças do Reino dos Céus. Os mandamentos da Lei eram expressos em
forma categórico-imperativa. Contudo, as bem-aventuranças proclamadas por
Jesus são uma oferta amorosa de felicidade a ser encontrada na união de
vontade com Deus, através de práticas acessíveis a todos.
As bem-aventuranças não indicam
um estado de felicidade de alguém que se aplica em crescer nas virtudes
pessoais, mas sim a felicidade da comunhão com os irmãos, particularmente os
mais excluídos, em um processo de libertação e integração social, e, nesta
comunhão com os irmãos, a felicidade da própria comunhão com Deus.
A primeira bem-aventurança
apresenta a pobreza, na forma de desapego concreto dos bens terrenos, como a
característica genérica do Reino. As duas bem-aventuranças seguintes apontam
para as vítimas da sociedade injusta: os que choram e os submissos
("mansos") aos quais o amor de Deus traz a libertação. Seguem-se
quatro bem-aventuranças ativas, em vista da transformação da sociedade: a
fome e sede da justiça que é a vontade de Deus, a misericórdia que impulsiona
à ação solidária, a pureza do coração que supera a pureza ritual e acolhe a
todos, e os promotores da paz em vista da construção de um mundo sem a
ambição e a violência daqueles que tiram o alimento dos pobres para
transformá-lo em armas de destruição maciça.
As duas últimas bem-aventuranças
retomam o tema da justiça, advertindo sobre a repressão a que estarão
sujeitos os que a buscam e exaltando sua grandeza.
Pela prática das
bem-aventuranças, na plenitude do amor, somos, de fato, filhos de Deus
(segunda-leitura). Nelas encontramos valores universais, que podem ser
entendidos e acolhidos entre todos os povos, chamados a formar "uma
multidão imensa, que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos e
línguas" (primeira leitura).
As bem-aventuranças são o
caminho concreto para a transformação deste mundo em um mundo de fraternidade,
justiça e paz.
Oração
Pai, move-me pelo Espírito a trilhar o caminho da santidade, colocando minha vida em tuas mãos e buscando viver as bem-aventuranças proclamadas por teu Filho Jesus.
3. BEM-AVENTURANÇA E
SANTIDADE
Ao proclamar as
bem-aventuranças, Jesus descreveu a dinâmica da santidade. Bem-aventurado é
sinônimo de santo. Portanto, santos são os pobres em espírito, cujo coração
está centrado em Deus e que rejeita toda espécie de idolatria. Com certeza,
possuirão o Reino dos Céus.
Santos são os mansos, que por
não responderem a violência com violência, herdarão um bem inalcançável pelos
violentos.
Santos são os aflitos, que são
impotentes diante de situações dramáticas, e não pretendem ter solução para
tudo. Sua recompensa será a consolação de Deus.
Santos são os famintos e
sedentos de justiça, que não pactuam com a maldade, nem se deixam levar pela
lógica da dominação. Deus mesmo haverá de realizar seu ideal e fazê-los
contemplar o reino da justiça.
Santos são os misericordiosos,
cujo destino consistirá em viver a comunhão definitiva com o
Deus-misericórdia.
Santos são os puros de coração,
que não agem com segundas intenções e nem falsidade, mas sim, com
transparência. Por isso, serão recompensados com a visão de Deus, em todo seu
esplendor.
Santos são os promotores da paz,
que procuram criar laços de amizade e banir toda espécie de ódio, a fim de
que o mundo seja mais fraterno. Eles serão chamados filhas e filhos de Deus.
Santos são os perseguidos por
causa da justiça, os que lutam para fazer valer o projeto de Deus para a
humanidade.
Este é o caminho da santidade
que todos somos chamados a percorrer.
Oração
Senhor Jesus, faze-me trilhar os caminhos das bem-aventuranças, que é o caminho da santidade. |
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Liturgia da 30ª semana comum Ano Par
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